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A pequena fera

Tsunade queria trucidar o Uchiha e o Hatake por jogarem (de novo) um problema daqueles em seu colo. Não bastasse a Akatsuki infernizando seu trabalho e lhe impedindo uma noite digna de sono, vinham aqueles dois com essa novidade, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

As ordens da general de divisão haviam sido claras: entrar, checar a informação, buscar provas e retornar. Nada de explosões ou coisas do gênero, nada de problemas que trouxessem Sarutobi para sua cola.

Mas não.

Eles haviam conseguido a proeza de explodirem um barco, incendiarem um galpão com carros, e ainda encontrarem apenas um lugar com uma pilha de corpos sem digitais, provas tão destruídas que não serviam para nada. Ah é. E um garoto que definia em tudo a palavra problema.

E o maldito do Hashirama ainda veio com a novidade que aquela criança deveria ser mantida para interrogatório e investigação até segunda ordem. O problema? Não se interroga alguém que não fala.

Argh. Ela estava com uma corda no pescoço, pressão para todos os lados, e aqueles dois não ajudavam em nada. Quando não explodiam coisas e destratavam superiores estrangeiros (longa história), traziam consigo uma pequena fera que havia acordado e quase destruído a ala do hospital antes de ser sedada.

Contra as ordens superiores, teria jogado a criatura maldita na primeira casa para menores, mas ai vinha seu grande coração mole.

Ao fitar aqueles olhinhos azuis infantis e assustados não acreditaria que o pobre menino fosse tão violento. Na verdade, teria duvidado veemente se não fossem as fitas e os olhares assustados da equipe médica. Vendo aquela expressão inocente através da nuvem de sedativos e aquele corpo claramente judiado, ela quase tirara as amarras e o levara para sua casa, como se ele fosse um animalzinho ferido.

Quase.

Ela preferia dar uma lição em seus homens. Ia passar o problema loiro para alguém. Ou diria "alguéms" ?

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– HATAKE! UCHIHA!

– Aí vem merda.

Como o grisalho estava certo!

O Uchiha se limitou a suspirar. Ele pressentia o teor do problema que estava por vir.

Quando os dois tiraram a criança de dentro daquele galpão aparentemente em choque, o Uchiha pressentiu que seus dias de paz estavam acabados. Eles bem queriam se limitar a entregar o garoto a equipe médica e dar adeus. Mas o garoto tinha que encarar os dois com aqueles olhos azuis cheios de medo e se agarrado a camisa do policial grisalho feito uma trepadeira quando viu a equipe médica. Resultado? Lá foram os três para o hospital, o garoto mesmo ferido deu um trabalho descomunal até ser sedado para que cuidassem de seus ferimentos, e adquiriu um apego estranho aos dois homens. Tudo por que Kakashi tinha tido, pela primeira vez em dez anos de trabalho, compaixão.

Itachi, naquele instante, pensou como Kakashi "Sim, acho que isso define vai dar merda."

Não deu outra.

– Sentem aí. Agora!

Uma garrafa de saquê na mesa. Céus. Era pior do que pensava.

Tsunade não era uma pessoa que se definia como calma. Era conhecida (pelas costas) como princesa- demônio. Era linda, de uma forma aterrorizante para uma mulher de 50 com cara de 20, com seios fartos, viciada em saquê, azarada e maníaca por controle. Ninguém era maluco para questionar a autoridade da princesa-demônio.

Os dois ali na frente sabiam as consequências disso. Ninguém (talvez exceto Jiraya, da segunda divisão) havia testado tanto a paciência daquela loira quanto aqueles dois, que possuíam maneiras nada convencionais de resolver problemas.

Eles a conheciam bem, por isso quando viram aquele sorrisinho gelaram. Era preferível socos com a força descomunal daquela mulher do que essa sua face de quem vai fazer algo que lhe agrada extremamente. E se iria agradá-la, iria fode-los.

– 770 mil. – ela falou enchendo o copo de bebida com a voz calma. – Um barco, 12 carros, um galpão. Esse foi o prejuízo.

A pausa não era para dar-lhes a chance da falar. Não o fizeram. O Uchiha continuou com sua cara de nada e Kakashi limpando a sujeira das unhas. Aquilo a deixava louca, mas manteve a falsa compostura. Ia pegá-los, ah se ia!

– Como vocês acham que vou pagar esse prejuízo? Que vou abrir as pernas por ai? Hein? Não bastassem Hashirama e Sarutobi cheirando minha nuca, prontos para acabarem comigo a qualquer deslize, vocês facilitam a minha vida e fazem essa merda toda?! – Ela bateu na mesa com força, derrubando várias coisas no chão. – Querem me ver fodida, é isso! Era entrar, checar e sair! Como conseguiram explodir um galpão? – Uchiha abriu a boca mas ela o parou. – Esqueçam! Prefiro não saber.

Voltou a sentar com um suspiro virando um copo da bebida.

– Depois disso tudo, ainda me trazem um problema maior para o quarto 505 do hospital. Algemado, com lindos olhos azuis... Lembram alguém?

Itachi suspirou. Depois do showzinho chegavam ao ponto.

– Não sabia que a general da terceira divisão não conseguiria lidar com uma criança. – Kakashi provocou ainda limpando suas unhas. Itachi viu os olhos da loira fitarem o jovem grisalho com um olhar que poderia queima-lo ali mesmo. Ele ignorou.

– A "criança" quebrou o braço de um médico, arrebentou uma porta, bateu em cinco enfermeiros antes de ser contido por oito seguranças do hospital, que nem teriam conseguido se você não estivesse lá para acalmar a fera, estou errada, Kakashi?

Ele não respondeu e Itachi segurou um riso. A cena havia sido assombrosa realmente. Ao chegarem na ala encontraram oito homens adultos tentando conter uma criança furiosa. Quando viu Kakashi o garoto correu e se escondeu atrás dele, como se precisasse de proteção, com o olhar mais dócil do mundo para os dois.

– O garoto havia tomado um tiro. Pensávamos que estivesse machucado demais para se mover, não fazíamos ideia que ele faria aquele estrago. – O moreno suspirou, falando mais para si mesmo.

– Ele se moveu sim, queria que ele movesse a língua dele também para Hashirama parar de me encher. – A mulher replicou virando mais uma dose.

Kakashi finalmente parou de limpar as unhas e levantou a cabeça, trocando um olhar curioso com o parceiro. Aquilo sim era um fato intrigante. O garoto, ao que foi constatado, não possuía nenhum problema nas cordas vocais. No entanto, desde o momento que foi encontrado, não falava, repetia ocasionalmente alguma palavra que falavam, como uma criancinha de dois anos aprendendo a se comunicar, mas em um processo mais rápido. Ainda assim, ele parecia se manter a maior parte do tempo em silêncio, quebrado apenas a chegada de Itachi, Kakashi ou Shizune, a psicóloga do hospital. Ainda assim, apenas fazia perguntas, igualmente como uma criança curiosa, e não alguém que aparentemente matara cinco membros armados da Akatsuki com as mãos algemadas, e driblava seguranças musculosos como se fosse uma brincadeira simples.

Aquilo estava deixando Tsunade louca! Precisa de informações sobre a morte dos professores universitários, e não perguntas sobre o que era café, como as pessoas ficavam dentro da televisão e etc.

– O que farão com ele? – Kakashi perguntou casualmente, como se não se importasse. Itachi teve vontade de rir do homem.

Tsunade sorriu. Era a sua deixa.

–O que VOCÊS farão.

Foram alguns segundos, mas eles captaram e a olharam estáticos: - Do que diabos...

–Sim garotos, a nossa pequena fera necessita de um lar até que decidam o que será feito dele. Ele, ironicamente, é a única prova que tiveram a capacidade de me trazer. Parabéns.

Os dois homens continuavam a olhando em choque. Sorriu.

- E segundo Shizune, a única forma de ele ter confiança para falar é através da interação humana. Além disso, enquanto isso acontecer não podemos nos arriscar a quem quer que tenha tentado mata-lo consiga por as mãos no garoto. Quem melhor do que meus melhores homens Kakashi? – ela falava docemente. – E parece que ele realmente se apegou a vocês dois, então foi...

– VOCÊ ESTÁ LOUCA? – Kakashi se ergueu com rapidez. Itachi continuava sentado com a mão na testa. – Como vamos cuidar desse garoto?

