Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Aventuras noturnas

Nara Shikamaru bocejou dentro do carro soltando as palavras cruzadas. Achava esse tipo de vigília problemática, mas quando a general Senju mandava o negócio era obedecer. Era mais fácil do que ficar ouvindo aquela gritaria.

Ele não sabia os motivos para ela mandar vigiar o garoto, já que ele estava junto com os melhores da divisão. Hatake Kakashi e Uchiha Itachi não conseguiriam lidar sozinhos com uma criança?

Ele mudou de ideia no instante que a viu saltar da janela para o muro com suavidade. Eram no mínimo dois metros de distância, e ele parecia fazer serem nada.

Se ajeitou melhor no carro, mais interessado. Se o garoto fugisse teria que segui-lo, eram as ordens. Não podia ficar desprotegido. Pelo o que ouvira, caiu nos ouvidos dela uma certa fuga que terminou na delegacia, ou algo do tipo. Não sabia por que o menino era tão importante ao ponto dela mobilizar seus melhores agentes. Mas, sem dúvida, ele não era qualquer um. Caminhou pelo muro agachado tão rápido que o homem se perdeu no movimento. Depois saltou no chão com leveza.

Shikamaru se preparou para sair pegando a arma e segui-lo a pé, mas ele continuou perto do muro, via apenas sua silhueta no escuro. Ele vigiava o irmão do Uchiha que estava com um grupo de baderneiros. Relaxou e ficou olhando. Os garotos saíram e o loiro ficou no canto um instante, até subir no muro como um gato e caminhar. Parecia que ia retornar, mas parou abruptamente olhando para o lado e voltando a se agachar pulou para o muro vizinho onde sentou olhando algo na casa. Depois no movimento ainda mais rápido pulou de volta para o muro e para a janela.

Shikamaru sorriu. Aquilo era interessante. De um jeito bem problemático, mas ainda assim, muito interessante.

.................................................................................................

Era um grito apavorante. Sasuke caiu da cama e soltou um palavrão. Havia bebido um pouco e retornado para a casa. Olhou o celular, eram 3 da madrugada. Havia dormido a apenas meia hora quando os gritos começaram.

Vinham do quarto do Dobe. Colocou o travesseiro na cabeça e ouviu um choro sentido. Pulou da cama e saiu do quarto de forma silenciosa. Queria ignorar, mas era impossível, parecia gelar sua espinha, como um animal ferido.

Parou no corredor perto do quarto do outro e ouviu a voz do irmão e um barulho que parecia um rosnado.

–Ei Naruto, sou eu, calma. Não vou te machucar. – A voz de seu irmão era doce, como quando ele falava consigo quando Sasuke era pequeno. Fechou os punhos por o irmão estar falando assim com o dobe.

–Minha mão, ele esmagou minha mão... – o outro falou assustado. Sasuke apurou os ouvidos e tentou ver pela fresta da porta semiaberta.

Itachi estava sentado na beirada do colchão enquanto o outro estava sentado abraçado aos joelhos com a cabeça abaixada. Mesmo dali se via que ele tremia.

–Não quero dormir mais. – O loiro falou com a voz embargada.

Viu que Itachi passava a mão na sua cabeça como se ele fosse uma criança pequena.

–Tudo bem Naruto. Quer que eu fique aqui com você?

O quê? Desde quando Itachi era assim, paciente? Sasuke só lembrava dele assim quando era criança. O jovem Uchiha não percebia, mas estava com ciúmes. Não gostava do irmão tratar assim aquele desconhecido.

– Não precisa.

– Quer ir para a biblioteca conversar? Estou sem sono mesmo.

Não ouviu a resposta, mas deve ter sido positiva pois ouviu a movimentação. Correu para o quarto rapidamente o mais silenciosamente possível. Com o coração aos pulos e com raiva, enfiou a cabeça nos travesseiros. Mas ao mesmo tempo, não conseguia tirar o grito do Dobe da cabeça. Era pura dor.

.................................................................................................

Kakashi nunca contaria a ninguém, nem mesmo a Shizune, muito menos a Itachi o que fez. Não havia conseguido se concentrar em nada. Depois de três relatórios mal-feitos, ficou sentado no sofá bebendo. Estava tudo silencioso demais. Há duas semanas não teria se importado, teria ligado para Kurenai, quem sabe, mas agora o silencio parecia errado. Em cima da mesinha da sala estava um lápis a carvão e algumas folhas do garoto. As pegou e ficou olhando sentindo-se deprimente. Os primeiros desenhos eram dele. Alguns tinham Itachi jogando xadrez, e em outros Shizune com um grande sorriso no rosto, mas com certeza haviam mais dele, o que o fez sorrir sem querer. Parecia mais alto, forte e sorridente do que realmente era. A visão que Naruto tinha do policial era bem diferente da visão que ele tinha dele mesmo. Os último desenhos eram de pesadelos, que provavelmente ele não mostrara a Shizune.

Eram bem ruins, e o mais evidente eram o rosto distorcido de um sujeito de olhos muito escuros, e mesmo no papel Kakashi via o quanto para Naruto eram apavorantes, em cada traço. Haviam desenhos de Katanas, lobos e o que mais aparecia era uma sala escura, com uma porta semiaberta por onde passava uma luz com pessoas prestes a entrar, e via-se uma mão estendida, de Naruto, provavelmente, como se pedisse para que o tirassem dali.

Já meio embriagado, jogou esses desenhos no chão e eles voaram se espalhando pela sala. Colocou a cabeça por entre as mãos controlando a raiva imensa dentro de si e tomou a bebida direto da garrafa. Já passava das oito da noite, nenhuma ligação. Ele deveria estar bem, mas se sentia chateado por não ter recebido nenhuma ligação. Shizune disse que havia ido lá e tiveram outra sessão, e que ele parecia bem.

Claro que ele estaria bem. A casa de Itachi era bem diferente de seu pequeno apartamento...

Se levantou depressa. Já estava ficando com ciúmes, que ridículo. Tudo bem se desse uma olhada, Itachi não saberia, se soubesse ficaria com raiva, talvez achasse que ele não confiasse em sua competência. Mas não ficaria ali, não dormiria. Era meia-noite quando decidiu.

Pegou a chave da moto de desceu a garagem. Estava só checando, era seu trabalho. Nada demais.

Estacionou a moto em um lugar estratégico no bosque e olhou de forma analítica o espaço com um binóculo. A primeira coisa que notou foi o carro, parado a tempo demais na rua. Apontou para lá com desconfiança. Não precisava ser nenhum gênio para supor que era uma vigília, mas de quem? Ficaria de olho, e por via das dúvidas, colocou as duas armas bem ao alcance, confirmando uma mira para lá, se seria possível uma ação bem rápida.

Kakashi era o melhor atirador da divisão, e o Uchiha o melhor com a luta marcial. Por terem habilidade de longo e curto alcance, eram uma dupla tão boa. Além disso, Itachi era o segundo melhor estrategista de todas as divisões, só perdendo para um.

Voltou o olhar para casa e esperou. Naruto estava sentado no parapeito de uma das janelas do segundo andar, bem susceptível a qualquer atirador. Teria que tocar no assunto com Itachi sem demonstrar que havia estado lá.

Ele passou um longo tempo ali olhando para o nada. Talvez com medo de dormir. As vezes o loiro ficava assim, era preocupante. Um Naruto que não se meche em si já é estranho. Então viu um movimento seu para o lado, e viu o irmão de Itachi pulando uma janela do segundo andar de modo furtivo. Suspirou. Teria que contar isso ao Itachi, também sem dizer que havia estado lá.

– Boa Kakashi... – resmungou.

O menino pulou o portão (destravando o alarme, supôs) e se encontrou com um bando de baderneiros do outro lado da rua, que mesmo dali via que fumavam maconha e bebiam. Definitivamente, tinha que contar a Itachi. Aquele moleque estava passando dos limites.

Mas viu outra movimentação que chamou sua atenção. Naruto se agachou no parapeito. Quase gritou quando ele pulou os dois metros até o muro com leveza. Não impediu um sorriso satisfeito. Ele era bom. Caminhava no muro com rapidez pelo alarme desligado, e desceu na rua como se não fossem três metros de altura até o chão.

Isso era ótima, mas uma fuga Naruto em vista. Ao mesmo tempo que se movimentou para ir resolver isso, viu que o dono do carro abria a porta. Pegou a arma e colocou na mira quando viu sair um sujeito de cabelo com rabo de cavalo, e, verdade seja dita, até daquela distância com cara entendiada.

O primeiro melhor em estratégias das divisões. Coisa da velha loira louca, com certeza. Aquela bruxa não confiava neles?

O outro deu um passo, mas retornou ao carro. Kakashi voltou mais que depressa o olhar para o muro e Naruto continuava lá. Provavelmente vigiando o irmão de Itachi. Conhecia um pouco o pensamento simplista do garoto. Ele queria proteger o irmão idiota do Uchiha por Itachi. Naruto era um tolo, de um jeito bonitinho...

–Bonitinho Kakashi? Não exagere. Ele não tem sete anos de idade.

O Uchiha problemático entrou com os idiotas no bosque. Viu que Naruto lutava se deveria ir ou não, mesmo dali. Ele dava um passo para cada lado. Até que escalou o muro como de fosse um lagarto e subiu para retornar.

–Boa escolha, dessa vez não escapava de uns tabefes na bunda. – resmungou.

Mas o loiro parou no caminho. Se levantou empertigado, como se sentisse o cheiro de algo, ou ouvisse alguma coisa. Passou alguns segundos paralisado, até que em um movimento rápido pulou para o muro vizinho.

–Quem é você? Batman?

Cara, ele não queria mesmo ter que ir resgatar Naruto. Deu um suspiro, mas viu que o garoto apenas sentava no muro vizinho e ficava olhando para a casa, para a janela do segundo andar. Um sorriso pervertido tomou os lábios de Kakashi.

–Meu garoto. Não, não, o que estou dizendo, é errado! Vou ter uma conversa com ele.

Depois do que pareceram minutos o garoto pulou rapidamente para o outro muro e para a janela do que deveria ser seu quarto, a fechando em seguida.

Esperou por mais aventuras noturnas, que não vieram. Depois das duas o moleque Uchiha entrou e deve ter ligado o alarme, e tudo ficou quieto. As três a luz do quarto de Naruto acendeu. Um pesadelo, provavelmente. Itachi devia estar com ele agora. Relaxou e se espreguiçou. Deu uma última olhada ao redor e foi para casa. Falaria a Itachi sobre o irmão de um jeito sutil, dando um jeito no alarme.

Afinal, não acontecera nada demais, só dera uma voltinha de moto à toa. E fora para aquela rua por acaso.

..........................................................................................

Duas da manhã.

Shizune pegou a xícara fumegante de café enquanto olhava as anotações. Muita coisa não batia. Durante as sessões que ia mais a fundo, as vezes aparecia um outro Naruto. Mais frio, sem empatia de nada, com respostas curtas e sem o olhar de inocência que já o caracterizava.

Ligou o gravador: - Paciente com características de mudanças bruscas de humor, passando de momentos de alegria a tristeza, raiva e desinteresse durante as sessões. Mudanças igualmente na postura corporal, para a usual postura tímida e ereta com movimentações infantis, para uma mais adulta, e desenvoltura elevada. Característica em comum nas situações: movimentos ritmados no pé esquerdo ao chão.

Deu um gole no café. Era como se ele houvesse desenvolvido um transtorno dissociativo de identidade. Isso não era tão incomum em casos de abuso infantil. E o que Naruto sofrera era logicamente um abuso extremo. Ele fora espancado, torturado e usado como uma espécie de cobaia, era o que ela concluía, embora não houvesse exposto essa conclusão a ninguém. Conversara com Kabuto novamente, embora odiasse a maneira como o homem lidava com as informações, mas ele lhe passara os altos. Houvera, possivelmente, abuso sexual, segundo ele lhe dissera. Isso podia explicar o completo pavor que ele tinha em determinadas situações que envolvessem o assunto, mesmo que fosse em sua personalidade inocente, havia uma ligação entre as duas. Ele sabia, inconscientemente, ele sabia.

Ela não sabia qual era o real Naruto. O inocente ou o frio e calculista.

Suspirou e pegou os desenhos. Alguns deles mostravam ambientes, mas era o olhar de uma criança sob um local, o que poderia interferir na veracidade ou na magnitude de certos detalhes. As imagens de pessoas ela já havia enviado a divisão. O que mais aparecia era um moreno de olhar frio, que segundo os pesadelos de Naruto, era o que mais lhe atormentava. Havia um loiro de cabelos longos, mas Naruto nunca colocava um rosto nele, e um ruivo, que ele não lembrava onde se encaixava em seus sonhos. Só o desenhara três vezes, sentado com uma Katana na mão. Ele possuía uma tatuagem na testa e um rosto frio. Parecia bem nítido na mente do garoto, então devia ser alguém importante, ou feito algo que o fez prender a imagem apesar do caos em sua mente.

