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Dia seguinte

– Hei Sasuke. Esse barulho desses aparelhos devem estar te deixando louco né, otouto? Você sempre foi exigente de silêncio para dormir, desde criança... Mas não vá quebrar tudo quando acordar sim? Não queremos mais uma passagem na polícia.

– Está chovendo hoje, será que pode ouvir a chuva? Será que pode me ouvir? Tem que acordar logo Sasuke. Está muito silencioso lá em casa, sem você e Naruto brigando. Hanabi também anda sentindo sua falta. Ela não assisti mais televisão, foi o que a irmã dela me falou. E os quadrinhos estão encostados... E tem uma garota de cabelo cor de rosa, muito bonita, que vem sempre ver você. Acho que ela sente sua falta também. Você tem que acordar.

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12:00 da manhã. Terça-feira.

Itachi pensava nas informações recentes, conectando, trabalhando, revendo. Saltou do táxi e foi caminhando a passos largos para o hospital.

Tinham que trabalhar com rapidez.

Foi quando chegou ao corredor que viu que havia alguma coisa errada, muito errada. Tsunade Senju estava abraçada a sua mãe que chorava muito. Paralisou no lugar.

"Não..."

A pequena mulher o viu, se desvencilhou da loira e correu se agarrando a cintura do filho chorando. Ninguém o olhava nos olhos dentre os policias no corredor. Não queria saber. Não queria.

Então tudo havia dado errado no fim.

Não queria saber, mas sua voz saiu sem suas ordens, automática.

– Foi o Sasuke?

A mulher não respondeu. Continuava chorando e tremendo. Foi um dos policias que falou atrás de si.

– Sinto muito Itachi.

"Sasuke..." A criança pequena e rabugenta. "Sasuke..."

Não suportaria. Sentia o peso do corpo falhar. Eles haviam falhado de forma total e completamente em protege-lo.

"Ele é o alicerce da sua família. Sei como Madara pensa, e ele vai mirar onde mais dói. Com a dor, não poderão pensar direito e ele os destruirá facilmente."

– Sinto muito Itachi.

– Eu não quero ouvir. – murmurou de forma morta.

– Foi seu pai Itachi! – a mãe finalmente falou e ele se empertigou com o susto. – O carro dele virou a caminho do hospital e explodiu. Seu pai está morto!

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11:00 da manhã, terça-feira

Madara não entendia a alma humana. Entendia o funcionamento do corpo, maneiras de o modifica-lo, e acreditava saber ler o comportamento com perfeição, e molda-lo. Como moldara as cobaias, através do condicionamento e do medo, faze-los apenas seguir ordens em cega lealdade.

Até a traição do 1. A cobaia perfeita. Sem nenhum sentido de existência além de seguir ordens e matar. Ele simplesmente se rebelara mesmo que isso significasse a própria aniquilação. Nunca pensou na influência de Menma sobre ele, pois era o último com que se preocupar. 1 nunca se apegara a nada, e já matara muitos que Madara colocara sob sua responsabilidade a ordens suas. Há três anos, no entanto, testara essa problemática, em vista que outros números estavam sendo influenciados pela teimosia de Menma. A 8, o 6 e mais alguns com o passar dos anos acabavam desenvolvendo um estranho sentido de proteção ao loiro durante o treinamento, e isso não passara despercebido. Era como se não conseguissem ficar indiferentes. O odiavam, o temiam, ou era fascinados, sentimentos que não poderiam ter, pois sentimentos eram coisas que Madara desprezava em suas ferramentas. A medida que isso acontecia, eram eliminados. Não admitia alguém próximo ao filho de Minato.

Testara o 1, temendo alguma ligação do tipo. O mandara castigar Menma na sala de punição, juntamente com 2 e 3, que claramente estavam desenvolvendo algum interesse no garoto. E eles o fizeram metodicamente sob seus olhos, apagando qualquer desconfiança.

Esmurrou a mesa.

Menosprezara a capacidade de dissimulação que ele mesmo os ensinara. E agora, não sabia mais quantos estavam sob a influência do garoto. Afinal, 2 falhara, e o 4. Ambos estavam sendo punidos, mas o quanto da falha estava ligada aos sentimentos que não poderiam ter?

