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•Capítulo quatro•

Meus olhos estavam focados no homem que observava o carro partir com um olhar demoníaco, nada nele escondia o monstro que ele era, ele gostava que as pessoas percebessem isso, ele gostava de ser temido.

Giuseppe não era diferente, seu sorriso maroto não escondia o que ele era, mas evidenciava mais. No curto período de tempo que passei com Enrico eu percebi que ele não é um homem em que temos que ir na base da esperança, ele só se importava com a Famiglia, isso estava em seu sangue desde o nascimento. Não havia resquício de bondade ou até mesmo pena em seu modo de agir, seus movimentos, seu olhar. Tudo nele gritava perigo.

Eu odiei ter mostrado algo por Paul, apesar de ter escondido isso de mim ele foi o meu único amigo, o único que me ajudou quando eu achei que ninguém nem papai se importava comigo.

- Você precisa se controlar com Enrico. - A voz de papai me tirou de meus pensamentos.

Olho para ele atordoada, não acreditando que ele ainda acha que tenho coragem para isso. Eu sei me colocar no meu lugar, sei quando é hora de ficar quieta, só não podia deixar Paul pagar por algo que não era culpa dele.

O jeito que Enrico perguntou ao meu pai não deixava dúvidas do porque ele estava atrás de Paul. Ele não queria ter uma conversa amigável com ele, até as mais tolas das mulheres perceberia isso.

- Eu não o desrespeitei.

- Não para você, ele não vai pensar da próxima vez, homens como ele não toleram desrespeito.

Desvio meu olhar do meu pai e olho através da janela, as ruas de pedras da Sicília fazendo o carro chacoalhar sob meus pés. Eu não precisava ser ensinada respeito agora, descobri isso sozinha, sem a ajuda de ninguém.

- Eu não vou desrespeita-lo - Murmuro olhando para o chão acarpetado do carro.

Papai fica calado, peguei isso como uma brecha para o fim do assunto. Não queria me lembrar do meu casamento agora, não preciso me lembrar, quero aproveitar o tempo que ainda me resta como uma jovem.

É estranho ver como minha vida mudou tão rapidamente. Ontem eu estava com Paul, conversando e acreditando que teria uma vida normal apesar dos pesares, e agora estou na Sicília, minha terra natal, lugar que mau conheço e já estou prometida a um homem que conheço menos ainda.

- Porque terei que me casar com Enrico?

Papai me olha com os olhos arregalados e depois verifica se o motorista estava ouvindo. Não é como se ele fosse entender o que estou falando de todo modo.

- Você é minha filha mais velha.

Observei, esperando alguma explicação, mas quando percebi que ele só falaria isso resolvi não entrar nesse assunto. Ou eu aceitava ou meus pais morriam. Isso estava em minhas mãos.

Treinei mentalmente algumas palavras em italiano que eu não sabia pronunciar direito, tentando tirar esse peso de cima de mim, tentando esquecer que minha vida estava nas mãos de um homem ao qual provavelmente não se importava comigo. A minha infância toda passei cercada por desconhecidos, pessoas que nem sequer olharam para mim como uma criança que precisava de amigos. Eu já tinha me acostumado a ficar sozinha, mas agora percebo o que a solidão vai me fazer falta, era preferível do que viver uma vida que não escolhi para mim.

O carro parou em frente a uma enorme casa, três andares com as paredes de pedras e janelas de madeira. Ela ficava mais afastada da área urbana da Sicília, olhando a frente, além do Jardim e atravessando a rua de pedra estava o mar, tão azul e cristalino quanto pensei que poderia ser. Parecia que ele transbordaria e alagaria todo o local, engolindo tudo que estivesse perto.

- Vamos, sua mãe e sua irmã estão ansiosas para te ver.

Endureci no meu lugar quando a realidade me bateu. Com toda essa confusão tinha me esquecido que tinha uma mãe e uma irmã.

Papai saiu do carro e segurou a porta do carro aberta para que eu pudesse sair também. Assim que o fiz, a brisa quente de novembro bateu em minha face, fazendo minha face formigar, me fazendo estranhar o calor e tempo seco, o cheiro da água salgada sempre presente enquanto eu seguia meu pai em direção ao grande portão e os muros altos que cercavam a casa.

- Porque não entramos no carro? - Perguntei baixo enquanto nos afastavamos dos soldados.

- Eles não tem permissão para entrar na minha propriedade, apenas meus guardas.

Fiquei calada enquanto nos aproximavamos do portão.

- Mas você não é considerado um traidor agora? - Perguntei em voz baixa. Ainda não estava acreditando que perguntei isso ao papai, afinal, ele traiu a máfia para me proteger.

Senti os olhos de papai queimarem minha pele, mas preferi ficar olhando para o chão, eu sei o quanto papai pode ser cruel quando bravo.

- Non voglio che tu dica altro - (Não quero que diga mais nada).

Os portões rangeram quando começaram a se abrir, suspirei aliviada por isso ter tirado a atenção do papai de mim, eu não precisava ouvir mais nada.

Meu pai entrou e eu entrei logo atrás. O aroma das flores ao redor invadiram meus sentidos, por um momento eu me esqueci de que estava em um lugar que eu não queria, e isso me confortou. Olhei ao redor para o grande jardim,vcom Palmeiras e mais a frente a grande casa rústica,ve na porta da frente vi uma menina parada.

- Ela é a Mariá - Papai falou baixo ao meu lado.

Andamos em direção a menina, e quando estávamos quase chegando a porta se abriu atrás dela e então vi uma bagunça de cabelos loiros escuros e um par de olhos cor de mel que eu tanto senti falta.

Mamãe com toda a sua beleza sorriu para mim e parou ao lado de Mariá. Parei e fiquei olhando como tudo parecia errado. Ninguém diria que eu e Mariá éramos irmãs, somos completamente o contrário uma da outra. Ela tem cabelos castanhos escuros curtos na altura do pescoço enquanto meus cabelos são loiros e um pouco mais longos, seus olhos são verdes como esmeraldas e os meus são azuis como o oceano a noite. Completamente o contrário.

Observei o casaco longo que cobria o corpo de Mariá, a saia na altura de suas coxas e as botas cano longo,me perguntando se ela estava passando bem, com o calor que estava fazendo.

- Pietra - Papai chamou, só então percebi que fiquei em pé analisando minha irmã e não me preocupei em ir cumprimenta-la.

Suspirei e cheguei perto, parando na frente de Mariá, que me olhou com olhos brilhantes de adoração. Sua testa alcançava o meu nariz, não tão baixa, mas ainda assim baixa. Meus olhos foram para mamãe atrás dela, que me deu um sorriso e acenou para que eu abraçasse Mariá.

Voltei meu olhar para a menina a minha frente e um breve sorriso puxou nos cantos da minha boca. Mariá sorriu alegremente e se jogou em mim, passando os braços pela minha cintura e enterrando o rosto em meu pescoço. Hesitei por um momento, mas então passei os braços levemente pelos seus ombros e a dei um leve aperto.

Talvez as coisas podem ser melhor do que eu pensei.

Mariá suspirou e se afastou com cuidado. Sorri quando seus olhos redondos me observaram hesitantes e sorri para ela.

- Oi - Falei, calma.

Mamãe se aproximou e me abraçou, passei meus braços em torno dela. Mamãe beijou meus cabelos e sorriu.

- Estamos felizes por ter você conosco de novo Pietra - Ela disse com um forte sotaque, ainda não se adaptara bem com o inglês.

- Eu também - Minha voz saiu falha, pois eu nem sequer me lembro de nada da última vez.

- Vamos entrar? Seu quarto já está aprontado para você - Papai disse atrás de nós.

Nos viramos juntas e sorrimos. Mesmo que irei passar apenas uma semana com a minha família eu me sinto reconfortada, poderia ser pior.

Mamãe e Mariá me deram espaço, passei por elas e entrei na casa. Perdi o ar quando meus olhos vaguearam por cada cômodo exposto, tão maior quanto a mansão que fiquei em Nova Iorque. A minha frente um grande espaço com um suporte onde provávelmente os convidados colocavam seus casacos, a ampla sala não continha nada, apenas um grande tapete amarronzado com detalhes vermelhos. A minha esquerda além da sala estava outra área com janelas que iam do chão ao teto, cortinas escuras cobrindo-a e a minha direita uma sala idêntica. Andei para a frente e meus pés tocaram um tapete macio que cobria toda a sala com sua cor negra, sofás brancos estavam dispostos dos dois lados da grande sala, e mais a frente estava uma grande TV de tela plana na parede. Cada detalhe estava trabalhado, escolhido minuciosamente.

- Seu quarto fica por aqui. — Mariá interrompeu a minha avaliação, meus olhos olhos se voltaram para ela e vi que ela estava ansiosa.

Sorri para ela e dei mais uma olhada a minha esquerda, onde era aberto e me dava a vista para as janelas francesas, pude ver um pedaço da escada.

— Eu adoraria. — Meu quarto, o mesmo que eu teria por apenas uma semana.

Mariá começou a andar para o sentido oposto ao que eu vi as escadas e assim que entramos em outra sala ampla pude ver outra escada e mais além atrás da escada outra ampla sala com uma mesa de jantar enorme.

Subimos as escadas e chegamos a um corredor amplo acarpetado onde tinha duas portas do mesmo lado, uma mais afastada da outra.

— Eu o decorei para você quando tinha quinze anos... — Mariá disse mordendo o lábio. — ...Espero que goste.

Sorri para ela quando paramos em frente a última porta.

— Não se preocupe, sei que você o fez com muito carinho.

Mariá acenou e suspirou com pesar, então girou a maçaneta e ficou de lado para que eu entrasse. Lhe dei um último sorriso antes de entrar e perdi o ar quando quando vi. Uma grande cama de palafitas estava mais ao meio do quarto, um leve tecido branco cobrindo do alto, o colchão e os forros igualmente brancos me lembraram as camas das princesas no passado.

Ao lado duas portas, presumi ser o banheiro e o closet, e a frente a minha cama um grande espelho que pendia do teto ao chão.

Fiquei parada no meio do quarto admirando as paredes em um tom de branco com finas linhas lilás,vpequenos detalhes salpicados dando a sensação de flocos de neve. Acima de mim um pequeno lustre pendia.

Olhei para trás e Mariá desviou rapidamente o olhar para o chão, suas bochechas em um tom incrivelmente vermelho.

— Eu entendo se...não tiver gostado.

Sorri para ela e me aproximei.

— Não é como se eu fosse ficar aqui por muito tempo. — Só percebi que falei o que não devia quando Mariá levantou o olhar para mim.

Mas ela foi mais rápida e apontou as duas portas a minha esquerda. — Ali estão o banheiro e o closet.

Acenei para ela e segui para a primeira porta, abrindo-a. Olhei para os cabideiros extensos com vários tipos de vestidos e calças, gavetas logo abaixo e sapatos de todos os tipos. Suspirei e fechei a porta,Ventão fui para a que presumi ser o banheiro. A abri e encontrei a minha frente azulejos perfeitamente brancos e polidos, uma grande banheira a minha direita e o box escuro que escondia o chuveiro.

Fechei a porta e caminhei em direção a cama, onde me sentei, afundando no colchão macio.

Eu podia sentir os olhos de Mariá em mim, eu via a dúvida neles, desde que cheguei.

- Porque não me pergunta? - Minha voz saiu mais áspera do que eu queria.

Mariá encolheu os ombros e no mesmo momento me arrependi, mas eu sabia que a curiosidade a venceria.

- Eu..eu sempre quis conhecer você.

Mariá estava hesitante. Dei duas batidinhas no colchão, Mariá suspirou e se sentou ao meu lado, as mãos enlaçadas no colo, os olhos caídos.

- Porque não respondeu minhas cartas? - Suspirei audivelmente me lembrando das cartas que Mariá me mandou, as quais não li ainda.

- Eu cresci longe de todos, cercada por desconhecidos. Me senti traída, eu não queria ler suas cartas e ver como você estava feliz aqui com o papai e a mamãe e eu não. — Preferi a verdade, pois não seria legal iludir Mariá.

Ela se enrijeceu e me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu não queria me vangloriar de nada, eu sempre quis ter uma irmã. Qualcuno che stia con me - (Alguém para ficar junto comigo).

Segurei a mão de Mariá junto na minha, lhe dando um breve aperto.

— Eu nunca te culpei e nunca te culparei por isso. — Mariá me olhou, seus olhos cheios de emoção. A puxei para um abraço. — Ora hai una sorella e io starò con te. (Agora você tem uma irmã,e eu vou ficar junto com você).

Mariá enterrou o rosto em meus cabelos e me apertou ao redor dos seus braços. Nossos corpos balançaram quando ela riu.

— Per un settimane. (Por uma semana).

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