Quatro dias depois...

Faz 4 dias que Taehyung não aparecia no colégio, o rapaz estava evitando Emilly e Jungkook. O mesmo precisava de um tempo para curar seu coração e frequentar o mesmo ambiente dos dois não seria tarefa fácil. E por conta disso pediu aos seus pais que o mandassem para estudar em algum colégio nos Estados Unidos e assim eles fizeram. Taehyung estava decidido focar em seus estudos depois da decepção amorosa.

Emilly soube da notícia pelo Jimin, já que Jungkook não fez questão de contar. Mas rapaz estava se sentindo culpado por magoar seu melhor amigo. Mas não admitiria isso a ninguém.

— Você está triste pelo Taehyung, não está? - Constatou Haru acariciando as costas de Emilly.

— Ele foi embora por minha causa, Haru. - Disse ela sentindo seus olhos se enchendo de lágrimas - Eu destruí a amizade deles. - Haru puxou sua amiga para um abraço.

— Calma Emi. - Constatou acariciando as costas da garota - Não fique assim. - Emilly desfez o abraço secando suas lágrimas. - Taehyung só precisa de um tempo para ele. Não foi o que ele disse a você? - Sua amiga balançou a cabeça positivamente. Agora vamos limpar esse rímel escorrido. Tá parecendo uma Pandinha.

— Obrigado, Haru. - Agradeceu se colocando em pé e duas garotas começaram a caminhar em direção ao banheiro.

Sábado - 7:00 da manhã

O dia já havia amanhecido e Jungkook não havia pregado os olhos a noite toda, hoje era o dia em que sua mãe havia partido desse mundo. Jungkook se encontrava enfrente seu espelho dando nó em sua gravata, hoje era dia do memorial da sua mãe e rapaz já se encontrava em seus trajes um terno preto que ele havia comprado especialmente para essa ocasião.

O aniversário da morte (ou dia da morte) é o aniversário do falecimento de uma pessoa. Os familiares do falecido estão proibidos de participar de atividades de entretenimento. É o oposto de aniversário natalício. É um costume em várias culturas asiáticas.

              Após vestir seu blazer, o rapaz se retirou do seu quarto. 

Ao chegar na sala encontrou seu pai sentado no sofá pensativo, o mais velho estava o esperando, já que os dois iriam comprar os preparativos para Memorial da falecida. Comprariam tudo o que Jeon Jina gostava de comer quando presente no mundo dos vivos. Não demora para Hae-soo notar a presença do seu filho.

— Vamos. Temos que passar na floricultura para comprar as flores favoritas dela - Constatou Hae-soo.A suas flores favoritas eram Tulípas e lavanda. Os dois se retiram do apartamento.

...

Horas depois 09:00

Após terem comprado todas as coisas para memorial, pai e filho se encontravam no carro a caminho Seoul National Cemetery - Seul. Jungkook observava o céu nublado da sua janela enquanto seu pai tinha sua atenção voltada à estrada. O rapaz estava com seus pensamentos submersos no dia do acidente.

Flashback do acidente de Jeon Jina. Dois anos atrás.

— Suas panquecas estão prontas. Filho - Constatou Jina repousando o prato sobre a mesa.

— Obrigada mãe - Jungkook agradeceu e esboçou um sorrisinho a receber um selar contra top da cabeça do rapaz.

— Quer calda de chocolate ou caramelo?

— Chocolate. Por favor - Ela assentiu positivamente e entregou o frasco ao rapaz.

— Depois que tomar seu café da manhã. Gostaria que me acompanhasse até mercado. - Constatou a mulher se sentando de frente para rapaz que derrubava a calda de chocolate contra sua panqueca.

— E, porque não chama pai para ir junto- Constatou o rapaz.

— Esqueceu que seu pai passou a noite trabalhando. Não quero incomodar ele, coitadinho deve estar cansado. - a mulher observa seu filho que esticar um bico- Se é um peso para você, posso ir sozinha - constatou lhe servindo uma xícara de café. – Aigoo....essas crianças de hoje dia, não dá para pedir nada a elas.

