Pov Autora: Ooie, pessoal!
Eu sei, vocês devem estar estranhando eu postar essa capítulo de novo, mas meu Wtt deu um bug e eu tive que excluir ele e os outros rascunhos também! 🤦🏻♀️🤦🏻♀️
Portanto, se puderem dar a estrelinha de novo eu agradeço! 💖 E desculpem pelo ocorrido!
Bjs 💋💋
Deixei que Bucky guiasse a moto, quase em silêncio, por vários minutos. Pegamos a ponte do Brooklyn, depois o acesso para o centro e então, chegamos a Times Square.
Bucky entrou pelos estacionamentos subterrâneos e, após o que pareceu cerca de dez minutos para acharmos uma vaga, estacionou.
Ele foi o primeiro a sair da moto e tirar o capacete, me ajudando em seguida, já que eu havia feito besteira com o fecho do meu.
-Não me diz que eu vou ficar presa dentro desse treco?
Ele começou a sorrir de lado, quase rindo.
-Não, não vai. Prontinho. - Bucky puxou o capacete e me deu a mão, enquanto eu pulava da moto.
Tentei ajeitar meu cabelo no reflexo de um carro que estava ao meu lado, mas sem um pente, era quase impossível.
Como se tivesse lido meus pensamentos, Bucky esticou um pente. Encarei ele, sem acreditar. Bucky deu de ombros.
-Você não acha mesmo que eu tinha um cabelo daqueles sem pentear, né?
Sorri e aceitei o pente.
-Bem... Achava que era natural.
-Mas era natural. - Bucky encostou na moto e cruzou os braços, me observando. Respirei fundo e manti a calma. - Só não gostava de deixar ele parecendo uma juba de leão, igual ao seu.
Dei um tapa no peito dele. Bucky deu uma risada. Revirei os olhos, ignorando o fato do meu estômago ter virado líquido com o som da risada dele.
Devolvi o pente e começamos a andar pelo estacionamento. Uma olhada no relógio me fez perceber que era sete e cinco. Notei o olhar dele em cima de mim e sorri de lado, sem olhar para ele.
-O que foi, Bucky?
-O que foi o que?
-Você está me encarando... Por quê?
Olhei para ele. Bucky ficou vermelho e desviou o olhar.
-Você é ruiva natural, não é?
Franzi a testa. Chegamos na saída do estacionamento e começamos a subir as escadas para pedestres.
-Se eu sou ruiva de nascença, é isso?
-Sim. - Observei ele coçando a nuca e sorri.
-É, sou. Minhas sardas e meus cílios não entregaram isso?
Bucky riu e deu de ombros.
-Entregaram, na verdade. Eu só estava confirmando... - Ele fez uma pequena pausa. - Heaven?
-Sim...?
-Tipo... Você é ruiva. Certo. Tem sardas e tudo. Certo? Certo... Mas tipo... Assim, você... Bem...
Eu não aguentei a risada no momento exato em que chegamos a rua. Algumas pessoas olharam para mim e Bucky ficou quase roxo. Balancei a cabeça, afirmando, antes de parar de rir, o que levou algum tempo.
-Sim, Bucky... Todos os meus fios são ruivos, embora em um tom diferente! Mais alguma dúvida?
Bucky deu de ombros e começou a andar, ainda parecendo super constrangido. Eu teria ficado se eu não tivesse escutado esse tipo de pergunta tantas vezes na vida.
Notei que eu não sabia para onde estávamos indo. Eu apenas seguia ele à meio passo de distância.
Comecei a refletir e ainda me achava uma grande babaca. Mas estava feliz por essa chance. Bucky era mesmo uma ótima companhia e eu não ia conseguir me perdoar se tivesse perdido ele.
-Heaven! - Senti os braços de Bucky me puxando e me impedindo de andar. Olhei para ele. - O semáforo... Tá aberto para os carros, menina! Tá doida?
Senti meu rosto esquentar quando percebi todo mundo em volta me olhando e quando vi os carros passando em alta velocidade. Suspirei e deixei minha testa cair no peito dele.
-Desculpa. Não percebi...
Bucky me deu um beijo na testa e agradeci de estar com o rosto enfiado no peito dele, porquê eu comecei a sorrir feito uma imbecil.
-Tá tudo bem... Mas vê se fica mais atenta. - Bucky me largou e esticou a mão. - Vem, melhor eu te dar a mão para atravessar. Parece criança!
