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Capítulo 10

— Calma, Isaías, posso pelo menos ver quem é o remetente? — perguntei.

— Eu cuido disso, senhora.

Entreguei o pacote ao Isaías, que saiu da academia para olhá-lo, analisou por alguns instantes, atentamente. Retirou algo do bolso e passou sobre o pacote, parecia ser um detector de metais. Após certificar-se que estava seguro e que não oferecia nenhum risco, retornou.

— Está seguro.

— Vocês estão assistindo filmes de ação demais. — Peguei o pacote e procurei pelo remetente. — Tá vendo só? É do meu pai.

— Perdoe-me, senhora, mas a sua segurança é primordial.

— Eu entendo, mas às vezes acho que são neuróticos demais. O meu pai enviou para o meu endereço antigo porque não sabe do atual, aliás, eu preciso informá-lo.

— Recomendo que diga que mudou porque o seu apartamento está em reforma, não mencione sobre a sua proteção para não o preocupar, caso contrário ele pode querer vir pessoalmente para vê-la e isso pode acabar tornando-o um novo alvo.

— Eu não gosto de mentir para o meu pai. No entanto você tem razão, ele viria imediatamente se soubesse desse tal risco que corro. Então, por enquanto manterei tudo em sigilo.

— Obrigado, senhora, qualquer coisa que precisar é só me ligar. Voltarei ao meu posto de trabalho — disse e voltou para as cadeiras da recepção.

— Tudo bem.

Como as minhas turmas já haviam encerrado, subi curiosa para saber o que meu pai tinha me enviado. Isaías me acompanhou até a porta do apartamento, depois que o Enrico voltou, ele estava ainda mais preocupado, não saía da minha cola por nada. Acenei e entrei, ansiosa para descobrir o que tinha na caixa. Mesmo faminta, corri para o meu quarto.

Mike estava preparando o nosso almoço, só disse um rápido "oi" no caminho do meu quarto. Sentei na cama com a caixa nas mãos, rasguei a embalagem, ao abrir tinham uma outra caixa dourada com lindas fitas e laços rosas.

Já tinha alguns dias que o meu pai não me ligava, a última vez que nos falamos foi por quando descobri o sexo da minha princesa. Geralmente só nos falamos por mensagem breves, porque nossos fusos-horários são muito diferentes. Abri cuidadosamente a caixa, e fiquei muito emocionada ao reconhecer o conteúdo: era a minha caixa de música de bailarina, porém, restaurada e linda como a lembrança da minha infância. Ela foi presente da minha mãe, no dia da minha primeira aula de balé, eu sabia que ela ainda existia, mas não fazia ideia onde estava, muito menos que meu pai recordava dela. Junto com ela tinha mais um caderno de capa rosa com uma bailarina, além de uma pequena carta. Abri, com lágrimas nos olhos, reconheci a letra do meu pai:

Querida filha,

Espero que tenha gostado da surpresa, essa caixinha de música agora ninará o sono da minha netinha. Sei o quanto essa caixinha é importante para você, então, tomei a liberdade de restaurá-la tal qual minha memória me permitiu lembrar, espero ter acertado. Junto com a caixinha, tem um pequeno diário, nele a sua mãe registrou dos seus primeiros dias de nascida até seu primeiro ano de vida. Como eu ficava um pouco ausente, ela anotou cada evolução sua nesse diário e sempre dizia que um dia daria a você quando se tornasse mãe, então, agora eu realizo o desejo dela.

Espero que esses presentes te alegrem; se acaso trouxerem lágrimas, que sejam de felicidades.

Do seu amado pai, Afonso.

Antes mesmo de começar a ler a carta, eu já estava chorando, depois então, estava aos prantos. Folheei rapidamente o diário, li algumas partes e constatei que tinha tudo registrado, do meu primeiro banho até os meus primeiros passos, tudo minuciosamente detalhado. Fiquei maravilhada, quanto amor e carinho! Parecia até que ela sabia que não viveria para ver os seus netos nascerem. Lia feliz e ao mesmo tempo entristecida de não poder compartilhar esse momento único com ela. A maternidade, sem dúvida, é uma dádiva divina.

