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Capítulo 7

Era o meu Enrico! Senti cada célula do meu corpo se entregando a esse momento tão aguardado. O coração batia acelerado, minhas mãos impacientes o tocavam. À medida que o beijo se intensificava eu tinha mais certeza de que ele estava de volta, que era o meu marido com todas as suas lembranças novamente. Cessamos o beijo por alguns minutos, muito arfantes. Deitei a cabeça em seu peito, como tantas vezes fiz, e o abracei com toda a força que fui capaz de exercer.

Continuei chorando, orando em silêncio para que aquilo não fosse um sonho bom. Afastei-me novamente para ter certeza de que estava acordada. Busquei seus olhos, toquei seu rosto, apalpei os seus braços, ora rindo ora chorando, num desespero de ter certeza de que ele era real, fechei os olhos respirei fundo e os abri novamente.

Sim! Ele era real e estava aqui.

— Calma, eu estou aqui — disse sorrindo e me beijou a testa.

— Eu-eu... — gaguejei tentando formular uma frase.

Era real! O meu Enrico estava de volta. Abracei-o novamente, fiquei na ponta dos pés e o beijei. Rapidamente o nosso beijo evoluiu, eu sei que tínhamos muito o que conversar, mas nesse momento, eu só queria sentir os seus beijos.

Enrico me suspendeu levemente, entrelacei as pernas no seu quadril. Com as bocas coladas caminhamos para o interior da casa. Não lembrei de nada naquele momento, nem mesmo dos seguranças. Eu precisava demais dos beijos do meu homem.

Enrico me jogou no sofá da sala, em poucos segundos já estávamos praticamente despidos, ele sorriu ao observar os meus seios mais volumosos, beijou-os com cuidado, arqueei as costas ao senti-lo deslizar a língua em torno do bico deles. Dos seios ele desceu trilhando beijos quentes, dedicou-se especialmente ao meu ventre por alguns segundos, como se estivesse percebendo a ligeira mudança ali, arrepiando e arrancando-me gemidos. Retirou minha saia e calcinha devagar, deliciando-se com a imagem, alisou minhas pernas, beijou-as delicadamente.

Eu adorava vê-lo apreciando o meu corpo, devorando cada pedacinho meu. Eu estava completamente ofegante e entregue ao desejo, reprimido e guardado por tanto tempo. Enrico inclinou-se sobre mim, beijou minha boca com urgência enquanto suas mãos habilidosas confirmavam o quanto eu já estava pronta e o desejando dentro de mim. Ele contornou o meu clitóris, fez movimentos circulares, arrancando-me gemidos desesperados, eu já estava prestes a gozar, ele interrompeu bruscamente, abriu minhas pernas e me deu um sorriso sacana antes de se perder entre elas.

Porra! Eu estava bem mais sensível, não era só o tempo sem sexo e a saudade, eram os hormônios da gestação falando. Sua língua e boca conheciam bem o meu corpo, ele sabia como me fazer delirar e não polpou esforços para isso. Sugou, mordeu e me penetrou com sua língua, que tanto me enlouquece, em poucos segundos eu já estava delirando e entregue a um orgasmo esplêndido.

Rapidamente ele se sentou no sofá e me puxou para montá-lo. Nossos olhares se encontraram, segurei seu rosto entre as mãos, ainda achei que estivesse sonhando, sorri ao ver o seu olhar ardendo de desejo, que tanto senti falta. Em poucos segundos ele afastou a cueca e me penetrou, quando o senti me preenchendo, fechei os olhos, aproveitando o contato dos nossos corpos, nossa união, nosso desejo crescendo à medida que eu me movia. Enrico segurou minha cintura com firmeza, ajudando-me a me mover, encontramos um ritmo perfeito. O meu desejo cresceu, ele entrelaçou uma das mãos em meus cabelos e me puxou para um beijo.

— Abra os olhos, eu quero vê-la — ordenou.

