Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 54 - Pandemônio (FERNANDO) parte 3.

     Uma nova batalha me esperava.

     Já eram tantas vezes que tinha corrido direto para uma batalha, direto para a linha de frente com a arma em mãos. Parecia parte da minha existência fazer isso atualmente, lutar.

     O caos instaurado era visível, sem qualquer controle. O N.E.I.C.O.G.O.Z não nos controlava mais, mas nós também não tínhamos conseguido recuperar o controle. Uma faca de dois gumes, sendo que a lamina sempre apontava pelo lado mais fraco.

     Nosso trabalho agora, se resumia em não deixar que esse lado fosse o nosso.

     Quase tropecei nos pedregulhos desconjuntados no chão, os paralelepípedos, antes sempre arrumados simetricamente, agora quebrados e fora do lugar, como se as balas do tiroteio e do caos, tivessem conseguido arranca-lo do chão.

    Corri para o beco mais próximo, a arma roupada de um corpo empunhando nos braços. Mais três pessoas que e não sabia o nome corriam comigo, todas portando uma pistola.

    Me joguei atrás de uma casa, exatamente quando ouvi dois tiros passarem zunindo muito perto dos meus ouvidos.. Atirei varias vezes por cima do ombro, sem parar pra ver se os tiros do fuzil tinham atingido alguém.

     Os outros três que estavam comigo também se jogaram, caindo amontoados perto de mim. Uma outra pessoa se encaixou, ombro a ombro comigo, os tiros rápidos direcionados de onde ela vinha.

     Reconheci os cabelos castanho avermelhados, e uma onda de felicidade passou pelo meu corpo, relaxando cada poro. Me inclinei para beijar Mel, assim que ela virou o rosto sujo de fuligem. Mas quase recebo um tabefe em resposta, sendo empurrado pra longe.

     O coração se rachou um pouco, mas, na esperança dela não ter me reconhecido, continuei com o sorrisinho sincero no rosto.

     Mas ela já tinha percebido que era eu.

     _ Mel..._ Comecei, os sons de mais tiros ao fundo. Ela cortou.

     _ Eu sei o que você fez. Não esperava ter que olhar pra sua cara depois daquilo, sinceramente.

     Abri a boca pra falar, mas a fechei de novo.

     Ela disse a verdade, eu sabia que tinha feito muita merda, e que as minhas ações fizeram com que tudo isso acontecesse, mas encaminharam para isso.

    _ Mel, eu posso me retratar, você sabe..._ Tentei começar, mas ela me cortou de novo.

     _ Não estou com vontade de ouvir você. Depois que sairmos dessa, talvez dê uma chance de você se explicar, mas antes, precisamos sair vivos daqui.

     Concordei. Não conseguia fazer mais nada se não concordar. Ela tinha a voz tão firme, decidida e concreta, que não conseguia retrucar.

     Os tiros cortaram o clima de tensão, transformando nossos corpos em massas correndo em velocidade de escape. Apontei o fuzil pro ar, atirando mais algumas vezes, entre os gritos de agonia.

     Uma criança passou correndo por mim, e isso pareceu iluminar minha mente. Agarrei o braço dela antes que pudesse ir mais longe, e o menino de roupas claras e cabelo quase raspado me olhou em pânico.

     _ Ei, calma, calma!_ Pedi, segurando-o pelos dois braços._ Somos do mesmo time, não se preocupe!

     _ Meus pais!_ Gritou._ Preciso achar meus pais!_ Arrancou o braço das minhas mãos e correu, mais rápido do que eu conseguia acompanhar.

      As quatro pessoas à minha volta observavam, confusas.

     _ Vamos, rápido!_ Gritei, continuando a correr.

     Atravessamos as ruas mais calmas, os becos enviesados, passando pelos cantos estreitos, sombrios, sendo acompanhados apenas pelos gritos e tiros ao fundo.

     O próximo beco desembocaria na rua principal, onde um pandemônio generalizado nos esperava. Pelas frestas, pessoas com roupas e uniformes como o nosso, corriam, atirando ou apenas fugindo.

    Outra pessoa se jogou ali, os cabelo quase braços e sujos atirados no chão. A garota nos olhou, e abri um sorriso ao perceber que era Yeva, segurando dois revolveres e uma faca de caça no cinto. Ajudei ela a se levantar, enquanto recuperava o folego.

     _ tudo bem?_ Perguntei.

     _ Olha, não que eu não quisesse te ver de novo, mas esse lugar esta de ponta cabeça agora!_ Resmungou._ Tem muito sangue na rua, tipo, MUITO MESMO!!! E é mais sangue nosso do que deles, muito sangue inocente derramado!

     _ Sim, eu percebi que estamos com pouco pessoal!_ O homem mais que estava com a gente murmurou.

     _ Sr. Kardan, isso dá uma dó enorme! Tem corpos de crianças pelo chão!_ Yeva quase se desmanchou em lagrimas, explodindo em um abraço apertado no bravo senhor que estava ali.

     _ Precisamos ajudar! Abrir uma válvula de escape!_ Os cinco me encararam, concordando._ Vamos abrir a entrada da vila, para quem quiser fugir. Evacuar quem quiser proteger sua família!

     Discutimos rapidamente um plano, empunhando as armas e contando até três antes de correr para a rua principal.

     A primeira impressão foi o puro derramamento de sangue, o sangue de inocentes que manchavam as pedras. Quase escorreguei em uma das poças, o corpo rígido caído ao lado.

     Atirei em mais dois soldados, vendo seus corpos caírem no chão como papel, e o sangue se espalhar e se misturar com o resto que manchava o chão.

     Tiros zuniam, e ouvi Yeva gritar em agonia, se ter tempo para virar e olhar. Saltei sobre corpos inertes, conseguindo finalmente chegar até a entrada da vila.

     Yeva gritou de dor e se jogou aos meus pés, a perna esquerda sangrando muito. Ela arrancou a jaqueta e fez uma tala improvisada, apertando contra a perna para estancar o ferimento. Em menos de 5 segundos, a jaqueta tinha uma imensa mancha vermelha.

     _ Vai coagular, não se preocupa!_ Gritou, resmungando mais alguma coisa, quando se levantou, apoiando o peso na perna boa.

     Fizemos um círculo a volta dela, mesmo sob protesto, apontando as armas para mais soldados que corriam no pandemônio. A adrenalina corria pelo meu sangue, enquanto um plano se formava na minha mente. Olhei para as pessoas em volta.

     _ Você corra lá em cima e abra caminho nas tábuas da lojinha, o suficiente para muitas pessoas saírem!_ Deleguei para a mulher mais velha que nos acompanhava, o gatilho explodindo mais três tiros para aumentar o derramamento de sangue._ Vai com ela, proteja as pessoas que passarem se tiver algum Zeloide e diga para se manterem por perto na floresta!_ O homem e a mulher concordaram, correndo e desaparecendo do nosso campo de visão.

     Continuamos nossa corrida, mais lenta por conta de Yeva, que se esforçava ao máximo. Acabou jogada na parede ao lado do grande arco da entrada, arfando, mas com os revólveres à postos.

     A multidão que corria de um lado para o outro parecia sem controle, sem vida, apenas um borrão de rostos desesperados para escapar dos tiros. Como dar luz a eles, uma oportunidade?

     Mel pareceu ler minha mente, e junto com a outra garota que se juntou à nós, gritavam, suas vozes incrivelmente se sobrepondo aos gritos e ao caos em volta.

     _ EVACUAR!!! EVACUAR!!!_ Se eu não estivesse vendo, poderia jurar que aquelas vozes eram mecânicas, vindas de microfones ou gravadas._ EVACUAR!!!

     Pessoas se viravam para nós, a esperança pura surgindo em seus olhos. Então, uma manada de quase 80 pessoas correu, voltando sua atenção para a saída. Famílias inteiras e adolescentes assustados debandavam, deixando armas pra trás e pegando tudo o que consideravam de pura sobrevivência nos corpos caídos no chão.

     Me certificava que aquelas pessoas poderiam se safar em paz, eliminando qualquer soldado inimigo que tentava vir pra cima da multidão. Yeva fazia tudo o que podia para me ajudar, e logo que alguns soldados amigos perceberam nosso plano, se prostraram para ajudar a organizar a população pra subir.

     Uma linha de frente com mais ou menos 20 soldados mantinha troca de tiros direta com a linha de frente inimiga, quase o dobro da nossa. Pra cada soldado inimigo eliminado, outros dois caíam por  trás das barricadas construídas às pressas, com outros dois soldados prontos para tomar o lugar dos falecidos.

     Estávamos resistindo, mas a desvantagem era clara, e mais e mais pessoas apareciam por becos laterais, loucas para fugir. Alguns inimigos desgarrados também chegaram, atirando contra os inocentes. Antes de conseguir elimina-los,um desgarrado atirou na mãe de uma família, e agora Melissa tentava consolar uma criança, de mais ou menos 10 anos, convencendo-a que precisava subir e escapar.

     _ Estávamos ficando sem munição Nando!_ Yeva gritou por cima das vozes da multidão.

     _ Continua, com tudo o que tiver!_ Gritei de volta. Sim, estávamos quase sem munição, mas tempo pra pensar em um plano quando ela finalmente acabasse estava em falta.

     Mais alguém saiu do beco, vestindo o uniforme dos soldados do N.E.I.C.O.G.O.Z, e apontei o fuzil pra lá, hesitando ao ver quem saiu do beco.

     Meu pai.

     O rosto sujo e envelhecido, a barba por fazer, mas... Meu pai. Ele correu para se juntar à multidão, e por um momento, pensei que fosse correr para escapar. Mas ele parou, e foi quando reparei que ele segurava a mão de uma mulher, muito parecido com as fotos de mamãe, e essa mulher carregava uma menina, com 4 ou 5 anos nos braços.

     O choque da visão me paralisou. Hanna Emily, minha irmã, agora se encontraca a menos de três metros de mim, o rosto enfiado no ombro da mãe, deixando apenas seus cabelos castanhos encaracolados à mostra.

     Não pude deixar de prestar atenção neles.

     _ Vocês duas precisam ir!_ Meu pai gritou, enfiando uma mochila preta nos braços da mulher.

     _ Não! Eu quero lutar com você, ajudar!!!_ A moça revidou, aos berros, sua frase parecendo infantil.

     _ Barb, anda!_ Empurrou novamente.

     _ André...!

     _ Barb, eu não quero essa vida pra Hanna, não quero!!!_ Berrou, alto, autoritário, mas com um tom de suplica presente na voz._ Ela não vai ser como eu, não vai ser uma guerreira! Não vou obrigar ela a entrar nessa vida, ela tem 4 anos! Pela nossa filha Barbara, você precisa ir!

     Os dois se encararam por um segundo, os olhos da mulher escorrendo lágrimas. Ela concordou, deu um último beijo nele e correu com minha irmã nos braços, junto com a multidão.

     Observei ela subir, até sair do meu campo de visão. O fuzil não tinha mais balas, e me vi desprotegido. Yeva estava jogada em uma poça do próprio sangue, respirando com dificuldade e com revólveres descarregados.

     Os soldados tinham virado o jogo, e a linha de frente contava com 12 contra 8, à nosso favor. Mas isso não me confortava. Daniel estava desaparecido e eu não tinha visto nenhum dos meus primos, Tia Lua ou Tia Marina. Isso me preocupava.

     Olhei para meu pai, que agora ajudava a orientar o resto do povo que subia. Suspirei, vendo que as coisas começavam a se acalmar...

     Ou não.

     O pensamento foi obliterado da minha mente, quando os últimos soldados restantes caíram, dos dois lados, as últimas pessoas correndo para se salvar. Tia Marina me abraçou forte, gritando onde eu estive, o quanto ela ficou preocupada. Meus primos se jogaram por perto, indo cuidar de Yeva. Onde estavam os outros? Onde estava o resto da minha família?

     A vila caiu em um silêncio desconfortável, mais caótico do que antes de certa forma.

     Um último som de arma sendo engatilhada fez todos olharmos, para uma mulher de cabelos crespos, tão escuros quanto a sua pele. O olhar maniaco direcionado pra meu pai. O olhar do tom de azul mais vivo que eu já vi.

     O murmurio saiu baixo, quase sussurrando entre os dentes de nós todos. Sabíamos quem ela era, e isso, de certa forma, nos dava pânico.

     _ Veronika Page.


     MEU DEUS!! Gente, faltam 50 palavras pra dois mil!! Acho que compensou bastante o cap passado ser pequeno nom é mexmo? Gente, tem tanta coisa acontecendo nessa vida, olha só esse capítulo. Bom, preparem seus corações porque o cap que vem, vai ser bem forte...

     Coloquem suas teorias nos comentários e não se esqueçam da estrelinha linda que me ajuda demais! O livro está QUASE NO FIM, vamos preparar nossos corações!

     Beijinhos milhos pra pipoca!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro