Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

10

Gente queria falar uma coisa pra vocês, para os leitores mais atentos, teve um pequeno erro de continuidade na história da Emily. No primeiro capítulo é mencionado que a Emily tem medo de cavalo e isso não é verdade, nos capítulos seguintes é mostrado que ela tem uma égua e ama cavalgar. Eu já consertei esse pequeno erro e peço desculpas a vocês.

━━━━━━━━ ✤ ━━━━━━━━

Maya tentava ler seu livro durante o voo, mas estava impossível se concentrar na leitura. Só de saber que o insuportável do Rodrigo estaria na hacienda quando ela chegasse, seu sangue fervia nas veias!
— Ele é tão insuportável assim? — Emily perguntou sentada ao seu lado e Maya a olhou sem entender.
— O quê?
— Você já releu a mesma página cinco vezes e está claramente irritada. E isso começou depois que a Verônica ligou avisando que o enteado dela está na hacienda, então eu só posso imaginar que o seu estado de ânimo tem a ver com isso.
— Tem sim. — Maya suspirou marcando a página e fechando o livro. — O Rodrigo é insuportável, ele nunca aceitou o casamento do pai com a minha tia e sempre destratou ela. Isso foi motivo de muitas brigas entre eles.
— Nossa! — Emily exclamou surpresa.
— Ele nunca se conformou com o fato de o pai ter deixado a hacienda para minha tia. Está tentando de tudo para invalidar o testamento.
— Mas se ele não gosta da Verônica, o que foi fazer lá?
— Irritá-la, tirá-la do sério. E eu estou aflita porque não estou lá com ela, para defendê-la e ajudá-la. Sei bem como aquele idiota pode ser desagradável.
— Eu acho que eu vou me enfiar no meu quarto enquanto ele estiver lá e não sair por nada. — Emily comentou divertida.
— É uma boa ideia. — Maya concordou dando risada.

O voo que elas estavam foi longo e extremamente cansativo, mais de vinte horas e com duas paradas, uma em Nova York e a outra em Miami. Sayuri e Brenda dormiram boa parte da viagem.

Quando o avião finalmente pousou em Cancún, Maya não via a hora de chegar logo em casa. Diferente das outras vezes, Verônica não foi buscá-las, pois não queria deixar Rodrigo sozinho na hacienda. Ela havia pedido que dois funcionários fossem até o aeroporto deixar o carro de Brenda.

...

— Então basicamente a gente vai dizer que somos todas amigas e fomos visitar a Verônica? — Brenda perguntou enquanto dirigia.
— Exatamente. — Maya respondeu. — É a verdade, só não estamos contando tudo.
— Eu confesso que estou com medo desse Rodrigo. — Sayuri comentou no banco de trás e todas riram.
— Eu também. — Emily concordou com ela.

Maya virou-se para encarar as duas.
— Simplesmente ignorem ele pelo tempo que aquele ser estiver por lá. Só temos que tomar cuidado com o que falamos, porque o Rodrigo pode ser insuportável, mas é esperto e inteligente. Melhor não falar sobre o que a gente faz.
— Ok, recado entendido. — Brenda afirmou. — Mas então a gente faz o que dá vida?
— Tia Verônica apenas disse que nós estamos indo visitá-la, que a viagem já estava marcada e nós estamos de férias. Agora, se ele resolver ficar por mais de um mês, a gente vai ter que fingir ir embora.
— Espero que ele não fique tudo isso. — Sayuri comentou novamente.
— Eu acredito que não. — Maya disse enquanto pegava o celular e avisava a tia que já estavam chegando. — O Rodrigo é o presidente das empresas em Guadalajara e dificilmente ele se afasta por muito tempo.

O carro passou pelo portão da hacienda e as meninas ficaram em silêncio. Cada uma pegou sua mala e entrou na casa.
— Lá vamos nós. — Brenda murmurou tirando os óculos escuros enquanto subia as escadas da varanda.
Hola señoritas. — Blanca as saudou assim que entraram. — Sejam bienvenidas. Não se preocupem, a señora Verônica já me explicou.