Abri os olhos e ele me observou com aquele sorriso cheio de luxúria, nossos corpos se completavam de uma forma única, tínhamos uma química incrível, e nada foi capaz de estragar o nosso momento, um novo orgasmo foi inevitável. Intensifiquei os movimentos e gozei sussurrando o seu nome, alucinada, louca de tesão. Um gemido alto e entrecortado saiu dos seus lábios, continuei me movendo, Enrico segurou meu rosto e gozou me encarando com os olhos em chamas.

Desabei em seu colo, arfante, feliz, senti-me tão plena e completa novamente, que desejei não sair dali. Por alguns minutos só ouvi o seu coração batendo e as nossas respirações normalizar. Enrico alisou meus cabelos longos com ternura e permanecemos por longos minutos assim, aproveitando o contato dos nossos corpos, colados no suor um do outro.

— Eu te amo, Enrico — murmurei.

— Eu sei, eu também te amo.

— Eu tenho tanta coisa para falar. — Afastei-me para encará-lo.

— Eu também, mas não agora, nesse momento eu só quero tê-la nos meus braços.

Trocamos um beijo longo, repleto de carinho, acomodei-me em seu colo, o lugar que mais desejei estar nos últimos dias. Enrico estava sério e um pouco calado, agindo com um pouco de frieza. Fiquei preocupada, mas talvez fosse apenas impressão minha. Chorei tanto nos últimos dias sentindo a falta dele, que nada agora importava, apenas o seu amor e estar em seus braços.

— Você vai ficar? — perguntei, quebrando o longo e torturante silêncio.

— Alícia, eu não posso...

Levantei-me do seu colo, catei minhas roupas e as vesti. Enrico permaneceu sentado e de cabeça baixa. Havia algo muito errado, eu podia sentir.

— O que veio fazer aqui? — Joguei as roupas dele no sofá ao seu lado. — Não acha que já estou sofrendo o suficiente?

Enrico levantou e se vestiu, veio para perto de mim, encarou-me com aquele olhar de tristeza e preocupação, que estava acabando comigo.

— Calma, Alícia, olhe pra mim. — Enrico segurou meu rosto entre as mãos, beijou meus lábios com delicadeza e recomeçou: — Eu estou muito confuso ainda, achei que te ver poderia me ajudar a entender o que sinto. Eu sei que o que vivemos foi muito intenso, acabei de ter uma prova concreta disso, o meu corpo reconhece o seu, nós somos um do outro, Alícia... mas....

— Você ainda não recorda de tudo que vivemos — completei e as lágrimas escorreram pela minha face.

— Eu tenho flashs de memória com muita frequência, sonhos que eu acredito que vivi com você, são sempre muito intensos, se é que me entende. — Ele sorriu. — Ouça, eu quero muito voltar para você, mas quero voltar integralmente de corpo e alma, como você merece, mas quero te ver, sempre que possível.

— Eu nem sei o que dizer... eu sofri muito sem você, está acontecendo tanta coisa na minha vida que eu gostaria de partilhar com você e... — Afastei-me, virei de costas, tentando ponderar se era o momento de falar da gravidez, respirei fundo e voltei a olhá-lo nos olhos. — Enrico eu não sei se isso vai me fazer bem, eu quero você todos os dias comigo, quero dormir e acordar ao seu lado, você entende isso?

Ele encurtou a distância entre nós, entrelaçou as mãos em meus cabelos, aproximou nossas bocas, pouco antes de me beijar, murmurou:

— Eu entendo, porque a única certeza que tenho é que quero o mesmo que você.

Depois de um longo beijo, ele se afastou para me encarar, com os olhos cheios de lágrimas.

— Alícia, tem muita coisa acontecendo nesse momento, a minha cabeça está um turbilhão de lembranças desconexas. Eu sei que te pedi para ir embora e recomeçar a sua vida, mas ignore o meu pedido, eu achei que seria melhor para nós dois ficarmos separados, por favor, esqueça isso e me espera.

— Eu não tenho feito outra coisa a não ser te esperar.

Sorrimos, felizes e tristes ao mesmo tempo. Eu entendo o que ele está passando, mas se não posso tê-lo por completo, eu me contento com o pouco que terei.

— Eu te amo, Alícia, eu sei que as coisas vão voltar ao normal, só peço um pouco de calma. Eu quero ser novamente o seu Enrico.

— Não precisava ter vindo até aqui para me pedir isso.

— Eu sei, mas eu precisava te tocar, beijar e te amar, para ter certeza de que todo sentimento que eu vivenciava nos meus sonhos eram reais.

— E são?

— Não, não são. Acredite, são bem melhores do que sonhei.

Um novo beijo, repleto de felicidade e promessas. Eu o amava demais e cada pouco que eu pudesse ter dele já era um alívio para o meu sofrimento.

— Eu precisava vir pessoalmente, ainda mais agora...

— Agora? Por que agora? — perguntei, quase certa de que ele sabia da minha gravidez.

— Eu perdi a memória e não a capacidade laboral, ainda sou um economista, Alícia. — Ele riu descontraído. — E se tem algo que sou muito bom são com os números, e pelos meus cálculos você...

Eu planejei de tantas maneiras contar sobre a gravidez, mas nenhuma delas previa que ele descobria antes de mim. Queria tanto vê-lo pulando de alegria com a notícia.

— Eu queria ter contado, estava esperando um momento mais oportuno — falei interrompendo-o, um pouco constrangida.

— Por sorte consegui contato com o seu advogado antes dele dar entrada no divórcio.

— O quê? — perguntei, confusa.

— A papelada do divórcio — explicou Enrico e pegou um envelope da mesa de centro e me entregou. — Rasgue-a, por favor.

— Você estava falando disso?

— Sim, pela data que enviei, calculei que você a receberia essa semana. Por isso fiz questão de vir pessoalmente, para te pedir para me esperar.

Enrico me puxou pela cintura e colou nossos corpos. Beijou o meu pescoço e sussurrou ao meu ouvido:

— Fala que vai me esperar, que será apenas minha.

— Eu sempre te esperei, mesmo quando me mandou embora e pediu o divórcio.

— Isso agora é passado, esqueça e vamos aproveitar o nosso reencontro. Sabe quais foram as primeiras lembranças nossas que tive?

— Não faço ideia.

— Posso mostrar se quiser, ou prefere que conte detalhadamente?

— Prefiro os dois, conte com riqueza de detalhes primeiro — pedi, sorrindo.

— Pois bem, senhora Millani, a minha primeira lembrança foi em um estúdio de dança, você estava dançando, lembro que te observei finalizar o seu treino e fazer alguns alongamentos bem impressionantes. Bom, depois disso eu te mostrei como usar as barras de uma forma mais interessante, refresquei a sua memória?

— Acho que estou com amnésia, não me recordo — fingi, deslizando as mãos pelo seu peitoral.

— Acho que eu posso resolver esse problema, senhora minha esposa. Apesar de não termos um estúdio nem barras a nossa disposição, posso te proporcionar o mesmo prazer — sussurrou ao meu ouvido, arrepiando-me completamente.

— Faça-me esse favor, senhor meu marido.

Enrico me pegou no colo e subimos as escadas, seu olhar e sorriso maliciosos me traziam ótimas lembranças. Entramos no quarto principal aos beijos, Enrico me jogou na cama, retirou minha roupa cuidadosamente, com beijos e carícias alternadas enquanto me despia.

Seus lábios quentes e macios ao tocarem minha pele me fizeram delirar, quando ele se afastou, senti-me vulnerável, abandonada e tão dependente dele, que meus olhos se encheram de lágrimas. Ele se despiu, só então pude ver seu corpo com mais clareza, ele estava mais magro, mas ainda tão lindo como sempre.

Ainda estava inerte o olhando, tão admirada e feliz, desejando que esses momentos pudessem se repetir todos os dias das nossas vidas, lutando para conter as lágrimas que brotavam dos meus olhos. Quando ele retornou, deu uma boa olhada no meu corpo, inspecionando com minúcia cada detalhe, parecia apreciar as mudanças que estavam acontecendo nele.

— Eu senti muita falta de estar contigo, como pode? Meu corpo queima pelo seu, eu te desejo com desespero, Alícia.

— Eu também, meu amor.

— Eu nunca deveria ter te deixado partir... você é minha. — Ele pesou seu corpo sobre o meu, beijou-me os lábios com desejo e afastou minhas pernas para melhor recebê-lo entre elas. — Eu sou o seu homem, nenhum outro vai te amar ou te foder como eu... — Ele alinhou seu pau na minha entrada e me penetrou bruscamente. — Nossos corpos se pertencem... — As lágrimas escorreram pelas suas faces. — Eu te amo, bella mia.

— Si-sim — gaguejei, entregue, arfante. — Eu sou sua mulher, nunca haverá outro em minha vida, porque... eu te amo...

Entre juras de amor, promessas e lágrimas, nossos corpos se consumiram, de um modo diferente, havia muito desejo, como sempre, mas o amor falou mais alto. Foi incrível ouvir seu sotaque italiano declarando o seu amor por mim novamente. Naquele momento esqueci de tudo, era como se nunca tivéssemos nos separado, como se nada entre nós houvesse mudado, como se todo o amor que ele sente por mim estivesse de volta, não há amnésia ou qualquer enfermidade que possa contradizer o que os nossos corpos sentiram.

Adormeci nos braços dele, quando despertei o quarto já estava escuro. Enrico dormia ao meu lado como um anjo. Sorri e respirei aliviada ao vê-lo ao meu lado. Levantei-me sorrateiramente, eu precisava de um banho.

Foi um longo e reflexivo banho, ensaiei mil e uma maneiras de contar sobre a gravidez. Quando retornei ao quarto, Enrico ainda dormia. Eu estava faminta, vesti minhas roupas e desci até a sala, procurei pela minha bolsa, talvez tivesse algo que pudesse ajudar.

Pensei em escrever um bilhete, fazer um desenho, sei lá! Continuei fuçando minha bolsa, até que vi um batom vermelho e tive uma ideia, tirei a blusa e desenhei m coração na minha barriga, quase que imperceptível.

Retornei para o quarto, animada e louca para saber a reação dele ao descobrir da nossa princesa. Será que ele lembra dos planos que fez para quando eu estivesse grávida? Sentei-me na cama devagar para não o acordar. Respirei fundo e alisei seu rosto devagar, depois desci pelo seu peitoral, ainda marcado por músculos viris.

— É ótimo poder acordar e te ver ao meu lado — falou serenamente.

— Não imagina o quanto eu senti falta.

Enrico me puxou para cama, aconchegou-me em seus braços e beijou o topo da minha cabeça.

— Eu posso imaginar, eu também sinto a sua falta. — Apoie-me em um dos braços para buscar seus olhos. — Como está a sua recuperação?

Tentei desviar o rumo da conversa, para ver se acalmava o meu coração, estava nervosa e ansiosa com a expectativa.

— Estou fisicamente recuperado, já retornei à MHR de Milão, estou trabalhando normalmente.

— Ótimo.

— Você parece tensa, aconteceu algo? — perguntou, percebendo o meu estado.

— Não, não. Só um pouco nervosa. Posso te perguntar uma coisa?

— Claro, pergunte o que quiser.

— Eu quero te contar algo, mas não sei como tocar no assunto. — Respirei longamente, tentando me acalmar. — Você lembra o que me pediu na nossa lua de mel? Se não lembrar não tem problema.

Enrico não respondeu, muito menos esboçou algo. Ele se levantou e começou se vestir, fiquei confusa, apenas o observando.

— Vem comigo. — disse Enrico e me estendeu a mão.

Mesmo sem entender, eu o segui. Descemos as escadas de mãos dadas, ao chegarmos próximo da mesa da sala de jantar, ele se ajoelhou na minha frente, exatamente no mesmo local em que me pediu para interromper o contraceptivo. Encarou-me com um olhar tão sereno e sorriso encantador, que encheu os meus olhos de lágrimas.

— Aqui nesse lugar, eu te disse que queria ter um filho com você, e quero reiterar o meu desejo. Eu quero um fruto do nosso amor crescendo aqui em seu ventre. — Enrico levantou minha blusa, olhou com atenção, depois voltou a me encarar. — Fala que isso é o que eu estou pensando?

— Sim! — respondi, chorando emocionada.

Enrico se levantou e me ergueu em seu colo, rodou-me radiante, rindo de alegria. Quando enfim, paramos, arfantes, trocamos um longo abraço.

— O que eu mais sonhava na vida era poder compartilhar essa notícia antes do nosso bebê nascer. Na verdade, eu descobri a gestação antes do seu acidente. Quando você acordou do coma, esperava contar para você e toda família junta, mas aí você...

— Não pensa mais nisso, desculpe, eu lamento por isso. Acho que seria mais doloroso para mim saber que a minha esposa estava grávida e eu não lembrava de nada, nem mesmo os sentimentos que nutri por ela.

— Vamos virar essa página. — Beijei seus lábios devagar.

— Como está o bebê? — perguntou e se ajoelhou para beijar o meu ventre.

— Está muito bem, fazendo a mãe dela comer feito uma leoa.

Rimos juntos. Enrico se ajoelhou novamente, alisando a minha barriga.

— Você já sabe o sexo?

— Sim, é uma menina.

— Que maravilha! Será uma bailarina como a mãe.

— Sim, a nossa bailarina.

Oi, filha, aqui é o papai, estou muito feliz por saber da sua existência, tenha certeza de que já é muito amada, os seus avós ficarão radiantes quando eu contar de você — conversou, acariciando a minha barriga com carinho.

— Quantos meses você está? — Levantou-se, ainda com as mãos sobre a minha barriga.

— 25 semanas, praticamente 6 meses.

Enrico se levantou, entrelaçou as mãos nas minhas e trocamos um beijo rápido.

— Que nome daremos a ela? Eu gosto de Cecília, o que acha? — perguntou, empolgado.

— Confesso que ainda não tinha pensado no nome, porque eu queria decidir com você. tinha esperanças de que a qualquer momento você voltaria para mim. Mas eu adorei a sugestão.

— Eu estou aqui, bella mia. Então está decidido, será a nossa Cecília.

— Sim, a nossa Cecília — confirmei, emocionada.

Enrico se ajoelhou novamente, acariciou a minha barriga e conversou com a nossa Cecília:

Oi, Cecília, é o papai, eu te amo, minha pequena, não vejo a hora de te pegar nos meus braços e ver o seu rostinho. Eu tenho certeza de que você será tão linda quanto a sua mamãe.

— Oh! Você sentiu? Ela acabou de chutar — disse, eufórica.

Era a primeira vez que eu sentia a minha pequena mexendo na minha barriga. Fiquei em êxtase e em silêncio, tentando sentir novamente.

— Ela está feliz porque está falando com o papai.

— Eu também acho — confirmei e trocamos um beijo rápido.

Enrico me puxou em direção à sala, ele estava especialmente feliz, acho que a notícia da paternidade o deixou assim.

— Agora precisamos jantar, eu pedi que os seguranças trouxessem o nosso jantar às 19h. — Enrico olhou no relógio de pulso. — Faltam 13 minutos, devem estar para chegar, vamos aguardar na sala e conversar um pouco, o que acha?

— Com você eu topo tudo.

Escolhemos o sofá, Enrico se sentou primeiro, acomodou-me em seu colo, de forma que as suas mãos repousassem sobre a minha barriga. Conversamos sobre a nossa pequena Cecília e boas lembranças de nós dois juntos. Ele pediu que eu contasse momentos que já passamos, de como nos conhecemos, nosso casamento, entre outros momentos importantes para nós. Contei também do incêndio do meu apartamento, da minha sociedade com o Mike, de como estava empolgada com a nossa academia, e dos nossos planos para inauguração, só não falei do Maurício, afinal, talvez ele não recordasse dele, era melhor assim.

O nosso jantar chegou pontualmente às 19h, eu estava muito faminta. A comida estava ótima, e foi tudo incrível. Depois da sobremesa, apreciamos a lua e as estrelas da nossa sacada, abraçados, trocando beijinhos e comendo chocolates maravilhosos.

Dormimos cedo, acordei sonolenta, espreguicei e quando abri os olhos, uma bandeja de café da manhã me aguardava na mesinha de cabeceira, e claro, com um lírio branco. Sorri, feliz e com um friozinho na barriga ao lembrar da noite passada.

Levantei-me para tomar um banho, troquei de roupas e devorei o meu café, depois desci para procurar o meu marido. Ouvi vozes da escada, reconheci a do Isaías e do Enrico, quando me perceberam, ficaram calados, porém, era notório o semblante de preocupação dos dois. Isaías só acenou com a cabeça e saiu.

— Tudo bem? — perguntei, preocupada ao me aproximar de Enrico.

— Não muito. Já tomou café?

— Sim, o que está acontecendo?

— Vamos nos sentar, precisamos conversar.

Seu olhar me assustou um pouco, Enrico parecia irritado ou preocupado, não sabia ao certo. Na verdade, desde o nosso reencontro, percebo-o mais calado e pensativo que antes, sem dúvida não era o mesmo Enrico com quem me casei. Quando perguntei se havia algo errado, ontem, ele respondeu que não, porém, o seu olhar dizia o contrário.

Ele pegou minha mão e a apertou, meu coração parecia que ia saltar do peito, tamanho a minha ansiedade e nervosismo.

— Eu não queria falar desse assunto para não te preocupar, mas acho importante que saiba de tudo. — Ele respirou fundo, parecia escolher a forma mais amena de contar algo difícil. — Pouco antes do meu acidente, descobri por acaso uma transação da conta do fundo de pensão dos funcionários agendada para alguns dias depois. Era um alto valor e estava assinada digitalmente por mim, mas eu jamais faria isso, porque é uma transação criminosa. A única conclusão que chegamos é que há alguém infiltrado na nossa empresa, muito próximo da presidência e de mim, a tal ponto de ter feito tudo isso pelo meu notebook.

— Mais essa transação foi efetivada? — perguntei.

— Não, porque eu consegui transferir o valor para outra conta do fundo. Na data programada eu ainda estava em coma. O meu acidente foi premeditado, quem está por trás de tudo isso sabe muito sobre mim e sobre você também, tudo está interligado. É por isso que estou aqui... — Enrico colocou a mão no meu rosto e alisou delicadamente. — Eu preciso que entenda que eu não povo voltar para você agora, é muito perigoso estarmos juntos publicamente. Ainda mais agora. — Enrico colocou a mão sobre o meu ventre. — Eu preciso mantê-las seguras, é melhor que todos pensem que estamos separados, eu sei que não vai ser fácil, mas será por pouco tempo, até conseguirmos descobrir e prender quem estar por trás desses crimes.

— De quanto tempo estamos falando? — perguntei, entristecida.

— Espero que pouco, não quero mais viver longe de vocês. É só o tempo de esclarecemos tudo isso. — Enrico entrelaçou as mãos em meus cabelos, segurou meu rosto entre elas e beijou meus lábios. — Me espera, por favor, vai ser mais tolerável viver longe de você se eu souber que está a minha espera, isso vai me ajudar a lembrar do que já vivemos, não desista do nosso amor, não desista de nós.

— Essa espera é torturante, Enrico — protestei, chorosa.

— Eu sei, bella mia, mas eu preciso que estejam seguras. Tentarei sempre estar por perto, estabeleceremos um meio seguro de comunicação, enquanto isso continue agindo normalmente, não comente sobre o nosso encontro com ninguém. Como ainda não temos ideia de quem faz parte dessa quadrilha, então, todo cuidado é pouco.

— Margô tem algo com isso? — perguntei, quase certa da resposta.

— Sim, temos indícios de que ela pode ter ligação com tudo isso. — Enrico segurou firme minhas mãos. — Alícia, eu quero que entenda o quão grave é a situação, agora não é apenas você, a nossa Cecília também corre risco, por isso eu preciso que colabore conosco. Já estamos avançando nas investigações e logo nos livraremos de tudo isso e seguiremos com as nossas vidas livres e felizes.

— Assim espero. Você vai retornar para Milão?

— Sim, no final da tarde, não podemos ser vistos juntos. Para todos os efeitos estamos divorciados, e nesse momento estou na Colômbia a negócios.

— Entendo — murmurei, entristecida.

— Vamos aproveitar o pouco tempo que ainda temos. Quer dar uma volta na propriedade?

— Não, quero ficar aqui abraçada com você até o último instante.

— Ótima escolha, bella mia.

— Eu esqueci completamente do Mike! — exclamei, preocupada.

— Não se preocupe, o Isaías providenciou um hotel aqui em Petrópolis para eles. Fique tranquila, eles fizeram parte do plano para te trazer até aqui, e já sabem que estamos juntos, mas para os outros, vocês estiveram juntos aqui nessa casa.

— Você sempre pensa em tudo? — perguntei, aliviada.

— Sim, sempre.

Trocamos um rápido beijo e eu me aconcheguei nos braços do meu marido, triste pela eminente partida dele, porém, com o coração mais tranquilo e aquecido pelo reencontro.

Ficamos juntinhos e abraçados o restante da manhã, não nos desgrudamos um segundo. Era um misto de saudade acumulada e tristeza porque não sabíamos quando nos veríamos novamente. Conversamos muito, contei dos meus planos para a academia, enfim, foi uma conversa de atualização basicamente.

O nosso almoço chegou pontualmente ao meio-dia, estava ótimo, até os menus ele fez questão de escolhê-los. Como sempre, ele era incrível. Depois da refeição, subimos para descansar um pouco, Enrico alisou meus cabelos até eu pegar no sono.

Acordei sozinha na cama, olhei no relógio da mesinha de cabeceira passava das quatro da tarde. Saí em busca de Enrico. Ao chegar próximo da escada, ouvi vozes e gritos, ao que parecia ser uma discussão. Meu coração palpitou rapidamente, aproximei-me um pouco mais para tentar ouvir algo ou até mesmo identificar quem discutia.

Aproximei-me sorrateiramente, reconheci a voz de Enrico, e a outra, era impossível não reconhecer, era a Margô. Meu coração quase parou naquele momento, fiquei trêmula. O que ela fazia aqui?

— Você descumpriu nosso trato, eu te avisei, você não deveria estar aqui. Graças a essa sua gracinha de momento nostalgia, eles conseguiram transferi-la novamente. Voltamos à estaca zero —gritou Margô, enfurecida.

— Saia daqui agora, não tenho nada para tratar com você — retrucou Enrico.

— Você é tão previsível que chega a ser decepcionante. Eu sabia que estaria aqui, do jeito que imaginei, sozinho e sem seguranças, essa viagem repentina só poderia ser uma desculpa fajuta, eu sabia que viria ao Brasil. Pensando bem, você talvez tenha dispensado os seguranças porque está acompanhado. Claro! Como não pensei nisso?! Não me diga que procurou sua ex-mulher? — perguntou Margô.

Feliz dia das mães, minhas queridas! Ah, este livro já está na Amazon, quem me acompanha por aqui, fiquem tranquilas que continuarei postando. Beijos!

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