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Capítulo 48 - Um bom pai (ANDRÉ) parte 3

     Eu não vou fingir que sou um bom pai.

     Não vou dizer que chorava no banho de saudade todas as noites, lembrando dos bons momentos juntos. Que em todos os lugares que passava, alguma coisa lembrava Fernando ou Daniel.

     Mas também tenho um coração, sou um homem, um ser humano. E não sei como consegui me manter de pé, quando Daniel entrou na sala.

     Os anos se passaram bem para meu filho. Um pouco mais baixo que eu, talvez dois centímetros no máximo. Os cabelos guais os da mãe e a estrutura das costas fazia ele parecer mais forte do que realmente era. O sorriso de Veronika me levou de volta ao dia em que me mudei pra essa vila...


     " _ Coloque as malas lá dentro enquanto eu busco Emily, certo?_ Barb jogou a mala com as roupas e as armas pra mim, e voltou para dentro da base, desviando de mais algumas famílias que colocavam as malas nas vans.

     Famílias que se mudariam com a gente.

     Faz menos de 72 horas que conquistamos e estamos colocando todos na vila do G.O.V.E.R.N.O. Veronika me contou que os superiores queriam aquela pequena base para pesquisa única com Zeloides, e que todos deveríamos nos mudar para a vila do G.O.V.E.R.N.O para abrir espaço, e continuar a descobrir mais sobre o funcionamento do G.O.V.E.R.N.O.

     Eu, Barb e Hanna fomos os primeiros a serem comunicados sobre a mudança. E Barb me infernizou durante duas horas para arrumarmos todas as roupas de cama.

     _ André, van 1, por favor._ Walter me olhou feio quando coloquei as malas na van 4._ Veronbikaa conta tanta coisa pra você se esqueceu de dizer isso?

     Encarei ele com raiva. Inveja resumia aquela frase.

     Coloquei as malas na primeira van, junto com algumas outras, e alguns olhares de ódio e inveja. Veronika Page sempre simpatizou comigo, desde o momento em que o N.E.I.C.O.G.O.Z acolheu eu e Barbara gravida. E muitas pessoas invejaram a proximidade, dizendo que ela da pra mim, e que Barb é corna. Nos importar com isso, já era outra história...

     _ Aqui, Em, fica com ela, preciso pegar uma última coisa._ Barb me entregou Hanna, correndo para voltar lá dentro. Hanna me abraçou no colo, pequenininha, enfiando o rosto no meu ombro.

     _ Está com sono han?_ Perguntei.

     Ela concordou, e apenas sorri, levando minha moreninha pra van.

     _ André, Hanna._ Uma voz melodiosa chamou, uma que conhecia bem, e me lembravam olhos azuis completamente vibrantes.

     _ Veronika._ Cumprimentei.

     Ela encarou Hanna, os olhos azuis faiscando. Fez uma careta comprimindo os lábios e resmundou.

     _ Não acha que já está velha pra dormir no colo do papi?

     Uma indireta disfarçada de uma pergunta inocente.

     Mas eu conhecia veronika o suficiente pra saber, que aquilo era a mais pura reclamação contra nossa forma de criar Hanna Emily. Veronika queria que começássemos a treinar ela pro mundo com 3 anos, mas quando isso não aconteceu, começou a cutucar cada vez que via minha filha sendo a criança que ela é. Ela tinha como argumento que "o mundo não é mais o mesmo, precisamos que as crianças estejam preparadas desde cedo".

       Eu nunca concordei com isso. São só crianças.

     _ Você vai com a gente hoje?_ Perguntei, desconversando.

     _ Vou, mas pra fiscalizar tudo. Volto depois pra fechar a base, mas amanhã me mudo definitivamente.

     Concordei, colocando Em em um dos bancos, sobre protesto da menina com sono.

     _ Coloca isso junto com as malas bem._ Barba me entregou uma última mochila, pesada como nunca vi._ Oi Veronika, se preparando pra vir junto?

     _ Seu marido me perguntou a mesma coisa Barbara._ Sorriu, os dentes brancos demais brilhando.

     Barb ignorou completamente, amarrando o cabelo enquanto entrava na van. Veronika virou pra mim, a expressão um indício do que viria.

     _ Vou levar o garoto que pegamos e a mulher para a vila, Eles são de lá, vaio ser mais fácil contornar a resistência deles se estiverem em lugares com conhecidos por perto._ Concordei, jogando o cabelo para o lado, fingindo desinteresse._ Quero você monitorando as pesquisas que faremos com eles. Preciso que esteja por perto.

     Esperei um momento, verificando se aquilo era um pedido. Não era.

     _ Ok, claro, pode contar comigo.

     Ela sorriu com o canto da boxa, satisfeita e saiu voltando para dentro da base. Me virei, suspirando antes de dar impulso e subir na van."


     Fazer mudanças sempre foi o pior pra mim. Em todas as mudanças que já fiz, perdia alguma coisa importante, seja comida quando era jovem ou algum bem material.

     Mas agora, pensava que o que perdi nessa mudança era algo bem mais grave. Minha sanidade.

     Daniel desmaiou, a falta de ar impedindo que ela surtasse. Com certeza tinha me visto, e me peguei pensando o que estaria imaginando ao ver seu pai ali. A experiência estava terminada, e os médios anotaram alguma coisa em suas pranchetas, enquanto soltávamos o desmaiado. Aquilo tinha dado certo?

     O outro guarda ainda levou Daniel para fora, ainda desmaiado, a intenção de deixa-lo no corredor e faze-lo se virar para sair. Segundo o olhar satisfeito de Veronika, aquilo era mais um desafio pra ele.

    _ Tudo isso deu certo?_ Perguntei de canto de olho, engolindo em seco quando ela lançou um olhar penetrante, enquanto eu arrumava alguns bisturis._ Conseguiram o que queriam?_ Completei, as pernas fraquejando.

     _ Não é questão de dar certo André._ Começou._ Aquele garoto tem sangue imune, mas também tem o vírus morando no corpo, acho que conviveu com alguém que tinha, comeu da mesma comida, algo assim... Estamos vendo se o vírus se manifesta com algum estímulo, deixar ele com raiva, frustrado, em alerta de sobrevivência. coisas que os Zeloides sentem, ver se o vírus se manifesta em comportamentos parecidos aos Zeloides. 

     Concordei, imaginando o que aquela desculpa estava relacionada ao que fizeram com Daniel ali. Veronika reparou no meu olhar de desaprovação, e não pareceu muito feliz com isso.

     Os cabelos armados e incrivelmente escuros encostaram no meu ombro, enquanto ela sussurrava perto do meu ouvido, sua voz nem perto de calma ou sexy. Uma ameaça, ou uma pergunta ameaçadora.

     _ Não acha que está se preocupando demais com esse garoto?_ Perguntou, o halito quente soando como uma víbora venenosa ao meu ouvido._ Se tiver alguma relação com esse garoto, suponho que não passe de uma empatia a primeira vista. Se passar disso... Eu não aconselharia que passasse querido..._ Forcei meu corpo a não se encolher. Deveria ficar alerta quando ela fala "querido", mas a palavra soava aterrorizante demais._ Aquele garoto é a sua cara André... Seus traços. Me pergunto o que Barbara ou Hanna achariam disso..._ Encarei ela, meus olhos revelando tudo o que tentava esconder._ Temos seu histórico, sua vida inteira, em papéis e estudada._ Engoli novamente em seco, o medo me consumindo como um monstro._ Se tentar alguma coisa, se trair nosso grupo... Você terá mais uma família destruída no currículo.

     E se afastou, um sorriso sugestivo no rosto.

     Veronika era o enigma no N.E.I.C.O.G.O.Z, pelo menos para mim. Preferiria que pensassem que nós dois fossemos amantes, a revelar uma amizades perigosamente superior. Ela me ameaçava, e a muitos meses entendi que fazia isso para me manter na linha. Manter todos na linha.

     Era estupidamente linda, e estupidamente perigosa.

     E eu fui estupido o suficiente para segui-la.


     Barb me esperava, sentada na mesa da minúscula Kitnett, que se resumia em uma mini cozinha, uma cama de casal, um sofá cama e um banheiro, separados por paredes de cortinas. Ela petiscava pipoca, enquanto olhava de canto de olho para Hanna, que dormia no cantinho.

     Barb me encarou, enquanto fechava a porta, franzindo as sobrancelhas. Ela percebeu minha cara, a expressão de medo por conta da Veronika e a surpresa estampada nos olhos lembrando de Daniel. Um pensamento sobre Fernando me ocorreu, mas evaporou tão rápido quanto veio, quando Barb se levantou e veio devagar, me dar um beijo demorado.

     _ Está tudo bem?_ Perguntou baixinho, me encarando dentro dos olhos. Aqueles olhos tão escuros...

     Concordei, puxando ela mais pra perto.

      Nosso mundo poderia estar prestes a desmoronar, mas Barb não precisava saber disso.


     Coloquei o casaco por cima da camiseta. Era ainda muito cedo,  Barb e Hanna continuavam dormindo como os dois anjos que eram, e era melhor que realmente estivessem. Saí, sem fazer muito barulho, fechando a porta devagar e esperando o click baixo.

     O corredor estava completamente vazio. Cada uma das portas uma kitnett diferente, com famílias diferentes morando. O labirinto dentro da vila podia ser transformado pra comportar quase mil pessoas, pela quantidade de salas que o N.E.I.C.O.G.O.Z reformou para ser kitnetts. A reforma mais rápida que eu já havia visto.

     A parte mais empoeirada daquele lugar, cheia de celas e coisas velhas, era o meu destino. As luzes brilhavam demais, brancas e frias, me dando uma sensação um pouco ruim.

     As coisas começaram a ficar um pouco mais escuras e até mesmo depressivas. As celas estavam em sua maior parte vazias, mas eu procurava exatamente uma única cela. Espiando pelas grades nas portas, cabelos loiros muito curtos brotavam, escorados na parede. Ela estava com o olhar triste, mas sempre está. Por um momento, ontem a noite, me perguntava se Veronika não teria decidido trazer ela, mas agora, duvidar que ela traria me fazia um idiota.

     Veronika jamais deixaria Lara nas mãos de outra pessoa, sem sua própria supervisão.

     Conversar com Lara sempre foi minha válvula de escape, quando uma coisa grande demais acontecia. Ela ter me conhecido jovem, me dava algo como uma permissão para falar coisas que Barb ou Hanna não podem fazer. Estar presa em uma cela ajudava também. Ela nunca me aconselhou, sempre respondendo com frases irônicas e desprezo. Mas mesmo assim, suspeitava que eu fosse a única coisa que dava um vislumbre do mundo pra ela nos últimos anos.

     _ Loira._ Chamei. Os olhos se voltaram pra mim, rápido demais. Assim que viu, revirou os olhos e se deitou na cama de pedra de dentro da cela, se escondendo mais na escuridão.

     _ Você voltou. Estava imaginando se sabia que estava aqui, se Veronika se contou ou se estava passando e por acaso achou._ Sua voz murmurou, enquanto me encostava na porta de metal fria._ O que o bom pai estaia fazendo para voltar a falar com a prisioneira? Traiu sua esposinha, ou Veronika só resolveu mostrar as tetas pra você?

     _ Daniel._ Disse, tendo apenas o silêncio como resposta._ Daniel é o novo brinquedinho da Veronika, e não sei o que pensar disso._ Mesmo não conseguindo ver o rosto dela, o silêncio e a tensão que pairava no ar me dava impressão dela ter ficado mexida.

     _ O papai ficou mexido porque o filhinho mais velho voltou para acabar com a sua vida._ Ironizou, girando o corpo magro para se sentar._ Tem medo dele descobrir sobre a irmãzinha e ter ódio de você por causa disso. Mais do que ele já deve ter.

     _ Ele tem ódio de mim de qualquer jeito, vi o jeito que ele me olhou quando percebeu que estava ali._ Conheço meu filho...

     Lara pulou da cama, o corpo raquítico se dirigindo devagar pra mim, os dentes trincados e a expressão raivosa. Ela encostou o corpo contra a porta de metal, o rosto colado perto do meu.

     _ Não, você não conhece ele._ Murmurou, o tom de voz entre o grito e um sussurro de raiva._ Você abandonou seus dois filhos, porque os capangas do papai resolveram que era hora do principezinho continuar os negócios do rei._ Lara praticamente cuspiu as palavras em mim.

     Meus olhos se arregalaram. Ela nunca foi minimamente agressiva, nem sequer se levantava pra olhar na minha cara na maioria das vezes. Se contentava com frases irônicas, jamais se rebaixava a mais que isso.

     Acho que tudo o que absorvi sobre Lara até hoje podia ser descartado...

     _ Seus filhos tem 16 ANOS André!!! E você não troca mais de dez palavras com eles desde os 10 anos._ As rugas na testa dela se acentuaram quando ela franziu as sobrancelhas._ Você não conhece nada sobre o Daniel, e se Fernando estiver por ai, sabe menos ainda. Sai desse papel filho da puta!! Você não é e nunca vai ser um bom pai!!!

     Eu estava atônito. Não podia dizer que as palavras de Lara eram mentira, e isso foi o que mais doeu. Uma faca, atirada nas minhas costas. Uma faca com verdades gravadas na lamina, e verdades extremamente doloridas.

     Lara grunhiu, irritada e balançou a cabeça loura, inconformada e me desaprovando. Se jogou novamente onde estava deitada antes de eu chegar, preferindo a cela escura à minha companhia. E a faca fincou-se mais fundo, quando constatei que também preferiria.

     Nunca fui um bom pai, e não tenho certeza se um dia serei. Rezei em silêncio que Hanna Emily tivesse um futuro melhor do que Daniel ou Fernando.

     Dei um passo para traz, me distanciando de todas as verdades que aquela cela me levou a ver.


    CAPÍTULO DO ANDRÉÉÉÉÉÉ!!!! Meus amores, temos aqui varias verdades sobre o André e um pouco da história dele!!!

     Deixem suas opiniões e teorias nos comentários, e não se esqueçam da estrelinha linda que me ajuda demais!!

    Beijinhos!!!!

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