A empregada sussurrou e as garotas se entreolharam sem entender nada.
— Que maravilha! — Verônica disse alegre saindo do escritório. — Que bom que chegaram!

Uma a uma ela as abraçou como se realmente fizesse muito tempo que não se viam.
— Tá tudo bem tia? — Maya perguntou baixinho quando chegou sua vez de abraçar Verônica.
— Está sim meu bem, não se preocupe. Tudo sob controle.

Rodrigo desceu as escadas aparecendo no campo de visão das meninas.
— Mas que bela surpresa, as hóspedes chegaram.

Maya controlou-se para responder às palavras debochadas.
— Como vai Maya? Faz um tempinho que a gente não se vê.
— Muito bem Rodrigo, e você?
— Bem obrigado. — o olhar dele relanceou para as outras três. — Não vai me apresentar suas amigas?

Tentando não soltar uma risada debochada, Maya apenas o encarou arqueando uma sobrancelha.
— Brenda, Sayuri e Emily. — ela apontou para cada uma enquanto falava. — Meninas, este é o doutor Rodrigo Castilho Vidal, enteado da minha tia. — Maya disse com deboche e ele a encarou deixando claro que não tinha gostado. — Tia nós estamos cansadas e precisando de um banho.
— É claro, fiquem à vontade. Vocês já conhecem o caminho.

Rodrigo acompanhou com o olhar até todas sumirem no andar de cima.

Sayuri deixou as coisas em seu quarto e voltou correndo para o quarto de Maya.
— Licença. Tá ocupada?
— Entra aí. — Maya disse a olhando. — Tô arrumando as coisas. Ah, vou avisar você e preciso avisar as meninas também. Evita deixar a porta do seu quarto aberta, ou então esconde alguns itens. Para o caso de o insuportável ver e descobrir que a gente mora aqui.
— Tá bom. — Sayuri disse se jogando de bruços na cama de casal. — Falando nisso, amiga até que ele é gatinho hein.

Maya parou o que estava fazendo e encarou amiga.
— Gueixa você não inventa.
— Hei calma, eu só disse que ele é bonito, nada demais.
— Eu acho bom. Já ouviu aquele ditado, por fora bela viola, por dentro pão bolorento?
— Já sim. — Sayuri assentiu rindo.
— Pois é, ele se encaixa nisso.
— Anotado. Acho que a gente não vai fazer trabalhos por esses dias né?
— Com certeza não, com o Rodrigo aqui vai ser difícil.

Bateram na porta e Maya foi abrir.
— Oi tia, entra.
— Com licença meu bem. Eu tô atrapalhando vocês? — Verônica perguntou ao ver Sayuri.
— Imagina, se quiser eu saio.
— Não, pode ficar, eu vou ser rápida. É até bom você estar aqui Sayuri porque eu já falo com as duas, depois eu vou conversar com Brenda e Emily.
— O que foi tia?
— Acho que não preciso nem dizer para tomarem cuidado com o Rodrigo né?
— Não tia, eu já falei isso pra elas.
— Ótimo, eu também quero avisar pra vocês tomarem cuidado com a Blanca.

Maya e Sayuri trocaram um olhar.
— Por que tia?
— Quando o Rodrigo chegou ela me disse algo que realmente me deixou pensativa. Ela me perguntou se ele iria me atrapalhar.
— Mas como assim? — Sayuri perguntou sem entender, assim como Maya.
— Ela percebeu que nós fazemos algo "secreto". — Verônica explicou fazendo aspas com os dedos. — E que a presença do Rodrigo aqui vai atrapalhar nossos planos.

As duas garotas estavam chocadas.
— Ela percebeu! — Maya murmurou.
— Sim querida, Blanca é esperta e juntou as peças de pequenas coisas que nós provavelmente deixamos escapar. Ela ainda me disse que eu posso confiar nela e que posso lhe pedir ajuda quando precisar.
— Será que não é melhor abrir o jogo para ela?
— Eu prefiro não fazer isso Sayuri. Blanca é uma excelente pessoa e tem minha total confiança, mas o que nós fazemos é perigoso e eu não quero expô-la a isso.

