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13

Espero que curtam o capítulo e deixem a se isso acontecer. Boa leitura! 💕


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Depois de vestir uma roupa, eu fui para a cozinha. Jimin estava no banho e eu ajudei minha mãe a fazer o almoço, enquanto meu pai falava com alguém no telefone, andando na sala de um lado para o outro.

Parecia com raiva, estressado.

— Ga... Jungkook... — Sorri e me virei, já que estava terminando de cortar algumas coisas para a minha mãe na pia, e olhei para ele, que tinha acabado de chegar na cozinha. — Ér... — Coçou a nuca. — O Tae ligou para mim. Disse que quer que você ligue para ele.

O olhei incrédulo.

— Como assim vocês já são amigos? — Voltei a olhar para frente e terminei rapidamente de cortar os legumes, entregando-os à minha mãe e voltando a atenção para ele.

— Ah... Ele é uma graça. — Forcei a minha língua contra a bochecha e vi minha mãe pigarrear ao meu lado.

Só que, naquele momento, eu já não estava me importando com nada.

— Devo me preocupar? — perguntei, me escorando no balcão.

Ele franziu o cenho como se perguntasse o que eu estava fazendo, entretanto Park Jimin não estava nem aí tanto quanto eu naquele momento.

— Teria motivos? Quero dizer... somos amigos. — Arqueei uma das sobrancelhas, vendo meu pai desligar a chamada e prestar atenção em nós. — Digo, ele e eu.

Por que ele especificou?

— Ah, mas amigos também se pegam. — Ok, eu fiquei surpreso comigo mesmo. Não só pelo fato de estar flertando com ele mas, principalmente, pelo fato de estar flertando com ele na frente dos meus pais.

Eu vou tomar uma bicuda? Talvez.

— Então tudo bem para você? Se eu pegar ele? — Sorriu atrevido.

— Experimenta. — Devolvi o sorriso, vendo meu pai espremer os olhos na minha direção. — Vai se arrepender.

— Vou? — Andou até onde nós estávamos e escorou no balcão também, ao lado do Park.

— Vai? — meu pai indagou e foi aí que eu decidi que era hora de parar.

— Vai — respondi por fim, dando aquele assunto como encerrado.

Entretanto, meu velho parecia interessado em saber mais.

Talvez para comer meu fígado com pão.

— Por quê? — questionou, e eu vi Park entrar em desespero.

Sabe quando o nervosismo te dá coragem? Não sei se isso já aconteceu com vocês, mas foi exatamente o que aconteceu comigo naquele instante. Meu coração estava na boca, mas eu tomei coragem para dizer:

— Porque eu tenho ciúmes do Jimin. — Foi uma sequência de fatores engraçados que eu teria rido se não tivesse com o cu na mão. Meu pai torceu a cara em desgosto, Jimin arregalou os olhos e minha mãe derrubou alguma coisa na pia que fez barulho. — Puts... Me deu uma dor de barriga de repente... Vou ao banheiro.

E eu meti o pé dali.

Ok... Eu dei pulinhos quando entrei no quarto do Park. E gritinhos também. E senti que fosse ter uma parada cardíaca a qualquer momento.

— Ah, meu Deus! Eu estou ferrado! — Me joguei na cama com o rosto enfiado no travesseiro.

Contudo, eu não demorei muito ali. Mandei mensagem para Taehyung avisando que depois ligaria para ele e voltei para a sala.

Meu pai me olhou como se esperasse uma explicação, mas eu fingi que nem notei.

Me joguei no sofá com o celular na mão e cliquei em um dos milhares de joguinhos que eu tinha, apenas para me distrair e ter o que fazer até a comida ficar pronta.


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O almoço seguiu bem. Quero dizer, silencioso, mas bem.

A única "mesa" que tem em casa é o balcão de mármore, onde há quatro banquetas; duas do lado de dentro da cozinha e duas do outro lado, do lado da sala. Só que eu não estava a fim de sentar à mesa, como no jantar de ontem a noite. Então, acabei comendo no sofá mesmo.

Perto das 14h00 meu pai anunciou que eles iriam na estação comprar as passagens de volta para casa. Eles vieram de carro e realmente o dariam para mim, e teriam de voltar de trem na manhã seguinte.

Eles não pareciam querer me deixar sozinho com Park, e só sossegaram quando Jimin anunciou que iria para a casa de Hoseok. Contudo, eles saíram antes.

— Você pirou? — E só depois que meus pais deixaram a casa que nós tocamos naquele assunto.

