Capítulo 10 - Um lugar para se construir uma nova história (DANIEL) parte 1.
Nós seguimos os três enquanto descíamos as escadarias. Dexter e Emily não paravam de conversar em uma língua que eu não entendia porra nenhuma, e isso começava a me irritar.
Cheguei mais perto de Eloise, que caminhava alguns degraus mais a frente, sussurrando ao seu ouvido.
_ Quem são os dois?_ Perguntei, me referindo a Emily e Dexter.
_ São as crianças russas, das quais eu sempre fico encarregada de cuidar..._ Ela trincou os dentes e revirou os olhos. Apesar da idade, Eloise era alta, e chegava até a metade do meu tronco, e eu tenho 1,76 m de altura.
_ Isso é irônico sabia?
_ Sim, eu sei._ Ela me lançou um olhar incompreensível._ São irmãos, filhos de pais americanos, mas nasceram na Russia. Emily tem 28 anos, nasceu antes do primeiro apocalipse, e cresceu protegida pelos muros das bases militares, e o gelo da Russia. Dexter tem 21 anos, nasceu pouco antes do primeiro apocalipse, e jamais viu um dos zumbis do primeiro apocalipse, assim como nós dois, eu acho._ Ela dizia rápido, caminhando a passos largos para as próprias pernas._ Nos anos de paz, se mudaram para a Itália, em busca de uma nova vida, junto com seus pais. Mas quando o vírus atacou, eles estavam em um shopping, e seus pais acabaram se sacrificando para salvar os dois, dos ataques das pessoas loucas. A mão deles morreu com as primeiras hemorragias, e o pai agora é um zeloide, perambulando por aí... Eles vieram para cá depois disso, e moram nessa cidade subterrânea, a quase quatro anos.
_ Tanta tragédia... Vou tacar um fogo de artificio no céu, quando achar alguém que tenha uma história de vida relativamente normal, feliz e com os pais vivos._ E isso não inclui nem Henrrique, nem Juliana, nem melissa, nem Yasmim ou Gabriel... inclui na minha cabeça._ Eles podem entender o que você disse?
_ Nem uma palavra._ Ela deu um risinho fraco._ Os dois não entendem bulhufas de português, ou qualquer outra língua que não seja inglês, Italiano ou Russo.
_ Nada além... Ela fala como se ser fluente em três linguas fosse pouco..._ Resmunguei comigo mesmo.
Finalmente chegamos ao apartamento, Dexter levou Tia Lua e sua família ao apartamento 33, enquanto Emily levava tia Marina e sua família ao 35. Eloise abriu a porta do 34 pra mim Fernando e Clara entrarmos.
_ Esse é o de vocês. Não é muito grande, mas eu os acho aconchegante!_ Olhei em volta, com um sorriso no rosto, estranhamente sincero pra ela.
A porta dava para uma sala de estar com um sofá azul bem claro, duas poltronas acolchoadas e uma mesinha de madeira no canto, com um tapete de pelos no chão. Uma meia parede dividia a sala da cozinha, que era composta por uma geladeira branca, um fogão de 4 boca e, dois balcões e uma pia de inox, além de vários armários e uma mesa de vidro com quatro cadeiras. E dividida por outra parede, estava a área de serviço pequena, com apenas a máquina de lavar, o tanque e alguns produtos de limpesa na prateleira. Um corredor levava aos quartos e ao banheiro.
_ Vou deixa-los a vontade, com licensa._ A menina pediu, dando um tchauzinho com a mão e saindo.
Então, o apartamento ficou silencioso.
Me dirigi ao corredor de quartos, que tinha duas portas de madeira Branca, com uma janelinha pequena em cada, e uma porta lisa também, bem na ponta do corredor. Abri a porta no final do corredor, me deparando com um banheiro nas cores Verde água e Preto, com as paredes brancas e bem simples. Era bonito, mas extremamente simples.
Abri a porta da direita, me deparando com um quarto de cores amareladas e uma cama de casal. A esquerda havia uma penteadeira, e a direita um armário de duas portas, ambos de madeira e brancos, como a cama. Uma janela de madeira e sem vidro dava uma visão de parte da vila. O ventilador no teto estava desligado. Aquele seria o quarto da Clara, muito provavelmente.
Voltei para o corredor, abrindo a porta da esquerda dessa vez, e encontrando um quarto neutro em tons de azul e Verde, com duas camas de solteiro,um armário com 4 portas e duas escrivaninhas dos lados das camas, alem de um criado mudo e um outro ventilador de teto. Também havia uma janela, idêntica a do outro quarto, que dava para o mesmo lado da vila, mas de um ângulo um tanto diferente. Toda a casa tinha um chão de madeira marrom, com excessão do banheiro, que tinha um piso branco.
Coloquei a mochila que carregava em cima da cama mais perto da janela, tirando todas as roupas que tinha guardado ali, que estavam em sua maioria imundas. Levei-as a lavanderia e coloquei dentro da máquina. Ia colocar para lavar logo depois de um banho, e esperava que Fernando e Clara colocassem as suas também pra lavar, tudo de uma vez.
Enquanto meu irmão jogava suas coisas em nossa cômoda, e Calra sentava no sofá, olhando para o teto de maneira estranha, eu fui tomar um banho. Acho que o primeiro banho de verdade em tempos.
A água estava estranhamente morna, e massa graça meus nervos aflorados de maneira maravilhosa. Acabei demorando quase uma hora para sair, mas aquilo estava tão bom...
Quando finalmente terminei o banho, fui para o quarto, ainda de toalha e Fernando estava por lá, deitado na cama e semi-nu, apenas de cueca.
_ Finalmente!_ Ele disse, se levantando e saindo rapidamente.
Todas as minhas roupas estavam para lavar e eu não queria ter que usar algo do meu irmão. Por isso, abri o armário que tínhamos no quarto, esperando encontrar alguma coisa para vestir. Acabei encontrando duas mudas de roupa, parecidas com a que Eloise usava, uma calça jeans Preta, uma blusa branca e um casaco de lã, também preto. Olhando para aquele casaco, eu reparei no quanto estava frio, e coloquei aquela blusa de lã de extrema boa vontade.
Não havia mais nada pra fazer naquele apartamento, e eu já estava cansado de não fazer nada, apenas tentar sobreviver. Por isso, decidi que desceria para a vila, ver como aconteceriam as coisas por aqui, e talvez achar Eloise.
Desci as escadas escuras e silenciosas do prédio, me dirijindo ao saguão, onde havia apenas um sofá de dois lugares contra uma parede com um quadro, que parecia muito com uma televisão. A visão era estranha, e eu não havia reparado nisso antes.
Sai para a vila, iluminada apenas pelos postes nas ruas, olhando em volta. Eu procurava qualquer tipo de estabelecimento comercial, um bar, uma loja, qualquer coisa onde pudesse haver gente, até que avistei um letreiro pintado e iluminado por duas luzes de led escrito "Reinald's bar, café teria e mercearia", em seus línguas diferentes, tendo como a principal, o inglês. Perfeito, pensei.
Comecei a caminhar para lá, com uma sensação de normalidade me inundando. Reparei que a intensidade da luz nas ruas diminuiu, como de o Sol estivesse se pondo. Cheguei até a porta de entrada do lugar é puxei para entrar.
Porém, alguém estava do outro lado, e não me viu. Nos dois esbarramos e a pessoa acabou caindo pra trás.
Só quando estendi a mão para ajudar e pedir desculpas a pessoa, foi que percebi quem era, e então, um sorriso de formou no meu rosto.
_ Eloise! Estava mesmo procurando você!
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Oieee milhos pra pipoca!!! Tudo bem com vocês? Espero que sim!!!!
Eu estou planejando que cada capítulo tenha um final instigante. Porém, pode ser que eu nao consiga sempre, pq minha criatividade é limitada, kkkk.
Deem uma ☆ pra ajudar e me sigam aqui no wattpad. Beijinhos pipocos e pipocas!!!
Queen Pop Corn.
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