As duas assentiram concordando.
— Ótimo, agora eu vou falar com Brenda e Emily. Maya você está com a nossa encomenda?
— Sim, está escondido. Você quer que eu o pegue?
— Não, por enquanto deixe-o assim. Na hora certa você me entrega.
— Ok.
— Tomem um banho e façam as coisas que sempre fazem, não se deixem intimidar pela presença do Rodrigo.
— Vou fazer isso agora mesmo, tô precisando.

Sayuri e Verônica saíram do quarto e Maya foi tomar banho.

...

As meninas se reuniram na cozinha enquanto Blanca preparava o jantar e Maya resolveu ajudá-la. Brenda e Emily decidiram fazer uma salada que viram na internet.

Rodrigo escutava as gargalhadas e foi até lá, curioso com o motivo dessa animação toda.

Brenda contava uma de suas aventuras amorosas fazendo as meninas rirem mais ainda e Blanca a encarava abismada.
— Quando eu digo que você é doida ninguém me escuta. — Maya comentou arrancando mais risadas.
— Gente sair com a Brenda é diversão garantida. — Emily disse enquanto cortava tomates. — Digo por experiência própria.
— Ou passar vergonha. — Sayuri murmurou olhando para a ruiva que a encarou indignada.

Elas perceberam Rodrigo entrando e pararam de conversar.
— Não parem por minha causa, continuem.

Blanca virou-se e se concentrou em suas panelas.
— O assunto já tinha acabado. — Maya disse encarando o enteado da tia.

Rodrigo apenas sorriu e puxou uma das cadeiras para se sentar.
— Vocês fazem o que dá vida mesmo? Sei que estão de férias e vieram descansar na hacienda, mas com certeza trabalham em algo. Maya eu sei que é formada em História.

As meninas ficaram subitamente nervosas, pois não sabiam se Verônica já havia dito algo a ele.
— Eu estava trabalhando em um museu já fazia um tempo e decidi sair, quero algo mais livre e independente. — Maya respondeu sem se deixar abalar.
— Como sempre, não é?
— Como sempre. — a garota assentiu sorrindo provocativa. — Brenda é publicitária em uma agência em São Paulo, está de férias. Sayuri acabou de terminar um estágio em uma empresa de contabilidade e já tem um emprego em vista, está apenas descansando um pouco a cabeça antes de mergulhar nos números. E Emily acabou a faculdade de Design de Moda e vai estagiar em um ateliê.

As três ficaram surpresas com as respostas prontas de Maya, porém não disseram nada, apenas sorriram.
— Que sorte, não é? Conseguirem folga todas ao mesmo tempo. — Rodrigo comentou olhando de uma para a outra.
— Por isso não podíamos deixar a oportunidade passar. — Brenda disse abraçando Maya. — Fazia muito tempo que a gente não se via.
— Sei. — Rodrigo murmurou descrente. Era bastante óbvio que ele não acreditava muito naquela história.
— Eu vou dar uma volta a cavalo antes do almoço. — Emily anunciou levantando querendo fugir dali o mais rápido possível.
— Vou com você. — Brenda avisou já caminhando em direção à porta da cozinha com ligação para a sala. — Só vou tirar essas sandálias e esse vestido. Me espera lá no estábulo.

Emily saiu sem dizer nada e Sayuri olhou de um para o outro.
— Eu me lembrei que preciso ligar para o meu futuro emprego e perguntar algo sobre a documentação.