— Sei lá. — Sorri. — Me deu um fogo no rabo de repente e eu soltei aquilo. — Ele riu alto.

— Eu fiquei com medo do seu pai. Achei que ele ia voar em você. Ou em mim. — Suspirei, me sentando no sofá.

— É... Ele dá um pouco de medo. — Andou até mim e sentou ao meu lado.

— Você estava falando sério? — Olhei para ele. — Ou era só provocação?

— O quê, exatamente?

— Que eu me arrependeria se ficasse com Taehyung. E que você sente ciúmes de mim. — Suspirei e desviei o olhar.

— Achei que tivesse deixado claro ontem. — Me fez olhar para ele.

— Também não achei que estivesse falando sério. — Neguei.

— Só que você não precisa se sentir intimidado pelo meu showzinho. — Franziu o cenho. — Não somos nada. Você pode, e está no direito, de ficar com quem quiser.

— É bom saber que você encara nossa amizade como nada.

— Você sabe que não é isso que eu quis dizer. — Sua vez de suspirar.

— Nós somos alguma coisa, ok?

— Somos?

— É claro que somos. É como você disse: amigos também se pegam. — Soprei um riso. — E eu não quero ficar com o Tae, e nem com ninguém. Eu acho que está bom assim.

— Assim como? — Sentou de um jeito que ficasse de frente para mim; com uma perna dobrada no sofá e a outra mantinha no chão.

— Como amigos que se pegam — respondeu, como se fosse óbvio. — Quer ser meu amigo colorido? Ou melhor: continuar sendo meu amigo colorido?

— Se você tiver um pouco de paciência comigo... Quero dizer, não faz nem um dia direito que me aceitei gay.

— Ah... Então você se aceitou gay? — Ele parecia contente com aquilo.

— Sim. Digo, eu bato punheta para um homem e não sinto tesão em mulheres. Alguma coisa isso quer dizer. — Riu. — Mas, por favor, não fale para ninguém. Não ainda.

— Relaxa. Leve o tempo que precisar. — Segurou minha mão. — E não se preocupe, terei toda a paciência do mundo com você.

— Isso ficou bem gay. — Rimos.

— Que irônico. — Ameaçou levantar, mas eu o puxei de volta. — Ei...

— Onde você vai? — indaguei.

Ele sorriu e passou uma das pernas por cima das minhas, sentando em meu colo.

— Na casa do Hobi — respondeu, jogando os braços em meus ombros.

— Achei que estivesse brincando para espantar os meus pais — murmurei, fazendo bico quando ele negou.

— Vou pintar o cabelo. — Riu da minha cara. — Vou ficar bem gostoso para você.

— Mas você já é gostoso — me esforcei para que minhas bochechas não ficassem vermelhas depois do que confessei a ele, contudo, acho que falhei porque ele riu e selou cada uma delas.

— Mais gostoso então. — Abracei sua cintura.

— Ok, ok. — Fechei os olhos com a carícia que ele começou a fazer na minha cabeça. — Eu estava pensando em pintar o meu também.

— De qual cor? — Dei de ombros.

— Bem chamativa. Aproveitar que eu ainda não trabalho como advogado para fazer merdas no cabelo. — Riu alto. — Sei lá. Um verde. Um rosa. Azul. Qualquer cor.

— Eu infarto. — Abri os olhos e vi ele levar a mão ao peito.

— Hm... Então eu vou pintar — falei divertido.

— Engraçadinho — soltou irônico, aproximando o rosto do meu.

Eu achei que ele iria me beijar, tanto que até fechei os olhos, mas ele apenas riu baixinho e se afastou, erguendo o corpo para levantar dali.

— Volta aqui. — O puxei de volta para o meu colo.

— Eu tenho que ir. — Choramingou. — O que você quer? Um beijo?

— Eu adoraria. — Abanou a cabeça de um lado para o outro, rindo.

— Estou adorando você assim — comentou, voltando a juntar nossos rostos.

— Assim como?

— Todo boiola. — Revirei os olhos.

— Meu ovo, hein?

— Ah, não. Gíria de hétero, não. — Ri.

— Me beija logo, vai? — Selei sua boca. — Só sai daqui se me beijar — Selei de novo. — Não é assim que você faz comigo?

— Não lembro, não fiz. — Eu iria retrucar aquilo, mas ele colou a boca na minha e enfim me beijou. Mas não durou tanto. — Aí... — Findou o ósculo de repente. — Eu ainda quero te chupar. Aquela imagem ainda não saiu da minha cabeça.

