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•Capítulo um •

Olho ao redor em busca de algo suspeito no aeroporto particular em que estou. Não, nada disso deveria estar acontecendo, minha vida estava quase normal hoje de manhã, acordei com a certeza de que estava tudo melhorando, mas então a pessoa que eu mais confiei me traiu.

- Espere aqui. - Paul ordena, se afastando alguns metros. Ele tira o celular do bolso de trás da sua calça e disca por alguns segundos, até levar o aparelho ao ouvido.

Observo enquanto ele conversa atentamente olhando para todos os lados, seus olhos caem em mim vez ou outra. Tento fazer leitura labial, mas os movimentos são muito desconexos, não acho que ele esteja falando inglês. Agora o arrependimento de não ter estudado a língua italiana me bate, não sei minha língua de origem, sou uma americana no corpo de Italiana.

Poucas pessoas circulam ao meu redor, os jatinhos particulares circulam de um lado para o outro, aterrissando e subindo, as vozes se misturam, me fazendo ficar um pouco perdida em meio a tantas línguas.

- Pietra. - Pulo assustada quando Paul toca meu ombro, não percebendo que fiquei avoada por algum tempo.

- O que? - Pergunto, endireitando a coluna.

- Vou levá-la para o seu pai. - Diz acenando para um jatinho na pista.

- Você não vai mesmo me dizer o que está acontecendo? - Peço novamente.

- Não, isso não é obrigação minha. A única coisa que posso lhe dizer é que deve ficar calada e responder apenas quando for pedido, não desobedeça..

- Quem? Quem não devo desobedecer? - Pergunto aflita, o medo começa a se instalar no meu interior a medida que suas palavras se infiltram na minha mente.

- Logo você irá descobrir.


Sempre reclamei da vida que eu levava, mas agora sinto que ela é a melhor que eu teria se nada disso estivesse acontecendo.

Olho para Paul sentado na poltrona na minha frente, ele mantém o olhar sério e desfocado a maioria do tempo, agora com um terno perfeitamente esticado sobre os músculos rígidos dos braços e das coxas, tampando as várias tatuagens que eu sei que há nos antebraços.

Os olhos uma bela mistura de cores, castanho azulado com verde, nunca havia visto olhos assim.

- Por que eu não posso saber da verdade agora? - Pergunto com insistência.

Paul nem sequer me olha nos olhos, apenas me ignora, como fez nas últimas três horas.

- Eu já disse a você Pietra, será que não consegue apenas ficar quieta?

Não, definitivamente não!

Paul percebe que estou tão inflexível que não tem outra alternativa a não ser falar.

- Seu pai está envolvido no crime organizado no sul da Itália..- Diz em um tom sério - Você é a filha dele, obviamente não tem como te deixar fora disso, mas agora que os russos descobriram sobre você estamos em perigo.

Estreito meus olhos para ele, crime organizado, okay. Agora, russos? Tipo, russos mesmo?

- O que isso quer dizer? - Pergunto, atenta.

- Quer dizer que teremos que recorrer a um perigo para fugir de outro - Diz Paul passando as mãos pelos cabelos desgrenhados.

- Como assim outro problema? Pensei que meu pai fosse o único problema! Pensei que é por causa dele que tudo isso está acontecendo - Minha voz afina mais que o normal quando eu fico alterada.

- Não sou eu quem deve contar isso a você - Os olhos de Paul vagueiam por meu rosto até às poltronas atrás de mim.

- Paul, por favor, você é o único em que eu confio, não esconda isso de mim. - Agarro a mão dele em um aperto forte.

Paul suspira e enfim desiste.

- Eu não sei bem a história toda, mas seu pai cresceu dentro do mundo criminoso, desde pequeno ele foi ensinado, como todos nós, seja qual classe for, que devemos morrer pelo Capo dei capi.

Inclino a cabeça um pouco, não sei muito bem o que ele está querendo dizer.

- Seu pai é Consigliere do Capo dei capi de uma das maiores máfias existentes, a máfia siciliana. Eu fui destinado a proteger você, mas o problema em tudo isso é que fui contra as leis da Cosa Nostra, contra o capo e contra meus irmãos. Agora os russos descobriram que o Consigliere da máfia siciliana tem uma filha a mais que estava escondida no Estados Unidos e esse é o menos problema agora.

- Não, estamos indo para a segurança de papai, ele irá nos ajudar.

Paul sorri irônico e volta a sua postura séria.

- Como eu disse, fui contra as leis da Cosa Nostra.

Me reencosto na poltrona mais despreocupada, afinal, o que pode acontecer de ruim nisso tudo? Estamos indo para a segurança de papai e isso é o que importa.

- Mas estamos na segurança do papai.

- Pietra, ir contra as leis da máfia é estar sentenciando sua própria morte. Quando você nasceu seu pai deveria criá-la como todas as mulheres na máfia, mas não, ele tentou te livrar dessa vida porque ele sabia que você sofreria. Com isso ele desrespeitou seu Capo, ele traiu a máfia, e eu quando fui enviado por ele sabia dos riscos e vim do mesmo jeito, no final de tudo todos nós poderemos morrer. Tommaso não perdoa traição, ele repugna qualquer um que descumpra qualquer lei, não acho que será diferente com seu pai, comigo e com você. O único motivo de estarmos indo para a Itália é em busca de refúgio, se eles nos aceitarem de volta será milagre, mas mesmo que aceitem irão querer algo em troca. Estamos indo direto para a boca do lobo, Pietra, e você no meio disso tudo é apenas uma lebre.

Não me mecho um centímetro sequer. Então era disso que papai estava tentando me livrar? Estava querendo me proteger? E eu todos esses anos achando que era uma indesejada, que eles não me queriam por perto, mas agora se for para morrer morrerei feliz, sabendo que meu pai tentou.

- Então esse pode ser o fim de tudo, todo esse trabalho para me manter longe só serviu para me aproximar no fim.

Paul suspira e se levanta.

- Eu não deveria ter contado isso a você, finja que não sabe de nada. — Diz, então seu celular começa a tocar.

Ele o tira do bolso da calça e anda mais para a frente, então atende. Paul escuta por alguns momentos até falar.

- I russi attaccano...- Fala e olha para mim de novo -... la prendo al Signore come mi ha istruito.

Estreito os olhos, eles acham que não entendo de tudo mas posso entender coisas mais simples do italiano. Ele disse algo sobre me levar para quem quer que seja, suponho ser meu pai.

- É o meu pai? - Pergunto me levantando e indo até ele. Paul desvia de mim quando tento pegar o celular.

- Vuole parlarti...- Paul volta seu olhar para mim, um olhar que diz "fica quieta" e volta a falar - sì signore, tra meno di un'ora siamo lì.

Ele desliga o celular e volta a me fitar com um olhar duro.

- Não consegue ficar quieta um minuto? - Diz me puxando pelo braço até a poltrona - Sente-se aí, vamos pousar agora em Palermo.

Me calo e faço como me foi instruído, assim que me sento o piloto fala para apertamos o cinto. Em menos de cinco minutos o jatinho está parando. Paul se levanta e faço igual a ele, pego minha pequena bolsa e o sigo até a porta da aeronave.

Assim que saímos um vento quente e salgado bate em meu rosto,a brisa quente não é nada parecida com o clima frio de Nova Iorque. Suspiro e olho ao meu redor, ficando completamente surpresa com a quantidade de água mais ao longe que nos cerca, sempre ouvi que a Sicília era uma e blá blá blá, mas nunca pensei que tinha tanta água.

- Pietra! - Paul me chama.

Desço os poucos degraus da escada e me encontro com ele, ao nosso redor vários homens de terno preto nos rodeiam, mais a frente dois carros pretos nos esperam.

- O que são todos esses homens? - Pergunto olhando para todos. Eles me olham brevemente antes de virarem e andarem em direções opostas.

- São homens de Tommaso - Diz entregando sua arma a um deles.

- Porque está entregando sua arma a ele?- Murmuro.

- Ele é o homem de confiança de Tommaso e já sabe de tudo, provavelmente ele é o único aqui que sabe, e agora sou considerado um traidor, portanto não posso usar minha arma no território dele. - Paul volta a caminhar junto de mim.

- Desculpe por ter feito você passar por isso.

Paul sorri e durante segundos vi o homem que conheci, sincero e legal.

- É para isso que os amigos servem.










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