Passei tanto tempo entretida que nem me dei conta do horário do almoço, ao sair do quarto havia um prato de comida coberto sobre a mesa de jantar. Almocei rapidamente, tomei um banho e desci para a academia, quase me atrasei para iniciar a primeira turma da tarde.

Enviei uma mensagem de áudio para o meu pai para agradecê-lo. Falei que estava em novo endereço, morando com o Mike, enquanto o meu apartamento era reformado. Mandei fotos da academia e agradeci muito pelos presentes. Antes de entrar na aula, meu pai me respondeu, disse que estava muito feliz e desejou muito sucesso na academia, sem falar que ficou muito emocionado com o nome da academia. Eu ainda não tinha falado, queria trazê-lo aqui pessoalmente, mas depois da emoção pelos presentes que ele me enviou, senti necessidade de falar.

Retornei para casa no início da noite, tomei um longo banho e, como todos os dias, após o banho, passei alguns minutos me observando no espelho do banheiro, já era possível ver um pouquinho de barriga, ainda discreta, mas me achava tão linda. Jamais pensei que ficaria tão feliz ao ver minha barriga crescendo. Retornei ao quarto, vesti uma bermuda jeans e uma regata básica e deitei para ler o diário que a minha mãe escreveu, mas meus pensamentos estavam longe, apesar dos meus dias estarem bem ocupados e a rotina intensa, não tinha como não pensar em tudo que estava acontecendo. Profissionalmente estava indo tudo muito bem, minhas turmas eram ótimas, atendia um público que sempre desejei trabalhar, ainda mais agora com meu lado materno aflorando. Atendia as crianças até os 12 anos e o Mike estava com adolescentes e as turmas adultas.

A academia estava indo muito bem e as projeções financeiras estavam animadoras. Mike sempre foi mais eufórico e pulava a cada nova conquista, eu também vibrava, mas sempre mais contida. Nosso objetivo para o primeiro mês era fechar com 100 alunos, porém, conseguimos atingir a meta em apenas uma semana, além disso já tínhamos fila de espera para alguns horários. Apesar de tudo que estava acontecendo na minha vida particular, eu estava feliz e realizada.

Minha vida particular, principalmente a amorosa, essa sim, parecia mais uma novela, cercada de dramas e surpresas. O Enrico parecia mais um amante do que um marido, passava dias sem dar notícias, não podíamos sair juntos em público nem manter nenhum tipo de contato direto e, ainda por cima, tinha alguém tentando matá-lo e isso colocava eu e minha filha em perigo indiretamente. Era cômico se não fosse verdade.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo Mike, que entrou correndo no meu quarto, tão nervoso, que nem bateu na porta antes.

— Cenourinha, me ajuda, pelo amor das bichas loucas, estou para parir um filho! — falou andando de um lado para outro com as mãos na cintura.

— Calma, Mike, o que está acontecendo? — perguntei, ainda preocupada, olhando-o apreensiva.

— O Cacá marcou um jantar com a mãe dele para hoje, irei conhecê-la, não sei o que faço ou o que visto, me ajuda.

— Mike, seja sempre você mesmo que será impossível ela não gostar de você — falei e me levantei, fui ao seu encontro e o abracei.

— Obrigado, Cenourinha. Eu estou muito nervoso, nunca passei por isso. Na verdade, até já, mas é que o Cacá é tão importante para mim, que tenho medo que ela não me aprove isso interfira no nosso relacionamento.

— Você se saíra bem. Relaxa! Que horas será o jantar? — Segurei sua mão e a apertei firme.

— Cacá vai passar daqui uns 40 minutos. Ai, meu Deus! Eu estou tão nervoso.

— Vamos escolher a sua roupa, e tenha calma, ela vai adorá-lo. Tenho certeza que vocês se darão muito bem.

— Deus te ouça, Lili.

— Vamos para o seu quarto.

