Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 14

— O que aconteceu, Lili? — Mike me amparou, segurou o meu braço para eu não cair.

— Eu-eu ouvi tiros e... e... — gaguejei, tentando explicar o que ouvi, mas não consegui concluir.

Mike me abraçou e me levou para cama. Pegou um copo de água para mim e me entregou. Minhas mãos tremiam tanto que respingou água no meu colo.

— Você precisa se acalmar — disse, calmamente.

As batidas na porta continuaram, Mike se afastou para abri-la, eu estava tão atônita que nem consegui levantar para impedi-lo, apenas pedi.

— Mike, não abra.

— Calma, Alícia, está tudo em ordem.

Mike sorriu e saiu da suíte. Pouco depois retornou, com uma tranquilidade assustadora, e eu continuava muito nervosa, sentou-se ao meu lado e disse:

— Lili, o Nelson veio buscá-la para te levar ao aeroporto.

— Mike, eu não saio daqui antes de falar com o Enrico.

— Está tudo sobre controle, Alícia. O Enrico me avisou que mandaria alguém para buscá-la.

— Mike, eu fui ameaçada de morte, meu marido saiu daqui armado e eu ouvi tiros enquanto falava com ele, como você quer que eu me acalme?

— Espere um instante.

Mike saiu do quarto, ouvi-o falando com o Nelson, mas não consegui compreender com clareza o que trataram, aliás, nem se eu quisesse, conseguiria compreender, tamanho era a minha apreensão.

Mike retornou junto com o Nelson, que me encarou um pouco constrangido e apontou o celular na minha direção.

— Senhora, atenda por favor — orientou, Nelson.

— Alô...

— Aqui é o Isaías, acompanhe o Nelson, por gentileza, estamos a caminho do aeroporto nesse momento.

— Está tudo bem? Onde está o Enrico? — questionei.

— Está falando ao celular com a Polícia Italiana, encontre-nos no aeroporto. Até logo, senhora — disse e desligou.

A ligação me deixou um pouco mais calma, mas não tanto. Eu ainda queria ver o Enrico. Não tinha outra escolha, então, peguei a minha mala, despedi-me do meu amigo e segui o segurança.

— Dessa vez vá com mais calma, por favor — orientei, assim que entramos no carro.

— Tudo bem, senhora, eu não queria assustar, peço desculpas.

— Tudo bem, Nelson.

Partimos, tentei relaxar e só ouvir uma música qualquer no meu celular, mas estava difícil me concentrar em algo. Cantarolei qualquer coisa, na pífia tentativa de manter a calma. Funcionou apenas para distração, então, minutos depois chegamos ao aeroporto. Entramos por uma entrada executiva, restrita aos passageiros que utilizam jatinhos particulares.

Nelson me acompanhou até o portão de embarque, onde o Isaías me aguardava. Avistei ao longe o jatinho da MHR na pista de decolagem. Acenei em cumprimento ao Isaías, que não parecia muito animado. Não disse nada, apenas apontou para que eu continuasse seguindo em frente.

Entrei no jatinho, ainda vazio, logo a equipe de bordo nos cumprimentou, mas por enquanto, nada do Enrico. Sentei-me em uma das poltronas, ainda em nervos, eu odeio surpresas, ainda por cima desagradáveis, e ultimamente a minha vida estava repleta delas. Eu, que sempre gostei de tudo planejado, regrado e exato, vivia agora em uma enorme confusão.

Olhei pela janela e vi a comissária de bordo conversando com Isaías, eu continuava desolada e só conseguia pensar no Enrico, que até então, não tinha aparecido. Uma comissária de bordo me trouxe água, bebi devagar e tentei esvaziar a mente e controlar a ansiedade. Senti um toque sutil no meu ombro, virei-me rapidamente, assustada.

— Enrico!

Levantei apressada e o abracei longamente. Beijei seu rosto com desespero, enquanto lágrimas brotaram dos meus olhos.

— Ei, calma, está tudo bem — disse e sorriu com tranquilidade.

— Eu ouvi tiros, ninguém me falou nada, eu pensei, eu pensei que... — falei atropelando as frases, não sei se era nervosismo ou alívio por vê-lo bem.

— Alícia, está tudo sob controle, vamos nos deitar um pouco, precisamos conversar.

Enrico me manteve em seus braços e me levou até a cabine. Ele pegou uma água e um comprimido e me entregou.

— Tome isso, vai ajudar se sentir melhor. Não se preocupe, foi a sua médica que receitou.

— Por que estamos aqui? O que aconteceu, Enrico?

Enrico vestia uma calça de moletom e uma camiseta branca, falava tranquilamente, sorriu de lado e me conduziu até a cama. Sentamo-nos os dois, ele retirou os cabelos dos meus ombros e os organizou em um coque frouxo, tão sereno, como se nada de grave estivesse acontecendo.

