Capítulo 6 metamorfose: livro emprestado por Vroplizka.

"As borboletas representam a fragilidade da vida, a constante metamorfose do tempo, que acaba quando morrem".

"Na espiritualidade, a renovação se aplica a imagem dessas criaturinhas, fazendo referência a transformação humana ".

"Mensageiras da reencarnação, trazem consigo a energia do regresso da alma para outro corpo. Uma nova vida."

"Os *Balubas e os *Luluas associam a borboleta com a alma. Para eles o homem segue o ciclo da borboleta desde sua nascença, até a sua morte. "

Fechei o livro totalmente inerte com o que eu acabara de ler.
São teorias complexas, e desconhecidas da internet, por um momento, pensei que Vroplizka sabia exatamente o que eu estava a procurar.

Mas esse pensamento deu espaço para uma dúvida mais prioritária: -Porque diabos Gertrudes carrega esse livro consigo?

Abri a tela de meu notebook a fim de entender mais sobre o que eu acabara de grifar, arrastei meus livros e papéis para o lado, quando algo me chamou atenção, e partiu minha sanidade em pedaços.

Atrás do livro de Vroplizka estava escrito:

єsтє łıѵяσ ρєятєηcє α мıłєηα в

10, αgσsтσ, 1901

-Milena B? Quem foi Milena B?

Com os olhos marejados por não movimentar as pálpebras, pesquisei freneticamente, sobre Milena B.

De início, tudo o que encontrei sobre: "Milena B", foram perfis de pessoas bonitas no facebook.
Não havia nada na web sobre essa pessoa, e muito menos sobre este livro que nem título tinha.
Eu não poderia mais pesquisar sobre isso, já estava tarde, no outro dia eu iria interrogar Vroplizka. Ela saberá me dizer quem era, e onde comprou esse livro.

-Você saberá apenas o que eu quero que saiba, sua vadia estúpida.

Vroplizka vomitava o insulto enquanto se arrastava pela parede do meu quarto, ela se movia rapidamente, e parou no canto direito do meu teto, seus olhos estavam diferentes, e ela aparentava estar mais velha.
Vroplizka sorriu e seus dentes agora podres estavam à mostra.

-Agora você sabe o que eu sou, me dê o que eu quero!
Me- dê- o- que- eu- quero-criança.
Repetiu a criatura pausadamente.

Então em questão de meio segundo, a criatura estava a centímetros de mim sobre a cama, com expressão de dor em seu rosto, ela desapareceu soltando um grito estremecedor.

Em meio a suspiros ofegantes tentando me recuperar de uma crise de pânico, pude notar que havia alguém na porta do meu quarto, e esse alguém, a fez ir embora.

-Quem é você?

Ele não respondeu, eu não conseguia identificar sua identidade, apenas a silhueta de um homem era visível.

-Eu perguntei quem é você? Saiba que eu tenho uma arma, e eu posso atirar.

Menti desesperadamente, o homem abriu os braços e desapareceu, acredite ou não em meio às chamas.

Eu literalmente vi o diabo?

O pânico já se findava e eu estava pronta para levantar e chamar a polícia, quando avistei no canto esquerdo do meu quarto, lá na parte mais escura, um daqueles encapuzados daquele dia na floresta.

Meus músculos se contraíram e se enrijeceram, o encapuzado se aproximava, ele pegou meu braço, parecia medir meu pulso em seguida lembro-me apenas de uma de suas mãos, se aproximando lentamente do meu rosto, fazendo eu cair deitada em minha própria cama.
Depois disso, a única coisa que eu consigo lembrar, é que naquela noite, na verdade pelo resto dela, eu me vi dormindo.

Referências:

Luba ou, no plural, baluba, é um povo que habita a porção Sul da República Democrática do Congo, antigo Zaire. Têm uma organização estatizada e monárquica, vivendo em pequenas aldeias onde as mulheres praticam a agricultura.

Observação: antes que pessoas politicamente corretas, venham falar que sou racista, fascista, machista, taxista, saibam que eu peguei a foto dos "kkk" como referência para "ordem Elohim", por ser semelhante aquilo que eu mentalizei, não tenho nenhuma simpatia com esse movimento. Obrigada.