A garota de ascendência japonesa também saiu, indo se refugiar em seu quarto.
— Parece até que elas fugiram por minha causa. — Rodrigo comentou debochado.
— Por que será né? — Maya provocou ainda sorrindo. — Deve ser o seu charme irresistível. Blanca você consegue se virar sozinha com o resto? — ela perguntou virando-se para a empregada.
— Consigo sí señorita Maya, pode deixar comigo.
— Ótimo, eu também vou dar uma volta a cavalo. Estou com saudades do meu garanhão.
— Falando nisso, eu queria falar a respeito desse assunto com você. — Rodrigo disse quando ela passou por ele para sair da cozinha.
— Que assunto? — Maya perguntou o encarando.
— Você e sua amiga Emily criam cavalos aqui na hacienda,

Pressentindo que não ia gostar do rumo da conversa, Maya cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha.
— O seu garanhão, segundo o que o empregado me disse, só você monta.
— E daí?
— Daí Maya que manter um cavalo assim, somente para você custa caro e...
— Pode parar por aí. — ela ergueu a mão sem deixar de encará-lo. — Eu mantenho meu cavalo, assim como a Emily mantém a égua dela. Não se preocupe com os custos do meu animal, não tem nada a ver com as despesas da hacienda.

Maya saiu da cozinha irritada com vontade de jogar algo na cabeça daquele idiota!
— Molequezinho insuportável! — ela esbravejou subindo a escada.

Verônica ia saindo do quarto e ouviu os resmungos da sobrinha.
— Tudo bem querida? — perguntou indo até ela.
— Aquele seu enteado nojento que me tira do sério!

Verônica sorriu com gosto.
— Acha isso engraçado tia? — a garota indagou cruzando os braços.
— Não meu bem, não é engraçado. Venha, você precisa se acalmar, respire e se acalme.

As duas entraram no quarto e Maya inspirou fundo tentando recuperar o controle.
— O que Rodrigo lhe disse? — Verônica indagou sentando na cama.
— Ele veio questionar o fato de eu e Emily criarmos nossos cavalos aqui.
— O que? — Verônica perguntou surpresa.
— Na cabecinha podre dele, ele achava que as despesas dos dois animais eram incluídas nas despesas da hacienda.
— E se fosse qual o problema? Eu pagaria com o maior prazer. Rodrigo está passando dos limites, eu vou ter uma conversa séria com ele.

Maya suspirou e se sentou ao lado dela.
— Tia não sei se é uma boa ideia a gente ficar, pelo menos eu, enquanto ele estiver aqui. Vou acabar perdendo a paciência. Ainda a pouco, antes de falar sobre os cavalos, ele veio nos fazer perguntas na cozinha, questionar nossa amizade e perguntar sobre os empregos das meninas.
— Não meu bem, você não vai a lugar nenhum, essa é a sua casa também Maya. Rodrigo realmente está precisando de uma situada.

Então, de repente, Verônica começou a dar risada.
— Qual o motivo da graça? — Maya perguntou tentando não sorrir também, mas já sendo contagiada pela alegria da tia.
— Antes eu tinha esperanças de que você e o Rodrigo se entendessem sabe, talvez algo a mais que amizade.

Maya encarou a tia fazendo uma careta e levantando da cama.
— Credo tia! Nem se ele fosse o último homem da face da terra!
— Hoje eu sei que estava equivocada, porque nunca daria certo. Vocês dois tem gênios fortes e ambos são explosivos. Você precisa de alguém mais calmo, sereno.

O sorriso se desfez nos lábios da garota enquanto ela calçava as botas estilo caubói.
— Eu não preciso de ninguém tia. — Maya afirmou categórica saindo do quarto.

...

Emily esperava perto do portão dos estábulos já com os dois cavalos selados, sua égua Brietta e um majestoso alazão cereja de temperamento dócil.

Ela aproveitava para tirar algumas fotos com os animais.

Ouviu risadas e virou-se vendo Maya e Brenda vindo na direção dela.
— Me esperem rapidinho, só vou selar o Rajar. — Maya disse antes de entrar correndo no estábulo.
— Tá tudo bem? — Brenda perguntou encarando a amiga que fazia carinho na égua baia.
— Sim, por quê? — Emily perguntou de volta.
— Não sei, você praticamente saiu correndo da cozinha quando o Rodrigo entrou.
— Não gosto do jeito dele, sei lá, muito arrogante.
— Isso ele é. — Brenda concordou sorrindo. — Mas vamos admitir que é um gato, e aqueles olhos...
— Você não tem jeito. — Emily comentou também sorrindo, mas lá no fundo concordava com ela. Rodrigo realmente era muito bonito. — Vai me dizer que você quer dar uns pegas nele.
— Acho que não, muito chatinho.