— Eu não deveria ter voltado ainda, o plano de que estávamos separados estava indo bem. — Enrico segurou meu rosto entre as mãos. — Eu errei, não consegui ficar longe de você, eu quase coloquei tudo a perder porque te amo, Alícia.

Enrico me beijou e me abraçou forte, senti-me tão bem nos seus braços, como há muito não sentia. Eu não conseguia entender o que ele dizia, ficava confusa, às vezes ele agia como se me escondesse algo, que eu não fazia a mínima ideia do que se tratava.

— Eu também te amo, Enrico. — Afastei-me para o encarar, depois de um longo silêncio. — Por favor, conte-me o que está acontecendo, eu preciso saber.

— Você estava certa, o Mateus é parte da quadrilha que está me perseguindo. Eu e o Isaías conseguimos rastrear o celular pessoal dele e o seguimos até um cais particular, ele ia fugir. Conseguimos detê-lo, nós o levamos para um lugar mais reservado para termos uma conversa.

— Meu Deus, vocês não...

Nem consegui concluir de tensa que fiquei. Tremi só de imaginar que eles tivessem matado o Frederico. Embora eu o odiasse, ainda acho que resolver tudo pelos meios legais é o mais apropriado.

— Não! Eu só o agredi e exigi respostas. Até tentei convencê-lo de me contar o que pretendiam e a motivação para essa perseguição, mas ele não colaborou por bem. Então, já deve imaginar, utilizamos de meios mais dolorosos para obtermos respostas. Ele abriu a boca, porém, não contou tudo que precisávamos saber, e nem iria. Então, nós o deixamos pensar que fugiu. Colocamos um rastreador no bolso do blazer e duas equipes nossas estavam de prontidão para segui-lo.

— O que ele disse?

— Falou muitas coisas que ainda não fazem muito sentido, creio que de propósito, para atrapalhar as investigações. O que falou de mais sensato foi que não te procurou quando pedimos para falar do meu acidente, sobre o cartão e flores que recebeu, e que eu vou pagar todo sofrimento que causei à família dele.

— Família dele? Como assim?

— Ainda não faço ideia a que família ele pertence. A Polícia da Itália nos informou que o verdadeiro nome dele é Frederico.

— E agora, o que vai acontecer?

— A Polícia irá monitorá-lo e com toda certeza ele nos levará aos verdadeiros culpados. Não acredito que ele esteja por trás de tudo sozinho, deve ser só mais um integrante dessa quadrilha. Tudo foi meticulosamente planejado, e uma só pessoa não conseguiria agir sozinha. Eu reconheço que ele é bem esperto. Eu nunca desconfiei dele. Era o disfarce perfeito, trabalhava conosco há anos e sempre foi muito competente, enfim, como disse, é um plano muito bem pensado, então, toda essa eficiência e amizade demonstrada sempre fizeram parte de tudo.

— Entendo, e por que estamos viajando?

— Agora que sabem que não estamos separados, considerando que o Frederico está a solta e certamente tem outros comparsas, não é prudente te deixar sozinha aqui.

— Isso quer dizer que...

— Isso quer dizer que precisamos descansar e esquecer os acontecimentos, porque nós três merecemos. — Enrico me abraçou novamente. — Para falar a verdade, eu já tinha programado essa viagem, só que era para ser surpresa.

— Surpresa? E qual será o nosso destino?

— A felicidade, bella mia.

Enrico sorriu e sorveu o meu perfume, trilhou beijos do meu pescoço até o meu ouvido, mordeu de leve o lóbulo da minha orelha, provocando-me.

— Acho que as coisas fluem melhor quando estamos juntos — disse, buscando seus olhos.

— Você sempre tem razão, somos muito bons juntos — murmurou Enrico.

— Eu me refiro a outro aspecto, Enrico — disse, ao perceber o seu olhar provocante.

— E eu me refiro a todos. — Beijou o meu ombro. — Nós somos muito bons na cama e na vida, mas não posso negar que prefiro na cama.

— Eu... eu...

Seus lábios vieram de encontro aos meus. Embora um beijo casto, rapidamente evoluiu para algo mais urgente e necessário. Suas mãos forçavam o meu vestido. Em poucos segundos já estávamos despidos e nos amando sem pressa. Como se o sexo fosse a comprovação de que as coisas entre nós estavam indo bem.

Despertei sobressaltada horas depois, estava um pouco zonza, não sabia ao certo onde estávamos. Enrico dormia ao meu lado. Tive um pesadelo, não conseguia recordar com exatidão, apenas do Frederico me perseguindo com uma faca.