Atravessamos e eu fui, bufando e revirando os olhos só para implicar com ele.
-Olha, acho que eu tenho que concordar com o Sam... Você é muito chato!
-Melhor eu sendo chato, do que você morta. - Bucky revirou os olhos e largou minha mão do outro lado da calçada. - Então... Você quer tomar um café? Temos que fazer hora até umas dez...
Arregalei os olhos e o encarei.
-Por quê?
-Surpresa.
-Tá. Eu entendi! - Reclamei. - Mas por quê você quer me fazer uma surpresa?
Bucky deu de ombros e começou a andar, me deixando alguns passos atrás. Bufei e o segui.
-Bucky!
-Você faz perguntas demais...
-E você dá respostas de menos!
Bucky deu um sorriso de lado e continuou caminhando pela rua. Suspirei e me resignei a ir atrás, apenas.
Observei ele colocando as duas mãos no bolso do casaco e olhando ao redor, antes de entrar em uma cafeteria Britânica.
As paredes e o chão eram todos de madeira e a iluminação, embora fosse meio escassa, dava um ar aconchegante. Enquanto Bucky foi até o balcão pedir um café, senti meu telefone vibrar e peguei ele, lendo a mensagem de Gaspar.
"EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FUGIU DA SUA FESTA DE ANIVERSÁRIO SURPRESA! AGORA EU E SAM SEREMOS OBRIGADOS A NOS LAMBUZAR INTEIROS COM O SEU BOLO!"
Revirei os olhos e ia digitar, mas Gaspar voltou a digitar. Esperei.
"Mas tudo bem. Te perdoo dessa vez pq você fugiu com um boy magia incrível! Espero que vocês se acertem! Ps: Tenho um babado para te contar que você não vau acreditar! "
Respondi:
"EU TINHA ESQUECIDO COMPLETAMENTE DO MEU ANIVERSÁRIO! "
E logo em seguida:
"Estamos nos dando bem, Gaspar. Embora eu ainda ache que ele perdoou com muita facilidade... Ps: Conta agora?"
Olhei para o balcão. Bucky ainda estava na fila.
"O Sam disse que ele é assim mesmo. Aproveita e PEGA O BOFE! Ps: Não mesmo! Só pessoalmente!"
Bufei.
"NÃO!"
"IDIOTA!"
"PARA COM O FOGO NA BUNDA, GASPAR!"
"Vou parar mais tarde, depois que lambuzar o Sam com bolo.".
Arregalei os olhos e tentei controlar a risada.
"Eu NÃO quero saber! Sinceramente! Me diz que estão no apartamento dele?"
"Não, estamos no nosso e NÃO vamos mudar! Você que arranje uma cama para ir dormir com o Bucky!"
"IMBECIL!"
Deixei Gaspar falando sozinho. Cerca de cinco minutos depois, Bucky voltou com uma bandeja com bolo, café, biscoitos e um suco de frutas vermelhas.
-Não acha uma grande ironia estarmos em uma cafeteria Britânica e pedirmos um monte de coisas, mas não pedirmos chá?
Encarei ele, enquanto Bucky se ajeitava na cadeira.
-Você quer chá?
-Eu não! - Ele fez uma careta. - Você quer?
-Não mesmo!
Ele sorriu e colocou o suco na minha frente. Franzi a testa e o encarei, pegando o suco. Bucky reparou nisso e fez sinal com o queixo para eu falar.
-Eu não tinha pedido suco... Como sabia que eu gosto de frutas vermelhas?
Bucky deu um pequeno sorriso de lado e mexeu o café com uma colher.
-É impressionante a quantidade de coisas que a gente pode deduzir só observando uma pessoa, Heaven.
Me inclinei para frente e o encarei.
-Ah, é? E o que mais você pode deduzir? - Perguntei, enfiando um pedaço de bolo de chocolate na boca.
Bucky esticou as costas na cadeira e cruzou os braços, me observando.
-Eu posso deduzir que você tem trabalhado demais e não tem muito tempo de diversão.
-Isso o Gaspar pode ter contado.
Ele deu de ombros.
-Também sei que eu te deixo constrangida de vez em quando. Eu só não sei porquê...
Senti que fiquei vermelha e bebi o suco para disfarçar. Bucky sorriu.
-Ah... Bem, é que... As vezes, você é um pouco inconveniente. - Admiti.
Bucky ficou vermelho e pediu desculpas, mas descartei com um aceno de mão.
