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02 - O placar não favorece.

A ideia ficou martelando na cabeça de Victória tanto que o sono desapareceu e parecia que não iria voltar tão cedo. Não conseguiria guardar aquilo só para si e resolveu por ligar para Ma Duda.

- Que horas são? - Maria perguntou com uma voz rouca e arrastada assim que atendeu o telefone. A ruiva percebeu que havia acordado a amiga, e se arrependeu de ter ligado.

- Desculpa por te acordar...

- Tudo bem! Vai me conta, o que houve para você me acordar! - Victória sorriu com o quanto a amiga a conhecia. Era engraçado o como eram amigas, já que eram bem diferentes uma da outra. Victória era mais da pá virada, sempre enérgica, seja no lado positivo, ou no negativo quando ficava extremamente nervosa. Ela gostava de conversar, sendo bem tagarela às vezes, e tinha uma liderança evidente. Já Maria Eduarda era tímida, se envergonhava fácil, (inclusive agradecia aos céus por ser morena, ao contrário ficaria vermelha o tempo todo) e era mais na dela. Mas mesmo assim, por algum motivo, as duas eram melhores amigas, e não conseguiriam se imaginar em um universo onde não fossem.

- Eu tive uma ideia hoje! Temos o time masculino de futsal na escola, e por que não ter um time feminino? Eu pensei nisso, sabe, criar um time com as meninas da nossa sala. Mas tenho que conversar com a diretora e ver se mais garotas vão querer jogar.

- Achei uma ideia ótima! E bem a sua cara mesmo. - Maria disse arrancando uma leve risada de Victória.

- Obrigada, Maria, eu só queria te falar isso porque eu estou muito animada e não consigo pensar em outra coisa! Agora vou deixar você dormir! Até amanhã!

- Até! - E Vick desligou, com um sorriso satisfeito dormiu.


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- Ei! Ana Nicole! - Ela gritou, chamando Ana que estava um pouco na frente, quase entrando na escola, pedindo para que ela esperasse.

Ana Nicole era uma garota alta, de pele parda, cabelos longos pretos com algumas luzes nas pontas e olhos castanhos claros encantadores. Ela e Victória não conversavam muito uma com a outra, apenas algumas pequenas conversas do tipo "Qual o próximo horário?", "Eu acho que não fui bem na prova", então a surpresa de Ana foi evidente.

Victória se aproximou com um sorriso gentil lhe direcionando um "oi".

- Oi? - Ana retribuiu o cumprimento e as duas andaram lado a lado adentrando a escola da cidade de Beija-Flor.

- Eu estava com uma ideia. Você gosta de jogar futebol, não é? - Perguntou mesmo já sabendo a resposta.

- Sim, mas parece que os meninos não entendem isso. - Ela disse olhando para frente.

- Pois é! Não é? É sobre isso mesmo que queria te falar. - Ela virou-se para encarar Victória e esperou que ela continuasse. - Ontem eu tive esta ideia de criar um time feminino aqui na escola, igual os meninos têm o Caçadores. E como você gosta de futebol e futsal pensei que gostaria de fazer parte. - Ana sorriu.

- Gostei, e é claro que eu quero fazer parte. Você já perguntou para mais meninas?

- Ainda não. Mas tenho que conversar com a diretora antes, e este é o problema. Ela raramente aceita esse tipo de projeto. Mas não custa tentar.

- Fica tranquila, eu vou pedir minha mãe pra convencer a diretora. - Ana afirmou com convicção. Victória sorriu ao mesmo tempo que se repreendia mentalmente por ter esquecido o fato de Ana ser filha da vice-diretora! Aquilo era quase como um passe livre. 1x0 a favor do Time-feminino-em-projeto!

- Obrigada Ana! Quando você falar com ela, me avisa. - Pediu e Ana concordou, havia realmente gostado bastante da ideia da ruiva.

Do mesmo modo que Victória, Ana já estava cansada da indiferença que os garotos a jogavam nas quadras. Ela gostava de futebol (ou futsal, o que jogavam na escola.) desde que era pequena, quando brincava com os primos, e em sua antiga escola, as coisas eram diferentes. Talvez pelo modo que a maioria dos garotos na antiga escola fossem seus amigos, e por isso a passavam a bola, mas ela era boa, então duvidava se os motivos eram realmente aqueles. Mas quando chegara na escola Garcia, não importava se ela era boa ou não. Ela não existia. E percebia o revirar de olhos quando ela sobrava na escolha dos times e tinha que ficar em um deles.

Mas, assim como Victória, não era isso que iria impedi-la de fazer o que gostava.

Então, a ideia parecia cair como luvas.

Passou rapidamente pela diretoria, chamou a mãe e a contou a ideia, pedindo que assim, falasse e convencesse a diretora. A mãe disse que conseguiria.

Entrou então na sala de aula, e se sentou. Na carteira ao lado, Vicente batucava a mesa com uma caneta, parecendo distraído.

- Você sabe que eu odeio esses barulhos. - Ela disse olhando o garoto.

- É só fingir que não está ouvindo.

- Se as coisas fossem assim seriam muito mais simples.

O garoto loiro revirou os olhos e parou, deixando a caneta sobre a mesa, e mexendo no cabelo que caía levemente sobre seus olhos, olhos esses de um castanho caramelo e que fixavam atentamente em sua própria mesa branca e rabiscada com contas matemáticas.

- Então, resolveu vir a aula hoje? - Ela perguntou e o rapaz voltou sua atenção para a dona da voz.

- É que eu estava morrendo de saudades de você. - Ele se pronunciou ironicamente.

- Você tem que parar de faltar tanto. Vai acabar repetindo o ano desse jeito, aliás não sei como passou o primeiro ano. - Ana ignorou o comentário anterior, e em resposta Vicente apenas lhe ofereceu uma risada sarcástica.

Era final do terceiro horário quando a vice-diretora, Sandra, abriu a porta da sala chamando por Ana Nicole e Victória. As duas levantaram de suas cadeiras e caminharam para fora da sala. Alguns dos amigos de Ana se perguntaram por que as duas estariam juntas sendo que não se falavam, outros alunos apenas pensavam que as duas tinham aprontado e outros apenas não se importavam.

- Então, eu conversei com a diretora e ela conversou com a secretária da educação, e como os garotos já têm o time deles, foi mais fácil. Portanto, a resposta é sim, vocês vão conseguir fazer o time de futsal feminino. - Ela disse e Victória deu um pulinho animado. Ana surpreendeu-se com o gesto da garota e segurou a risada. - Vocês vão precisar de dez garotas no mínimo, contando com vocês duas, para começar, podem ser de salas diferentes, e assim como os meninos vocês irão ser treinadas pela professora depois do horário escolar. Depois disso ainda temos que acertar umas coisas como o nome do time, mas isso é para depois. Por hora, tentem achar as dez garotas. E agora eu tenho que ir. - Sandra finalizou já saindo e se direcionando para sua sala.

- Podemos chamar as meninas da nossa sala depois do intervalo e depois irmos de sala em sala, procurando por mais garotas. - Victória sugeriu e Ana concordou com um balanço de cabeça.

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- Silêncio alunos! - O professor ordenou. - Victória e Ana Nicole têm um comunicado para dar - A sala, milagrosamente, ficou quieta e Vick não se conteve ao formar um sorriso aberto e assim começou:

- Então gente, a escola irá criar um time de futsal feminino, mas para isso precisamos de no mínimo dez meninas para começar o projeto. E queríamos saber se algumas de vocês querem participar.

- Ah, e vocês não precisam já saberem jogar futsal, o projeto é justamente para nos treinar, e futuramente podermos participar de campeonatos. - Ana complementou. - Alguma quer participar? - Silêncio.

- Quem quiser levante a mão.

Nada.

Nenhuma mãozinha sequer.

- Ninguém vai querer, gente?

É. Ninguém. Mas ainda tem outras salas... Seja otimista. Foi o que Victória disse para si mesma, em pensamento.

- Vocês só conseguiram mais duas garotas? - Maria Eduarda perguntou desacreditada.

- É. Uma no outro segundo ano e outra no primeiro apenas.

E simples assim, o placar era de 1x1000 contra o Time-feminino-em-projeto.

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