— Não é peso mãe. Então não seja dramática - afirmou antes cortar um pedaço generoso na panqueca e levar garfo contra boca.A mulher o encara com os olhos semicerrados e nota que o rapaz havia derrubado calda contra sua camiseta branca.

— Jungkook - o rapaz olhou para mulher - você não é mais uma criança garoto. Não sabe comer sem se lambuzar todo. - Constatou a mulher estendendo o guardanapo a ele que pegou - você vai levar essa camisa.Entendeu? - ele limpou manchado ainda mais a camiseta. E a mais velha soltou um suspiro.

— Desculpa. Foi sem querer - Murmurou o rapaz.

— Coma logo para irmos ao mercado de uma vez. - Rapaz ficou olhando uns segundos para sua mãe. Se perguntando o motivo da sua mãe estar estressada desse jeito. - Não se esqueça de trocar essa camiseta. - Jina estava naquele dia em que maioria das mulheres ficam estressadas. Mais conhecido como TPM. Rapaz voltou a comer silenciosamente.

Após terminar seu café da manhã, Jungkook se retirou da mesa para escovar os dentes e trocar a camiseta. Enquanto Jina ficou na cozinha lavando sua louça. O rapaz retornou à cozinha e se aproximou da sua mãe, sentindo a necessidade de abraçar- lá, a mulher de 1.60 de altura.

— Eu amo a senhora - Murmurou o rapaz após passar seus braços contra cintura da mais velha dando um abraço nela que estava de costas para ele lavando louça.

— Está querendo pedir alguma coisa né, garoto? - Disse desfazendo o abraço e virando de frente para rapaz, o encarado com os olhos semicerrados.

— Credo, mãe, assim a senhora me ofende - constatou Jungkook em expressão de ofendido - Não se pode nem demostrar afeto mais - ela esboça um sorrisinho observando o bico que se formou nos lábios do rapaz.

— já ouvi o ditado que."quando a esmola é demais, o santo desconfia" - Constatou apertado levemente a bochecha dele - Vamos logo quero passar na farmácia depois do mercado.

...
Horas depois

Mãe e filho após terminar suas compras se encontrava ao lado do carro guardado as sacolas no porta malas. A guardá- las os dois entraram no carro, a seguir Jina deu partida. Jungkook estava com seu fone deixam sua playlist tocar observando as gotículas de chuvas bater contra janela do carro.

— Como anda as namoradinha? - Questionou a mulher com sua atenção na estrada. Jungkook retirou o fone.

— A senhora disse algo? - Questionou o rapaz curioso, pois não havia entendido a pergunta por conta dos fones.

— Perguntei como anda as namoradinha? - ela repetiu.

— Eu não tenho. Pretendo focar nos estudos - afirmou o rapaz - sou muito novo para pensar nisso - deu de ombros e Jina esboçou sorrisinho.

....

Jina estacionou o carro do outro lado da rua, a chuva não havia cessado.

— Vou só comprar um remédio e já volto - Constatou a mulher e Jungkook assentiu com cabeça positivamente. Jina abriu seu guarda-chuva após se retirar do carro e a seguir atravessou a rua para chegar até farmácia do outro lado rua. Jungkook acompanhava cada movimento da sua mãe da sua janela. Após alguns minutos a mulher se retirou do estabelecimento parada na calçada Jina tinha sua atenção nas sacolas verificando os remédios que havia comprado. Esperando o sinaleiro abrir dando acesso aos pedestres.

Sem tempo para absolutamente nada, um carro desgovernado vem para cima da mulher, atingindo em cheio. Após atingir Jina, o motorista fugiu do local sem prestar ajuda, deixando o corpo da mulher todo ensanguentado para trás. Jungkook mais que depressa saiu do carro em estado de choque e foi ao encontro de sua mãe.

— MÃE, MÃE - Esbravejou a rapaz puxando corpo da mulher para seus braços. - SOCORRO ALGUÉM ME AJUDA. PELO AMOR DE DEUS. - Ele gritou em desespero para os curiosos que apenas observam a cena do rapaz segurando sua mãe contra seus braços em meio a chuva.