– Guarda compartilhada, se virem. – Ela fez um gesto com a mão de desdém. – E eu bem sei que você tem um irmão adolescente Itachi, vai saber como lidar com ele. E sei que Kakashi tem um cachorro... Não deve ser diferente. Agora saiam. Encontro os dois no hospital em duas horas para falarem com Shizune. Boa sorte.

–Mas... – Kakashi começou – Pain e Konan são um casal, se quer que o garoto interaja com uma família, eles seriam os melhores! Como espera que dois homens cuidem de...

–SAIAM!

Itachi pegou Kakashi pela camisa e o arrastou antes que ele estrangulasse a mulher.

– Foi como você disse. – O Uchiha falou calmamente enquanto o amigo esperneava no corredor falando mais palavrões do que em toda a sua vida (o que não eram poucos), recebendo olhares de todos que passavam. – Deu merda.

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Enojado.

Essa era uma palavra que definia bem o que acontecia com Itachi desde o momento que entrara no quarto 505 e encontrara Kabuto rodeando o garoto como formiga no mel, contando seu estado físico com o rosto mais feliz do mundo, utilizando palavras como "interessante", "curioso" e "intrigante." Kakashi estava prestes a soca-lo, e Tsunade se controlava imensamente.

O menino, claro, estava devidamente amarrado e sedado, dormindo com um sorriso tão dócil que Tsunade novamente teve o ímpeto de leva-lo consigo.

Mas Tsunade não era dada a responder a estes ímpetos.

– Há cicatrizes em número de três por projéteis em seu torço direito, mais antigas, e mais recentes em suas costas. Duas entradas, apenas uma saída. Uma das balas ficou alojada e já foi removida...

– De quanto tempo? – itachi o interrompeu.

– O quê? – O homem perguntou confuso por ser interrompido enquanto apontava paras as marcas no corpo judiado.

– As cicatrizes antigas.

– 4 ou 5 anos. Sua idade foi estimada entre 15 e 17 anos. Não é intrigante? Foi baleado entre 10 e 12 anos. Incomum não? – o homem continuou empolgado. – E tem mais! Há marcas por armas brancas, e digo, muitas! Uma delas vai de seu abdômen esquerdo até as costas, atravessando seu corpo. Provavelmente por um objeto perfuro-cortante longo que não duvido ter lesado alguns órgãos no caminho. Não entendo bem como ele sobreviveu, pelo processo de cicatrização não foi a mais de um ano. Hum, também – o homem checou um papel em suas mãos ajeitando os óculos – total de 32 ossos mostram indícios de fraturas antes impostas, incluindo todas as falanges da mão direita, esta última, diante do processo de cicatrização óssea, há dois anos no máximo.

O homem pegou a mão do garoto para enfatizar o que falava, mas Itachi trocou um olhar intrigado com Kakashi ao perceber que ele tocava no garoto mais do que o necessário, o olhando como se ele fosse o objeto mais raro do mundo.

– Claro, que todos esses indícios podem contar datas equivocadas. O processo de cicatrização dele é extremamente rápido, se me permite falar, Ah, e olhem.- Puxou um pouco para baixo a calça do garoto deixando em mostra a parte ilíaca, logo abaixo do quadril esquerdo. Os três viram ali uma marca de queimadura profunda de três números 445.

–O que significa? – Tsunade perguntou impaciente com o sorriso do homem.

– Não faço ideia, ele foi marcado como um animal. Pelo o que relataram, vivia na cela como um animal, e as marcas em seus pulsos e tornozelos indicam que passou um longo tempo preso. Não fala, e não parece acostumado com qualquer contato social. – O homem os encarou ajeitando os óculos novamente com um sorrisinho. – Vocês tem em mãos um garoto-fera, por assim dizer, preenchido apenas com instintos primitivos e violentos. Se querem minha opinião, não conseguirão nada dele.

– Não queremos sua opinião. – Kakashi mandou já sem paciência alguma. – E se não parar de acariciá-lo como se fosse um bichinho você que vai ter uma experiência animal e voar por essa janela.

O homem o olhou surpreso para Tsunade que deu de ombros. O médico adquiriu um ar indignado e pediu um com licença saindo apressado.

– Se não fizesse eu faria. – A mulher admitiu com ar de irritação para a porta. – Ele é um sádico.

– Espancamento, encarceramento, tortura... – Itachi enumerou e os outros dois olharam para a cama. – Eu odeio Kabuto, mas tenho que dizer que se quer inserir esse garoto na sociedade com o intuito que ele fale algo, pode ser muito complicado General Senju. Ninguém sabe o que se passa na mente de alguém assim.

Como se para pontuar sua frase, nesse momento o menino abre os olhos muito azuis, olhando ao redor confuso. Logo ele começa a se mexer com força contra as amarras. O garoto tinha uma força considerável e antes que se machucasse Kakashi segurou sua mão. Os azuis foram até ele e o moreno e pareceram aliviados.

– Lobo Branco e Corvo. – murmurou.

Itachi revirou os olhos, o que não fazia com frequência, mas os apelidos que o garoto colocara neles eram realmente estúpidos. Como ele mal falava até quatro dias atrás, com certeza ouvira de alguém no hospital. Ele recebia informações muito rapidamente.

– Kakashi, garoto. – o grisalho corrigiu irritado pela décima vez naquela semana. Não adiantava. Assim como uma criança teimosa ele participava do processo de quanto mais você luta contra algo, mas ele lhe assombra. Itachi nem mesmo replicava, sabia que não possuía mais jeito.

– Preso é ruim. – o garoto choramingou com olhos assustados, ainda um pouco enevoados.- Eu não gosto.

– E ninguém gosta que quebre o hospital tentando fugir. Ninguém vai te machucar. – o homem falou de forma paciente, que não era comum para Kakashi. Tsunade se encontrava realmente impressionada com a influência do garoto sobre seu oficial mais rebelde. Ao perceber que ela o olhava com um sorrisinho besta o homem largou a mão do garoto e adquiriu sua pose carrancuda.

O garoto olhou sem entender a atitude do homem. Seu rosto perdido era de dar dó.

–Se prometer se comportar, você fica solto. – Itachi pontuou paciente– Mas sem quebrar nada entende o que digo? Você fica parado aí, até alguém vir te buscar.

O menino assentiu após alguns segundos: - Certo.

– Itachi, eu não sei... – A mulher falou ansiosa, mas o moreno já desamarrava o garoto, que permaneceu quietamente em seu lugar, apenas se sentando e lançando um sorriso incerto a quem estava na sala. Logo se distraindo com a luz do sol que vinha da janela nas suas mãos, olhando maravilhado.

– É bonito. – falou com um sorriso cativante e largo. Tsunade sentiu seu coração mole se encher no momento e balançou a cabeça. Ele parecia um menininho.

Os outros homens também pareceram momentaneamente fascinados pela inocência, para então saírem do transe e pigarrearem, como se pegos em algo vergonhoso.

–Ok, vamos resolver as coisas com Shizune. – Kakashi falou quase fugindo da sala antes que fizesse como os outros e começasse a sorrir como um idiota.

– Vocês levam jeito. – a mulher tirou sarro quando se encontravam no corredor.

– Cale-se. – os dois falaram ao mesmo tempo, recebendo uma risada como resposta.

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– Explique para quem entenda. – Kakashi pediu impaciente para Shizune, enquanto ela explicava a condição de Naruto, que estava do outro lado da sala de espelhos montando algum jogo estranho de madeira com interesse ferrenho.

A mulher suspirou e recomeçou enquanto Itachi e Tsunade ouviam também olhando o garoto.

– Vocês falaram com Kabuto?

–Sim. – Kakashi fechou a cara. – Ele quase teve um orgasmo contando que o garoto teve as falanges quebradas.

– Ele é um nojo. – a mulher falou em voz baixa e o grisalho riu. Ele e Shizune sempre se deram muito bom, o que muitos estranhavam, já que eram opostos. – O menino realmente andou chamando atenção no hospital, sentem medo e fascínio, ele, afinal, é bem incomum. Mas enfim, fica claro que o paciente cresceu em um ambiente completamente violento. E diante de sua inaptidão em falar ou aparente falta de conhecimento sobre determinados assuntos corriqueiros, supõe-se que nesse ambiente ele não esteve em contato direto com a sociedade. Um exemplo, é sua falta de conhecimento sobre a existência de outras crianças, que o assustou e despertou curiosidade, ou mesmo seu próprio reflexo no espelho.

– E a luz do sol. – Kakashi comentou lembrando da cena no quarto.