Os torturaria, até remover qualquer indicio desse tipo de coisa inútil.

E depois, seria a vez de Menma. Ansiava por esse momento. Tinha as peças no tabuleiro, só precisava saber qual mexer primeiro.

Só esperava que o garoto insubordinado não estivesse morto por abstinência e estragasse toda a diversão.

Sentia que não estava. Ele era teimoso demais para morrer assim.

Olhou o tabuleiro e sorriu. Tantas peças! Minato, a família Uchiha, as garotas Hyuuga, o policial...

– Você não pode me vencer em um jogo meu, Menma. – sorriu com malicia. – Uma peça não pode vencer um jogador. Um peão nunca vai capturar um rei.

Pensou e sorriu ao decidir:

– Primeiro, vamos lidar com Fugaku.

Não queria ter mais uma surpresa desagradável.

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11:00 da manhã, terça-feira

– Seu pai estava louco atrás de você. Não devia sumir assim.

O loiro ignorou o de cabelos brancos enquanto entrava na sala de treinamento e pegava uma das armas, a manipulando entre as mãos e mirando no alvo ao longe de papel, atirando em seguida. O homem o seguiu, de forma mais certeira. O garoto sempre atuara de forma mais crua que os outros números. Era quase puro instinto. Pela forma como fora criado, diferente dos demais. Quando os outros se iniciavam, eram colocados juntos, recebiam a alimentação e um treinamento pesado. Quando alcançavam os doze, eram inoculados, e os que sobreviviam, continuavam no programa. Se aos quatorze alcançassem a plena força fornecida pela droga, se tornavam um dos dez. como eles estavam sempre morrendo, eram substituídos a medida que outros alcançavam resultados desejados, e continuavam a ser treinados até poderem receber missões. As missões eram dadas tanto por Madara, quanto por pessoas que recorriam a ele. Gaara, Hidan e Temari, a número 3, já haviam participado de ordens em outros países. Quase sempre eram assassinatos, as vezes coleta de informações.

Ele recebera algo diferente. Até os dez anos tudo o que conhecia do mundo era um cela escura por onde passava uma réstia fina de sol por uma rachadura sempre em determinado ponto do dia. No fim do dia, sempre iam busca-lo para a área subterrânea de treinamento, onde passara muitas das provações que hoje não o deixavam dormir a noite. Foi inoculado aos nove, alcançando um limiar acima dos demais em suporta-la. Foi quando mandaram Gaara treina-lo, e só um ano depois pode ver o sol e conhecer os demais. Ainda assim, exceto por Gaara, quase não podia ter contato com os demais, a não ser em raras ocasiões de treinamentos juntos. Fora criado isolado, como um animal. Ainda assim em três meses superara o dois e a três, e em um ano, o um, os mais fortes de todos.

Só fora liberado para missões aos 13. Mas nunca acatara nenhuma delas, era capturado, punido, e passava mais um tempo fora de ação. Era a rotina. Se fosse contar, a maior parte da sua vida devia ter passado na sala de punição.

Sem falar na quantidade de vezes que alguns números tentaram mata-lo durante o sono (quando ele não os eliminava, Madara o fazia). Ele era visto como um alvo a ser eliminado. E ainda havia aqueles como Hidan, e mesmo Temari, que o viam com certo interesse incomodo, que Gaara caracterizava como sexual. Ele sempre tinha que dormir com uma katana ao lado da cama.

Ele já era considerado perigoso, por isso nunca lhe entregaram uma arma de fogo. Até conhecer Tobirama.

– Ajeite os ombros. Sua postura está errada.

O loiro fez o que ele disse, e repetiu o tiro. Melhor.

Ficaram meia-hora nisso, até passar para o tatame. Era sempre mais fácil lidar com Tobirama do que com Minato. Não precisava ver olhos cheios de culpa, responder perguntas, se retesar com demonstrações de carinho.

Só pararam quando o loiro mais velho apareceu na entrada e ficou os olhando com um rosto cheio de sentimentos que o garoto não conseguia entender, mas que o deixavam desconfortável.