— Filho...- Jina Murmurou baixinho e elevou sua mão contra face do rapaz - nunca se esqueça que amo você...- Constatou a mulher antes soltar uma fraca tosse e coágulos de sangue começou a esvair da sua boca junto com sua vida.

— NÃO ME DEIXE MÃE - O desespero tomou conta do rapaz a ver a vida se esvaindo lentamente dos olhos da mulher.

Passado Off e Presente on

Como no dia do acidente, hoje também chovia muito sem cessar. Jungkook observava a cidade pela sua janela e nem havia notado que as lágrimas se faziam presentes em seus olhos, mediante relembrava daquelas lembranças dolorosas.

Seu pai seguir em silêncio com sua atenção voltada a estrada. O rapaz segurava o buquê em suas mãos e dois já se aproximavam do local.
...

Ao chegar no local, pai e filho retiraram os flores velhas as substituído por novas.
É uma prática extremamente comum ter um altar montado com flores, um retrato funerário em homenagem ao falecido – chamado jesasang (재사상). Antigamente no lugar das flores era comum no ritual oferecer comida ao morto no altar.

Jungkook e Hae-soo se encontravam sentados sobre os calcanhares, a seguir se curvaram diante o altar que haviam montado a falecida.

— Querida, quero que saiba que não deixei de te amar nunca jamais. Por mais que tenha encontrado um novo amor. Quero que saiba que você sempre terá um lugar especial em meu coração. Abigail é uma boa mulher, às vezes me questionei se não foi você que a colocou em meu caminho quando me encontrava naquele poço sem fundo chamado depressão - Hae-soo dirigiu as palavras para retrato da sua esposa enquanto Jungkook se mantém curvado em meio as lágrimas. - Quero que saiba que nosso filho é uma das melhores benção que você pode me dar em vida - Constatou o mais velho acariciando as costas do rapaz que ainda se mantém curvado.

.....

Residências Jeon - 10:00 da manhã

Após um longo banho, Emilly vestiu uma roupa confortável e se retirou do quarto e logo o aroma de café invadiu suas narinas. A garota se perguntava o que havia acontecido com Jungkook ontem.

O rapaz mal conversou com ela, passou dia todo em silêncio e não quis sair do quarto para jantar. Nem mesmo abriu a porta para ela quando a mesma bateu em sua porta na tentativa de conversar com ele para saber o motivo dessa frieza toda. A única resposta que obteve do outro lado da porta foi" Me deixa em paz! Quero ficar sozinho. Emilly".

A chegar na cozinha, Emilly se dirigiu até sua mãe que preparava torradas.

— Bom dia, mãe - constatou depositando um beijo contra bochecha da mais velha.

— Bom dia, filha - Abigail esboçou um sorrisinho - Dormiu bem?

— Dormi - Ela respondeu se ajeitando em sua banqueta - Mãe, cadê eles?

— Ah, hoje é dia memorial da falecida. Então eles saíram cedo - Constatou Abigail colocando o prato com as torradas na bancada a frente de Emilly - Quer geleia de morango?

— Quero sim - Respondeu Emilly pensativa. " Então esse era o motivo dele estar agindo estranho. Como sou tão insensível, agora sei motivo. E saber que o xinguei ontem por me ignorar me deixa envergonhada "

— No que tanto pensa? - questionou Abigail repousando o frasco de geleia na bancada.

— Nada. Não estou pensando em nada. Mãe - Constatou a garota pegando uma torrada a seguir, abriu o frasco a pegar a faca começou a passar geleia contra torrada.- A senhora não se sente incomodada?

— Do que está se referindo exatamente?

— senhora sabe esse memorial - Constatou antes de dar uma mordida em sua torradas lambuzada de geleia.

— Não. Nem pouco eu acho até lindo isso na cultura deles nem os mortos ficam esquecidos ou desamparados. Quando Hae-soo e eu começamos a namorar, ele me levou lá. Segundo ele queria me apresentar a falecida. Por mais que tenha sido choque para mim e tanto que inusitado. Para eles é comum eles acreditam que os mortos vivem entre nós cuidado dos seus entes querido. Que Jina sua falecida me escolheu para cuidar dele do seu filho.- Emilly escutava atentamente as palavras da mais velha.

