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Bônus: Especial de Natal.

Encarei a tela do meu celular pela centésima vez naquele dia. O nome de Bucky brilhava junto ao registro de todas as quarenta ligações não atendidas que fiz para ele.

Eu não estaria nem um pouco preocupada, na verdade, já que Bucky apenas tinha ido fazer compras de Natal de última hora enquanto eu ia até a lanchonete, na frente da nossa casa, pegar as encomendas.

O problema foi que assim que cheguei em casa e jujuba veio miando alto para mim, sentei no sofá e comecei a ver o jornal. Levei apenas alguns segundos para identificar o Capitão América e o Lobo Branco impedindo um assalto a uma joalheria.

E isso já fazia mais de uma hora e meia.

Meu celular tocou e encarei a tela, ansiosa, mas era apenas Gaspar dando um verdadeiro ataque de pelanca porque tinha acabado de ver a notícia na televisão. Não precisei nem mesmo contar cinco segundos. Ele ligou para o telefone de casa.

-Oi, Gas...

-CADÊ O SAMUEL, HEAVEN?! ELE ESTÁ NA SUA CASA?! ELE NÃO ATENDE A MERDA DO TELEFONE! EU VOU ASSASSINAR ELE E O BUCKY! EU VOU... NÃO ME MANDA TER CALMA, ERICK! SEU PAI VAI MORRER ASSIM QUE CHEGAR AQUI!

-GASPAR, SE ACALMA OU QUEM VAI MORRER É VOCÊ! - Berrei de volta.

Ele inspirou e expirou, pesadamente o ar. Encarei o relógio. Eram meio dia e meia.

-Ele tem até uma hora para aparecer, Heavy. Ou eu não respondo por mim!

-Eu concordo plenamente, Gas! Pelo amor de Deus... Eles só iam fazer as compras que eu não tive tempo!

-Eles sempre acham uma forma de me fazer entrar em pânico! Que merda! Ah... Espera, o Sam está chegando! Graças a Deus! Vou precisar desligar, tenho que matar meu marido assasinado!

E embora ele tenha dito isso, a ligação não encerrou. Ouvi o som do telefone batendo em algum lugar e de gritos, então Erick pegou o aparelho.

-Oi, Dinda! Eu preciso me preocupar e acionar a ambulância para o meu pai ou posso ficar tranquilo aqui?

Soltei uma risada e dei de ombros, acalmando ele, enquanto começava a separar as coisas para fazer o pudim de Natal.

-Seu pai é dramático, Erick! Ele nunca vai matar o Sam!

-É, mas e se ele machucar muito ele?

-Não vai! Acredite em mim!

Silêncio.

-É, acho que não vai mesmo! Eles já estão até se beijando!

Soltei uma risada e encerrei a ligação. Quando olhei para o balcão, ao meu lado, achei dois olhinhos me olhando, meio escondida. Sorri.

-Oi, Carol! Quer ajudar a mamãe a fazer um pudim!

-Quero!

Carol saiu de trás do balcão e veio ao meu lado. Mandei uma última mensagem para Bucky, antes de ir pegar o avental infantil que eu tinha comprado para Carol quando ela queria me ajudar na cozinha.

Deixei ela quebrar os ovos e colocar as medidas do leite, misturando tudo. Ela estava falante naquele dia, portanto, fiquei sabendo de tudo que ela tinha conversado com jujuba, todos os desenhos que ela fez, como ela estava ansiosa para usar o vestido novo vermelho....

Só quando o pudim, enfim, foi ao forno, Jujuba miou alto e a porta da sala abriu. Ouvi Bucky gritar um sonoro "Cheguei!". Carol levantou do chão e saiu correndo, gritando "Papaaaaaaaaaai!". Caminhei até lá, logo depois que ela saiu e o encarei, enquanto Bucky colocava as coisas no chão e segurava Carol no colo, dando vários beijos nela. Ele tinha um sorriso lindo no rosto e o olho esquerdo levemente inchado.

Mas assim que nossos olhares cruzaram, ele perdeu o sorriso e respirou fundo.

-Eu juro para você que eu posso explicar, Leãozinho!