Se encararam longamente. Minato queria gritar com o garoto pelo sumiço, exteriorizar o medo de perde-lo uma terceira vez, mas sabia que qualquer movimento errado ele escaparia por seus dedos. Era como manusear algo em carne-viva. Em momentos como aquele, invejava Tobirama, a maneira natural como lidava com a criança. O jeito frio, impessoal, parecia ser tudo o que Menma desejava, mas não era o que Minato tinha a oferecer. Não depois de perde-lo duas vezes. Talvez, houvesse o perdido mesmo para sempre, mas não queria pensar assim. Abriu um sorriso pequeno e caminhou até onde a criança lutava com a agilidade que lembrava um lince, rápido, certeiro. Mesmo Tobirama sendo um veterano de uma força especial, pareciam lutar de igual a igual, com a vantagem da coordenação do mais velho, enquanto o garoto era pura ferocidade. Ele não lutava para imobilizar. Lutava para matar.

– Sente-se melhor? – perguntou hesitante.

O garoto parou de lutar saltando por cima do mais velho para o chão e assentiu. Minato sentia uma angustia que disfarçava no modo sereno enquanto o garoto se encaminhava para a porta de forma silenciosa sem olha-lo.

– Dê um tempo a ele, Minato. – Tobirama falou enquanto viam o garoto sair. – Ao menos até essa história acabar.

Não queria tempo nenhum, não o vendo se afastar. Minato não era um tolo, ele conhecia sentimentos humanos, e reconhecia o que Menma fazia agora. Laços que não existem não podem ser rompidos.

Ele conhecia sobre ódio o suficiente, mesmo que não pudesse mensurar a dimensão do que existia dentro do seu filho.

Só esperava estar errado.

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10:00 da manhã, terça-feira

Itachi recostou a cabeça na parede e deixou a água do chuveiro bater em suas costas. Precisava pensar, pensar muito, organizar o turbilhão de informações na sua cabeça em tão pouco tempo. Deixara Sasuke aos cuidados de sua mãe, Mikoto. O hospital estava vigiado, tanto pela segunda divisão quanto por pessoas suas. Shizune ligara e dissera que havia um ruivo estranho no prédio vizinho de olho no seu apartamento onde hospedara Hanabi e Hinata que recém havia saído do hospital. Naruto havia agido também, afinal, se Madara quisesse atingir o garoto, ele teria muitos alvos agora.

Mas desconfiava que o garoto não poderia proteger a todos, uma hora tudo sairia do controle e estava bem perto. Ele vira do que aquelas pessoas eram capazes. Policiais não poderiam detê-los facilmente. Ficava mais aliviado de saber que o ruivo estava de olho na casa de Shizune, afinal, só um deles para enfrenta-los. O que levava a Sasuke, a seu pai e toda aquela história.

O que levava a Minato, e como sua família estivera metida naquela história desde o princípio. Amaldiçoava sua memória, se a tivesse usado, poderia ter juntado os pontos bem antes, e talvez Sasuke não estivesse daquele jeito...

Lembraria de uma certa noite em sua casa, em que um homem loiro viera visitar ao pai na companhia de uma linda ruiva e de uma criança loira e barulhenta. Recordava como ele e Sasuke foram aos socos e chutes por um caminhãozinho de plástico e foi incumbido de vigia-los por isso.

Não havia como comparar a criaturinha loira hiperativa e barulhenta com aquele ser silencioso e frio de agora. Mas sim, eram a mesma pessoa.

Minato e seu pai trabalhavam na mesma universidade em que Madara era reitor, no mesmo projeto. Não era difícil não ligar agora. Mais ou menos na época em que a família de Minato foi tirada dele, seu pai se afastara da própria. Foi um aviso para que os outros silenciassem. Quanto tempo mais seu pai havia participado daquela pesquisa, mesmo sabendo do que ela se tratava?

Esmurrou a parede com raiva e desligou a água saindo ainda pensando e pensando. Se ao menos Fugako houvesse confiado isso a ele antes, poderia tê-lo ajudado. Colocado a família sob proteção, a menos que... Houvessem pessoas de Madara na polícia. Não era impossível. Na verdade, era provável.