— Pude notar que Jungkook não está mais sendo desagradável com senhora.

— Sim. E isso me alegra muito, até porque quando olho para ele não consigo ver nada além de uma criança perdida em busca de carinho e afeto. Ele é um bom rapaz, só estava trilhando por caminhos tortuosos.

....

Horas mais tarde - 17:00

Há horas que Hae-soo havia chegado em casa e Jungkook não havia retornado para casa com o pai. A chuva já havia cessado e Emilly decidiu levar Bam para um passeio no parque que havia próximo ao condomínio.

A garota andava tranquilamente pela calçada enquanto guiava Bam, que ia cheirando tudo que via pela frente até encontrarem Jungkook no caminho.Bam correu para o encontro do seu dono puxando Emilly com ele.

— Para, Bam - Constatou a garota observando Jungkook se agachado para acariciar a cabeça do cachorro que começa lamber a bochecha do rapaz.

— Isso tudo é saudade, amigão? - Constatou Jungkook em um sorrisinho e se colocou em pé a seguir. — E você sentiu saudade de mim também?

— Não - ela retrucou secamente - vamos Bam - Ela deu de ombros e retomou a guiar o cão direção ao parque. - Jungkook a observava por alguns segundos antes de segui-lá.

— Porque está agindo assim comigo? - Constatou após a alcançar a garota - o que eu fiz? - Emilly deixou um riso irônico escapar.

— O que você fez? - ela repetiu após parar bruscamente para encara- ló - você está desde de ontem me ignorando e ainda tem descaramento de me perguntar , o que você fez?

— Está de TPM por causo? - Constatou em ironia e mesma o encara com os olhos semicerrados.

— Não coloque a culpa no meu período menstrual. - Constatou ela

— Uau - ele Exclamou passando mãos contra os cabelos - então você realmente está naqueles dias? - Emilly revirou os olhos - Vamos sair daqui Bam - constatou tomando a coleira da mão dela - Minha namorada é uma bomba–relógio nesse momento - ele saiu correndo com cachorro. Emilly esboça um sorrisinho a ouvir palavra Namorada.

— Vou acabar com você - ela gritou correndo atrás dele - idiota - Ela alcança rapaz o segurando pela camiseta, fazendo ele parar. E mesmo soltou coleira do cachorro e passou seus braços contra cintura dela a puxando para mais perto.

— Me desculpa pelo meu comportamento, Emilly. Não era minha intenção magoar você - Ela o escuta atentamente - Eu realmente precisava de um tempo para mim. Eu tenho esse mal habito de me isolar nesses dias.

— Jungkook quero que saiba que estou aqui. Então,não se isole mais. Por favor - Ele a ergueu pela cintura, retirando os pés dela do chão e depositou um selinho nos lábios dela.

— Eu prometo que não vou me isolar mais - Ela sorri a escutar essas palavras.

— Agora me responda uma coisa. Quando foi que começamos a namorar? - Ela questionou arqueando uma sobrancelha e rapaz mordeu levemente seus lábios a observando atentamente.

— Desde do momento que correspondeu aquele beijo. - ela sorriu - O mundo é uma droga, mas você é minha pessoa preferida. Eu te amo Emilly, hoje, amanhã e para sempre. Então você aceita ser minha namorada? - Ela fica uns segundos em silêncio criando aquele ar de suspense.

— Eu aceito - ele solta um suspiro aliviado.

— Ainda bem. Até porque quem não iria querer ser minha namorada - Constatou tom de arrogância descendo a garota no chão.

— Nada convencido você - Constatou depositando um leve tapa contra braço dele que riu.

— E você nada bruta - constatou o rapaz a provocando e logo os olhos do rapaz recaíram para Bam que estava andando pelo local após Jungkook o soltá-lo com corrente e tudo - olha lá quem está namorando também - a garota olhou na direção do cachorro que brincava com uma cadela labradora na tonalidade marrom.