-Duas horas! - Gritei, jogando uma colher nele, depois que Carol saiu do colo de Bucky. - Duas horas sem atender a porcaria do telefone, Bucky Barnes! MAS QUAL O SEU PROBLEMA?! QUER ME INFARTAR?! 

Bucky, que se escondeu atrás de Jujuba, erguendo ela na frente dele, olhou por cima da gata.

-A bateria acabou, mulher!

-E a minha paciência também! Seu idiota!

Bucky revirou os olhos, sentando no sofá. A porta do apartamento abriu, revelando Kristen e algumas sacolas de compras.

-Tiiia! Advinha o que eu fiz! - Carol pulou em volta da tia, empolgada, impedindo Kristen de entrar na sala. - Eu fiz pudim!

-Uau! Que maneiro! - Kristen riu, tentando passar pela sobrinha. - Quer vir fazer um chocolate quente comigo? Eu tô morrendo de frio!

Carol concordou, enquanto Kristen cumprimentava eu e Bucky e seguia para a cozinha.

Bufei e andei até o sofá, puxando o rosto de Bucky e o encarando, de perto.

-O que aconteceu?

-Um assalto. O Sam tinha acabado de entrar na joalheria para comprar um brinco para o Gas, quando o cara tentou assaltar.

-Mas isso foi há duas horas!

-É, mas não tínhamos comprado todos os presentes, então depois da delegacia, tivemos que voltar. Me desculpa, mesmo!

Revirei os olhos e o puxei para mim, o abraçando, com força.

-Você tem sorte que eu te amo, seu palhaço!

Bucky riu e afastou o corpo só para olhar nos meus olhos, sorrindo. A mão dele parou no meu queixo e por um segundo, achei que ele ia me beijar, mas a única coisa que ele fez, foi lamber minha cara, o que fez eu dar um tapa na orelha dele.

-Tá doido?!

-Você tá com chocolate na bochecha! - Ele riu, dando de ombros. - Por sinal, tá muito bom! É ganache?

-Nojento!

Bufei e levantei do sofá, parando na janela, enquanto observava a neve fina cair e os carros passarem na Brodway.

-Vou embrulhar os presentes, tá? - Bucky avisou.

Concordei e confesso que perdi a noção do tempo enquanto pensava na minha vida r observava o movimento da lanchonete, do outro lado da rua. Eu ainda tinha que ir lá para fechar o caixa antes de irmos para a casa de Gaspar e Sam.

Escutei a risada de Carol voltando para a sala, enquanto Kristen contava que atropelou um Papai Noel no meio da Quinta Avenida. Virei para ela e peguei o chocolate quente que Kristen me esticou.

-Obrigada!

-Obrigada nada! São dez dólares na sua cafeteria! Quero, pelo menos, quinze!

Eu ri e dei um empurrão nela, encarando Bucky, que parecia lutar com os presentes, sentado no chão. Carol sentou ao lado dele, ficando em silêncio por algum tempo.

-Papai? Eu já posso abrir meu presente? - Ela perguntou, após encarar um embrulho rosa, escrito "Carol".

-Não, Carol. - Bucky suspirou, irritado, enquanto tentava embrulhar a bola de Erick, que ficava escapulindo da mão dele.

-Por quê, papai?

Engoli a vontade de rir e troquei um olhar com  Kristen. Ela bebericou o chocolate quente para disfarçar o riso e eu mordi minha boca.

-Porquê ainda não é Natal.

-E por quê não?

-Porque não é dia 25.

-E por que não?

-Porque é dia 24.

-E por quê?

Não aguentei a risada alta quando Bucky se estreçou e, dando um ataque de birra, jogou a bola e o papel de presente longe, encarando Carol, mortalmente.

-Porque sim!

-Tá, mas por quê sim?

-Ah, quer saber?! - Bucky levantou do chão e saiu andando. - Desisto! Quem quiser que embrulhe os presentes! Eu vou é tomar um banho!

Antes que ele pudesse sumir pelo corredor, Carol o chamou.

-Papai?!

-Que. Foi. Minha. Princesinha?! - Bucky virou, respirando fundo.

Antes que ela pudesse abrir a boca, eu já sabia o que ela ia dizer e comecei a rir.

-Por quê você vai tomar banho?

