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ʿ000ꜝꜞ 𝑻𝒉𝒆 𝒘𝒉𝒊𝒔𝒑𝒆𝒓 𝒐𝒇 𝒅𝒆𝒂𝒕𝒉

ESPERANÇA é uma coisa inconstante e
perigosa. Ela rouba seu foco e o direciona
   para as possibilidades em vez de mantê-lo       onde ele pertence, nas PROBALIDADES.

O CORAÇÃO DE VISHA AETOS batia contra sua caixa torácica de forma afoita, como se a qualquer momento, ele fosse rachar seus ossos e pular para fora de si.

A divisão dos cavaleiros, ela havia treinado a vida toda para aquilo, não havia? O coronel Aetos tinha a instruído desde do primeiro momento em que seu corpo fosse apto a suportar o peso de um arco nas mãos, então, por qual razão, ela estava tão nervosa enquanto subia os degraus que a levariam até o parapeito? Dain havia se sentido daquele modo na sua vez? Claro que não! Seu irmão mais velho não temia nada.

Ela consegue escutar a voz de seu pai, a mandando esconder o medo e atravessar o maldito parapeito de uma vez. Dain nunca havia concordado com a decisão do mais velho, de a treinar para a divisão dos cavaleiros, mas o coronel Aetos não era um homem tão fácil assim de se persuadir, nem mesmo pelo próprio filho. A frase que havia saído de sua boca em voz raivosa e direcionada a ela, ainda ecoava em sua mente de forma continua "Tendo meu sangue ou não, ela tem meu sobrenome e Visha não vai jogar isso na lama, como a mãe dela fez."

A garota verifica o penteado firme que prendia seus cabelos escuros para o alto, a dando total visibilidade dos inúmeros outros aspirantes a cadetes ao seu redor. Os cabelos que seu pai tanto odiava, assim como os olhos verdes, a boca e o nariz nada parecidos com os dele ou com os de Dain. A verdade era, que o Coronel Aetos a odiava por completo, cada osso e cada gota de sangue. Cada lembrança de que sua adorada esposa havia o traído com a escória e gerado uma criança no processo, mas ele era orgulhoso demais para escancarar que a esposa havia o traído, então, o segredo sujo da família ficou guardado a sete chaves, e se não fosse por ela e por Dain, teria sido levado ao túmulo junto com a mãe deles, quando ela foi levada pela doença que a acometia. Aquilo tudo não tornou a vida de Visha fácil, mas ela ainda possuía Dain e para ela, bastava, mesmo que estivesse morrendo de medo de nunca mais ver o irmão mais velho, depois dele passar um ano inteiro em Basgiath, sem poder mandar notícias, e agora tendo a chance real dela morrer antes mesmo de sequer rever o irmão antes disso.

Durante aquele primeiro ano, todo os dias, Visha entrava escondida na sala do coronel, se esgueirando atrás da lista dos mortos dos dia, torcendo para não encontrar o nome de Dain entre eles, e aquele ano, provavelmente seu irmão estaria aflito com a possibilidade de ser o nome dela a aparecer na lista daquela vez.

—— Visha? — a voz que ela tanto escutava em sua infância e adolescência reverbera pela escada, a causando uma onde de nostalgia.

Seus olhos sobem diretamente até os degraus de cima, onde uma figura vestida de preto a encarava, os olhos levemente arregalados e a boca entre aberta, os cabelos longos estavam trançados em uma coroa em sua cabeça, escondendo parcialmente as pontas prateadas.

—— Violet? O que faz aqui?

A melhor amiga de seu irmão iria para a divisão dos Escribas, não iria? 

—— História complicada. — Violet tenta brincar, mas Visha já havia a observado tempo o bastante para perceber que ela estava tão apavorada como ela própria estava. —— Nervosa?

—— Como se fosse vomitar a qualquer momento. — Visha sussurra na direção da outra garota.

—— Vi, essa é a Rhiannon — ela se vira para a outra ao seu lado —— E essa é Visha Aetos, minha amiga de infância. — Violet apresenta as duas, ainda enquanto subia em direção ao parapeito.

Visha aperta as mãos ao lado do corpo, ainda nervosa com aquilo tudo, sem realmente prestar atenção nas pessoas ao seu redor. O topo da escada chega rápido demais. Três alunos do segundo ano estão ali, uma mulher de cabelo púrpura e dois homens, anotando os nomes e assistindo enquanto um aspirante após o outro atravessa o parapeito, encarando a morte sussurrando em seus ouvidos.

Um rapaz loiro, não muito mais alto do que ela, escorrega, ao mesmo tempo em que o céu estoura em um relâmpago, seu coração dá um salto e ela morde a parte interna da bochecha com força. O garoto se levanta apoiando os pés firmemente, ele ergue os braços para se equilibrar, a mochila que ele carrega prende em um dos ombros, ele para por um segundo e depois continua o caminho, um passo de cada vez, sem se dar conta, ela é a próxima a atravessar, antes de Violet e Rhiannon.

—— Nome? — A garota do segundo ano pergunta.

—— Visha Aetos.

A garota pisca brevemente e estuda seu rosto, provavelmente atrás de feições parecidas com Dain, ela não encontraria nada no entanto.

—— Quando chegar ao outro lado, diga seu nome novamente.

Ela sente Violet tensa atrás de si, assim como a nova amiga dela, mas a garota não podia se dar o luxo de olhar para trás uma última vez. O couro de suas botas se firmam nas pedras molhadas e escorregadias pela chuva que caía com força. Ela inspirou fundo, deixando a ar encher seus pulmões, e então deu o primeiro passo. A chuva corria por seus cabelos presos e pela roupa, escorrendo como uma segunda pele encharcada. O parapeito era traiçoeiro e estreito. Um trovão ressoa à distância,

Visha caminhava, cada passo calculado, enquanto a vastidão do céu aberto se estendia à sua frente, e abaixo, o abismo prometia um destino rápido para os que errassem. Ela se força a manter o equilíbrio, sem ceder ao impulso de olhar para trás ou de se apressar. Mas ela não erraria. Porque, apesar do terror, das dúvidas que lhe rondavam a mente. Ela era Visha Aetos e não havia espaço para fraqueza, não sendo filha de quem era.

Quando os pés de Visha finalmente tocam a plataforma do outro lado, ela suspira, ainda com o coração acelerado, mas com fogo nos olhos. Ela conseguiu. Visha sente um arrepio percorrer sua espinha. Ela sabe que, a partir dali, cada passo é um teste e cada respiração, uma vitória. E ela está preparada para sobreviver, não importa o custo.

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