Dormi extremamente mal na noite anterior. Rolei na grama da floresta o tempo todo. Também, qualquer dormiria mal se tivesse que ouvir seu irmão transando, e depois ter que salva-lo de uma matilha de lobos.
   Olhei para o céu de manhã, quase sem nuvens, enquanto caminhavamos pela floresta.
   Eram quase dez horas da manhã quando encontramos uma rodovia, não muito larga, que cortava a floresta e ia até onde a vista alcançava dos dois lados. Estava completamente dezerta.
   _ O que fazemos? Vamos pra que lado dessa rodovia, direita ou esquerda?_ Yasmim olhou para a rodovia, com a mão no queixo, ponderando.
   _ Vamos atravessa-la até o outro lado, e continuar andando pela floresta._ Tio Rodrigo sugeriu, caminhando até o asfalto.
   _ Eu acho que é uma ótima oportunidade para sabermos se estamos indo pro lugar certo. Sabe, saber se estamos indo pra..._ Juliana começou, mas parou no meio da frase._ Onde estamos indo mesmo?
   _ Verdade, eu nem me lembro mais qual é o nosso destino._ Gabriel olhou para os lados.
   _ Base militar Russa, lembram? Foi onde a gente passou a maior parte dos anos no primeiro apocalipse._ Tia Lua disse, refrescando a memória de todos.
   _ E onde o Fernando e o Daniel nasceram._ Tia Marina completou.
   _ Rússia? Como vamos sobreviver na Rússia?!_ Henrrique perguntou, quase gritando._ A gente quase não consegue viver no frio da Itália, quanto mais no frio da Rússia!!!
   _ Ainda vai demorar para sequer chegarmos perto da Rússia._ Yasmim de intrometeu._ Vamos conseguir suprimentos suficientes até lá.
   _ Eu acho que estamos contando demais com a sorte._ Henrrique disse.
   _ Mas isso não vem ao caso agora. Quero continuar pela rodovia, é mais seguro do que dentro da floresta, e com certeza vai levar a algum lugar._ Tia Lua explicou._ Talvez encontremos uma vila, ou cidadezinha com alguns suprimentos. Mas ainda falta decidir para que lado.
   _ Acho que vou concordar com ela._ Tio Rafael disse._ Uma vila parece melhor do que uma cabana no meio da floresta. Mesmo que, provavelmente esteja infestada de Zeloides.
   _ Nas nossas condições, eles são o menor dos nossos problemas._ Tia Marina disse.
   _ Vamos parar de fazer nada e ir para algum lugar... Vamos pra esquerda..._ Clara disse, escondida no meio das árvores. Eu tomei um sustinho, mas concordei e comecei a caminhar para a esquerda, junto com elas. Acabamos indo com ela.
                             *
   Foi uma hora de caminhada, até chegarmos a uma bifurcação da rodovia, que levava a uma cidadezinha. De acordo com a placa, ela se chama Santa Maria Del Monte (Varese).
   _ Benvenuti a Santa Maria Del Monte. _ Melissa leu a placa na entrada da cidade._ Não faço ideia do que isso quer dizer.
   _ Deve ser como as placas de: Seja bem vindo a Cafundé dos Judas._ Fernado fez uma piada. Eu deixei escapar um sorrisinho.
   _ Esse lugar é bem bonitinho._ Tia Marina disse._ Tem cara de antiga...
   Realmente, as construções da cidade tinham um toque de século passado, e algumas até retrasado. Mas pareciam até muito bem, considerando que não devia ter alguém para cuidar delas durante esses anos de apocalipse.
   _ Ok, gente, vamos la. Todos juntos. Fila indiana se precisar. Armas carregadas. Facas, machados, porretes e marretas empunhados!_ Tia Lua disse, e fizemos o que ela pediu. Ouvio-se clics de armas sendo carregadas, iguais a minha.
   Caminhamos um pouco, contornando a cidade. As casas pareciam vazias, mas não arriscariamos nada.
   Na entrada de uma rua, com todas as janelas e portas fechadas com tábuas, avistamos uma lojinha, que parecia ser uma mercearia. Dei um sorrisinho.
   Andamos pela rua de paralelepípedos antiga, olhando desconfiados para as portas e janelas. Tio Rafael e Tia Marina puxaram as tábuas de madeira da mercearia, para que pudéssemos entrar.
   Passamos pela porta, agora sem tábuas, e entramos na mercearia vazia.
   As prateleiras brancas estavam completamente vazias, e muito sujas. Mofo crescia nas paredes, nojento.
   _ Nao tem nada aqui! Que perda de tempo!_ Eu disse.
   _ Quem está aí!!!_ Ouvimos um grito.
   Levei um susto e um arrepio subiu pela minha espinha. Olhamos para os lados, procurando o dono da voz, mas a única coisa que consegui ver era o mofo nas paredes.
   Então, senti alguma coisa se encaixar nas minhas costas. Algo circular, e fino, como... O cano de uma arma.
   Então, um click de carregamento ecoou, e a voz voltou.
   _ Sem. Movimentos. Bruscos. Ou ele vai ter um fígado ou um pulmão estourado.
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   Oieee Milhos pra pipoca!!!!!!! Td bem com vocês?!!!
   A frase em negrito no meio do capítulo, está em italiano do Google tradutor. Se quiserem saber o que significa, é só ir la no Google e por a frase (mesmo que seja fácil de identificar o que quer dizer, e não ser muito importante).
   Quem será essa pessoa misteriosa? Algum palpite?
   Gente, um aviso pra quem gosta de Café com dicas, sonhos e rabiscos: Ele está pra voltar, esperem mais um pouquinho!
   Deem uma ☆ pra ajudar, e me sigam aqui no wattpad!!!! Beijinhos Pipocos e pipocas!!!!
   Queen pop corn.