Bucky deu meia volta e, enfim, sumiu, batendo a porta do banheiro com força. Eu cheguei a engasgar com o chocolate e Kristen teve que bater nas minhas costas, fazendo eu derramar chocolate no chão. Carol me encarou.

-Acho que o papai está estressado!

-É, ele está! - Kristen concordou.

Quando meu acesso de risos passou, sentei ao lado de Carol e comecei a embrulhar os presentes que Bucky não conseguiu. Acabei não vendo o tempo passar e só me dei conta de que tinha perdido uma hora entre embrulhar presentes e escrever bilhetinhos, quando Bucky me avisou que o pessoal da loja tinha ligado, perguntando se eu ia passar lá ou se eles podiam fechar.

Na outras filiais, eu já tinha levado a lembrança dos funcionários, mas como aquela era, literalmente, em frente de casa, deixei por último.

Depois de deixar Bucky ir arrastar Carol para debaixo do chuveiro, atravessei a rua e entreguei os presentinhos, fechando a loja cerca de quarenta minutos depois.

Quando entrei no apartamento, Bucky e Kristen estavam correndo pela sala atrás de uma Carol pelada e ensaboada, que se recusava a terminar o banho porque a água estava "molhada demais". Bastou único olhar meu para ela, e Carol desistiu, acompanhando o pai até o banheiro de novo.

Enquanto isso, separei a roupa dela e, depois que Bucky a trouxe enrolada na toalha de capuz de patinho ( presente de aniversário de Gaspar), a vesti e arrumei. Dessa vez, nem insisti no cabelo, já que não adiantaria: Carol ia tirar a presilha de qualquer forma.

Cerca de uma hora depois, finalmente, eu estava terminando de colocar meus brincos na frente do espelho. É claro que eu tinha fingido não ver Bucky no canto do quarto, me observando. Então, quando ele se colocou atrás de mim e me puxou contra ele, fingi levar um susto.

-Ai, Nossa!

-Você está tão linda! - Bucky sussurrou com os lábios enfiados no meu pescoço, me beijando. - E cheirosa...!

-Você vai amassar minha roupa, Homem! - Enfiei o cotovelo nele e me soltei, rindo.

-Eu queria era tirar ela...

Virei de frente para Bucky e sorri, jogando meus braços ao redor do pescoço dele.

-Você não está com fogo demais para quem é velho?

Bucky revirou os olhos e deixou a cabeça cair para o lado.

-Você está tão engraçadinha hoje, Heavy!

-Esse é o objetivo, Soldado! - Passei por ele, dando um tapa na bunda de Bucky. - Gostoso!

Ele começou a rir e me seguiu para fora do quarto. Levamos cerca de vinte minutos para levar o pudim, os biscoitos, o vinho e o bolo para o carro. Depois, levamos mais cinco minutos para convercer Carol a enfiar o casaco para não se resfriar. E só aí, fomos para o carro.

Enquanto eu dirigia, Kristen foi ensinando a Carol algumas músicas de Natal. Mais ou menos em Dingle Bells, franzi a testa e comecei a olhar para os lados, procurando algo.

-Que foi, Mana? - Kristen perguntou

Respirei fundo, arrastando o cabelo ruivo para trás da minha orelha.

-A gente pegou os presentes?

-Sim! Estão na mala!

-Pegamos todas as comidas?

-Aham...

-E a Jujuba?

-Aqui!

-Tá faltando algo... - Comentei, encarando elas pelo retrovisor.

-Mamãe...

Virei para Carol e a encarei.

-Sim, Minha Linda?

-Cadê o papai?

Parei o carro abruptamente, o que fez Carol gritar e Kristen cair para frente. Arregalei os olhos e comecei a procurar o celular na bolsa. Haviam dez chamadas perdidas de Bucky e recebendo mais uma.

-Você esqueceu o Bucky?! - Kristen me encarou, sem acreditar.

Não respondi. Apenas atendi o telefone, sem dar chances a ele de falar.

-Eu já percebi o que eu fiz e estou voltando, okay?

-Eu tô esperando em frente ao prédio. - Bucky suspirou. - Eu não acredito que você me esqueceu, Heaven!

