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Capítulo 2

Ofegante, cheguei em frente à casa, um carro luxuoso estava estacionado na frente. O meu coração até se encheu de esperanças, mas quando me aproximei reconheci o Caio, meu amigo e, ao lado dele, Mike, que correu na minha direção, abraçando-me animadamente.

Mesmo feliz com a visita do meu amigo, fiquei triste por não ser quem o meu coração esperava.

— Minha cenourinha, como está você e o nosso filho?

— Estamos bem. Por um instante eu pensei que fosse o... — Baixei a cabeça, triste.

— Ah, não, Cenourinha, eu não vim até aqui para te ver triste. Eu quero ver o seu sorriso. — Mike me puxou para um abraço. — Desculpa, Lili, não queria te deixar triste.

— Tudo bem, Mike. — Respirei longamente, contive as lágrimas e me afastei para olhá-lo nos olhos. — O que o Caio faz aqui? — cochichei ao seu ouvido.

— Eu tenho muitas novidades para contar, e por isso estava louco querendo que você voltasse logo, preciso compartilhar tudo com você. — Mike estava radiante e com os olhos brilhando.

Ele pegou minha mão e me puxou para perto do Caio, que nos aguardava próximo do carro. Mike entrelaçou a mão na dele, e eles trocaram um beijo rápido.

Oi? Como assim? Mike e Caio sorriram ao perceberem que eu estava perplexa.

— Bom dia, Lili! — Caio exclamou, sorrindo.

— Vocês estão... — Não consegui completar a fala de tão surpresa.

— Sim, cenourinha. — Respondeu Mike, feliz. — Está vendo como tudo na vida tem um lado bom? Toda aquela tragédia serviu para algo bom, eu não teria conhecido o amor da minha vida. — Mike apertou a bochecha do Caio e o encarou com os olhos brilhando. — E sim, nós estamos namorando.

— E morando juntos — acrescentou Caio, que tinha o mesmo brilho no olhar que o Mike.

Eu nunca desconfiei da opção sexual do Caio, ele sempre foi tão reservado. Mas vê-los felizes, compensou tudo. Foi a melhor notícia que eu poderia ter recebido hoje, meus dois amigos grandes amigos estão radiantes e apaixonados.

Abracei-os, ficamos os três agarrados entre risos bobos e cosquinhas por alguns instantes.

— Obrigada por essa notícia, meus amigos. Estou muito feliz por vocês. — Afastei-me com os olhos marejados, muito emocionada.

— Sem choros, pessoal, sem choros — acrescentou, Caio, secando uma lágrima do seu rosto.

— Chega desse papinho baixo-astral. — Mike respirou fundo e continuou: — Eu vim resgatá-la de sua torre, princesa. — disse Mike, alegre, depois flexionou o joelho, beijou a minha mão, todo dramático como um príncipe encantado.

— Mike, obrigada por ter vindo, mas ficar aqui está me fazendo bem.

— O quê? Você me fez sair do meu castelo para regatá-la e vai me dispensar assim, sem mais nem menos?

— Eu disse que ela não ia querer voltar — rebateu Caio.

— Você vai magoar os meus sentimentos, princesa. — Mike fez beicinho, parecia uma criança birrenta. — Por favor, faça esse príncipe feliz, venha na nossa humilde carruagem. — Ele apontou para o carro. — Vou te levar para o nosso lindo castelo e lá viveremos felizes para sempre.

— Mike, Mike, você tinha que ser ator e não bailarino — disse, risonha.

— Eu preciso de você, Lili, é muito sério. Estou vivendo um momento muito bom na minha vida e quero muito você por perto, quero compartilhar com você. Arrume as suas malas e vamos comigo, — Mike se ajoelhou, fechou os olhos e cruzou as mãos contra o peito — por favor, por favor, por favor...

— Quanto drama! — Sorri ao vê-lo fazendo seu show particular. — Tudo bem, você venceu, eu volto com vocês. Sentem-se na sala enquanto eu faço as malas, mas nada de demonstração de carinho aqui, por favor, eu não sei como os meus avós reagiriam.

— Oba! — Mike se levantou e pulou de alegria. — Sim, senhora! Onde está o seu carro?

— Meu pai levou de volta, está na garagem do meu prédio.

— Ótimo, vamos no mesmo carro. — Mike deu pulos de alegria. — Eu preciso conversar ou vou explodir, tenho tanta coisa para contar, Cenourinha.

Chegamos à sala de estar e apontei as poltronas para Mike e Caio, que se acomodaram.

— Se comportem, irei fazer as malas — alertei.

Fui até o meu quarto para fazer as malas, antes de concluí-las, a minha avó entrou no quarto, usava um avental e uma bota de jardinagem.

— Já vai embora, Lili? — perguntou vovó, surpresa.

— Sim, vovó, eu preciso retornar para o Rio, mas prometo que voltarei aqui com mais frequência. — Caminhei na sua direção, dei-lhe um abraço e um beijo na testa. — Obrigada por ser essa vó perfeita, eu amo você.

— Minha linda, eu sentirei a sua falta. Promete que vai me dar notícias desse bebê?

— Claro, vovó, prometo sim.

Retornamos para sala abraçadas, Mike e Caio estavam conversando com meu avô, era até engraçado ver o Mike tentando falar grosso. Meus amigos pegaram as minhas malas, e meus avós nos acompanharam até a frente da casa.

Foram muitos abraços calorosos de despedidas, seguidos por promessas de retorno. Claro que eu voltaria, estar perto da minha família me fez muito bem.

Caio acomodou as malas no porta-malas, sentou-se no banco do motorista, Mike abriu a porta traseira fazendo reverência para que eu entrasse no carro, sentou-se ao meu lado e partimos. Antes mesmo de dizer qualquer coisa, colocou a mão no meu ventre e fechou os olhos, como se estivesse rezando. Aguardei em silêncio, assim que terminou, o Mike maluco de sempre, estava de volta, puxou-me para um longo abraço.

— Eu tenho tanto para contar... — disse Mike, respirando longamente.

— Fale, mas me solte primeiro, já está me sufocando.

— Desculpa, Cenourinha, é que estou tão feliz que você veio conosco, que só sei demonstrar assim, te abraçando feito louco.

— Bem, então comece me contando o motivo de tanta felicidade — retruquei, curiosa.

— Vamos por partes. Primeiro, os babacas que me agrediram já foram presos e aguardam por julgamento, e eles tiveram o que mereceram no presídio. Não entrarei em detalhes sobre isso porque você está grávida. — Mike se arrumou no banco, para me encarar. — Segundo, eu recebi uma altíssima indenização no acordo que o Caio fez com a rede de supermercados. Como o crime ocorreu no estacionamento deles, e as imagens vazaram antes mesmo da polícia liberar, para não terem a reputação da empresa envolvido negativamente, aceitaram o acordo que o meu brilhante advogado propôs. — Mike deu uma piscadela marota para o namorado, que sorriu e retribuiu pelo retrovisor interno do carro.

— Nossa! Que ótimo. Quer dizer que agora é rico?

— Um pouquinho, digamos que eu mudei da classe de pobretão para patrão.

— Percebi, está se vestindo mais elegante.

— O quê? — Mike perguntou com cara de espanto. — Eu sempre me vesti com elegância, mesmo quando pobre.

Até o Caio sorriu da reação surpresa do Mike.

— Olhe para o Caio, diga se ele não está mais elegante e bem-vestido? Sabe o que é isso, queridinha? O efeito Mike.

— Você não é nada modesto, mas tenho que concordar, você realmente entende de moda. — Olhei para o Caio pelo retrovisor, que sorria divertido. — Vocês dois estão muito elegantes.

— Tá vendo só, Caio? Falei que você ficaria melhor depois da minha consultoria. — Mike se curvou e deu um tapa no ombro do Caio, todo orgulhoso.

— E o que mais perdi durante minha ausência? — perguntei, curiosa.

— Mudei de apartamento, comprei outro, e eu e Caio estamos morando juntos.

— Quantas novidades! — exclamei surpresa. — E onde moram agora?

— Surpresa, Cenourinha, você vai conhecer em breve.

— Então é assim? Vai me deixar na curiosidade?

— Não, vou matar sua curiosidade logo, logo, agora precisamos cuidar desse bebê. Tomei a liberdade de agendar uma consulta com a sua médica hoje à tarde. Você está com os seus últimos exames?

— Sim, estão na minha mala. E por que fez isso?

— Porque eu sou o pai desse bebê e jamais deixarei o meu filho sem pré-natal.

— Mike, você é hilário.

— Claro que não, sou um pai responsável e preocupado com o bem-estar dele. Você achava mesmo que eu te abandonaria? Nem que eu tivesse que ir te buscar em Milão.

— Obrigada, Mike, por estar sempre comigo, meu amigo.

— Pensando bem... — Mike ficou pensativo, cruzou os braços e bateu o dedo indicador nos lábios, olhando para o nada. — Eu não quero ser mais pai, acho melhor ser chamado de tio. Pai tem que dar educação, cobrar, exigir, são muitas responsabilidades. Eu prefiro ser o tiozão da hora, legalzão, que não precisar encher a criança de regras, e que só faz programas legais.

— Mike, você é uma piada. — Ri e ele tocou a minha barriga. — Para onde vamos?

— Primeiro nós vamos almoçar, depois deixaremos o Cacá no escritório e iremos para a sua consulta.

— Cacá? — questionei, risonha.

— É o amor, Cenourinha, é o amor. — Mike fez um coração com as mãos para o Caio, que jogou um beijo de volta para ele pelo retrovisor.

Eu não poderia estar mais feliz com esse relacionamento, meus dois grandes amigos merecem toda a felicidade do mundo. Confesso que essa notícia mudou consideravelmente o meu humor.

Mike como sempre era ótima companhia, divertido e irreverente, Caio sempre foi mais calado, mas de vez em quando contava uma pérola do namorado. O meu retorno para o Rio foi o melhor possível, na companhia de pessoas que amo, que me fizeram dar boas risadas.

Chegamos ao Rio de Janeiro num clima tão bom, que pouco lembrei do pai do meu filho. Almoçamos em um restaurante vegetariano, próximo ao escritório do Caio. O Mike insistiu dizendo que faria bem para o bebê.

Depois do almoço, deixamos Caio no seu escritório e seguimos para o consultório da minha médica. Fomos rapidamente recepcionados e encaminhados à sala de ultrassonografia. Mike ficou comigo o tempo todo, apresentou-se como tio do bebê. Troquei de roupas e vesti uma bata, fornecida pela assistente da médica, deitei-me na maca e aguardei pela minha médica.

— Você está mais nervoso que eu. Calma, Mike!

— Será que já conseguiremos descobrir o sexo do nosso bebê? — Mike pegou minha mão, apertou-a emocionado.

— Calma, Mike. O importante é saber se está tudo bem.

Poucos minutos depois, a doutora Célia entrou e nos cumprimentou, estranhei o fato dela não perguntou pelo Enrico, mas também não questionei. Conversamos brevemente sobre o meu estado clínico, enquanto ela preparava o equipamento.

— Vamos começar? — perguntou a médica.

Assenti, feliz. Mike segurou minha mão, tão empolgado como eu.

— Primeiro nós vamos verificar como está esse bebê, ouvir o coração dele e depois podemos tentar ver o sexo. Você quer saber?

— Sim, é claro — respondi.

— Essa ultrassonografia é diferente da tradicional, será um pouco mais demorada, porque avaliaremos minuciosamente o bebê. Você fez 21 semanas, está na idade gestacional ideal.

— Doutora, a senhora pode começar primeiro pelo sexo, alivie o meu nervosismo — pediu Mike, quase implorando.

A médica sorriu e jogou o líquido frio sobre a minha barriga.

— Tudo bem, vamos tentar.

— Obrigado, doutora, eu posso filmar?

— É a mãe que autoriza e não eu, Mike.

— Pode filmar, Mike, agora se aquiete, e deixe a doutora trabalhar.

— Boca de siri. — Mike passou os dedos pelos lábios, fingindo fechar a boca com um zíper.

Eu estava muito ansiosa para saber se era ele ou ela, mas não tinha preferência, eu estava mais preocupada com a saúde. A médica mexeu de um lado a outro, como se procurasse atender o pedido do Mike, que filmava todo emocionado. A médica trocou algumas palavras com a sua assistente, que tomava nota de tudo atentamente. Continuou atenta à tela do equipamento, e logo abriu um sorriso.

— Vamos lá, o seu bebê já está com 302 gramas e aproximadamente 25 centímetros.

— E o sexo, doutora? Estou quase para ter um troço aqui... — insistiu Mike.

Rimos, mas era verdade, meu amigo estava visivelmente nervoso.

— Aqui está, é uma menina.

Mike pulou de felicidade, gritou tanto que nos assustou, mal concluiu o vídeo e saiu correndo do consultório, em êxtase.

— Ele esperava um menino? — perguntou a médica.

— Acho que não, pela reação dele, é nítido que está muito feliz.

— Que bom, então vamos continuar o exame.

Quando saímos do consultório, passamos no primeiro shopping, Mike fez questão de dar o primeiro presente da minha filha. Entramos animados na loja de roupas infantis. Meu amigo comprou um lindo vestidinho, um par de sapatinhos, uma manta e até tiara. Tudo combinava perfeitamente, era lindo, e de muito bom gosto.

Passamos quase que a tarde inteira comprando parte do enxoval da minha princesa. Achei tão legal fazer isso, só me deixou um pouco mais ansiosa para ter minha filha nos meus braços. Apesar de ter comprado pouca coisa, estava cansada e louca para chegar em casa. O Mike parecia que estava me enrolando, por fim, sempre inventava algo novo para comprar.

No final da tarde, já incapaz de andar, morta de cansada, consegui convencê-lo de me levar para casa. Partimos juntos, eu pouco dei importância aos planos que ele fazia, só conseguia bocejar e confirmar uma coisa ou outra com um "tá" e "uhum".

Mesmo com Mike falando sem parar, o sono prevaleceu, tirei um breve cochilo. Quando despertei, nem sei quanto tempo depois, reconheci que já estávamos em Copacabana, presos num engarrafamento quilométrico.

Sons de sirenes e uma movimentação estranha de veículos e pessoas despertou minha atenção. Mike estava calado, segurando o volante com muita atenção, observando tudo apático.

— Acho que aconteceu algum acidente. Vamos descer para ver? — perguntei.

— Não, acho melhor ficarmos aqui, não sabemos o que está acontecendo, Lili.

Mesmo sem o consentimento de Mike, desci do carro e caminhei na direção ao fluxo de pessoas. Ouvi-o gritar por mim e me seguir em meio à multidão. O trânsito estava totalmente parado, boa parte das pessoas fora dos carros.

Vi muita fumaça e carros de bombeiros ao longe, ao que pareceria ser um incêndio. Continuei seguindo. O Mike me seguiu e gritou, para que eu retornasse.

Eu queria saber o que estava acontecendo, não sei explicar, mas à medida que me aproximei, as minhas mãos tremularam e as pernas fraquejaram. Achei que era por conta do cansaço, porém, o meu coração disparou de uma forma inesperada. Algo estava errado, tive um pressentimento nada animador.

Próximo da quadra do meu prédio, estava tudo isolado, porque o incêndio era lá. Só então entendi o nervosismo e o pressentimento, ao olhar para o meu andar, o fogo iniciou no meu apartamento. Tentei me aproximar o máximo possível, olhando, de coração partido, para a minha janela em chamas.

Caí de joelhos aos prantos, sem conseguir acreditar, que mais uma vez estava perdendo algo tão importante para mim. Mike me alcançou, ajudou-me a levantar e me acalentou em seus braços.

Eu estava em choque, não consegui falar, só chorar. Enquanto Mike tentou entender o que tinha acontecido com alguém ao nosso lado. Nem consegui voltar olhar para cima, só conseguia pensar no meu apartamento.

Mike falou com o porteio do meu edifício, que estava próximo do cordão de isolamento. Trocaram telefones e falaram algo mais, porém, eu pouco me atentei. Depois, tirou-me dali, abriu espaço na multidão e me levou de volta para o carro.

Eu parecia estar em transe enquanto era arrastada pelo Mike. Ele me colocou no carro e saímos com muita dificuldade do engarrafamento, lembro-me vagamente dele gritando que eu estava grávida e passando mal.

Seguimos de carro para sabe Deus onde, eu não estava em órbita, o silêncio entre nós seria absoluto, se não fosse pelo meu pranto; ainda estava tão chocada que não conseguia falar, apenas chorar.

Mike reduziu a velocidade e parou. Olhou-me serenamente, pegou as minhas mãos e as beijou, depois secou minhas lágrimas e disse:

— Vem, Alícia, nós chegamos.

Ele desceu do carro e deu a volta nele, abriu a porta do passageiro e me estendeu a mão, com um sorriso acolhedor. Assim que desci ele me deu um forte abraço, depois enlaçou seu braço no meu e paramos de frente a um pequeno prédio, com um ponto comercial no térreo. Eu não fazia a mínima ideia de onde estávamos.

— Fique aqui paradinha.

Mike se afastou, abriu uma porta de acesso às escadas, na lateral, enquanto eu fiquei parada tentando identificar onde estávamos. Olhei em volta e não consegui identificar. Um clarão chamou minha atenção, quando um letreiro imenso e aceso, as lágrimas que tinha conseguido cessar, voltaram com força total. Chorei novamente, mas dessa vez de emoção.

Mike voltou para o meu lado, tão emocionado quanto eu. Eu nem sabia o que dizer ou como reagir, porque ainda não conseguia acreditar no que li no letreiro:

"Companhia de dança Joana Lins"

Organização Alícia Lins e Mike Feitosa


Que amigo o Mike, né? Amo demais esses dois!!! Beijos e até o próximo :-)


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