Puxei-o até o seu quarto, ele realmente estava nervoso, tentei conversar sobre quaisquer assuntos para ver se ele se mantinha calmo. No quarto, já havia inúmeras peças de roupas sobre a cama, ele provou várias combinações, eu balancei a cabeça que sim ou não. Quando não estava muito formal, ficava informal demais. Finalmente depois de tantas trocas, ele vestiu um jeans escuro com uma camisa e um blazer claro, ficou perfeito. Despojado e moderno ao mesmo tempo.

— É esse! — exclamei. pulando da cama. — Perfeito!

— Será mesmo, Cenourinha? Será que ponho uma gravata?

— Não, claro que não. Assim está ótimo. — Aproximei-me dele e arrumei a gola da camisa. — Meu amigo, não se preocupe com as roupas, o que importará para qualquer mãe é isso aqui. — Coloquei a mão sobre o seu coração. — O seu amor por ele.

— Ai, meu Deus, você é minha amiganjo!

— O quê? — perguntei, sorrindo.

— Mistura de duas coisas que você é na minha vida: amiga e anjo, amiganjo.

— Obrigada, você também é o meu amiganjo.

— Eu já sabia disso — confirmou com uma piscadela.

— Você tem turma agora à noite? — perguntei.

— Não, por hoje já finalizamos.

— Ótimo, então agora é só aguardar o Cacá, vou descer com você. Vamos? — perguntei e estendi a minha mão.

— Sim, vamos. Obrigado, Cenourinha, já estou até mais calmo.

— Você vai arrasar!

Descemos e ficamos parados na calçada aguardando o Caio. Puxei conversas bobas para distraí-lo e funcionou, Mike já estava mais calmo quando o Caio chegou. Trocamos um abraço de despedida e eles partiram, permaneci ali por alguns instantes observando a rua. Acenei para os seguranças que estavam do outro lado da rua.

A noite estava agradável, atravessei até a pracinha, do outro lado da rua, sentei-me em um banco e observei algumas crianças no parquinho brincando. Reconheci uma aluna minha, que caminhou na minha direção e me abraçou.

— Oi, tia Lili.

— Oi, Sophia, tudo bem?

Acenei para a mãe dela, que estava próximo de nós, segurando as sandálias da pequena.

— Está sim, tia, tchau!

— Tchau, princesa.

Continuei por mais alguns minutos e, depois, resolvi retornar. Avistei um pequeno pedaço de papel jogado no chão, em frente à academia, desdobrei e tinha escrito:

"Continue assim, firme e forte"

Guardei no bolso da bermuda, acho que foi apenas uma coincidência, mas a mensagem servia muito bem para mim. Subi, jantei a macarronada que o Mike fez questão de deixar pronta, depois deitei para ler o diário da mamãe até adormecer.

Na manhã seguinte, quando cheguei à sala de jantar, estavam Mike, Caio e uma mulher tomando café juntos.

— Bom dia, Lili — cumprimentou Mike.

— Bom dia, pessoal! — respondi.

— Sente-se conosco. — Mike apontou para uma cadeira ao seu lado, depois apontou para a mulher que estava ao lado do Caio. — Essa aqui é a Laura, mãe do Caio.

— Muito prazer, Alícia, Mike e Caio falaram muito de você. — Laura se levantou e estendeu a mão para me cumprimentar. — Finalmente nos conhecemos.

— Espero que bem — retruquei.

— Sim, tão bem que fiquei curiosa para conhecê-la — disse Laura.

— Que ótimo. Estou faminta, já tomaram café? — perguntei olhando para mesa, que estava bem farta.

— Começamos agora, sente-se, por favor — respondeu Caio.

— Seu filho é um cara fantástico, Laura. Nós estudamos juntos na faculdade. — Peguei uma xícara e me servi de café.

— Sim, ele é o meu tesouro. Já recomendei ao Mike para que cuide muito bem dele.

— Tenha certeza que farei isso — respondeu Mike e entrelaçou a mão na de Caio.

— Se não fizer eu lhe darei uns tapas — disse e mordi um pão de queijo.

— Obrigada, Alícia, já gostei de você — agradeceu Laura.

A refeição matinal foi adorável, rimos bastante. Eu estava feliz pelos meus amigos, principalmente pelo Mike, que ficou muito ansioso por esse encontro. Felizmente ocorreu tudo bem, Laura era uma mulher admirável e pelo visto aprovou de primeira o meu amigo.

Depois de alimentada, despedi-me de todos e desci para iniciar mais um dia feliz e rotineiro de uma típica professora de balé, que estava amando viver para o balé.

As duas primeiras semanas na academia foram muito intensas, bastante procura e filas de espera gigantescas. Eu e Mike estávamos pensando em contratar uma nova professora, a demanda estava tão grande que precisávamos de ajuda. Estava indo tudo bem além do que esperávamos.

A vida profissional estava ótima, só a minha a amorosa que ainda era uma incógnita; desde a inauguração, Enrico não apareceu e muito menos manteve contato, era uma espera difícil, mas prometi que o esperaria, e assim estava fazendo.

Hoje eu tinha consulta de pré-natal, Mike, que sempre me acompanhava, dessa vez não poderia se fazer presente, agora somos empresários e temos responsabilidades com nossas turminhas. Ele iria me substituir enquanto estivesse fora. Peguei os resultados dos exames pedidos pela minha médica na consulta anterior e desci para aguardar o Isaías.

Entrei rapidamente na academia, o Mike já tinha começado com a minha primeira turma, sentei-me na recepção para aguardar. Driele estava no telefone quando cheguei;

— Bom dia, Driele — cumprimentei, assim que ela encerrou a ligação.

— Bom dia, senhora, tudo bem?

— Sim, me chame só de Lili, por favor.

— Tudo bem, Lili. Quer deixar algum recado para o Mike?

— Não, querida, apenas diga que já saí.

— Tudo bem, eu avisarei.

— Obrigada, Driele.

— Por nada.

Reconheci o carro, saí e entrei no banco de trás, afivelei o cinto de segurança e cumprimentei o Isaías:

— Bom dia, Isaías.

— Bom dia, senhora, eu sou o Nelson, hoje serei responsável por levá-la ao seu compromisso.

— Onde está Isaías? — perguntei.

— Ele está cuidando de outros assuntos e me mandou no seu lugar.

— Certo, você já tem o endereço? — perguntei, desconfiada.

— Sim, senhora, ele já me passou tudo.

— Tudo bem.

O veículo era o mesmo que o Isaías usava, o que me deixou tranquila; Nelson partiu e pouco depois atendeu a uma chamada. Tentei disfarçar que lia os meus exames, mas estava atenta ao que ele falava, ouvi-o dizer que já estava comigo, no entanto, fiquei um pouco desconfiada, mas quieta.

Olhei o trajeto, não era o endereço que eu estava acostumada seguir, Nelson não estava me levando à minha médica. Rapidamente ele aumentou a velocidade, invadiu sinais vermelhos e fez uma ultrapassagem perigosa.

— Não estou com pressa, pode ir mais devagar. — Olhei pelo retrovisor interno para o encarar. — O senhor tem certeza de que sabe mesmo o endereço?

— Calma, senhora, tem alguém esperando ansiosamente para vê-la.

Meu coração quase saiu pela boca com suas últimas palavras. Eu só conseguia pensar em desgraça.

— Desculpe, mas eu tenho horário marcado com a minha médica, não posso ver ninguém nesse momento.

— Será rápido, relaxe e aproveite a viagem.

Desafivelei o cinto de segurança, tomada de medo, segurei na maçaneta da porta, tentando achar uma saída, eu não sabia se pulava ou abria a porta e gritava por socorro.

— Me deixe sair, Nelson, pelo amor de Deus! — implorei aos prantos.

Eita, minha nossa, e agora? Para quem estiver acompanhando por aqui, por favor, deixem seus comentários, caso contrário, não postarei mais, beleza?

Porque o livro está completo na Amazon. Beijos!

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