Capítulo 26 - Hora de Voltar Para Casa
Pov Moira
Estava quase amanhecendo quando alcançamos a base da montanha, Charles me segurava junto ao seu corpo, apertado.
Atrás de nós vinha Dom puxando uma corda onde havia amarrado Vivien com as mãos juntas tirando metade do equilíbrio dela e por último Mordaque, eu podia sentir o ódio dele emanando.
- Charles, eu não vou aguentar.
- Vamos parar um pouco.
- Não, vocês precisam tapar os ouvidos.
Charles olhou em volta, percebendo que estávamos no lago onde as sereias nos atacaram dias antes.
Ele me colocou sentada em uma pedra antes de fazer sinal para os outros, mas antes que eles pudessem agir a água começou a se agitar, primeiro com ondas singelas e depois mais forte.
Eu juro que nessa hora eu desisti, se fosse algo para me matar eu apenas deixaria tamanha minha exaustão. Por sorte o que subiu da água foi uma embarcação, o conhecido navio subaquático de Acácia Santierra.
A mulher saltou da proa munindo sua espada e pronta para combate e logo atrás dela Einar fez o mesmo com suas luvas.
- Ah, vocês pegaram ela - Acácia disse em tom de desânimo apontando para Vivien - precisam de carona?
- Seria ótimo - Charles apoiou a mão no ombro dela como um 'obrigado'.
Me levantei sem muito esforço, me sentindo melhor gradativamente. Me aproximei do barco e Einar se colocou na minha frente, repentinamente e me estendeu a mão, notei que elas estavam machucadas.
- O Bardo sofreu?
- Não, ele cedeu rápido - Acácia respondeu.
Olhei mais uma vez para a mão estendida dele e a segurei com firmeza.
- Ele quer que você o siga.
Eu assenti e andei atrás do homem para dentro da embarcação, Einar me levou para o cômodo mais afastado, espiei para dentro e vi um quarto pequeno mas organizado com uma banheira no canto.
- Obrigada pelo seu respeito - ele não respondeu, como o esperado, mas vi em seus olhos que me entendeu.
No segundo seguinte eu estava sozinha, tirei os sapatos logo na entrada e meus pés doeram ao fazer isso. Mantive a porta aberta pois sabia que logo alguém viria.
O primeiro foi Mordaque, trazendo uma pequena mala com cuidados médicos. Ele se sentou na minha frente na cama, se mantendo concentrado em limpar o corte da minha bochecha.
- Sabe que a culpa não é sua, não é? - perguntei assim que o silêncio ficou insuportável.
- Ela estava do meu lado - ele soltou o algodão na maleta e deixou os ombros caírem - eu fui treinado em Durmstrang para arte das trevas e legilimência, como ela conseguiu me enganar?
- Você tem bom coração.
- O que vai acontecer com ela agora?
- Bem, Vivien é inglesa então é provável que vá para Azkaban.
- E o meu pai?
- Vou garantir que ele receba honrarias. E você também, o que acha de exibir uma Ordem Merlin de primeira classe?
- Eu adoraria, docinho. Mas não posso receber em dinheiro?
Eu ri, Mordaque pediu licença e abriu os botões da minha blusa examinando a costela com cuidado.
- Estranho, parece bem melhor do que deveria.
- Acho que foi por causa disso - peguei a escama do dragão que eu tinha guardado no cós da calça - acho que além de ser ouro maciço ela tem propriedades mágicas de cura. É como o dragão mantém a imortalidade.
- E está me contando isso?
- Estou te dando ela - estendi a escama para Mordaque que pareceu em choque, seus olhos se encontraram com o meu - não acredito que te deixei sem palavras.
- Mas você é uma auror, isso seria tráfico ou...
- Interceptação de provas. Mas sei que vai guardar segredo.
- Vou usar com sabedoria.
- Eu sei, é o mínimo que posso fazer por você.
Ele sorriu, orgulhoso de si mesmo e me agradeceu várias vezes antes de sair pela porta.
Pov Charles
- A morte do cara deve ter interrompido o feitiço, mas eu já estava preparada para ir atrás de você a pé quando a água começou a subir. Então resolvemos ir por baixo e ver se conseguimos uma abertura, não foi fácil. Sereias, hipocampos e sei lá mais o que começaram a atacar o barco.
Acacia apontou para a parede da cozinha onde Ioannou fazia o favor de consertar as pequenas rachaduras.
- Os animais estavam agitados.
- Mas durou pouco - ela virou o copo de whisky de uma vez - isso foi muita loucura. E Moira vai ter que ficar, não é? Afinal, ela é a guardiã.
Balancei a cabeça lentamente sentindo o peso daquela pergunta e virei meu próprio copo, queimando minha garganta.
- Tudo foi destruído com a catedral, ninguém mais vai conseguir as informações necessárias para o ritual ou a mesa de sacrifício.
- Mas Philostrade deve ter algum livro ou anotação.
- Que provavelmente está na sala dele. Tudo vai ser confiscado.
- Isso estava debaixo do nosso nariz, Charlie.
Poucas horas, era isso que eu tinha até Moira partir com todas as provas para o Reino Unido, me levantei sem fazer alarde e fiz sinal para que Brutus ficasse.
Quando entrei no quarto pela porta que Moira deixou aberta, ela estava na banheira, havia lavado o cabelo e rosto. Seus olhos cansados estavam vermelhos, assim como sua bochecha.
- Vai ficar cicatriz - apontei para o corte.
- É um bom lembrete.
Ela manteve os olhos na água, pensativa. Tirei meus sapatos e enrolei as barras da calça até os joelhos antes de me sentar na borda atrás dela.
- Como se sente? - disse pegando a esponja de sua mão.
- Bem.
- Sinto muito pelo seu padrinho.
- Eu me pego pensando, será que ele sempre foi assim?
- Eu não acho isso. Acho que quando ele dizia que se orgulhava e te amava, realmente dizia a verdade mas o poder cega as pessoas.
Passei a esponja pelos seus ombros e Moira deitou a cabeça em minha coxa.
- Vai escrever pra mim, Charlie?
- Claro, vou ter que mandar notícias toda vez que Brutus acordar bem.
- Espero que seja por muito tempo.
Meus dedos escorregaram pelo seu colo em direção ao seio que toquei delicadamente, me abaixei deixando beijos em sua têmpora e bochecha algumas vezes antes que ela virasse encontrando minha boca em um beijo lento.
- Vem pro banho comigo.
- Acha que cabe nós dois nessa banheira.
- Sim, se eu estiver em cima de você.
Encostei minha testa na dela e suspirei pesadamente, todos esses sentimentos de alívio e tristeza embolados na minha garganta, lutei para não deixar a primeira lágrima cair por que não sabia quantas viriam depois.
- Você vai embora.
- Mas ainda estou aqui.
Seus dedos abriram habilmente os botões da minha camisa e a fizeram escorregar pelos meus ombros, Moira se virou ficando de joelhos e beijou minha pele suada a partir do pescoço.
Me levantei tirando a calça e cueca que já apertava meu membro duro. Moira desceu os olhos lentamente pelo meu corpo como se o quisesse gravar na memória e então estendeu a mão para mim.
Entrei na água quente e enquanto eu ainda me sentava, Moira já me beijava, com uma delicadeza que me surpreendeu. Segurei uma mão em sua nuca e outra na cintura a puxando para cima de mim.
Suas mãos me envolveram em movimentos lentos e longos, passei a mão pelo seu rosto tentando gravar o mais fundo na memória.
Ela parecia fazer o mesmo, mantendo contato visual enquanto se aproximava, deixando uma mão entre minha barriga e meu membro enquanto rebolava, deslizando sua intimidade por toda minha extensão.
Desci minhas mãos pela sua bunda e a agarrei fazendo ir mais rápido, nosso beijo voltou a se encontrar, mais necessitado agora.
Ela gemeu contra meu beijo, misturando seu gosto doce ao do whisky que ainda sentia. Por mais que Moira quisesse esconder do mundo qualquer fraqueza, ela se entregava a mim de olhos fechados.
Ela me abraçou, interrompendo seus movimentos e senti seu coração acelerado contra o meu. Eu queria ela, precisava dela.
Levantei seu quadril e entrei nela devagar, pouco a pouco até suas coxas se apoiarem nas minhas e então Moira começou a se mover, arrastando seu corpo no meu e gemendo no meu ouvido. Eu me limitava em abraçá-la, sentir sua pele na minha, sua maciez se acomodando nos meus músculos tensos.
- Me faça gozar - ela sussurrou em meu ouvido.
Juro por Deus, se eu pudesse escolher três palavras para ouvir daquela boca é provável que fossem outras mas 'me faça gozar' tinha seu impacto.
Ela queria estar no controle mas queria o meu jeito de satisfazê-la então a mantive a posição mas agarrei seu quadril e comecei a levantar e soltar seu corpo, mais forte mais rápido.
Senti as unhas dela nas minhas costas mas a essa altura a dor era mínima, seus gemidos enchiam meus ouvidos me fazendo perder todo o equilíbrio.
Meu corpo deslizou para baixo na louça, a água quase atingindo meu rosto mas não conseguia parar de segurá-la em cima de mim, de entrar e sair da sua boceta molhada.
Ela me deixava louco.
Meu corpo esquentou a tal ponto que podia queimar, minhas pernas não aguentavam mais e meus músculos do abdômen doíam de tão tensos, eu estava indo antes dela.
- Tudo bem, não para.
Meu membro vibrou dentro dela, explodindo em um prazer sem igual, era como se meu corpo quisesse ser deixado ali dentro dela.
Mas tão rápido como começou, acabou. Moira me beijou e se levantou.
- Fique mais um tempo, você merece relaxar.
Deitei a cabeça sobre a louça, Moira estava se vestindo quando fechei os olhos, queria pensar nela nua por mais um tempo. Ouvi a porta se abrir, depois se fechar.
Ela havia me deixado.
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