– Sim. O corpo dele parece ter sido preparado para embates de forma constante, o que se vê por seus reflexos e sua força, mas eu arriscaria dizer que seu contato com outras pessoas foi escasso, e por seu medo das pessoas ao chegar aqui, violento. É incrível como ele confia em vocês dois. – sorriu para os homens que olhavam o garoto através do vidro de observação enquanto este montava um quebra- cabeça complicado com concentração extra. – Ele parece se acalmar com sua presença Kakashi.

– Humpf. – o homem bufou e a mulher piscou o olho para Tsunade.

– Ele possuí, no momento, aparentemente, a mente de uma criança de dois anos de idade, ainda em desenvolvimento. – A mulher continuou. - Talvez por ter permanecido tanto tempo, ao que indica, fora do convívio social, ele não desenvolveu a fala nem o discernimento adequado. Ele não sabe o que é bem ou mal, mas eu vejo que há mais em relação a isso. Há esse lado dele, como um recém-nascido que vê o mundo pela primeira vez, e há um outro lado, que não consigo acessar. Ora ele parece totalmente inocente, no outro frio e desconfiado.

– Então ele sabe lutar, ao que foi visto na sua tentativa de fuga do hospital, ao menos quatro tipos de artes marciais diferentes, mas não sabe a diferença entre chá e café. – Kakashi falou em desgrudar os olhos do garoto, que terminara de montar e partia para outra coisa de forma curiosa.

– De certa forma, sim. – A mulher admitiu. - Mas é peculiar, a mente dele é uma esponja, aprende tudo de forma excecionalmente rápida, e isso não conseguimos entender ainda. Ele ouve e armazena palavras novas rapidamente, e assimila seu significado. É perspicaz, criativo, e sua mente parece fazer conexões rápidas sobre tudo. A mente dele é algo incrível de se observar. Em minutos ele monta quebra-cabeças muito complicados, e consegue fazer associações incomuns, até. Eu diria, que temos em mãos, um gênio.

- Já ponderaram em relação ao autismo? – Itachi perguntou, ainda com os olhos grudados atrás do vidro.

-Sim, mas é difícil ter certeza, diante das circunstâncias em que ele passou sua infância. Embora seja uma opção.

– Você diz que há um lado bloqueado na sua mente, está ligado a seu lado violento? Pode ser justamente o que contém as informações que queremos? – Tsunade falou fazendo a mulher morder o lábio.

– Isso é peculiar, eu ia dizer. Como eu disse, ele age por instintos, são quase reflexos. Esse garoto foi extremamente abusado fisicamente. Eu não sei o que pretendiam com ele, mas eles construíram uma arma, mas sua mente parece totalmente infantil, eu ousaria até dizer, pura, lúdica. Os abusos refletem em seu corpo, mas sua mente pareceu intacta, como se ela a tivesse fechado para o que acontecia em seu exterior.

– Você quer dizer que ele esqueceu, propositalmente? Como amnésia.

– Eu diria que ele bloqueou toda e qualquer informação que o leve a dor que passou, deixando apenas algumas pistas: reações a perigo de forma violenta, pavor de ser preso, e outras coisas que talvez surjam com o tempo.

–Então, quanto a qualquer informação sobre a Akatsuki... – Tsunade falou com um suspiro.

– Sinto muito general Senju, mas se quer mesmo acessar essas informações precisará de um tempo, e será doloroso, de qualquer forma. Precisamos ir com calma, ou ele poderá colapsar, e não conseguira nada dele.

A loira suspirou e continuaram olhando o garoto, que agora olhava pela janela de forma fixa, brincando novamente com a luz do sol com um grande sorriso no rosto. Por um momento Tsunade pensou se realmente queria que aquela criança revivesse todos os horrores que cuidadosamente encarcerara na mente. Ela realmente sentiu que aquele sorriso genuíno se perderia.

Mas Tsunade Senju não se apega a momentos. Ela tinha um trabalho a fazer.

– Vocês terão dois meses. – olhou para os homens.

Eles nada responderam. Sabiam que não adiantava discutir.

Mas Itachi foi pego novamente por aquela intuição de sempre.

Sair fuçando na mente bloqueada de um garoto que era uma arma letal.

Aquela história tinha tudo para acabar mal.

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