E havia o desenho de uma sala ampla e clara, e de uma maca. Haviam detalhes claros e bem nítidos. Era o ultimo desenho, o mais detalhado, como se a mente dele organizasse o caos, ou começasse o processo. Havia um rosto na imagem com uma máscara cirúrgica e uma agulha na mão. Parecia a visão de Naruto, como se ele estivesse deitado na maca e tivesse sua visão do local a partir daquele ponto. Algo chamava atenção de Shizune naquele desenho, mas não conseguia saber o que. Olhou por um longo tempo e o soltou com um suspiro frustrado.

Era todo um caso estranho aquele, mas iria conseguir.

Deitou no sofá e olhou o teto. Muita coisa dependia disso. Mas no momento, só uma pergunta cravava em sua mente, vendo aquelas duas personalidades tão distintas em um só corpo:

–Naruto, quem é você?

..............................................................................................

Itachi guardou o livro e olhou pela janela. Era sempre naquele horário. Será que Sasuke não notara que ele só sairia se ele permitisse? Dito e feito, viu o irmãozinho pulando a janela depois de desligar o alarme.

Suspirou:- Irmãozinho tolo.

Discou o número e esperou. Atendeu no primeiro toque: - Kisame, ele saiu. O siga, como sempre.

–Sim Senhor.

Ficou olhando. O que Sasuke queria provar com toda essa rebeldia? A quem queria provar agindo como criança. Conhecia- o suficiente para saber que ele detestava esse tipo de pessoa, ou mesmo maconha ou bebida. Detestava agir como idiota, então porquê?

Iria conversar com Shizune. Não entendia comportamento de adolescentes, até por que Sasuke não era um adolescente comum até pouco tempo atrás.

Viu um outro movimento e ficou atento. Era no muro. Viu pela luz da lua o reflexo loiro e suspirou. Se Naruto fugisse e acontecesse algo seria um problema. Não só pelo bem estar do garoto, como Kakashi lhe daria um tiro.

Pegou a arma e subiu ao ponto de vigília da casa. Poderia agir rápido e interferir caso ele tentasse sair para mais longe. E lá estava o carro, na rua. Ninguém que fizesse vigília faria isso de modo tão despreocupado. Ele queria que ele o notasse. Supôs que fosse Shikamaru, lhe dando o aviso sobre estarem de olho neles.

Naruto não saíra. Ficara perto do muro vigiando Sasuke e depois subiu de volta, ficando um pouco no muro dos vizinhos. Os movimentos eram impressionantes, sem dúvida.

O celular vibrou: - Então?

– O de sempre. Ele não fumou, apenas bebeu e está se comportando como idiota. Mas tem um grisalho em uma moto no bosque vigiando sua casa.

Um sorriso brincou nos lábios do Uchiha. Previsível

– Tudo bem, não deixe que ele o note. É um amigo.

O outro desligou: - Ah Kakashi, eu poderia lhe chantagear com isso... - riu

Naruto entrou de volta no quarto e fechou a janela. Duas e meia da madrugada, Sasuke fez o mesmo e Itachi suspirou quando o alarme foi ligado.

Sentou na poltrona estudando quando ouviu os gritos, as três da madrugada. Entrou no quarto de Naruto e o encontrou encolhido no centro da cama. Quando se aproximou o garoto segurou sua mão e o teria jogado do outro lado do quarto se não fizesse um movimento rápido para imobiliza-lo.

Ele não esperneou, tremendo. Ouviu o rosnado e falou com ele o vendo relaxar. Quando o soltou encontrou os olhos azuis cheios de lágrimas. Agora entendi bem Kakashi. Era difícil ver aquilo.

Notou que Sasuke estava de trás da porta, e fugiu quando saíram para a biblioteca. Conversou com Naruto sobre livros, jogaram xadrez e o ensinou pôquer. Amanhecia quando o loiro pegou no sono na poltrona da biblioteca e não sonhou mais, exausto demais. Itachi jogou um cobertor sobre ele e saiu. Deixou Kisame a postos na vigília no bosque para a casa, em um ponto que chegaria rapidamente caso acontecesse qualquer coisa e finalmente foi dormir suas duas horas de sono.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro