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Dos

Planeta Terra, Ano de 2703.

Lauren's Point of view

Eu aprendi que se você tem medo de praia, ou entre na água e nade de uma vez, encarando seu medo de frente, ou nem entre. Não para ficar demonstrando medo e fragilidade para os demais.

"Como assim viva?" Vero perguntou. "Você tem certeza?"

"Ela está respirando. Então sim." Falei convicta.

"Você consegue puxar ela para cá?" Vero perguntou e voltei a olhar o pequeno corpo ali deitado.

"Posso tentar." Falei lhe entregando minha arma e me deitando para me arrastar até a garota que estava entre as rochas.

O chão fervia. Quente era pouco, por isso puxei mais minha roupa para baixo, no intuito de não deixar minha pele tocar o solo. Escutei um ruído lá fora e por instinto olhei, apenas para ver mais um dos grandotes cair. Vero era tão boa de mira quanto eu.

Ao chegar na garota segurei em seu braço e a puxei. Ela era leve provavelmente, mas depois de dois dias aqui, dormindo em prestações, comendo menos do que o normal, com o pé machucado e cansada, qualquer saco de arroz se torna pesado.

Assim que a puxei para onde eu pudesse me levantar, me sentei e espalmei meus ombros, tratando de retirar a sujeira dali.

"Uau, nem acredito nisso. Ela está mesmo viva." Vero falou ao ver a respiração da garota. "Já fazia quase dois meses que não encontrávamos ninguém vivo. Eu já tinha quase perdido as esperanças de que alguém ainda..." Engoliu seco e me olhou como se estivesse me pedindo desculpas pelo que havia dito. "Desculpa, Laur. Eu não quis..."

"Oh! Você quis sim." Falei calma. "Tudo bem, Vero. Nem eu sei se eu ainda acredito que possa encontrá-los vivos." Confessei e a vi se abaixar e apertar meu rosto com uma das mãos.

"Pare de falar boludeces. Eles estão vivos e você precisa acreditar nisso." Falou firmemente.

"E se não estiverem? Acha justo eu ainda ficar me iludindo mesmo 8 anos depois? Só venho sofrendo, Veronica. Não é justo." Falei soltando meu rosto de seu aperto. "Preciso começar a cair na real."

"O que quer dizer com isso? Vai deixar de procurar?" Respirei fundo e desviei meu olhar para a garota ali deitada.

"Não. Isso nunca." Foi tudo o que me permiti dizer. Não pude deixar de reparar como as roupas da garota pareciam bem limpas para alguém que vivia no meio desse monte de Terra. Reparei os traços de seu rosto. Delicados, cílios grandes, lábios bem contornados, nariz fino, como se tivesse sido desenhada por alguém, sem defeito algum sequer, exceto pelo pequeno corte no supercílio.

Não resisti e lembrei do quão quente aquele chão estava, então meu subconsciente me fez puxa-lá para meu colo.

"Uhoh. O que está fazendo? Ela pode estar contaminada." Vero Falou.

"Não fale asneiras. Se ela estiver contaminada eu só pegaria algo se tivesse relação sexual com ela ou se a beijasse." Falei, retirando uma mecha de cabelo do rosto da garota desacordada. "Pareço estar transando?" Perguntei olhando séria para Vero, erguendo as sobrancelhas, o que a fez bufar.

Senti a garota se mexer em meu colo e a olhei. Ela se moveu um pouco, antes de seus olhos se abrirem lentamente. Castanho.

Assim que me viu se levantou às pressas e me olhou assustada. Sua respiração estava desregulada. Notava-se por como seu peito subia e descia rapidamente.

"Shh..Shh. Calma." Falei ainda sentada. Meu pé doía, e não queria levantar sem que fosse necessário. "Não vou te machucar. Viemos ajudar." Ergui as mãos em frente de meu corpo e a olhei. Ela me encarou por uns segundos fixamente, até que desviou o olhar para Vero e voltou a me olhar. Olhei rapidamente para minha amiga e voltei o olhar para a garota visivelmente assustada. "Ela também não vai te machucar, tudo bem?"

"É, relaxa. Viemos te tirar desse purgatório." Vero disse rindo. Vi os olhos da garota se desviarem para as armas que estavam na mão de Vero. Sim, armas. Já que ela ainda segurava a minha.

"Psiu." Chamei. "São só para nos defender daquelas coisas. Não são para te ferir. Eu juro." Vi a garota suspirar aliviada e tentei levantar. Meu pé já pisava melhor, mas ainda doía como o inferno. "Posso saber como se chama?" A garota me olhou desconfiada e lentamente negou com a cabeça.

"Tudo bem. Pode nos dizer algo? De onde era? Como sobreviveu todos esses anos aqui?" Vero perguntou um tanto sem paciência.

Vi a garota olhar ao redor como se procurasse algo. Vi como umedeceu seus lábios e engoliu seco. Provavelmente estava com sede. Voltou seu olhar para Vero e negou com a cabeça, ainda assustada.