As duas deram risada de novo e instantes depois Maya saiu do estábulo trazendo Rajar.


[Escritório da Interpol, Lyon, França — 11h20min]

A pista que Davies e Renard tinham sobre o roubo ao Museu Britânico havia esfriado de vez.

Eles não tinham mais nada além daquelas imagens das câmeras do museu e do Aeroporto de Gatwick.
— Eu realmente achei que nós poderíamos pegá-las. — Louise murmurou enquanto olhava para a tela do tablet.
— Não desista ainda garota. — Joshua disse enquanto digitava no computador. — Elas vão dar um passo em falso.
— Quando? — a garota perguntou o olhando. — E a gente vai ficar aqui sentado esperando que elas façam algo?
— Você é ansiosa Louise, isso acaba te atrapalhando. Precisa aprender a ter paciência e esperar as oportunidades.
— Tá bom, papai.

Fazendo uma careta, a francesa continuou checando as notícias mais recentes, até que algo lhe chamou atenção.
— Olha isso. Milionário indiano é roubado dentro de sua própria casa, é o título da notícia. O milionário Komal Rahaman, que mora em Agra no norte da Índia, afirma que sua casa foi invadida por pessoas altamente treinadas, e apesar do moderno sistema de alarme, este não disparou no momento do roubo, possibilitando assim a ação rápida do criminoso. Tinha uma grande quantia em dinheiro vivo no cofre, mas o ladrão não teve interesse nos maços de notas em dólar e euro, apenas em uma rara pedra preciosa que Komal possuía. A polícia local segue investigando o fato.
— Que pedra é essa? — Joshua perguntou.
— Não fala aqui na reportagem.
— Pode ser um roubo "comum". — ele comentou fazendo aspas com os dedos.
— Pode, mas não custa investigar. Quando começamos a trabalhar juntos, me disse para seguir minha intuição, e nesse momento ela tá praticamente gritando que tem algo nisso aqui. — Louise explicou mostrando a tela do tablet.

Joshua sorriu recostando-se na cadeira.
Touché garota.

Sorrindo também, ela se levantou indo procurar pelo agente Dubois.

Louise o encontrou em sua mesa, no chamado setor dos "agentes de escritório". Aquele pessoal responsável por fazer as investigações.
— Agente Renard. — o rapaz disse ao vê-la se aproximar.
— Olá agente Dubois, está ocupado?
— Não, pode falar.
— Gostaria que você descobrisse mais sobre isso aqui.

Louise mostrou a tela do tablet ao rapaz que imediatamente começou a digitar em seu próprio computador.
— Tudo que você conseguir descobrir me interessa.
— Certo. Como é algo recente, muita coisa ainda não foi divulgada, mas consigo dar um jeito.
— Ok. Assim que tiver resultados, me procure.
— Pode deixar.
Merci.

...

Louise e Joshua estavam quase saindo para o almoço quando o agente Dubois apareceu na porta da sala deles.
— Eu posso voltar depois... — o rapaz disse já quase se virando para ir embora.
— Não. — Louise disse gentil. — Nós esperamos um pouco, diga o que descobriu.

Dubois entregou algumas folhas a ela.
— Ainda não consegui descobrir qual era essa pedra rara que foi roubada, mas as circunstâncias em que o roubo aconteceu são no mínimo intrigantes.
— Intrigantes como? — Joshua perguntou encarando Dubois e cruzando os braços.
— Até agora o que eu consegui descobrir é que o alarme não disparou porque ele foi desligado pelo ladrão do lado de dentro, e assim que ele saiu, ligou novamente.
— Então o criminoso, ou criminosa sabia bem o tipo de alarme que o Komal tinha em casa. — Louise murmurou pensativa.
— Provavelmente. — Dubois concordou com ela. — O criminoso também conseguiu evitar todas as câmeras de segurança ao redor da casa do senhor Rahaman, ele se movimentou pelos pontos cegos.
— A pessoa estudou o lugar de antes. — Joshua comentou. — Ela não foi filmada em nenhuma câmera? Externa ou interna.
— Não agente Davies. — Dubois negou. — Por quê?
— Ou essa pessoa sabia de todos os pontos cegos do condomínio, ou...
— Ou? — Louise perguntou querendo entender a linha de raciocínio do parceiro.
— Ou ela estava dentro do condomínio observando esse tal Komal bem de perto.

Aquilo realmente era algo a se considerar, Louise pensou consigo mesma.
— Falando nisso agente Davies, Komal Rahaman disse em depoimento à polícia que estava conhecendo uma mulher, uma turista portuguesa nos últimos dias. E acredita que estava na companhia dela quando sua pedra preciosa foi roubada.

Os dois agentes trocaram um olhar.
— Ele descreveu a aparência dessa mulher? Disse algum nome? — Louise indagou ansiosa.
— Sim, ela se apresentou como Soraya Navarro, filha de pai argentino e mãe portuguesa e disse que nasceu em Lisboa. Ele fez um retrato falado da moça, está entre os papeis que eu lhe dei.

Ela folheou rapidamente até encontrar o desenho. Deu uma boa olhada e passou o papel para Joshua.
— Loira. — Davies murmurou.
— Mas pode estar usando peruca. — Louise disse dando de ombros. — Mais alguma informação agente Dubois?
— Ah sim. — o rapaz consultou seu tablet. — Quando os policiais perguntaram se Komal suspeitava que a senhorita Navarro fosse uma suspeita, ele disse não saber. Já que ela nunca foi a sua casa, então não tinha como saber sobre a sua pedra, mas ela sumiu de repente e logo depois ele se deu conta de que fora roubado.
— Então Soraya Navarro foi embora sem se despedir?
— Exatamente agente Renard, fechou a conta e sumiu do mapa. O número de celular que ela passou ao senhor Rahaman só cai na caixa postal, a polícia tentou rastrear, mas não conseguiu nada.
— Você consegue fazer isso? Rastrear esse número? — Louise perguntou esperançosa.
— Podemos tentar definir um local aproximado, talvez uma cidade, mas pra saber exatamente onde ele está, só se atendesse uma ligação.
— Ela deve ter descartado o aparelho. — Joshua opinou levantando-se e saindo detrás da mesa. — E com certeza já deve estar longe da Índia nesse momento.
— O que eu faço? Continuou tentando descobrir mais alguma coisa ou paro? — Dubois perguntou olhando de um para o outro.
— Continue. — foi Louise quem respondeu. — Tente descobrir que pedra é essa, o porquê de ela ser tão rara e como foi parar nas mãos do Komal Rahaman. Tente rastrear também onde está Soraya Navarro, coloque um alerta discreto, nada que chame muito atenção.
— Sim senhora. Assim que eu tiver mais novidades, virei avisá-los. Com licença.

Dubois saiu deixando os dois agentes sozinhos.
— Acha que pode ser elas? — Joshua perguntou encarando Louise.
— Não quero me antecipar de novo, mas que tem algo de estranho nessa história, ah tem. Principalmente se não encontrarmos a senhorita Navarro.
— Vamos esperar que o agente Dubois descubra mais alguma coisa e aí vamos falar com o Bernard.
— Ok. Eu tô com fome, almoço agora?
— Bora, hoje eu pago. — Joshua disse pegando o paletó.
— Não creio! Você pagando o almoço Davies?!
— Não fique tão animadinha.

Louise gargalhou com gosto e seguiu para fora da sala junto com ele.  

━━━━━━━━ ✤ ━━━━━━━━

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro