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Demônio vermelho

– Dupla personalidade?

– Na verdade, o termo é transtorno dissociativo de identidade Kakashi.

–Que seja! Mesma coisa! Quer dizer que tem dois Narutos... – o homem replicou com impaciência.

–Na verdade, só há um Naruto, essa é uma maneira muito simplória de ver os fatos...

–Que seja Shizune! Só queria saber quando ia contar esse detalhe pequeno para a gente. – Ironizou massageando as têmporas. Itachi permanecia em silêncio na poltrona da biblioteca olhando para a janela. O grisalho não sabia como ele conseguia manter a calma com todo esse caos.

– O fato é Kakashi, que pelo contato que teve com ele, parece que essa parcela mental de Naruto é que guarda as memórias que precisamos. – O Uchiha falou ao cabo de algum tempo.

– Que ótimo. – resmungou. – O lado desgraçado do Naruto.

Ele não estava gostando nada daquilo. Podia ver as engrenagens do colega trabalhando e sabia exatamente onde ele queria chegar. Maldito envolvimento emocional!

– Temos que conversar com esse Naruto para obter respostas. – O moreno sentenciou. E olhou para Shizune.

–Ei, não me olhe assim. Não é como seu eu chamasse e ele viesse como um cachorrinho, até agora ele apareceu nas sessões de forma aleatória, não consigo identificar um gatilho para manipular isso. Na sessão de hoje, por exemplo, ele não deu as caras.

Kakashi recebeu um olhar do moreno frio e suspirou. Colaborações, certo.

– Que fique claro que não gosto nada do Naruto Negro que vocês querem chamar. – Replicou. – Mas se eu bem conheço o nosso Naruto, a raiva deve ser um gatilho para essa outra personalidade.

Shizune mordeu o lábio inferior em um gesto pensativos lembrando das sessões. Por que não havia pensado nisso? O outro lado de Naruto aparecia apenas quando ele ficava aborrecido com alguma pergunta dela, ou impaciente... Sentimentos negativos.

–Mas deixa-lo com raiva pode gerar alguns prejuízos em objetos próximos. – O grisalho acrescentou ácido.

–O algemamos antes.

–Você é um puto frio Uchiha.

–Ei, ei! Não se encarem assim. – Shizune interviu. – Ainda temos mais de um mês para obter respostas. Vamos deixar isso para casos extremos tudo bem? Tenho certeza que essa personalidade irá aparecer nesse meio tempo sem que precisemos de atitudes extremas. E os sonhos estão aumentando de intensidade, talvez Naruto mesmo alcance essas resposta.

–Qual deles Shizune? – Itachi a encarou. – Qual deles é o real Naruto?

Ficaram em silêncio. Essa era a questão.

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Ao que parecia, as palavras não alcançaram Sasuke. Itachi deu um suspiro cansado ao ver o irmão pular a janela novamente.

– Você devia dar um basta nisso.

Virou e encontrou Kakashi atrás de si olhando pela janela da área de vigília da casa. O grisalho havia aceitado dormir ali naquela noite. Itachi guardou para ele mesmo a piada irônica que ele levasse logo Naruto para sua casa, mas admitia que se sentia melhor com o parceiro ali. Pressentia que esses momentos de paz não iam durar para sempre, Naruto já estava a mais de duas semanas na guarda dos dois, e ninguém procurara o garoto, mas sabia que essa sorte não iria durar, e a intuição de Itachi era certeira até agora.

Era mesmo melhor ter Kakashi por perto. E uma arma carregada.

– Estou tentando lhe dar espaço para perceber a besteira que está fazendo. – replicou.

– Nunca ouvi falar nisso de espaço. Uns bons tabefes resolviam.

–Não resolveram para você.

– Eu não levava tabefes Uchiha, eu levava surras de arrancar o couro.

Apesar do humor do amigo, Itachi bem sabia o quanto aquilo ainda mexia com Kakashi, e era responsável por sua personalidade explosiva.

– Prefiro o jeito Uchiha de fazer as coisas. – resmungou

– Fingir que ele não existe?

Os dois homens riram do humor-negro. Era bom fazer da dor uma piada as vezes.

–Ele vai perceber. Eu sinto. E se não fizer eu sempre posso convencê-lo a meu modo.

–Pobre garoto, eu não gosto do seu modo de convencer as pessoas Uchiha.

Itachi deu um sorriso fechado. Para estar em contato com o submundo, Itachi havia adquirido um modo peculiar de convencer as pessoas. Ele chamava de persuasão, Kakashi de tortura psicológica. Era o tipo de coisa que nunca contariam a Shizune.

– Pensei que ia fazer vigília no quarto de Naruto. – Itachi riu. – Não faça essa cara Hatake, eu conheço você há muito tempo, eu sei que se apegou a criança.

O outro não respondeu. Itachi o olhou de canto de olho. O rosto do outro estava melancólico.

– Kakashi, você não deveria...

–Shizune já me deu o sermão Uchiha, não preciso que faça isso também.

Se calou e virou-se para a janela novamente. Ele não entendia Kakashi as vezes. Quase sempre fingia que não estava nem aí para nada, mas uma vida de perdas o fizeram se apegar fortemente aos poucos laços que ousava fazer. Naruto não deveria ser um desse laços para nenhum deles, o futuro dele era incerto, ninguém sabia quem era na verdade. Ele poderia bem ser da própria Akatsuki, e pelo caminhar das coisas, não era nem de longe a criança pura e ingênua que parecia. E ainda assim, era difícil não se apegar ao garoto, e tinha certeza, que para Kakashi, isso era bem mais complicado.

O celular tocando lhe tirou dos pensamentos: - Kisame.

– Problemas. O loiro pulou a janela. Acho que está seguindo o seu irmão.

– Estamos indo.

O grisalho o encarou curioso.

–Fim da sessão nostalgia. Vamos ao trabalho.

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Naruto encarava o céu através da janela deitado de lado na cama. Não queria dormir, nem pensar. Mas não pensar era impossível.

As palavras de Sasuke ainda estavam em sua cabeça, por serem tão verdades.

Finalmente caindo na real retardado.

Arfou e se sentou depressa. A mesma voz lhe martelando a cabeça. Tapou os ouvidos encolhido.

Não vai adiantar.

Colocou o travesseiro na cabeça. Não contara a Shizune aquele episódio estranho, mas agora não tinha certeza se havia feito o certo.

–Não quero ouvir você. – falou com um sussurro assustado.

Ouviu o barulho na janela ao lado e se levantou. O irmão do Corvo fugia de novo. Que fosse.

Sentou no parapeito da janela. Na casa ao lado recomeçava a mesmo canção e se sentiu mais calmo. A casa de Hanabi, e a casa da menina da música. Sorriu e fechou os olhos.

Lençóis macios... risadas... calor... raios de sol... loiros e vermelhos...

Ela tinha um sorriso lindo, se curvou sobre ele e o abraçou o rodando. O homem os olhava da cama, com um olhar azul brilhante. Puxou os dois para si, e se sentiu envolvido por calor e por um cheiro que vinha de algum lugar da casa... café? Era reconfortante...

A música continuava na casa vizinha.

Lençóis macios... risadas... calor... raios de sol... loiros e vermelhos... Cheiro de sangue... Gritos, ela gritava.

Abriu os olhos depressa ofegante.

Não teve tempo para pensar nessa lembrança. Sentiu um cheiro conhecido que o paralisou. Aquele cheiro.

Ficou em pé no parapeito e pulou para o muro, se empertigando. Vinha da direção onde Sasuke entrara no bosque. Conhecia aquele cheiro.

Suas mãos começaram a tremer. Era como se ouvisse os gritos de novo, a cela escura, o sangue...

E aquele cheiro.

Correu.

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Sasuke estava tonto. Mas ainda assim continuava se sentindo um idiota. Era besteira, não apagava nada, e acordaria pior. Ainda assim bebeu mais um gole e fingiu que ouvia as besteiras que os amigos falavam. Estava de pé em cima de uma pedra olhando para o lago, com a lua batendo diretamente na água. Se virou e derramou um pouco da bebida ali. Sua risada parecia imbecil para ele mesmo.

Seria a última noite. Decidiu de repente. A última noite que tentaria fugir. Sasuke Uchiha nunca fora um covarde.

Achava que não, ao menos. Mas aquilo deveria ser dito como fuga. Talvez Itachi tivesse razão, mas sentia que a única coisa que estava provando a si mesmo era que conseguia beber vodka bem rápido sem se embebedar como os outros. Não era um bom pensamento. Nem isso nem olhos azuis magoados, desenhos rasgados e gritos apavorados durante o sono.

Bebeu mais um gole e jogou a garrafa vazia na água.

–Vamos Sasuke, fazer um pouco de fumaça! – Um dos idiotas riu. Não respondeu, continuou olhando a água escura, pensando o que diabos estava fazendo ali.

–Hora de ir para casa. – anunciou.

Os outros o olhavam espantados: -Já?

Pulou para o chão. Hora de crescer, Sasuke.

Estava tão absorto que não percebeu que a conversa atrás de si havia silenciado de modo abrupto. Se virou confuso e o que viu foram os três garotos caídos e dois olhos muito verdes o encarando por baixo de um contingente de cachos vermelhos.

– Sasuke Uchiha.

Não era uma pergunta. E tão pouco o garoto respondeu. Não foi o medo ou a sensação de perigo eminente. Nem mesmo o brilho da katana que o outro segurava de forma repentina. Foram os olhos, e a imagem que o trouxeram a mente.

– Não brinque com quem não conhece Sasuke Uchiha.

Eram idênticos aos olhos de Naruto naquele momento. Frios. Sem emoção alguma.

– Tenho um recado para Fugaku Uchiha. – O outro falou com o mesmo tom monótono. Já estava próximo quando Sasuke acordou do torpor.

– Eu conheço você? – Era uma pergunta estúpida. Mas devia estar mesmo embriagado.

O outro não respondeu, a distância já era mínima quando uma faca foi jogada e cravada entre os dois. O ruivo parou.

–Volte para casa Sasuke.

Não conhecia o sujeito que lhe falava. Aliás, hoje era a noite dos desconhecidos. O homem pulou de uma árvore e rapidamente estava entre ele e o ruivo. Viu as costas de sobretudo negro, e quando o outro virou o rosto levemente para o lado encontrou um homem estranho, de cabelos levemente azulados, e um sorriso sinistro com os dentes cerrados como o de um tubarão.

–E você também não conheço – falou confuso.

–Sou um amigo de Itachi. Agora faça o que eu mando fedelho, vá para casa.

Esqueceu o perigo e sentiu uma raiva crescer dentro de si. Primeiro, pelo xingamento, depois, por que Sasuke Uchiha nunca fugia de nada.

–Fedelho?!

O homem riu: - Esquentado, como o irmão falou.

O ruivo que até agora os olhava com a expressão entediada mudou a katana de braço e fez uma posição de ataque, com os olhos sempre nos seus.

– Me dê o Uchiha.

–Acho que não. – O dentes de tubarão falou.

Foi tudo de uma vez. O homem partiu para cima do ruivo e algo no processo bateu no peito de Sasuke com força o jogando ao chão. Não entendeu como o golpe do ruivo o acertou, mas sentiu dificuldade de respirar e xingou. O dentes de tubarão parecia estar tendo dificuldades. Sasuke tentou levantar e sentiu uma forte dor no ombro ao se mover.

Ouviu sons de metal se batendo, e então um grito e alguém caiu na água com barulho perto dele.

–Eu mandei fugir moleque! – O dentes de tubarão gritou. Não precisava ter um olho muito bom para ver que ele levara a pior. Segurava o abdômen que sangrava e lutava para sair da água. O ruivo passou rapidamente por Sasuke agarrando o homem pelo pescoço e o jogando de volta para terra, muito longe para ser possível Sasuke não estar bêbado e alucinando.

Ouviu-se um grito de dor, e o dentes de tubarão não se levantou mais. Sentiu os mesmo olhos verdes e frios em si novamente. Levantou-se controlando um gemido no ombro.

– O recado é: ainda estou olhando. – O ruivo falou e voltou a se aproximar em um passo sinuoso. Sasuke notou que ele possuía uma tatuagem na testa, e que durante toda a luta, parecia ileso.

–Só pode ser uma alucinação.

–Sua imaginação não é tão boa, Uchiha.

Ouviu a voz e pela primeira vez viu o ruivo mudar sua expressão e abrir mais os olhos parando de imediato. Foi nesse momento que algo bateu nele o tirando da vista de Sasuke e jogando-o ao menos três metros à frente na clareira. Sasuke piscou surpreso vendo o ruivo no chão e alguém sobre ele.

Cabelos loiros, e mesmo não vendo podia imaginar os olhos azuis e ferozes.

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–Você... – O ruivo falou ainda paralisado. – Mas você estava morto.

–Acho que não, Gaara.

Naruto pulou para longe do ruivo no instante em que esse empurrava a Katana em sua direção. Sasuke ficou olhando aqueles dois se encarando sob a luz da lua. Era... surreal?

O ruivo cuspiu o sangue que o golpe causara no chão. Os dois estavam de pé, eretos, olhos nos olhos como se tivessem a conversa mais normal do mundo.

– Eu vi quando levaram você e aplicaram a droga. Como ainda está vivo?

A voz do ruivo voltou a ser monótona. Naruto deu um sorriso fechado e virou a cabeça de lado de forma curiosa.

– Chorou por minha causa?

O ruivo não respondeu e fez uma cara de desgosto. Ele deu um passo ameaçador e Naruto rosnou e fez uma pose meio agachada: - O que ele quer com o garoto Uchiha?

– É só um trabalho, não preciso pedir detalhes. Nunca pensei que encontraria justo você aqui, 445.

O ruivo fez um movimento rápido com a Katana em direção ao loiro. Sasuke viu sem acreditar Naruto segurar o braço do outro. Nem viu como ele chegou tão rápido perto dele. O ruivo estranho gemeu e soltou a espada, e para sua surpresa, riu.

– Você não mudou nada.

O jovem Uchiha abriu a boca sem acreditar. Naruto soltou o outro e deu um sorriso de canto.

–Espera... – Falou sem se conter. – Vocês dois são amigos?

Eles o olharam como se ele fosse um alienígena, com a expressão fria tão idêntica, que poderiam ser gêmeos.

– Ele tentou me matar. – Falou entredentes.

Naruto o olhou com ironia:- Não diga, percebeu pela Katana afiada?

Agora, Sasuke Uchiha estava muito, muito furioso: -Escuta aqui, seu...

Ouviu o rosnado e Naruto estava na sua frente muito rapidamente segurando a gola da sua camisa: - Não me teste mais, ou deixo ele matar você e dane-se Itachi.

Um tiro os interrompeu. Gaara desviou. Naruto suspirou e soltou Sasuke.

– O que diabos está acontecendo aqui?

Viu o rosto profissional de Kakashi com a arma ainda na mira do único que não conhecia da cena. Os olhos do homem varreram rapidamente, os garotos caídos, Kisame desmaiado, Naruto segurando Sasuke pela gola da camisa, o ruivo com a katana.

Itachi estava logo atrás dele.

Gaara se mexeu e Naruto o parou com um sinal:- Não. Estão comigo.

O outro franziu a testa mas não se moveu.

– Vai contar que me viu? – Naruto perguntou o olhando.

– Sabe que não. Mas não vai conseguir se esconder por muito tempo. Se ele sabe que está vivo, vai te buscar no inferno.

–Eu sei.

Gaara assentiu. Deu uma rápida olhada em todos ao redor e partiu tão rápido que parecia nunca ter estado lá.

Kakashi não fazia ideia do que estava acontecendo ali. Mas viu Itachi passando por ele e correndo até Sasuke que estava sentado no chão onde Naruto o largara, gemendo.

–O que houve?

–O ombro dele deslocou. – Naruto falou sem olhá-lo, ainda encarando o lugar onde o ruivo sumira. – Ele vai sobreviver, Itachi.

O moreno que estava agachado ao lado o irmão olhou o loiro de pé. Mesmo que Kakashi tenha falado, era impressionante a diferença.

–Você é o alter-ego do Naruto.

Recebeu como resposta um par de olhos azuis frios e um sorriso de canto: - Você é engraçado Uchiha. – Olhou para Kakashi que o encarava de forma fria sem se mover, com a arma abaixada mas ainda em mãos. – Vocês dois não podem me ajudar. Não podem nem se ajudar.

– Veremos. – O grisalho replicou.

Nesse momento o corpo do loiro tremeu e ele caiu de joelhos com um gemido. Só então Kakashi se moveu e correu o segurando antes que ele viesse de vez ao chão.

Os olhos que o encaram eram confusos e perdidos: - O.o que aconteceu?

Os cabelos loiros estavam suados e grudados na testa e ele tremia, apertando seu braço com tanta força que chegava a machucar. Kakashi sentiu o calor que emanava do outro febril antes que a mão começasse a afrouxar e ele apagasse de vez.

Os dois homens se encararam por um instante. Anos de parceria, não precisavam de uma palavra.

Maldita intuição de Itachi Uchiha.

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