42 - Princesa Grace
Era oficial, a escolha havia sido feita, Lucky finalmente escolheu e o melhor era que ele finalmente se apaixonou perdidamente por uma garota, eu me sentia exuberante por esse fato, eu realmente questionei a mim mesma se algum dia ele seria capaz de fazê-lo. Agora meu casamento estava praticamente pronto e eu estava no avião a caminho da Rússia, eu deveria me casar na Rússia mesmo com o herdeiro, com o amor da minha vida, olhei para o lado e sorri para ele, Vladmir sorriu de volta e apertou minha mão.
Dentro de uma semana eu me casaria, mas ainda não partiria em lua de mel, o casamento de Lucky seria em seguida e eu não poderia perder esse momento.
Vladmir havia concordado em esperar duas semanas para dar início a nossa lua de mel, ele era sempre tão compreensivo e incrível, se era possível eu me sentia a cada dia mais apaixonada por ele, eu sentia realmente como se tivéssemos nascido para ficarmos juntos. Encostei minha cabeça em seu braço e olhei à nossa volta, Nikolai conversava animadamente com Duda e Carol, infelizmente Giovanna não veio comigo, foi difícil a despedida, mas eu entendia seus motivos, Giovanna fora pedida em casamento pelo valente soldado Bunk, como a família deles estava em Illéa e seus empregos ela preferiu ficar, depois de tantos anos Gwen se aposentara e Giovanna ocupou o cargo de maior confiança, ela virou dama da rainha. Sim porque agora finalmente Amberly se tornaria rainha dentro em breve, após o casamento de Lucky meus pais renunciariam a coroa e Amberly seria coroada, o que era mais um motivo para não faltar à cerimônia.
Quanto a Carol e Duda elas vieram comigo com seus corações excitados por aventuras, elas esperavam que a mudança de ares lhes fizesse encontrar o que Giovanna encontrou, o amor.
- Está tão calada... – comentou Vladmir tocando meus cabelos e beijando minha têmpora.
- Estava pensando, não foi fácil a despedida em Illéa – eu disse com pesar.
- Imagino que não tenha sido, mas sua irmã estava certa – disse Vladmir enquanto acariciava meus cabelos.
Durante a despedida Katherine havia me dito para eu não pensar que este era o fim e sim um novo começo, que todos estariam lá para mim quando eu precisasse, eu iria para longe, mas sempre seria recebida de braços abertos quando retornasse para minha família. Minha mãe me abraçou e disse que me amava e que quando ela deixasse o trono viria me visita com frequência, Amberly me tomou nos braços e não falou nada apenas chorou, eu sei que ela sentiria minha falta assim como eu sentiria a dela, que apesar das diferenças eu poderia contar com ela para o que fosse necessário, Shalom foi emotivo, ele falou que nem podia acreditar que eu estava partindo e que em breve me veria subindo ao altar, logo eu, sua princesinha. Meu pai me abraçou e mandou que Vladmir cuidasse bem de mim. Mas o mais difícil mesmo foi Lucky, eu sabia que ele sempre tivera problemas com despedidas, ele andava muito ocupado com o caso dos rebeldes, mas ele jamais deixaria de se despedir de mim, ele foi breve, disse que ainda não era uma despedida que ele passaria por isso uma única vez e se despediria de mim depois do casamento.
- Você tem razão, eu estou sendo uma tola – eu disse e ele me apertou contra seu corpo.
- Nunca será tola, é natural sentir saudades, mas eu prometo amenizar isso para você farei tudo que puder para que se sinta parte da minha vida – ele disse e eu o abracei.
- É por isso que amo você – eu disse sorrindo e ele beijou minha testa.
- Olhe pela janela meu amor, e contemple a nossa casa, nosso império – ele sussurrou para mim e eu o soltei, fui até a janela e olhei para fora. Estávamos sobrevoando muito alto não dava para ver muito, mas eu prendi a respiração, eu saiba que estava longe, mas eu tinha que pensar que agora essa era minha casa.
O restante da viajem ficamos em silencio, Vladmir ficou brincando com um cacho do meu cabelo e eu absorta em pensamentos, não sei quanto tempo exatamente passou, mas não tardou para desembarcarmos em Moscou e fomos de carro o restante do caminho até o palácio, Nikolai, Duda e Carol foram no mesmo carro conosco. Eu encostei minha cabeça no ombro de Vladmir, ele se virou, ficou meio de lado para mim e aconchegou minha cabeça em seu peito, o restante da viagem de carro eu fui dormindo em seus braços enquanto Carol e Duda se divertiam com Nikolai ao fuçar na limusine. Quando despertei estávamos diante do palácio, ele era magnífico, lindo e imponente, eu jamais havia vindo a Rússia antes, quem costumava viajar bastante era o chanceler ou Amberly.
- Esse é seu novo lar Grace – disse Vladmir quando desci do carro, eu fechei mais meu casaco, apesar de ser dia e o sol brilhar no céu o frio estava me congelando, ele me trouxe para junto de seu corpo e me conduziu para dentro do palácio.
Estava nevando do lado de fora, fazia muito frio eu jamais havia ido a Noruécia no inverno, mas Katherine me contara que fazia muito frio, eu imaginei que fosse algo como isso, neve e temperaturas extremamente baixas.
- Uma pena que ainda não terá a oportunidade de conhecer nossa primavera e o verão – disse Vladmir para mim e eu olhei para ele, quando ele me ajudou a retirar o casaco, dentro do palácio estava mais quente.
- Eu terei a oportunidade em breve – eu disse sorrindo e ele sorriu de volta, então olhei em volta e quase não deu tempo de me preparar para o vulto que se chocou contra meus braços.
- Eu nem acredito que finalmente chegou! – disse Alecxandra irmã de Vladmir.
- Desculpe a demora – eu brinquei e ela me soltou sorrindo.
- Estou animadíssima, eu andei muito ocupada com os preparativos do casamento de vocês e tenho milhões de coisas para confirmar com você – ela disse rápido e eu quase não entendi.
- Deixe a Grace se estabelecer primeiro, filha – era a voz da rainha Catarina, ou melhor imperatriz, olhei para ela, ela tinha longos cabelos escuros e olhos da mesma cor dos de Vladmir, ela era muito bonita, Alecxandra era sua cópia mais jovem, Vladmir tinha vários traços dela.
- Majestade – eu a reverenciei e ela apenas me abraçou.
- Não seja boba, somos da família, serei como sua segunda mãe agora, então sem formalidades entre nós, seja bem vinda a nossa família – ela disse sorrindo, aquele sorriso igual ao de Vladmir.
- Oh, finalmente chegaram, Vladmir temos muito trabalho a fazer – disse o pai de Vladmir chegando ao hall de entrada para nos receber.
- Não seja descortês Alexandre – repreendeu Catarina.
- Perdão, seja bem vinda Grace, de Illéa minha futura filha – disse Alexandre olhando para mim com um sorriso, o nariz de Vladmir era definitivamente igual ao pai, dava para imaginar como ele seria quando ficasse mais velho, ele continuaria lindo.
- Será uma honra – eu disse com um sorriso tímido e Alexandre olhou para Vladmir.
- Vamos rapaz, já fugiu muito tempo do serviço – disse Alexandre conduzindo Vladmir que se desculpou em silencio por tudo aquilo e eu apenas sorri.
- Agora vamos meninas, temos muito o que fazer – disse Catarina com seu jeito impetuoso, me perguntei se algum dia eu seria tão impetuosa quanto ela, se isso era algo normal da Rússia.
Catarina me conduziu até meus aposentos, o quatro tinha uma porta de ligação, que provavelmente era para o quarto de Vladmir, e eu estremeci com esse pensamento, o aposento era grande e bonito, Duda e Carol começaram a arrumar minhas coisas para me estabelecer e Alecxandra entrou segurando uma caixa de coisas, eu nem havia visto que ela deixara a comitiva.
Passei a tarde toda vendo tudo que Alecxandra tinha separada para o casamento e Catarina ficou conosco, ela estava fazendo seus afazeres enquanto às vezes palpitava em algum item.
O almoço foi bem singular, almocei apenas com minha sogra e cunhada, Catarina me explicou que Alexandre e Vladmir tinham muito o que fazer e eles iriam trabalhar duro, pois Vladmir sairia em lua de mel em breve e ficaria fora de novo. O jantar foi igual, eles comeram no escritório e eu jantei com as duas, eu me sentia um pouco estranha de ser deixada com as duas, mas Alecxandra fazia de tudo para eu me sentir em casa, sempre muito animada e gentil, Catarina era contida, mas ao mesmo tempo era gentil e suas piadas sutis me faziam lembrar de meu irmão.
Quando finalmente fui para meu quarto, estava exausta, meu dia fora exaustivo, existia o fato do fuso horário diferente o que me deixava ainda mais cansada, eu já nem sabia mais a quanto tempo eu não dormia, minhas damas estavam dormindo em seus quartos e eu estava sozinha, já que Alecxandra apenas me deixou ir dormir porque Catarina a chamou a razão, que por conta do fuso horário eu deveria me sentir morta de cansaço.
Retirei a roupa que passei o dia e vesti um pijama quente, mesmo com o aquecedor o quarto ainda era frio, olhei pela janela os jardins de gelo que eu tinha vista e estremeci. Fui para minha cama e simplesmente não conseguia dormir, eu não conseguia esquentar e eu apenas pegaria no sono após me sentir confortavelmente quente.
Fiquei revirando na cama que era diferente da minha cama, diferente do que eu estava acostumada, não sei quanto tempo o fiz, mas dado momento escutei um barulho e acendi o abajur ao lado de minha cama.
- Desculpe eu não queria acordar você, eu ia apenas olhar você antes de dormir – disse Vladmir na porta de conexão.
- Não se preocupe, eu não consigo dormir – eu confessei a ele e ele se aproximou.
- Alguma coisa está errada? – ele perguntou sentando-se ao meu lado na cama.
- Eu não consigo esquentar meus pés e pode rir, mas não consigo dormir se não estiver inteiramente quente – eu disse corando e ele riu.
- Posso ficar aqui com você se você quiser – ele sugeriu e eu me senti apreensiva, seria certo?
- Eu não sei Vlad, eu não sei se seria certo – eu disse hesitante.
- Eu disse que posso ficar, eu posso dormir com você não disse que vou ataca-la sexualmente – ele disse com a sombra de um riso nos lábios e eu empurrei ele de brincadeira.
- Você é simplesmente impossível – eu disse rindo.
- Dê-me dois minutos – ele disse beijando minha testa e levantando-se da minha cama.
- Tudo bem – eu disse sem entender o que ele queria, ele saiu pela porta de conexão e sumiu.
Ele ainda estava com a roupa que chegara pela manhã, presumi que ele ainda estava trabalhando até agora, me senti consolidada com ele, ele também deveria se sentir exausto e eu o estava incomodando com meus malditos pés gelados.
Não demorou muito ele voltou ao meu quarto, agora ele usava um pijama escuro, não sabia dizer se era azul ou preto, a pouca luz do meu abajur não me permitia definir a cor, apenas sabia que era escuro, tão pouco parecia quente. Ele veio até mim e levantou as cobertas.
- O que está fazendo? – perguntei chocada.
- Vou dormir com você, você irá conseguir dormir – ele respondeu acomodando-se ao meu lado, eu não sabia se eu me sentia aliviada, feliz, chocada, assustada ou brava, me sentia perplexa.
- Mas não vão brigar conosco? – perguntei chocada.
- Porque fariam algo assim? – ele perguntou inclinando-se sobre mim para apagar o abajur.
- Não somos casados Vladmir! – exclamei.
- E quem se importa? – ele perguntou voltando a se deitar ao meu lado.
- Não é certo! – eu exclamei.
- Não se preocupe, venha – ele disse me puxando para seus braços e eu me senti tensa, mas eu me aproximei dele – Não é como se fosse nossas núpcias, apenas quero ajudá-la a dormir – ele disse beijando meinha testa.
Passei meu braço sob seu peito e encostei minha cabeça em seu peito, ele ficou afagando meus cabelos em silencio, apenas a palavras "núpcias" me deixava um pouco apreensiva, quando fiquei noiva de Henry ele adorava falar sobre isso, e eu sempre me senti transtornada com isso, seria difícil eu me sentir confortável. Mesmo que Vladmir conseguisse me fazer sentir vontades que antes eu desconhecia, pensar sobre o assunto ainda me causava certo desconforto. Não demorou para eu simplesmente apagar em seus braços, eu estava tão cansada que apenas dormi, acordei com luz em meu rosto e fui me levantar e então percebi que havia um braço em cima de mim.
Me lembrei que na noite passada Vladmir dormira aqui, eu me sentia confortável, quente e feliz, me levantei com cuidado e fiquei olhando-o dormir, ele parecia tão sereno.
- Dormiu bem? – perguntei a ele quando ele despertou.
- Muito, que bom que em breve terei oportunidade de dormir com você sempre, é reconfortante – ele disse sorrindo.
- Obrigada, eu consegui dormir – eu disse corando.
- Estou ás ordens, e aliás me desculpe por ontem, eu não tive tempo de ficar com você e receio que não tenha tempo nos próximos dias – ele disse com sincero pesar.
- Não tem problema sua irmã sabe como me entreter e sua mãe é realmente incrível – eu disse e ele sorriu.
- Fico feliz que tenha gostado – ele disse colocando uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha esquerda.
- Grace? – chamou a voz de Alecxandra e eu olhei para ele alarmada.
- Entre! – ele disse e ela entrou e nos olhou juntos e sorriu.
- Danadinhos! – ela disse sorrindo.
- Não é o que está pensando – eu disse corando violentamente e ela gargalhou.
- O que estou pensando? Que você dormiu demais e temos muito o que fazer, suas damas já estão vindo com o seu café da manhã – disse ela rindo.
- Alex, vai dar uma volta me deixa dois minutos com a minha noiva – disse Vladmir.
- Você a terá para o resto dos seus dias, me deixe ficar com ela esses dias, se manda! – disse ela rindo e eu corada sem caber o que dizer.
- Sério Alex, deixa eu falar com ela, preciso ir trabalhar com o papai – ele disse sério.
- Dois minutos – ela disse antes de sair e mostrar a língua para ele.
- Eu gosto da sua irmã – eu comentei quando ela fechou a porta.
- Eu também gosto dela, mas ela me irrita as vezes – comentou ele rindo, então se voltou para mim, levantando-se e colocando um braço de cada lado do meu corpo, ficando com seu corpo parcialmente sob o meu, meu coração acelerou. Ele beijou meu pescoço e eu me derreti sob seus beijos, então ele suavemente subiu sua boca até minha orelha e sussurrou.
- Eu venho hoje anoite para passar algum tempo com você, se você quiser – ele disse e mordeu o lóbulo da minha orelha.
- Sempre quero sua presença – eu disse e ele sorriu, beijou minha testa e se afastou.
- Nós nos veremos antes de dormir – ele anunciou antes de rumar para seu quarto, deixando-me inebriada com sua presença, com o coração acelerado e uma promessa de uma noite de sono em seus braços.
E assim eram os meus dias, eu passava o dia decidindo e organizando as coisas do casamento junto de Alecxandra e Catarina e durante a noite Vladmir ia ao meu quarto e me contava seu dia, eu contava a ele o meu e acabávamos pegando no sono, era bom dormir com ele, pois naquele país estava fazendo muito frio e seus braços eram quentes e reconfortantes.
Dois dias antes do casamento eu provei meu vestido, era realmente fantastico, o corpete todo bordado com cristais que faziam inumeras ramificações florais, o bordado continuava pelas mangas que desciam até quase meus pulsos, meu vestido era bem parecido com o de Zoey e de Amberly, mas a saia era bem diferente o tecido era incrivelmente macio e tinha um brilho branco tão lindo, era bem adequado e eu ainda usaria uma capa com touca por causa do frio, me asseguraram que eu retiraria quando entrasse na catedral e depois para sair eu devia recolocar a capa.
Um dia antes do casamento minha familia chegou, e eu então me dei conta de como minha familia era enorme, Amberly, Antony, Josh e Richard. Katherine, Phillip, Bruno e Elizabeth. Shalom, Zoey, Audy e Isabelle. Lucky, Rachel e meus pais.
Me senti feliz em ter todos ali, aquela noite Catarina dispensou os homens para o salão de jogos e nos levou para o salão de dança, apenas as damas.
Passamos à noite toda conversando e bebendo juntas, Alecxandra me disse que isso era equivalente a uma despedida de solteira. No dia seguinte acordei cedo e comecei a me preparar, o casamento seria ao entardecer.
Eu escolhi Alecxandra, Carol, Duda e Rachel para as minhas damas de honra, Rachel, porque eu podia perceber que ela ainda estava com problemas para entender que fazia parte de nossa familia, grande e real.
Katherine não gostou que eu não a convidei, mas convenhamos que ela não tem mais idade para isso, quando Amberly a chamou a razão e disse isso ela ficou ainda mais brava e eu não pude deixar de rir, Audy levaria as alianças uma vez que a pequena Isabelle era um bebê ainda e Elizabeth grande demais para as alianças e nova demais para ser uma de minhas damas.
Os vestidos das damas era de cor champanhe, desciam quase até os pés, era um modelo vitage, mas era bonito e adequado, Duda e Carol estavam muito felizes com minha escolha por elas, Duda estava em um quase namoro com Nikolai e Carol estava encantada com um guarda do palácio que se chamava Robert Kolen ao qual ela não parava de falar um minuto, e suspirava aos cantos por ele.
Eu ficava muito feliz em ver que todos ao meu redor estavam se entendendo e arrumando suas vidas.
- Oh Grace você está tão linda! – disse minha mãe me abraçando ao entrar em meu quarto, quando eu estava pronta, com a maquiagem e o vestido.
- Você está incrivel também mamãe – eu disse sorrindo para ela, minha mãe vestia um vestido cor de rosa com mangas curtas, usava uma faixa e algumas medalhas, coisas de rainhas, seus cabelos vermelhos estavam presos em um elegante coque, tão linda sempre.
- Nem acredito que a caçulinha está se casando, meu deus! Como estou velha, parece que foi ontem que eu a peguei nos braços – disse Katherine entrando em meu quarto e me abraçando.
Katherine usava um vestido verde escuro muito bonito com mangas longas transparentes e bordadas.
- Eu tinha quase sua idade quando eu me casei, como o tempo passa – disse Amberly entrando atrás de Katherine sorridente, usando um vestido creme, muito bonito e polido, bem a cara de Amberly.
- Da para acreditar? A nossa irmãzinha já vai conhecer os prazeres do casamento com o homem que ama – disse Katherine com malicia e eu corei.
- Katherine, contenha-se! – disse Amberly, minha mãe apenas riu das duas.
- Se você está falando sobre sexo, me poupe – eu disse a Katherine.
- Exatamente disso que estou falando, espero que o Vlad saiba esquentar as coisas como o Lip – disse Katherine sorrindo e eu corei.
- Dispenso saber suas particularidades Katherine – eu disse me sentindo quente de tão vermelha.
- Mamãe não vai repreender Katherine? – perguntou Amberly.
- Se resolvesse de alguma coisa, ela não seria assim – disse minha mãe suspirando e nós rimos.
- Oh céus, você ainda está aqui? – perguntou Alecxandra entrando em meu quarto e colocando suas mãos nos quadris – Alguém irá se atrasar, muito para o próprio casamento – disse ela.
Minha mãe se aprumou e vestiu o casaco, minhas irmãs o fizeram também e saímos de meu quarto, desci as escadarias vestindo o manto branco, quando saí para entrar no carro me senti agradecida por usar o manto.
Ao chegar na catedral, eu fui para a sala de espera da noiva onde Carol e Duda correram para fazer os últimos ajustes, Alecxandra arrumou meu véu, Rachel ajudou com meus cabelos.
- Pronto está linda e bem na hora – disse Alecxandra sorrindo, Duda, Carol e Rachel se arrumaram para a entrada delas.
Meu pai veio a mim e sorriu ao me ver.
- Tão linda, nem posso acreditar que minha última filhinha está se casando, pensei que esse dia jamais chegaria – disse meu pai com os olhos brilhantes.
- Bom em um certo momento eu precisaria sair da asa de vocês – eu disse sorrindo e ele me deu seu braço.
- Sempre que levo uma de vocês para o altar é como perder um pedaço, eu sinto falta de todos vocês quando eram ainda pequenos – disse meu pai e eu o abracei.
- Vamos papai, sem muito sentimentalismo, não posso borrar a maquiagem – eu disse brincando e ele sorriu.
A música tocou anunciando a entrada de minhas damas, eu apertei o braço de meu pai, eu seria a próxima a entrar e isso me causava tantas emoções.
- Você nunca nos perdeu papai, sempre seremos partes suas e sempre estaremos aqui para o senhor - eu disse e pude ver ele esconder uma lagrima que caia de seus olhos.
Quando chegou nossa hora eu caminhei com meu pai ao meu lado em passos confiantes, eu me sentia confiante porque essa era a minha escolha e eu sabia o quão certa ela era para mim. Olhei Vladmir lindo lá na frente e ele olhava para mim sorrindo com admiração em seus olhos, o que me fez com que eu me sentisse mais bonita, ergui minha cabeça e meu pai teve que me segurar levemente senão eu correria para os braços que me esperavam ao final dessa longa caminhada, parecia que jamais eu chegaria ao final.
Quando finalmente cheguei me despedi de meu pai e o abracei.
- Eu te amo e sempre vou te amar papai – eu disse para ele e ele me apertou um pouco mais antes de me soltar e entregar para Vladmir.
- Ainda mais linda que de costume – cochichou Vladmir e eu sorri para ele.
Eu não conseguia prestar grande atenção a cerimonia que se deu a seguir, eu apenas conseguia me concentrar nas mãos fortes de Vladmir sob as minhas, eu não conseguia parar de olhar para ele e nem de sorrir.
Quando finalmente acabou a cerimônia eu o beijei profundamente nos lábios, finalmente eu era sua esposa, nós fomos para o carro e ele me olhou com o manto e sorriu.
- Você fica linda com esse manto – ele disse quando estávamos dentro do carro.
- E você fica muito lindo com essa roupa de príncipe – eu disse sorrindo.
- Você ficaria muito bonita apenas com o manto também – ele disse sorrindo maliciosamente.
- Quem sabe mais tarde? – eu provoquei.
- Eu vou cobrar – ele disse tomando-me em seus braços e voltando a me beijar.
O restante do curto caminho da catedral até o palácio nós não falamos mais nada, estávamos com os lábios ocupados demais.
Quando chegamos à festa passei as duas primeiras horas cumprimentando convidados e sendo parabenizada. Nuno e Cecille vieram a nós, eles pareciam bem satisfeitos um com o outros, Cecille me confidenciou que não o amava, mas ela sabia que daria tudo certo porque eles sentiam uma forte atração física, não pude deixar de rir, Nuno parecia muito satisfeito ao lado dela e eu me senti feliz por eles, quando Apolon veio me cumprimentar eu fiquei surpresa.
- Então quer dizer que seguiu meu conselho? – eu perguntei ao olhar para ele.
- Eu não poderia deixar o que sinto por Brooke de lado – ele disse olhando para a mulher loura e elegante ao lado dele com admiração.
- Sinceramente eu custei a perdoá-lo – comentou Brooke sorrindo.
- Mas no final não resistiu e cedeu aos sentimentos que temos um pelo outro – disse Apolon convencido.
- Nunca poderia negar que o amava – Brooke disse corando e ele a beijou.
- Sempre tão linda! – disse Apolon ao solta-la, ele estava tão feliz que eu não podia deixar de sorrir.
- Cuide bem dela Apolon – disse Vladmir sorrindo.
- Não posso dizer o contrário, eu enviarei o convite de casamento em breve, foi difícil convencer meus pais, mas no final eles se convenceram de que ainda seria uma aliança com Illéa – disse Apolon sorrindo.
- E o nosso final feliz – disse Brooke olhando para ele apaixonadamente.
- Sim, agora vamos dançar e deixar os noivos, porque quando for a nossa vez não quero vocês me pentelhando – brincou Apolon e nós rimos dele, ele jamais havia agido de forma tão espontânea assim, ele nunca havia sido tão verdadeiro como hoje, e eu finalmente conheci o verdadeiro Apolon, e esse eu gostei, até porque ele estava feliz ao lado da pessoa que amava. Como eu imaginei o ultimo que veio me cumprimentar foi meu irmão e Rachel. Eu abracei a Rachel primeiro.
- Não fique apreensiva, eu sei que ele ama você – eu disse apenas para ela e quando ela me soltou ela parecia surpresa, eu sorri para ela e afirmei com minha cabeça.
- Cê! O patinho feio tornou-se um belo cisne – ele disse antes de me abraçar.
- Tão bobo você – eu disse puxando-o para um abraço, Vladmir estava agora conversando animadamente com Rachel, provavelmente porque ele queria me dar algum tempo com meu irmão.
- Sabe que bom que você resolveu se casar primeiro, eu não ia querer parar minha lua de mel para o seu casamento – ele disse e eu rolei os olhos soltando-o.
- Típico!
- Alias Rachel já estaria dormindo nua na minha cama a muito tempo se os vigias não continuassem por toda parte – ele disse suspirando.
- Contenha-se falta pouco, já esperou até agora, por que não esperar mais um pouco?
- Paciência é uma virtude e como bem sabe sou desprovido de virtudes – ele disse e eu rir.
- Falando na Rachel, por que está sendo tão frio em relação a Rachel? – perguntei baixinho.
- O que? Não estou – ele disse colocando os braços para trás.
- Está sim, a pobrezinha parece amedrontada – eu disse séria.
- Mulheres e suas inseguranças – ele disse negando com a cabeça.
- Você já se declarou para ela? – perguntei.
- Isso é necessário? – ele perguntou parecendo chocado.
- Claro! Por isso que ela está tão assustada – eu comentei me segurando para não lhe dar um tapa.
- Vou pensar nisso depois, agora... Cá estamos, uma despedida – ele disse e eu senti uma pontada no coração.
- Não, isso será um até logo – eu disse.
- Não será mais como antes Cê, eu não a terei ao meu lado todos os dias – ele disse com um suspiro.
- Você terá a Rachel – eu sugeri.
- Ela será minha esposa, outras coisas penso em fazer com ela – ele disse com aquele sorriso travesso nos lábios e eu rolei os olhos – Mas conversar...
- Aprenda a conversar com ela também, quando estivermos juntos poderemos ser apenas nós, mas quando não, ela estará lá para ficar ao seu lado – eu disse sorrindo.
- Entendo – ele disse suspirando e eu voltei a abraça-lo.
- Nada e nem ninguém pode nos separar, sempre estaremos juntos, o que existe entre nós é forte e nunca poderá ser quebrado – eu disse e ele me apertou, não disse nada e quando me soltou seu olhar era sereno ele beijou minha testa e acenou com a cabeça.
Lucky sempre seria de meias palavras, porque esse era o seu jeito e era isso que o tornava quem ele era, isso o tornava especial. Fiquei olhando ele se distanciar e chamar Rachel para dançar.
Vladmir voltou para perto de mim e eu o olhei, ele sorriu.
- Obrigada – eu disse e ele acenou com a cabeça.
- Vamos para a nossa dança especial? – ele perguntou e eu peguei em seu braço.
- Para nós todas as danças são especiais, tudo que eu fizer ao seu lado será especial – eu disse e ele virou-se para mim e me tomou em seus braços.
- Sempre soube que você era especial, mas eu receio dizer que a cada dia que passa me apaixono mais por você – ele disse sorrindo contornando meus lábios com seu dedo.
- Eu lhe digo o mesmo, meu amado, meu marido, meu imperador – eu disse derretendo-me em seus braços.
- Minha imperatriz, eu te amo e nunca serei capaz de deixar de ama-la – ele disse beijando-me nos lábios.
Esse seria o nosso felizes para sempre, porque a única verdade que eu conhecia era a minha escolha, meus sentimentos e meu amor por Vladmir.
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