"Olha aqui, garota." Vero começou a falar, se aproximando da desconhecida. "Viemos te ajudar, então você poderia ser mais legal e falar algo para nós." A garota a olhou assustada e correu, se escondendo atrás de uma das rochas dali. Suspirei e olhei irritada para Vero.

"Que mierda pensa que está fazendo?" Gritei. "Ela tem estado nesse inferno por oito malditos anos!" Exclamei irritada. "Está assustada, confusa, provavelmente com fome e sede. Estava desmaiada e quase foi devorada por essas coisas." Olhei para a rocha onde a garota havia se escondido e ela nos espiava. O jeitinho que estava foi tão fofo que me deu vontade de rir, mas precisava aplicar meu sermão na Vero.

Se fosse minha irmã eu não gostaria que se alguém a encontrasse a tratasse daquele jeito como Vero tratou a desconhecida.

"Então presta atenção nas merdas que faz e tenta se colocar no lugar dela. Ela está assustada, carajos." Finalizei e escutei uma risadinha. Olhei para a garota que nos assistia e caminhei mancando até ela. Retirei minha garrafinha de água da minha cintura e lhe ofereci.

"Pelo menos ela sabe rir." Vero ironizou. A garota ponderou pegar ou não a garrafinha, mas o instinto humano falou mais alto, pegando a garrafa e experimentando. Quando viu que era água bebeu desesperadamente, como se não bebesse nada há dias.

Meu coração se apertou, ter sede por muito tempo era uma das piores sensações do mundo. Ouvi um barulho e ouvi Vero resmungar.

"Acho que gritou alto demais, Jauregui. Chamou a atenção dos grandões." Falou rindo. "Mas deixa comigo." Três deles corriam em nossa direção. Vero parecia bem tranquila, apenas mirou e puxou o gatilho. O único problema foi: A arma estava descarregada. "Droga." Resmungou e tentou a minha. Um tiro saiu, derrubando um deles. Na segunda tentativa: Sem munições. "Ah, qual é?! Maldición." Reclamou. Jogou minha arma, mesmo descarregava para mim e se jogou entre duas rochas, deslizando por entre o solo quente. "Estão esperando o que para correr? Se essa porra está sem munição então tenta enfiar nos olhos deles quando a ajuda chegar." Gritou, já protegida. Assenti e segurei na mão da garota que estava comigo.

Corri com ela por algum tempo, mesmo mancando, mesmo sentindo como se agulhas perfurassem meu pé machucado, até que deslizei por entre algumas rochas, mas ali não estaríamos protegidas. Eles nos alcançariam, mas ganharíamos alguns segundos. Eram suficientes.

Olhei nos olhos da garota e vi medo. Me abaixei e puxei o último cartucho de minhas botas. Saíamos com 30 cartuchos de 15 balas cada um. Carreguei a arma e a engatilhei. Os olhos da garota se arregalaram. Levei meu indicador até meus lábios, indicando que era para ela não fazer nenhum ruído. Ela assentiu e senti seu corpo colar em minhas costas assim que espiei por entre as pedras aonde aquelas coisas estavam.

Mirei. Bingo. Caiu. Depois mais um tiro e o outro também já estava no chão.

"Está tudo bem, calma." Falei pra ela e ela espiou por cima de meus ombros, parecendo não acreditar que aquelas coisas estavam mortas. Eu a entendo, seus corpos se refaziam e ela não sabia que existia armas capaz de acabar com esses desgraçados. Senti um vento soprar e sorri. Sabia que só poderia ser minha amiga com a nave.

Os olhos da garota que estava comigo se arregalaram e ela tentou correr, porém segurei seu pulso.

"Hey, estão conosco. Fique tranquila, tudo bem?" Ela voltou a assentir e comecei a caminhar até a nave com ela. Vi Vero se levantando e sorrindo, sabendo que logo veria sua namorada. Senti meu braço ser apertado, me fazendo parar e fitar a garota. Ela olhou para a nave e novamente para mim, parecia envergonhada. Eu estava prestes a falar algo, mas não tive tempo.

"Vocês..." Mordeu o lábio e soltou o ar de seus pulmões. "Vão me machucar?" Ela perguntou receosa, com a voz bem baixinha.

Sorri internamente. Ela falou, porém o medo e fragilidade em sua voz me quebraram.

Desviei meus olhos para a nave. A porta só seria aberta quando Veronica e eu estivéssemos em frente a nave. Apenas para evitar problemas. Regras de Gênesis. Voltei a olhar a garota, aparentemente frágil na minha frente, mas para ter sobrevivido todos esses anos aqui, não era tão frágil assim. Mesmo assim o medo em sua voz me desarmou.

"Olha pra mim." Sussurrei. A garota que antes olhava para os pés envergonhada me fitou. Erguendo os sílios, seguidos do olhar lentamente. "Nada e nem ninguém vai te machucar. Eu juro." Falei tentando transpassar confiança. "Ninguém vai te machucar, ok? Ninguém vai te machucar ou eu não me chamo Lauren Jauregui."

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Acho que hoje mesmo lá pra madrugada eu posto mais um. Beijinhos :*

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