Eu só continuei quieto. Quero dizer, eu não sabia bem como reagir quando ele falava aquele tipo de coisa.

Eu fico desconcertado. E tímido.

Nós trocamos mais alguns beijos antes dele sair do meu colo e ir para o quarto.

Eu continuei na sala assistindo alguma coisa e permaneci ali até mesmo depois que ele foi para a casa do amigo dele.

E aí eu decidi ligar para o meu.

Até que enfim, gay — foi a primeira coisa que ele disse quando atendeu minha ligação.

— Que foi, hein?

Só um segundo — pediu. — Ok. Está no viva-voz. Jin está aqui.

Jungkook, eu esqueci de avisar. Eu trouxe um pênis de borracha para você do Reino Unido. Tem as cores da bandeira de lá. — Rolei os olhos.

— Não acredito que eu tive que parar a minha série para ouvir isso!

Eles começaram a falar ao mesmo tempo e eu não entendi merda nenhuma.

— Um de cada vez! — exclamei.

Eu primeiro porque o celular é meu — Taehyung disse. — Yoongi e eu ficamos.

— Mas vocês não tinham terminado?

Sim, mas rolou e eu deixei. Eu sentia falta daquela boquinha gostosa.

— Vai se machucar, hein?

Ah, que bonitinho ele preocupado com o hyung. — Revirei os olhos. — Relaxa, tudo sob controle. Nós só nos pegamos na brotheragem.

— Sei...

Agora é a minha vez — o mais velho de nós três anunciou. — Eu tenho uma pergunta para você, JK. Vai me responder com sinceridade?

— Já foi. — Ri quando ele me xingou. — Vou tentar. Pode mandar.

Ok. Sinceridade, hein?

— Tá bom, princesa.

O clima já esquentou entre vocês?

Ah, velho...

— Entre vocês quem? — Me fiz de sonso, né? Claro.

Vocês; Jimin e Jungkook — Taehyung respondeu por ele.

— Quem é Jungkook?

Responda, infeliz!

— Tá. Tá. — Suspirei. — Defina "esquentou".

Se beijaram até as coisas subirem. Gozaram. Transaram. — Ri da entonação dele.

— Não transamos...

Mas...?

— Por que vocês querem saber isso? — indaguei e ouvi eles soltarem um "ah" em frustração.

Entretenimento — responderam juntos.

Suspirei.

Vou tomar na paçoca? Provavelmente.

— Mas... Sim, as coisas já esquentaram a ponto de "subirem" e nós... gozarmos. — E eles começaram a falar juntos outra vez. — Oh, porra! Um de cada vez!

Grosso! — o avermelhado me xingou. — Detalhe, Jungkook. Por favor.

— Isso já está virando fetiche de vocês — falei e fiz careta.

Fala logo como, quanto e onde aconteceu, peste. Quantas vezes?

— Hã... Duas.

Fala mais, meu filho! — Jin se exaltou.

— Ok. Hã... — Não estou muito certo de contar aquilo, não. — Na primeira a gente se esfregou até gozar. Sem nem tirar a roupa. Foi louco. E a segunda começamos juntos no quarto e ele quase me pagou um boquete. Mas a minha mãe babou tudo e eu tive que resolver sozinho no banheiro. Inclusive, foi hoje de manhã.

Assim que disse isso, eles desgramaram a falar juntos de novo. Eu até tentei fazê-los parar, mas não deu muito certo. Aí eu desisti e desliguei na cara deles.

Sem paciência.

Eu fiquei algum tempo ainda ali no sofá, olhando para o nada e pensando nas coisas que estavam acontecendo comigo. Entre Jimin, eu e o que eu sinto. E depois de refletir muito, fiz algumas coisas da faculdade, aproveitando aquele tempo que eu estava sozinho.

E aí meus pais chegaram.

— O que foi aquilo mais cedo, Jungkook? — já chegou questionando.

— Aquilo o quê? — fingi confusão, tirando os olhos da apostila de Direito Penal e olhando para ele.

— Jungkook, eu não gosto daquele rapaz. — Minha paciência, que já era pouco naquele dia, diminuiu ainda mais.

— Ele tem nome e o senhor não tem motivo nenhum para não gostar dele. Ele é super educado com vocês. — Voltei a minha atenção ao livro.

— Ele é... — eu queria que ele terminasse a frase, mas desistiu. — O que você quis dizer com ciúmes?

— Exatamente o que eu disse. — Virei a página.