Como lutar com um inimigo que estava em todos os lugares? Tinha que falar com o pai o quanto antes. Ele ainda não lhe entregara o disse que iria entregar, e se bem Itachi entendeu as implicações, provavelmente estavam sob vigília. Tinha que ser cauteloso, proteger Sasuke, Mikoto e o próprio pai. E se o que o pai queria entrega-lo era tão importante que o fizesse correr risco de vida, devia ser alguma prova contra Madara, das quais Minato falara que reunia. Talvez se conseguissem o bastante, poderiam encurrala-lo. Findar essa pesquisa e depois...

Madara não iria preso.

Conhecia o sistema legal o suficiente. Provavelmente ele jogaria a culpa em alguém, Minato, provavelmente, e Fugako.

Suspirou. Pensar, pensar. Aquilo não seria resolvido totalmente legalmente.

Mas agora, o mais importante era procurar o pai, pegar esse papeis, saber dessa história por ele, proteger sua família. Quando estivessem seguros, poderia pensar com clareza.

Trocou de roupa e já estava na cozinha quando ouviu o som baixo. Se amaldiçoou por estar tão disperso. E encaminhara todos os vigias para o hospital, o deixando desguarnecido. Pegou a arma que guardava atrás doa armário pregado com fita e a empunhou mantendo a calma.

Se fosse um "deles", já estaria morto se quisessem. Mas aquilo não o deixava mais tranquilo.

Já estava entrando na cozinha quando viu o cabelo loiro mais perto do que pensara. Com o susto quase disparara a arma, mas se controlou no último segundo e respirou fundo. Naruto estava recostado no balcão o olhando com um rosto frio, apenas com um leve sorriso de canto. Ele movia algo entre os dedos, uma peça de madeira polida de seu jogo de xadrez que guardava na biblioteca. Em uma análise rápida viu que o tabuleiro estava montado sob a mesa, para onde o garoto foi sem dizer uma palavra, puxou a cadeira e sentou de frente ao objeto, parecendo analisar uma estratégia de início, como fazia quando ambos jogavam.

Finalmente se livrando do choque Itachi falou de forma calma: - Pensei que estivesse morrendo até cinco horas atrás.

– Minha saúde vai bem. A de seu irmão nem tanto. Dei uma olhada nele hoje, aqueles policiais e seus amigos não vão protege-los. Não de pessoas como eu. Na verdade, o número oito estava entrando sorrateiro no quarto dele antes que eu o eliminasse. – respondeu calmamente, de modo frio. – Sente-se, Itachi.

O moreno balançou a cabeça, desnorteado com a resposta, por ser exatamente o que temia.

Sentou de frente ao outro, que fez seu movimento. Automaticamente, apesar da situação descabida, fez o seu, e começaram a jogar. Após dois minutos de silencio, o loiro falou.

– Ele é o alicerce da sua família. Sei como Madara pensa, e ele vai mirar onde mais dói. Com a dor, não poderão pensar direito e ele os destruirá facilmente.

– Por isso mandou seu amigo proteger Hinata?

Ele não respondeu de imediato. Continuou a pensar na jogada, e a fez colocando o moreno em xeque.

– Eu nunca tive medo da aniquilação como os outros. Alguém que não teme a morte, é incontrolável. O que é pior do que a morte, Itachi?

O moreno se pegou pensando, tanto na jogada, quanto na pergunta.

– Perder alguém importante. – falou baixo.

– A solidão. Foi o que ele fez com Minato. Ele o deixou sozinho, e foi bem pior do que mata-lo. Mas ele cometeu um erro com Minato. Um homem que perde tudo, não tem nada a perder. Ele não vai cometer o mesmo erro. Ele quer me controlar. – o garoto, que naquele momento não parecia um garoto prendeu uma peça entre as mãos e brincou com ela. Era o rei. - Ele não vai mata-las. Vai usa-las. Ou Kakashi, ou você, ou Sasuke, ou quem quer que acredite que esteja no seu caminho. Madara usa o medo das pessoas. Eu uso outra coisa... o desejo.

Aquilo espantou Itachi, que o encarou. Ainda se sentia fascinado pelos movimentos, pela maneira fluida como o garoto agia, era como um hipnotizador, se sentia uma presa, fascinado e repelido.

– Desejo?

– Sim. Usar não o que as pessoas mais temem, mas o que mais querem. O que você mais teme Itachi? Perder seu irmão. O que mais deseja? Salva-lo.

– Então, está me usando, Naruto? – perguntou serenamente, já mais composto.

– Talvez. Mas essa não é a pergunta certa. Deveria ser, o que mais Madara deseja?

Itachi pensou: - Poder?

O outro negou devagar: - A mim. Me controlar, como não conseguiu controlar Minato. Por esse motivo, ele nunca conseguia me matar. Tentou me quebrar de todas as formas, e matava qualquer um que se aproximasse de mim. Mesmo alguns números foram eliminados por isso. Gaara escapou por ele nunca saber de nossa proximidade.

– Isso me parece um tanto... possessivo.

– Ele é possessivo, e isso o faz perder o controle. Assim como a dor faz as pessoas perderem o controle a seus olhos, a ausência do que ele deseja, faz o mesmo a ele. Quando neguei ajuda-lo, ele perdeu o controle. Entende Itachi? – ele o prendeu com os olhos novamente. – Seu desejo por mim, é seu ponto fraco. Não é interessante?

Itachi balançou a cabeça devagar e deu um longo suspiro: - E isso nos leva ao ponto alto da sua visita inesperada, imagino. O que espera de mim, Naruto, Menma, 445 ou quem for você?

Para sua surpresa o outro riu. Um riso abafado. Nem de longe parecia o riso de Naruto. Esse quase lhe dava arrepios.

– A questão, Itachi, é que quero saber, se sabe mesmo jogar xadrez. ..........................................................................................................................................

09:00 da manhã, terça feira

Kakashi sentou no sofá da casa de Shizune com a xicara de café nas mãos grandes. Odiava pensar que estava deprimido. Encarou a garota delicada que olhava para a janela de modo pensativo e triste. Não sabia o que Hinata estava pensando.

A outra pequena estava sentada de frente para a televisão, mas não parecia assistir.

A verdade, era que os acontecimentos recentes afetaram a todos. Foi há dois dias que estavam todos em seu apartamento rindo?

– Não adianta ficar assim, Kakashi. – a voz de shizune o pegou, mas não olhou. Não queria vê-la e ouvir o "eu te disse". E nem queria acreditar que as coisas iriam terminar assim. A polícia atrás de Naruto. Madara atrás de Naruto, todos eles com uma mira na nuca, e Naruto não era nem Naruto.

Tudo estava terrivelmente errado.

– Você sabia que podia acontecer. Que o Naruto que você conhecia podia apenas ser...

– Ele existiu. – rebateu com grosseria. – Ele existe.

– Kakashi...

– Não quero ouvir nada, Shizune... Apenas não quero ouvir. Eu sei o que ele quer fazer, o que está tentando. Manter os estilhaços longe de todos quando explodir. Mas não vou deixar isso acontecer.

A mulher se calou.

– Ele ainda está olhando.

A voz de Hanabi os atraiu.

–Quem? – o homem perguntou curioso.

– O ruivo, nos olhando de cima do prédio do outro lado da rua desde cedo.

Sentiu o coração disparar. A menina olhava a televisão, como ela podia estar tão atenta a tudo. Kakashi se levantou disfarçadamente e viu o ruivo estranho. Ele se esconderia se quisesse, queria que o vissem.

– É Gaara. – Hinata falou. – Está vigiando o apartamento desde cedo.

Kakashi se pegou sorrindo, mesmo que se sentisse ridículo com isso tudo. Shizune olhava pela janela e bufou.

–Falta de provacidade.

–Ele está tentando proteger a todos, garoto estúpido. – Kakashi sorriu.

Sorriu por que aquilo era algo que Naruto faria.

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08:00 da manhã, terça-feira

Fugaku Uchiha era um covarde. Era o que pensava de si mesmo. Era o pensava ao ver o filho mais novo entubado, frágil, depois de se jogar na frente de um tiro para salvar outra pessoa, enquanto ele, mesmo que indiretamente, possuía tantas nas costas.

Era um covarde, que silenciara pelo sentimento primitivo do medo. Afinal, era dever de um Uchiha proteger a família. Era a desculpa que dava a si mesmo todas as noites para dormir, mas agora, Madara ameaçava até essa falsa paz.

Andava com falsa naturalidade por sua casa, sabendo de sua constante vigília. Pensava em uma maneira de pegar a pesquisa sem ser visto, entrega-la a Itachi. Não importava ver o ódio pelo o que fizera nos olhos negros do filho. Ele já o via no próprio espelho todas as manhãs. Foram doze anos trabalhando com Madara. Doze longos anos. E no momento em que saia, via todo o pesadelos recomeçar com o ataque a Sasuke.

No momento, pensou, seria melhor estar morto.

E assim que entrou em seu escritório e se deparou com uma katana cuidadosamente posta em sua garganta e sentiu a respiração na nuca, pensou que finalmente chegara sua vez. Só esperava que Itachi pudesse proteger Mikoto e Sasuke. O filho era genial, sabia disso, não demoraria para que ligasse os fatos.

– Só faça rápido. Ele não precisa machuca-los, não contei nada.

– Eu sei.

A voz era juvenil. Uma das cobaias, claro. Irônico. Ia morrer pelas mãos do que ajudara a criar. Fechou os olhos.

– Você me deve, Fugaku Uchiha. Me deve minha vida, e a de seu filho também.

Paralisou com essas palavras e sentiu a espada sair de seu pescoço. Se virou devagar e encontrou olhos azuis frios, hipnotizadores, coroados por cabelos loiros bagunçados em uma face quase angelical se não fosse seu instinto gritando perigo. Era o garoto que levara seu filho ao hospital, que estava sob a proteção de Itachi.

– Então você é uma das cobaias. – falou hesitante. – Veio me matar?

– Fico tentado. – ele deu um sorriso de canto. – Vim conversar. Afinal, você me deve Fugaku Uchiha.

– Estamos sendo...

–Eliminei os vigias, bloqueei as escutas. Sente-se. – ordenou. Obedeceu de imediato. A tensão era esmagadora. Era como se pudesse despedaçar-se ao mínimo movimento.

– Quem é você? – perguntou tentando recuperar seu tom autoritário. Era difícil pensar que estivesse com tanto medo de uma criança, que olhava seu escritório de forma curiosa, mexendo em alguns livros, no globo em sua mesa. Era difícil se não fosse a katana nas costas, a roupa escura, e o olhar gelado.

– Alguém que você ajudou a conceber. Posso dizer quem fui. Fui o filho de Namikaze Minato. Raptado, usado como cobaia para a droga que você ajudou a criar. Uma vitima como tantos do seu silêncio e do seu trabalho por todos esses anos. Como disse. – ele encarou o homem atônico com as informações – Você me deve.

Fugaku fechou os olhos apertados colocando as mãos nos olhos. O filho de Minato e Kushina. Então Madara havia feito aquilo. Talvez, se tivesse se rebelado, poderia ser Sasuke ali.

Era tudo tão... monstruoso. Se sentiu em um redemoinho de culpa e remorso e abriu os olhos encarando aqueles azuis que agora o olhavam, com as mãos apoiadas na mesa, a centímetros de seu rosto.

– Não adianta fechar os olhos agora. - o garoto abriu um sorriso irônico.

Encarou aquela bela e estranha criatura, como um anjo vingador, um fantasma da sua covardia, prestes a parti-lo ao meio.

– Você tem os olhos de Itachi e o semblante de sasuke. – garoto soltou de repente, e se não fosse todo o clima hostil Fugaku poderia sorrir. O loiro era imprevisível, o pensamento caótico mudava a cada momento.

– E você parece com seu pai, mas tem o formato dos olhos e do rosto da sua mãe. São os filhos que puxam aos pais, não o contrário. – o outro continuava o encarando. Não era a maneira de uma criança. Não era o ar rebelde de Sasuke, nem de nenhuma outra que houvesse visto fora daquele laboratório. Tentou puxar pela memória e lembrava da criança loira que andava com Minato pela universidade, e do quanto os outros ficavam loucos com ele quebrando tudo pelo caminho, ou de suas respostas prontas e incomuns para alguém tão pequeno. Era um prodígio, como Itachi.

Não aquele olhar sem vida, sem sentimentos.

– O que quer de mim? – perguntou de modo cansado.

O loiro se afastou devagar, ainda com os olhos nos seus. Atraindo e repelindo. Predador e presa.

– Redima-se.

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