-Eu não esqueci! - Retruquei.

-Você arrancou o carro sem mim, mulher!

Decidi não retrucar, afinal, não era mentira. Eu realmente tinha esquecido. Depois de voltar para a porta do prédio e de aturar o mau humor de Bucky pelo caminho inteiro, chegamos ao Brooklin e estacionamos o carro na frente do prédio de tijolinhos que eu já tinha morado um dia.

-Eu já pedi desculpas! - Exclamei, saindo do carro.

-Eu ainda tô magoado! - Bucky bateu a porta e foi apertar a campainha.

-Vocês dois sabe que dá para perceber que isso é drama, né? - Kristen comentou.

Jujuba miou alto quando saiu do carro com Carol segurando a caixinha de transporte.

-Eu nunca teria esquecido a Heaven! - Bucky retrucou.

-Você me esqueceu no teatro uma vez! - Retruquei.

-Eu não te esqueci! Você que demorou a subir na moto!

-Meu Deus! Como estão animados! - Sam apareceu na portaria, sorrindo. - Ah, mas se não é a melhor afilhada do mundo!

Carol soltou Kristen e Jujuba e saiu correndo para ele, o abraçando.

-É, literalmente, a única que você tem! - Bucky bufou. - É claro que ela é a sua favorita!

-Cala a boca, insuportável! - Sam revirou os olhos, vindo falar comigo. - Oi, Ruiva! Tudo bem?

Concordei e começamos a subir com as coisas aos poucos. Em duas viagens, todo mundo já estava lá em cima, inclusive Jujuba.

Ao invés de Gaspar ou Erick virem me cumprimentar em primeiro lugar, quem apareceu foi a Squick, a doninha de Sam, e eu quase infartei quando vi ela vir correndo na minha direção, subindo e descendo a cabeça da forma estranha que ela fazia.

-É sério que você ainda tem medo dela? - Sam questionou, a pegando no colo.

-Ela parece possuída quando corre assim! - Aleguei, chegando perto deles e esticando o dedo para fazer carinho na cabeça dela. - Oi, Squick!

-Aaaaaaaaah, sai da frente que a minha melhor amiga chegou!

Quase caí para trás quando Gaspar apareceu, vestindo uma blusa vermelha rosada, quase como uma goiaba, e uma calça branca, se jogando sobre mim. O abracei de volta e entramos no apartamento. Erick me cumprimentou rapidamente e arrastou a prima para dentro do apartamento, indo mostrar a ela qualquer coisa.

A decoração do apartamento estava linda, toda em tons de vermelho e dourado. Uma árvore enfeitada estava no canto, haviam tantas luzes pisca-pisca que eu chegava a estar tonta.

-Achei que ia passar o fim de ano com a Shuri! - Sam comentou, encarando minha irmã.

-Eu vou passar o ano novo com ela, nas Bahamas!

-Isso que é vida! - Bucky suspirou, esfregando o rosto.

-Falou quem mora na Brodway, né? - Sam retrucou, rindo.

-Cala a boca!

-Eles nunca vão parar de brigar? - Gaspar me encarou, cansado.

Neguei. Aparentemente, o amor dos dois consistia em implicância um com o outro. E, apenas talvez, Bucky amasse Sam mais do que a mim, mas isso vinha incluído no pacote do casamento, então, não dava para reclamar.

Assim que entrei completamente na sala, percebi, em frente a janela, uma cadeira de rodas com um senhor de idade sentado nela. Steve Rogers sorriu amplamente para mim e eu fui até ele, percebendo que era isso que Erick e Carol foram fazer.

-Oi, Steve! - Agachei e o abracei.

-Heaven! Que saudade! Fazem quantos anos que não nos vemos? Dez?

-Para de drama, Punk! - Bucky esperou eu soltar Steve e se agachou para o abraçar, também. - A Heaven te viu na semana passada!

-Eu não estou lembrando disso, não! - Steve cruzou os braços e piscou para mim, fazendo Erick e Carol rir.

-Deve ser o Alzheimer! - Sam comentou alto o suficiente, o que arrancou uma risada de Bucky.

Steve acertou um tapa na orelha dele e eu tive que me controlar para não rir quando Bucky o fuzilou com os olhos, esfregando o lugar do tapa.

-Por que eu apanhei se foi ele quem fez a piada?!

-Você estava mais perto e riu!

-É um ótimo motivo! - Kristen deu de ombros.

-Cala a boca! - Bucky reclamou.

-Para os dois! - Gaspar reclamou. - Vem, Bucky! Me ajuda a arrumar aquele presente, por favor!

Gaspar arrastou Bucky, junto de Sam, para dentro do apartamento. Eu sabia, exatamente qual era o presente e, pelo visto, Steve também, já que ele se inclinou para frente e sorriu para mim quando Carol saiu de perto.

-É uma gracinha!

-É, não é? - Sorri de volta. - Foi o próprio Bucky quem escolheu!

-Ah, ela vai amar!

-Pois é...

Começamos uma conversa agradável e Steve me explicou que Natasha só não veio porque já tinha prometido passar o Natal na casa de Clint Barton quando convidamos.

Aos poucos o clima foi ficando mais leve e descontraído conforme a noite caía e as luzes ganhavam mais destaque: Erick e Carol brincavam com Jujuba e Squick, Kristen tomou conta do som, adicionando músicas natalinas, Bucky e Sam se juntaram a Steve e os três homens ficaram conversando e bebendo, Próximos à lareira elétrica. Claro que Steve tinha feito birra quando serviram suco de morango ao invés de champagne, mas como eu o acompanhei no suco, ele ficou menos emburrado.

Eu e Gaspar sentamos nos sofá e começamos a fofocar sobre um milhão de coisas: Ele me contou que Edgar havia conhecido uma garota e viajado com ela antes do Natal, que ia precisar demitir dois professores se as denúncias de outros de corrupção se concretizassem, que Sam havia quebrado o chuveiro tentando mudar a tenperatura e, com isso, levado um choque...

Eu ouvi calada a maior parte do tempo, enquanto concentrava o olhar no suco de morango. Só até Gaspar me cutucar e me encarar.

-O que foi, meu docinho de coco? Você está com uma carinha tão desanimadinha... O Bucky não tem dado conta?

Comecei a rir e neguei, dando um tapinha nele.

-Não, seu doido!

-Então...

-Promete que não vai contar para ninguém?

Gaspar beijou os dedos indicadores, indicando silêncio. Me inclinei e fui até a orelha dele, pedindo para ele não fazer escândalo.

Quando contei, Gaspar arregalou os olhos e abriu a boca. Ele só não deu um ataque de pelanca porque tampei a boca dele. E porque, a seguir, ouvi a voz de Erick.

-Pai!

-Que foi, menino?! - Sam e Gaspar perguntaram, juntos.

-A gente já vai comer? A Carol tá com fome, mas ficou com vergonha de falar!

Carol ficou da cor do vestido vermelho e negou, coçando os cabelos ruivos.

-Eu não... Bem, podia ser só um biscoitinho, né?

-Concordo com a criança! - Steve pontuou. - Tô há horas aqui e não comi um único panetone, rabanada, biscoitos... Nada!

-Você é diabético! - Sam e Bucky retrucaram, juntos.

Isso fez Steve fechar a cara e, muito provavelmente para não dar um ataque, Gaspar levantou do sofá, avisando que ia na cozinha, pegar os biscoitos sem açúcar e os que eu tinha levado.

Carol levantou do chão, largando Squick, e veio até mim, sentando no meu colo e me segurando pelo pescoço.

-Mamãe? A gente já pode abrir os presentes?

-Tem que esperar mais um pouquinho, filha. - Expliquei.

-Mas é um pouquinho pouquinho, ou um pouquinho muitão?

-Um pouquinho pouquinho.

Quando Gaspar voltou, Carol levantou correndo do meu colo e foi atacar os biscoitos. Steve reclamou que os sem açúcar eram secos e eu me levantei, indo para o lado de Bucky.

-Você ainda está chateado porque eu te deixei para trás? - Perguntei, abraçando ele pelas costas.

Bucky segurou minha mão em cima do coração dele e sorriu para mim, olhando para trás.

-Nem um pouco, Boneca. Aliás...

Antes que eu pudesse pensar, Bucky rodou e pegou minha mão livre, me arrastando até o meio da sala e me dando um beijo demorado, enquanto balançava ao ritmo da música. Comecei a rir, tentando não ficar tonta.

-Awn! Eles são tão fofos! - Gaspar exclamou. - Por quê você não faz isso comigo, Samuel?

Sam revirou os olhos e murmurou um "tem crianças na sala!". Comecei a rir, sentindo o abraço de Bucky, em volta de mim.

Depois de uma hora, quando Sam e Bucky começaram a se empurrar como dois palhaços e quase derrubarem a árvore de Natal, achamos melhor começarmos a trocar os presentes para a felicidade das crianças. Combinamos, então, que elas iam receber os presentes primeiro porque estavam ansiosas.

Erick se empolgou muito quando recebeu um carrinho de controle remoto e uma bola. Inclusive, foi ele quem derrubou as luzinhas da parede quando chutou a bola com força.

E aí, Carol abriu primeiro o pacote rosa que estava ansiosa, vendo que era uma Barbie Heroína. Então, demos o pacote azul.

Carol franziu a testa sem entender porque havíamos dado uma coleira rosa para ela. Ela nos encarou.

-Isso é para mim?

-É!

-Mas... Eu não tenho um cachorrinho!

Sam levantou e foi até o quarto. Quando ele voltou, Carol arregalou os olhos. Ele tinha um filhotinho de cachorro sem raça no colo. Era branquinho e fofinho. Bucky tinha ido uns dois dias antes no abrigo e Sam tomou conta dele para a gente.

Quando encarei ela, minha filha estava chorando, o que fez Bucky franzir a testa.

-Hey, minha Princesa... O que foi? Não gostou?

-Eu... A-am-mei!

Ela chorava tanto depois de abraçar o cachorrinho, que chegava a soluçar. Já tinha meses que Carol nos pedia um cachorrinho e eu e Bucky pensamos muito, muito mesmo, antes de resolvermos dar.

-Qual vai ser o nome dele, Carol? - Gaspar perguntou.

Sem hesitar uma única vez, Carol respondeu, abraçando o cachorrinho:

-Chiclete!

-Chiclete?!

-Aham! - Ela sorriu, enxugando as lágrimas e rindo, enquanto o cachorro lambia ela. - Temos a Jujuba e ele vai ser o Chiclete.

Dei de ombros quando Bucky me encarou. O cachorro era dela mesmo.

Continuamos trocando presentes e eu posso dizer que o ponto alto da noite foi quando Sam presenteou Steve com um pacote de balas Fini em formato de dentaduras e quando Bucky deu de presente para Sam uma miniatura do Soldado Invernal, de chumbinho.

Então, como todo mundo realmente estava com fome, achamos melhor irmos para a mesa, começarmos a comer a ceia. Gaspar tinha se empolgado bastante naquele ano e tínhamos de tudo um pouco para provar: Saladas, arroz, legumes, ave, lombo...

Minha boca salivou com o cheiro e eu não sabia o que comer primeiro. Então, decidi ajudar Carol que estava com dificuldade para cortar o pedaço de peru e estava espalhando arroz pela mesa inteira.

Foi mais ou menos quinze minutos depois, quando Steve estava contando sobre o Natal de 1983, onde ele e a família tinham ido esquiar nos Alpes, que Sam, sem querer, puxou um pedaço de frango do osso usando a boca com tanta força, que o osso escapuliu da mão dele e só parou quando atingiu o olho de Bucky, ao meu lado.

Arfei, tentando controlar a risada. Gaspar soltou um gritinho. Steve e as crianças se engasgaram. Kristen escondeu a risada nos braços.

Bucky o encarou, com raiva, tampando o olho.

-Mas qual é o seu problema comigo, seu imbecil?

-Ué? - Sam deu de ombros. - Eu só estava tentando comer! Você que se meteu na frente do frango!

-Ah, é?! - Bucky pegou um pedaço de llombo e jogou com força na cara de Sam. - Nossa, Sam! Por quê você se meteu na frente do lombo?!

-Mas seu...!

Em cerca de dois segundos, tinha comida voando para todo lado quando Erick acertou uma uva passa em Carol. Abaixei na mesa, junto com Kristen, já que nenhuma de nós duas queria participar da guerrinha de comida. Até porque meu estômago embrulhou só de pensar em ficar com o cabelo cheio de salada ou frango.

Aparentemente, tinha sido divertido, já que eles estavam quase chorando de rir quando acabou e foram se lavar.

Depois da ceia, nos reunimos na sala para assistirmos ao especial de Natal que ia passar na televisão. As crianças se jogaram por cima dos travesseiros, junto com Jujuba, Chiclete e Squick. Steve sentou no sofá e se acomodou no canto, perto da parede.

Sentei ao lado de Bucky, com as pernas em cima das pernas dele, observando Gaspar e Sam, abraçados, enquanto comiam pipoca.

-Você tem certeza que não quer pipoca? - Bucky ofereceu, me esticando o potinho dele.

Neguei e voltei a olhar para a televisão. Mas não ficamos em silêncio nem dez minutos. Bucky voltou a me encarar. Franzi a testa quando percebi.

-O que foi?

-Não sei, Heavy... Você que está estranha esses dias! Distraída, calada...  Não quer pipoca mesmo?! Você ama pipoca!

Dei de ombros.

-Eu só não tô com vontade, Soldado!

-Hm...

Abracei ele e fiquei fazendo carinho no cabelo de Bucky até ele calar a boca e prestar atenção no filme. A essa altura, quando o Papai Noel já estava em busca de quem roubou o trenó dele, Steve já tinha dormido e as crianças, se não estavam dormindo, estavam quase. Chiclete tinha se embolado em cima de Squick e dormia de barriga para cima, com Jujuba ao lado dele.

Encarei Sam e Gaspar. Sam tinha cochilado, mas Gaspar estava bem acordado e me encarou, alternando o olhar entre mim e Bucky. Dei de ombros, mas ele fez uma careta e indicou com a cabeça para ele falar.

A verdade é que eu não queria contar. Mas eu ia ter que fazer isso de uma forma ou outra, então, apenas respirei fundo e cutuquei Bucky.

-Amor?

-Oi, Boneca! - Bucky virou o corpo para mim e me encarou, com o cenho franzido. - O que foi? Você está com uma cara estranha, Heaven...

-Preciso te contar uma coisa. - Sussurrei, mas fiz sinal para ele fazer silêncio, indicando os outros com o dedo.

Ele assentiu, se ajeitando no sofá e pondo o pote de pipoca de lado, enquanto passava a mão pelos cabelos e me encarava.

-Sou todo ouvidos!

-Então...

Travei. Gaspar, que estava atrás de Bucky, pegou o chinelo no chão e ameaçou tacar em mim. Bucky reparou no movimento e franziu ainda mais a testa, se é que era possível!

-O que está acontecendo?

-Ela tem que te contar uma coisa! - Gaspar respondeu. - Mas está enrolando mais que carretel!

-Hm? Quem tem que ir pro Quartel? - Sam acordou de supetão.

Eu ri e neguei, ajeitando meu cabelo por cima do ombro. Bucky me encarou, cruzando os braços.

-Você... Hm... Não quer mais...?

-O que?! - Perguntei, confusa.

-A gente, sabe? É isso?

Foi Sam quem bateu na cabeça de Bucky, revirando os olhos.

-Até eu já entendi o que a Heaven quer dizer!

-Ah, é, Sabichão? - Bucky reclamou. - Então, o que é?

Os dois me encararam e eu confirmei. Afinal, eu estava sem a menor coragem de falar.

-Ela está grávida! - Sam e Gaspar falaram juntos.

Bucky não teve reação. Encarei minhas unhas e não tive coragem de levantar os olhos.

-Grávida? O que...? Como assim grávida?

Encarei Bucky. Ele parecia em choque.

-Quando a mamãe e o papai se amam, Buckyzinho... - Gaspar explicou, rindo. - Eles fazem bebês depois que o papai planta a sementinha na mamãe!

Comecei a rir junto com Sam quando Bucky suspirou e esfregou o rosto.

-Isso eu sei como acontece, não acha, Gaspar?!

-Sei lá! Você está perguntando como ela está grávida!

Bucky respirou fundo e me encarou, sorrindo de lado. Sam e Gaspar levantaram do sofá e a sala ficou um completo silêncio quebrado apenas pela televisão e pelos roncos de Steve.

Ele me puxou para o colo dele e segurou meu rosto, o sorriso ficando mais amplo.

-Foi por isso que você me esqueceu na porta do prédio?

Comecei a rir e afundei o rosto no pescoço dele, enquanto Bucky me envolvia em um abraço apertado e quente.

-Eu estava nervosa! - Justifiquei. - Tem uma semana que descobri e queria muito contar para você! Mas achei que o Natal seria um ótimo momento!

Bucky riu e beijou minha cabeça, fazendo carinho na minha nuca. Fechei os olhos pensando em como era possível eu amar tanto esse homem!

-Foi, sim! Meu Deus... Eu vou ser pai de novo! A Carol vai enlouquecer quando descobrir!

-Ela vai amar mesmo!

Nos encaramos e eu fui a primeira a sorrir, me inclinando para frente e roubando um beijo dele.

-Você gostou mesmo?!

-Eu amei! Meu Deus, Heaven! Como eu não ia gostar? Mais algum tempo trocando fraldas era tudo que eu queria!

Comecei a rir e apoiei a cabeça no peito dele.

-Hey, Heavy...

-Sim?

-Eu amo você! De verdade! Você, a Carol e esse bebê são a melhor coisa que aconteceu comigo e eu passaria por tudo de novo para ter vocês!

Comecei a chorar, o que fez Bucky franzir a testa.

-O que foi?

-Eu tô grávida e emocionada! Droga!

Bucky soltou uma risada e me abraçou, apertado, me beijando com tanto amor que eu cheguei a chorar de novo.

-Ah, não, Leãozinho! Para de chorar!

Concordei, mesmo sem parar de chorar. Na verdade, eu só me acalmei alguns minutos depois, quando Sam e Gaspar voltaram para a sala, hesitantes.

-Já podemos vir comemorar o meu futuro afilhado? - Sam perguntou, sentando ao lado de Bucky e bagunçando o cabelo dele.

-Quem disse que vai ser seu afilhado, oh, Passarinho?! - Bucky retrucou, empurrando ele.

-Se não for meu, vai ser de quem?

-Do Steve!

-A Carol é minha afilhada e do Steve, engraçadinho!

Eu e Gaspar nos entrrolhamos, enquanto os dois continuavam discutindo ao ponto de acordar Steve.

Então, contamos a novidade e ele ficou tão empolgado que acabou quase caindo do sofá, acordando as crianças que tinham dormido.

Quando contamos a Carol e Erick que íamos ter mais um bebê na família, Erick comemorou mas Carol começou a chorar, achando que não ia ter mais atenção, até que Steve explicou para Ela que, agora, ela ia ter atenção do bebê também.

Isso a acalmou, graças a Deus.

Depois, levamos os dois para ir dormir com a Desculpa do Papai Noel e ficamos pela sala, conversando até de madrugada já que todo mundo tinha perdido o sono.

E foi alí, enquanto eu observava todo mundo conversando que percebi, mais uma vez, que meu mundo estava todo no lugar e eu estava completa.

E esse tinha sido o melhor Natal dos últimos anos.


Ooie, Pessoal! ❤

Eu não sei se ainda existe gente que tenha a fanfic na biblioteca, mas há uns dois meses atrás eu fiquei muito empolgada com o Natal e tive essa idéia de capítulo bônus e eu pensei "Por quê não?", já que eu não gostei dos últimos capítulos da fanfic e não é um segredo para ninguém KKKK

Mas, isso não quer dizer que vamos ter segunda temporada nem nada assim, está bem? É apenas isso, um capítulo bônus que eu espero que vocês tenham gostado porque eu amei demais escrever! 🤭🥰

Então, finalizando a noite:

Eu desejo a você, meu leitor querido, Um Feliz Natal para você e sua família e que, apesar da situação atual do mundo, nunca deixem q magia do Natal, amor, esperança e felicidade, acabar! Apesar de tudo, estamos vivos e isso que importa!

Beijos e até qualquer dia! 💋🤭❤💫

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