Acabamos começando a jogar conversa fora e ele me ensinou a "ler" as pessoas ao meu redor.
Claro que levei quase uma hora inteira para acertar alguma observação, mas acho que depois, peguei o jeito.
E claro que com isso, acabei percebendo os olhares femininos para cima dele, mas Bucky parecia estar totalmente alheio a isso.
Uma dúvida me surgiu e eu respirei fundo, criando coragem.
-Pergunta, Heaven.
Estremeci de susto e o encarei. Bucky sorriu.
-Você respira fundo toda vez que quer perguntar alguma coisa.
Revirei os olhos.
-Para com isso! É assustador!
-É interessante!
-Também, claro! Mas é assustador!
Bucky riu e se inclinou para frente na mesa. Encarei ele nos olhos e...
Nossa.
Pisquei atordoada, tentando recobrar o juízo, já que por mim, eu teria encarado ele durante horas e horas.
-Você não tem namorada? Ficante? Peguete? Quero dizer... É porque eu acho que ficaria um pouco irritada se algum cara com quem eu estivesse saindo, ficasse saindo direto comigo, sabe?
Bucky suspirou e abaixou a cabeça, mexendo na colher, como se quisesse adiar a resposta. Me arrependi na mesma hora.
-Bem... Eu costumava ter.
-Ela te largou?
Ele negou, ainda olhando para baixo. E suspirou.
-Não... É que... Bem, normalmente, eu era o cara que largava, entende?
Assenti. Bucky continuou falando.
-E tipo... Eu tive muitas mulheres. Mesmo, sabe? De ter duas, três juntas...
-Ao mesmo tempo?! - Indaguei.
Vi Bucky ficar vermelho e erguer o olhar, confirmando. Eu ri.
-Ah, mas quem olha essa carinha de santo nem imagina o safado que é!
Ele arregalou os olhos e não controlou a risada, escondendo o rosto na mão e balançando a cabeça. Eu ri mais também.
Ele respirou fundo.
-Não sou um safado!
-Olha, ter duas ou três ao mesmo tempo... Acho que isso te faz um safado!
Ele continuou rindo e era viciante de olhar porque Bucky tinha um dos sorrisos mais lindos que eu já tinha visto. Era um daqueles sorrisos grandes, largos, que chegavam a fazer o canto do olho fechar. Um desses que te faz ter vontade de sorrir junto.
-Isso foi há muito tempo! Aí, veio a Guerra e... - Ele respirou fundo, parecendo triste. Observei que ele tirou o braço esquerdo de cima da mesa. - Bem, levou quem eu era embora e acho que nunca mais ele vai voltar.
Estiquei minha mão e segurei a dele por cima da mesa. Bucky não demorou muito a entrelaçar nossos dedos e eu senti o quão gelado ele estava.
-Então... Você não tem mesmo uma namorada?
Bucky negou e me encarou.
-Não. Eu, sinceramente, não tenho quase ninguém. O Sam e mais um ou outro comhecido e o Steve.
-Steve?
-Meu amigo que está internado. Lembra?
Apertei a mão dele e Assenti. Bucky olhou para nossas mãos e deu um pequeno suspiro. Ele começou a abrir e fechar a mão, brincando com os dedos e os trocando de lugar, para depois voltar a posição original, como um carinho.
-Eu gosto de você. - Bucky comentou.
Meu sangue gelou e meu coração deu um pulo. Ele riu, ficando vermelho.
-Não assim, exatamente, Heaven. - Bucky apertou minha mão, firme, e me encarou. - Eu gosto de você. Entende? Não disse que tô afim ou algo assim. Eu só gosto.
Respirei bem fundo e dei um sorriso, meio sem graça.
-Por quê?
-Não sei. Só sei que gosto de conversar contigo e de ficar do seu lado, sei lá... É como se...
Senti que fiquei vermelha. Bucky soltou minha mão, um pouco constrangido.
-É como se...?
Bucky não respondeu de imediato. Olhava pela janela para tentar disfarçar, mas eu não tirei os olhos dele um segundo, sequer. Bucky suspirou, desistindo.
-Por favor, não leva isso para o lado romântico, tá? Eu falaria algo assim para o Sam, caso ele não fosse tão chato!
Eu ri e concordei.
-O que é?
Ele suspirou. Voltei a puxar a mão dele e entrelaçar nossos dedos. Vi um pequeno sorriso no rosto dele.
-É como se todas as vezes que estou do seu lado, eu esqueça meus problemas, sabe? Minhas responsabilidades, culpas, tristezas... A sua companhia me faz bem e eu nem sei porquê. Eu só...
Levantei da minha cadeira. Bucky me encarou, confuso. Sentei ao lado dele e nos encaramos. Puxei Bucky para um abraço.
Ele não correspondeu, exatamente , apenas repousava as mãos na altura dos meus pulmões, de leve.
-Eu também gosto de você, Bucky! É por isso que eu me senti tão babaca. Eu nem fui no hospital te ver! Achei que você não ia mais querer falar comig...
Bucky me largou um pouco e segurou meu rosto entre as mãos, encarando meus olhos.
-Shhh! Heaven, tá tudo bem. Eu já te perdoei, mesmo não tendo nada para perdoar. E eu não deixei você ir porque não queria preocupar você! - Bucky me puxou e beijou minha testa. - Vem cá, acho que eu estou precisando mesmo desse abraço!
Sorri e voltei a abraçar ele. Dessa vez, Bucky correspondeu, decentemente.
Deixei meu rosto cair na curva do pescoço de Bucky, sentindo o perfume dele entrar pelo meu nariz e, involuntariamente, suspirei.
Bucky passou os braços pela minha cintura e os prendeu, firmes, nas minhas costas, enterrando o rosto no meu cabelo.
Ficamos assim, totalmente perdidos nos braços um do outro, durante um bom tempo, que eu não saberia dizer qual.
Talvez minutos, horas...
Eu só sei que eu não queria sair dalí. Não porque eu estivesse apaixonada ou algo assim. Mas porquê eu nunca senti tanto carinho em um abraço. Eu nunca me senti tão em casa...
E saber que ele gostava mesmo de mim me deixou com mais vontade ainda de morar alí para sempre. Afinal, eram poucas as pessoas que eu tinha hoje em dia, e apesar de parecer estar cuspindo no prato que comi, nem Gaspar me deixava tão à vontade, tão confortável.
Talvez, Bucky fosse mesmo a minha conexão de alma, daquelas que a gente só escuta falar, mas quase não sente.
Senti um leve carinho na nuca, antes de ouvir alguém comentar:
-Nossa, que casal fofo! Olha como parecem apaixonados!
De repente, com uma estalo, me dei conta de quem existiam inúmeras pessoas aos nosso redor e que não estávamos sozinhos. Nos separamos devagar, mas eu acabei não olhando para ele, tamanha vergonha que eu estava sentindo.
Bucky encarou o senhor de idade que comentou com a senhora ao lado dele e ainda complementou:
-Lembra, meu amor, quando a gente se conheceu? Era exatamente assim...
Observei a senhora sorrir e virar para o marido.
-Você não me pareceu tão apaixonado, meu bem!
-Eu não estava tão apaixonado quanto estou hoje!
Foi inevitável não sorrir. Então, pisquei para Bucky e exclamei, agarrando o braço dele e colocando a cabeça no ombro de Bucky.
-Olha, amor... Tá vendo aquele casal alí? Eu espero que a gente fique juntos até chegarmos nessa idade!
Bucky ficou quase roxo de tão vermelho, mas riu e concordou.
-É, eu espero também! Quer dizer, olha como eles parecem apaixonados!
O casal ficou um pouco constrangido, mas sorriu para a gente e eu sorri de volta.
Minutos depois, Bucky levantou para pagar a conta (que eu obriguei a dividir comigo) e eu peguei o celular.
"QUE ABRAÇO, HEIN!"
Franzi a testa e olhei ao redor, afinal, eu não conhecia o número. Então, percebi Brigitte e um cara que frequentava a Cafeteria sentados em uma mesa, se beijando.
A mensagem já era mais antiga. Sorri.
"QUE BEIJAÇO!"
Bucky voltou e me ofereceu o braço para eu levantar. Dei uma outra olhada para Brigitte que ainda beijava o homem e sorri, feliz por ela.
-Heaven?
-Ah, sim? - Voltei para a realidade e o encarei, enquanto a gente saía do estabelecimento.
-Agora... Pronta para a sua surpresa?
Revirei os olhos e o encarei.
-Bucky, eu lembrei que é meu aniversário!
Ele sorriu.
-Ah, que bom! Nesse caso, posso te dar parabéns agora, não preciso esperar te mostrar a surpresa. - Ele esticou a mão e pegou a minha. - Vem, Heavy.
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