Eu tentava não demonstrar meu nervosismo naquele momento, entretanto, minhas mãos estavam começando a querer tremer mesmo que eu tentasse manter a calma.

— Você não pode. — Fechei os olhos.

— O quê? Sentir ciúmes? — Olhei para ele de novo. — Por que não?

Eu vi a minha mãe parar um pouco atrás dele, quase perto da porta.

— Porque é um homem! Pelo amor de Deus, Jungkook, o que está acontecendo com você? — ele perguntou, decepcionado comigo.

— E daí que ele é um homem? — Minha respiração começou a ficar agitada e, por um momento, achei que fosse ficar sem ar. — Eu gosto dele. Ele é meu amigo. Posso sentir ciúmes dele sim. Assim como sinto por Taehyung.

— Você não pode! — alterou a voz, aumentando-a.

— Por quê?! Ele ser homem não é motivo.

Ok. Eu estava colocando lenha na fogueira sem pensar muito nas consequências.

Eu só não sei se era o medo ou o nervosismo que estava me dando toda essa coragem. Ou a raiva por eles sempre falarem coisas ruins sobre o Tae, e agora do Park, e eu escutar calado. Porque eu tinha medo de argumentar.

Até aquele momento.

Eu estava com muita raiva.

— Porque ele é... — Me coloquei de pé.

Eu sou da mesma altura que ele.

— Fala — mandei. Meu pai parecia incrédulo com a minha atitude. E a minha mãe também.

Era a primeira vez que eu batia de frente com ele em toda a minha vida e eu estava me borrando de medo.

— Completa a porra da frase, pai. — Vi a veia do meio da sua testa inchar muito.

Isso significava que se eu não parasse, ficaria ainda pior. Aquela veia na testa dele, quando inchada, significava o limite da sua paciência e o ápice da sua raiva.

E ela estava quase explodindo naquele momento.

— Não fala assim comigo. — Trinquei o maxilar.

— O que ele é? — Agora, o fio de paciência que ainda tinha, ele perdeu. E se eu estava falando alto, ele conseguiu superar a minha voz.

— ELE É UMA BICHINHA, JUNGKOOK! — ele gritou a ponto de sair gotículas de saliva de sua boca.

— EU TAMBÉM! — Senti meu coração na boca. — Eu também sou — abaixei o tom, quase sussurrando a última frase. — gay, pai.

Sabe quando tudo fica em silêncio e você só escuta um apitinho irritante bem lá no fundo? Era exatamente aquele momento.

Tudo pareceu estar em câmera lenta.

Eu só percebi que Park Jimin estava ali quando ele correu para conseguir pegar a minha mãe no ar antes que ela caísse desmaiada no chão.

— Não é, não — meu pai ralhou.

— Eu sou sim, pai. — Ele negou com a cabeça.

— Não. Você não é. — Se virou quando Park chamou nossa atenção para a mulher que estava em seus braços.

Jimin a colocou no sofá e o mais velho de nós correu até lá, e tentou reanimá-la.

Já eu, apenas observava tudo sem conseguir sair do lugar. Sem conseguir falar. Sem conseguir pensar. Sem conseguir respirar direito. Na verdade, a única coisa que eu consegui, além de olhar tudo, era permitir que as lágrimas que embaçavam meus olhos escorressem pelo meu rosto.

— Eu vou levá-la ao médico. — Meu pai parecia mais desesperado do que com raiva naquele momento. Assim como eu. — E quando nós voltarmos, você vai dizer que era tudo mentira. E que você estava apenas fazendo uma brincadeira idiota. — Agarrou o colarinho da minha camisa com uma das mãos. — Está me ouvindo?!

Apenas balancei a cabeça em concordância.

Ele me soltou e pegou a minha mãe no colo antes de sair de casa.

E, agora sozinho, eu sentei no chão encostado no balcão, entre uma baqueta e outra, e chorei.

Acho que Jimin foi ajudar meu pai ou algo assim porque eu ouvi a porta fechando e, segundos depois, ele veio até mim.

— Ei... — Tocou meu rosto. — Eu estou aqui, gato. Não chora.

Ele sentou nas minhas coxas, já que minhas pernas estavam esticadas, e beijou minha testa. Eu chorei mais com aquilo e o abracei, apertando-o muito forte em meus braços.

Enterrei o rosto no peito dele, visto que ele ficava mais alto do que eu naquela posição, e senti seus dedos acariciarem meus cabelos.

E foi então que ele começou a soluçar.

Jimin estava chorando comigo.


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— Aqui. — Me estendeu um copo com água — Bebe.

Já tinha se passado um tempinho desde o rebuliço. Jimin e eu não chorávamos mais, mesmo que nossos rostos ainda estivessem vermelhos e molhados, e meus pais não haviam voltado.

— Você também devia tomar. — Peguei o copo. Ele sorriu pequeno e mostrou um copo igual ao meu, também cheio.

Ele havia preparado um chá de camomila. Devo confessar que não sou muito fã de chás, mas dizem que camomila acalma e era tudo o que eu queria naquele momento.

— Mais calmo? — Colocou uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha.

Assenti à sua pergunta.

— Obrigado — murmurei, não olhando diretamente para ele. — Você acha que vai dar mais merda que isso? — questionei, ouvindo ele suspirar.

— Não sei. — Acariciou minha nuca. — Mas não pensa muito nisso, não. E se por acaso acontecer você vai para o Tae.

Suspirei e assenti, colocando o copo sobre o balcão e o puxando para um abraço.

Eu estava carente. E triste.

Meus pais não demoraram muito depois daquilo para chegar e, assim que cruzaram a porta, eu pedi para que Jimin nos deixasse a sós.

Ele não parecia muito satisfeito com aquilo não, mas foi para o quarto.

— A senhora está melhor, mãe? — perguntei, verdadeiramente preocupado, enquanto me sentava ao seu lado no sofá.

— Estou sim. Foi só uma queda de pressão — ela disse e eu sorri fraco, vendo meu pai fazer um gesto para mim, como se pedisse para que eu dissesse logo.

— Mamãe... — E então a vontade de chorar me socou de novo. — Desculpa, mãe. Eu não achei que a senhora reagiria daquele jeito. — Engoli em seco. — Era apenas uma... uma brincadeira.

— De mau gosto, né, Jungkook? — Desviei os olhos e assenti.

— Desculpa. — Mordi a parte inteira da bochecha. — Eu não vou fazer de novo.

Ela acariciou e beijou meu rosto, dizendo que estava tudo bem e que aceitava minhas desculpas. Depois daquilo, eu levantei e passei pelo meu pai de cabeça baixa, pegando meu livro no balcão e indo para o quarto.

Jimin estava sentado na beirada da cama e entrou em alerta quando me viu entrando.

— Toma banho comigo? — pedi trêmulo, piscando para fazer as lágrimas caírem e desembaçarem minha visão.

Ele concordou.

Eu tranquei a porta do quarto em que estávamos e ele trancou a que dava acesso ao meu quarto – do qual meus pais estavam – quando entramos no banheiro.

Me despi junto dele e nós entramos embaixo da água quente igualmente juntos. Abraçados.

— Desculpa não falar antes, mas... — Acariciei a base das suas costas molhadas. — Você está lindo loiro.

Soprou um riso baixo, acariciando meus fios encharcados.

— Você gostou? — Murmurei um em concordância.

— Muito.


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Na manhã seguinte eu deixei de ir à faculdade para levar eles na estação. Meu pai não curtiu muito a ideia de eu faltar, mas eu insisti.

— Pai, eu — chamei quando vi que o trem deles começou a encostar.

— Jungkook, você vai esquecer essa história e eu vou esquecer que você me disse aquilo. — Coloquei as mãos para trás e entrelacei meus dedos uns nos outros.

— Mas eu sou mes–

— Não quero saber. E não quero escutar isso de novo. Nós dois vamos esquecer isso. Você não é assim, está bem?

Eu até iria rebater como fiz ontem, mas não tinha mais aquela coragem. Se ontem eu estava me cagando de medo, hoje eu estou morrendo.

— Uhum — concordei por fim

Senti ele tocar meu ombro e apertar ali.

Depois eu me despedi da minha mãe, que chorou, e ajudei eles a colocarem as bolsas lá dentro.

Eu voltei para casa sozinho de carro, meu carro, e no meio do caminho achei melhor encostar. As lágrimas não paravam de cair e eu não queria chegar com a cara inchada em casa.

Não queria preocupar Jimin.

Voltei a dirigir quando estava mais calmo, e já havia parado de chorar, e fui direto para casa.

O recém loirinho estava no sofá, como sempre estava quando eu chegava em casa, e sorriu quando me viu entrando. Eu sorri de volta para mostrar que estava tudo bem.

Coloquei a chave do carro no balcão e me deitei entre suas pernas, com as costas apoiadas em seu peito enquanto ele encostava as dele no braço do estofado grande.

Nós assistimos TV até a hora do almoço, que foi quando tivemos que levantar para comer.

— Vai na aula comigo? — perguntou.

— Se importa?

— Claro que não, né, gato? — Sorri.

— Vamos de carro. — Mostrei a chave para ele, vendo-o franzir o cenho.

— Eles deixaram o carro deles? — Neguei.

— O carro é meu. — Brinquei com o objeto na mão. — E eu serei seu motorista particular essa semana. Até minhas férias acabarem.

— Curti muito isso. — Ri baixinho, amuado. — Não gosto de te ver assim.

— Assim como?

— Sorrindo para mim, tentando me convencer de que está bem. Eu te conheço, gato. Seus olhos de gatinho triste não passam despercebidos por mim. E eu sei que você chorou de novo. — Acariciou meu rosto. — Se não quiser ir, tudo bem. Ou se quiser que eu fique em casa e cuide de você, também está tudo bem. Eu aviso que não posso ir hoje.

— Vai passar, Ji. — Coloquei minha mão por cima da sua. — E eu quero ir com você.

Nós estamos estupidamente melosos, devo me preocupar?


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— Taetae está preocupado. Acho melhor você ligar para ele — Jimin comentou quando vestiu suas roupas depois do banho e checou o celular.

Terminei de me vestir e peguei meu celular. Tinha muitas mensagens de Taehyung e do Jin.

Mandei mensagem para Tae, dizendo que estava tudo bem e que nós conversamos melhor no campus, e ele ficou bem mais aliviado apenas por eu ter dado um sinal de vida.

Depois daquilo, Jimin e eu saímos para o seu trabalho. Foi divertido. As crianças me distraiam. Os mais velhos me distraiam. Jimin me distraía.

Quando voltamos, nós tomamos banho, jantamos e fomos deitar. Cada um em seu quarto já que eu não precisava mais dormir no dele.

Não precisava mais...

— Hyung? — Entrei no quarto alheio pelo banheiro.

Estava escuro, mas ele acendeu a luz do abajur quando escutou eu o chamar.

— Que foi, gato? — Mordi a parte interna da boca.

— Deixa eu dormir aqui? — pedi quase choramingando.

Ele sorriu e bateu no espaço ao lado dele.

— Eu não sei se vou conseguir dormir sozinho — confessei em tom baixo, deitando de frente para ele.

— Mas eu estou aqui. — Tocou meu rosto.

— Não só hoje, Ji. Você me acostumou mal. — Ele riu.

— Você pode dormir comigo todas as noites, se quiser. — Tocou minha sobrancelha e eu fechei os olhos quase que instantaneamente. — Eu gosto da sua companhia.

Meu coração batia muito rápido e aquela sensação bizarra no estômago, que só Park Jimin me causava, voltou; e eu me senti ainda mais nervoso.

— Você quer conversar? — indagou quando fiquei tempo demais quieto. — Sobre o que aconteceu? Ou sobre qualquer outra coisa?

— Você é um anjo — comentei, abrindo os olhos e o encarando. Cheguei mais perto, colando totalmente nossos corpos, e selei demoradamente sua testa. — Eu só quero dormir. Não quero chorar mais e nem lembrar disso agora.

— Tudo bem. Você pode conversar comigo sobre qualquer coisa, está bem?

— Obrigado. — Sorriu.

Se distanciou e jogou a coberta sobre mim também, se virando de costas em seguida e colando no meu peito.

O abracei pela cintura depois que apaguei o abajur, e senti sua mão pousar sobre a minha de forma que sua palma ficasse em cima do dorso da minha. E, dessa forma, ele entrelaçou nossos dedos.

— Gatinho... — Deitei de uma maneira que meu rosto ficava, praticamente, em seu pescoço e, mesmo que ele tenha falado baixo, eu escutei. — Eu consigo sentir seu coração batendo muito rápido — ele falar isso só piorou a situação. Eu achei que infartaria. — É por mim?

— Boa noite, Park Jimin — murmurei apenas, apertando seus dedos nos meus.

Ele soprou um riso e virou a cabeça para trás, fazendo bico, eu não contive o sorriso e me inclinei um pouco para selar sua boca.

— Boa noite — desejou a mim e voltou a deitar direito.

Eu suspirei e fechei os olhos, mas demorei para dormir. O fato dele estar tão perto de mim e seu cheiro ser tão bom me deixava inquieto, porém calmo ao mesmo tempo.


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E aí, anjos! Como vocês estão?

Se amem. Se cuidam. Se hidratem. Se protejam 💜

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