— Está tudo bem? — perguntou Enrico.

Beijou minhas costas devagar, em seguida me puxou para um abraço terno. Senti-me tão bem e se segura, que rapidamente a sensação ruim desapareceu.

— Eu tive um pesadelo, mas já passou. Seus braços me acalmam.

Enrico beijou minha cabeça e me manteve em seus braços em silêncio.

— Precisamos dormir, teremos um dia cheio — disse, ao perceber minha respiração regular.

— Ainda não me contou o nosso destino.

— Mendoza, na Argentina.

— Argentina? — perguntei eufórica e me afastei para encará-lo.

— Sim, bella mia. Espero que Mike tenha colocado roupas de frio, caso contrário, precisaremos comprar algumas.

— Você já conhece Mendoza?

— Já estive uma vez, mas foi a negócios e pouco aproveitei. Agora vou como turista, aproveitando a companhia da minha linda esposa.

Trocamos um beijinho rápido. Eu estava em êxtase, a Argentina era um dos países na minha lista de locais que gostaria de conhecer.

— Que ótimo, teremos quanto tempo? — perguntei.

— Não se preocupe com o tempo, apenas com a nossa diversão. Agora durma que preciso de você bem-disposta para quando chegarmos, tenho vários planos para nós.

— Como vou dormir depois disso? Você me deixou morrendo de curiosidade.

— Será ótimo, confie em mim.

Deitamo-nos novamente, abraçadinhos, corpos colados, corações batendo acelerado, repletos de expectativas, mas nos braços do meu marido, eu conseguia ficar completamente relaxada. Enrico alisou meus cabelos ternamente, contou-me um pouco do que viu da cidade, estava tão aconchegante que adormeci ao som da sua voz rouca.

— Acorde, bella mia, chegamos.

Custei abrir os olhos, estava muito sonolenta, acho que por conta do calmante de ontem. Quando consegui, Enrico estava vestido, sentado ao meu lado, lindo como sempre, vestido com calça jeans, um suéter e uma jaqueta de couro marrom-escuro.

— Você já está pronto? — Sentei-me na cama, ainda um pouco confusa. — Onde estamos?

— Estamos no Aeroporto Internacional El Plumerillo, em Mendoza. Comprei algumas roupas para você, aqui mesmo numa loja do aeroporto, depois compramos mais, se necessário. — Enrico colocou as sacolas sobre a cama. — Vista-se nós precisamos ir.

Meu marido tinha um gosto espetacular, escolheu um look incrível. Calça escura, suéter vermelho, luvas de couro, cachecol e um sobretudo maravilhoso na cor nude. Adorei!

Quando saímos da aeronave havia um carro a nossa espera, partimos direto para o hotel. Durante o trajeto eu olhava encantada pelas janelas, a cidade era incrível. O clima frio dava um charme a mais. A região era montanhosa e com uma paisagem lindíssima. Deixamos nossas malas e saímos logo em seguida.

— Pensei em darmos uma volta pelo centro, fazer compras, comermos algo e depois podemos visitar o Parque General San Martín. O que acha? — perguntou, Enrico.

— Perfeito!

Alugamos um carro e fizemos compras, comemos muitas guloseimas e depois visitamos o parque. Como a área era bem grande, visitamos apenas alguns pontos, eu já estava bem cansada. Ainda assim, foi um passei incrível, havia muitas estátuas, jardins lindíssimos e várias opções de lazer, apesar de estar bem frio, foi um passeio extremamente revigorante e agradável. Caminhamos por lindos jardins, com riachos e fontes, aproveitamos para registrar a nossa felicidade com muitas fotos.

Almoçamos no local, escolhemos um restaurante charmoso e muito romântico, sem falar na comida e sobremesa, maravilhosa. Retornamos ao final do dia para o hotel, eu estava completamente exausta, eu só queria banho e cama. Já no hotel, Enrico pediu algo leve para comermos, e depois do banho recebi uma massagem nos pés, meu marido não polpou esforços para me deixar relaxada, ao ponto de adormecer.

A claridade do quarto me fez despertar, Enrico já não estava na cama, na mesinha de cabeceira tinha uma bandeja com café da manhã e um lírio branco. Ri e corri para o banho, depois de vestida aproveitei o meu café e saí do quarto para procurar o meu marido. Ele não estava na sala, procurei o meu celular para ver se tinha algum recado, mas antes mesmo de achá-lo, o meu marido chegou, com um sorriso resplandecente, com os braços cheios de sacolas.

— Bom dia, bella mia, já disse que está ainda mais linda hoje?

— Ainda não — respondi, retribuindo seu abraço.

Trocamos um beijo longo, até parecia que estávamos há muito tempo sem nos ver.

— Vista algo mais quente, iremos para a região Luján de Cuyo, visitaremos algumas vinícolas. — Ele me entregou uma nova sacola. — Lembra aquele sobretudo que gostou e não comprou ontem porque achou caro?

Assenti com a cabeça e abri a sacola, era o próprio. Eu gostei muito, mas quando vi o preço desisti, era caríssimo, eu achei que Enrico nem tinha percebido, estava distraído no celular.

— Eu pensei que não tinha percebido. Isso vale uma fortuna, Enrico. — Abri a sacola e o olhei atentamente, era lindo e tinha ficado tão bem em mim. — Não acredito que você voltou lá para comprá-lo.

— Não, eu fui buscar no porta-malas do carro. Comprei ontem mesmo enquanto você provava algumas peças. Eu pedi para vendedora colocar junto com as compras que já tinha feito. Quanto ao valor, isso não é nada perto do que você merece, bella mia. — Enrico me puxou pela cintura e uniu nossos corpos. — Agora, vista-o, eu sei que vai ficar perfeito em você.

Vesti o sobretudo, calcei as botas novas e arrumei os cabelos rapidamente, enquanto ele me observava com aquele olhar bobo de admiração que me derretia, deitado na cama com as mãos cruzadas atrás da cabeça.

— E então? Como estou? — perguntei, assim que terminei de pentear os cabelos.

— Perfeita! Você está linda. — Enrico se levantou da cama e me beijou. — Você está a cada dia mais linda. — Tocou minha barriga com carinho. — Eu tenho muita sorte por ter vocês na minha vida e não quero mais ficar longe de vocês. — Um novo beijo, cheio de promessas e amor. — Agora vamos, tenho muitos vinhos para provar.

— Só você mesmo. Uma pena visitar uma vinícola grávida.

— Eu sei, mas lá tem sucos de uvas tão maravilhosos quanto os vinhos.

— Não é a mesma coisa, mas dá para o gasto, mas eu exijo voltar aqui depois o nascimento da Cecília.

— Quantas vezes quiser.

A viagem foi um pouco longa, mas deliciosa, vimos as lindas paisagens dos andes com regiões montanhosas. A vista era um espetáculo da natureza, os vinhedos com a cordilheira dos andes ao fundo da paisagem eram perfeitos. Chegamos à primeira vinícola e fomos recepcionados pelos funcionários, que nos acompanharam com um pequeno grupo de turista, fizemos um tour, conhecemos as etapas de produção e a adega, pudemos degustar queijos e chocolates e Enrico, os maravilhosos vinhos. Aqui na Argentina as vinícolas são chamadas de bodega, essa em especial, oferecia piqueniques e passeios de bicicleta pelos vinhedos. E claro, passeamos de bicicleta e almoçamos na própria bodega. Como terminamos o passeio próximo do horário do almoço, ficamos por aqui mesmo. Adorei o restaurante, tinha ótimas opções de massas, carnes e mariscos. Tudo combinando perfeitamente com cada tipo de vinho produzido pela vinícola. Sem dúvida, faço questão de retornar aqui e refazer o passeio.

Passamos o dia fora visitando vinícolas, só conseguimos duas, porque cada uma tinha um passeio diferente, que queríamos fazer. Enfim, visitamos as duas principais que pretendíamos. Concluímos ao final da tarde, mal entramos no carro, eu estava exausta, suspirei longamente e fechei os olhos.

— Cansada, bella mia?

— Um pouco — disse, fechando os olhos a ponto de tirar um cochilo.

— Ainda temos um compromisso.

— Não vamos para o hotel? — perguntei e abri os olhos para encará-lo.

— Ainda não — confirmou Enrico com um sorriso angelical.

Cansada, cochilei e nem vi o trajeto que seguimos, despertei quando Enrico estacionou o carro, olhei em volta, parece que estávamos num estacionamento de outra vinícola. Ele saiu do carro e abriu a porta para mim, estendendo-me a mão com um sorriso incrível. Eu conhecia aquele sorriso, ele estava aprontando algo.

Abraçados e felizes, caminhamos na direção da área de jardins. Trocando beijinhos e sorrisos bobos, com uma linda vista para os vinhedos com os andes como plano de fundo. Avistei uma pequena construção, parecia um restaurante, estava aparentemente bem vazio. Fomos recepcionados por dois funcionários que sorriram ao nos ver, falaram com Enrico em Espanhol, e nos direcionaram para uma área externa do local, que ficava na lateral do lugar. Ao chegarmos, meu coração quase parou de bater, estaquei no lugar, porque os meus olhos não acreditavam no que viam.

— Você é louco? — perguntei, encarando Enrico com lágrimas nos olhos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro