- 25.
25. até o baile
Em todos os cantos de Hogwarts, tudo que se falava era sobre a festa fantasia. Haviam pedidos de casais, discussões sobre fantasias, ensaios de dança. Era como se toda a preocupação com os ataques de lobisomens tivesse ido embora.
Afastados de toda a agitação para a festa. Willa, Teddy e Penny estavam reunidos na biblioteca. Se perguntando como resolver os problemas que não paravam de aparecer e se aglomeravam como uma enorme bola de neve.
- Eu não entendo. - Teddy disse. - Antes ele tinha um padrão, estava montando uma trilha de corpos até Hogwarts, por que ele parou com isso? A última morte sai totalmente do caminho.
- Talvez a pessoa esteja com pressa, queira fazer isso o mais rápido possível. - Disse Penny. - Te atacaram achando que você era a Willa.
- O que essa pessoa quer comigo? - Perguntou Willa e suspirou. - Eu nunca fiz nada de mal para ninguém.
- O mais estranho é que o lobisomem parecia saber tudo o que estava fazendo, como se estivesse no controle. - Lupin disse.
- Isso é possível? - Penny perguntou se sentando em cima da mesa.
- Até onde sabemos não, a Poção Mata-Cão diminue os piores sintomas da licantropia mas não nesse nível. - A Sprout contou.
- Esse lobisomem devia estar sob efeito de outra poção. - Penny disse. - Alguma poção que a gente não conheça, ele pode ter criado.
- Além de maluco, é um gênio. - Teddy suspirou, caminhando de um lado para o outro.
Willa contraiu os lábios. Se sentia culpada por tudo aquilo, aquela pessoa estava atrás dela, a queria e por conta disso tantas pessoas estavam tendo que pagar. A Sprout se sentiu um peso, odiava aquele sentimento mas não conseguia afastá-lo.
Em parte um outro sentimento crescia dentro de si, um que ela considerava até pior do que sua insegurança e seu medo: esperança. Se aquele lobisomem conseguia se controlar, quem sabe ela também pudesse, só precisava da poção certa, poderia ter consciência, parar de sentir tanto medo, quem sabe através dessa poção, até achar a cura para licantropia.
Esperança é algo bom, ao mesmo tempo que Willa fazia de tudo para ter esperança, também tentava não se envolver demais, não ter esperança demais, para não sofrer demais quando se decepcionasse. E lá estava ela, se sentindo cheia de esperança novamente.
- Cadê a Molly? - Willa perguntou. - Acho que a opinião dela sobre isso pode ajudar.
A Sprout queria gritar, tinha esperança de que Molly ouvisse aquilo e de algum jeito, conseguisse recriar aquela poção. De algum jeito conseguisse curá-la.
- Eu vi ela e a Victoire no corujal hoje cedo. - Teddy disse. - As duas estão sumidas, devem estar animadas?
- Cadê o Mason? - Perguntou Penny.
Teddy e Willa se entreolharam, imaginando que Penny estava apaixonada e com saudades. Se mantiam firmes ao casal que só existia na cabeça deles.
Como se fosse uma deixa, Mason entrou na biblioteca. Ele segurava um buquê de flores e suspirou, deixando o buquê na mesa.
- O que aconteceu, cara? - Teddy perguntou.
- Nada, além de eu estar odiando essa festa fantasia. - Resmungou o Scorgman.
- Para quem são essas flores? - Perguntou Willa.
- Eram para a garota que eu gosto e queria convidar. - Ele disse. - Mas ela já tem par. Quer saber? Não importa, né? É só uma festa boba.
Mason suspirou frustado e novamente Teddy e Willa se olharam, só que dessa vez confusos. Penny não tinha um par, se a garota que Mason gostava tinha um par, então ela não era Penny. Um nó pareceu se formar na cabeça dos dois.
- Espera e a Penny? - Perguntou Teddy.
- O que eu tenho a ver com a história? - Perguntou.
- Você não gosta da Penny?
- É claro que gosto. - Mason disse como se fosse óbvio. - Somos amigos, enlouqueceu Teddy?
- Mas eu tinha certeza que você gostava romanticamente da Penny. - Ele disse. - Achei que vocês dois se gostavam.
Penny e Mason se olharam e então começaram a rir. A rir alto, como se aquela fosse a piada mais engraçada de todas. A bibliotecaria até chegou a mandar que eles ficassem quietos.
- Qual o problema de vocês? - Penny perguntou entre risos. - Somos amigos.
- Só amigos. - Disse Mason se recuperando da risada. - Cara, eu te disse de quem eu gosto.
- Sim, você disse. - Lupin disse, visivelmente confuso. - Por isso que eu achei que era a Penny.
- Por quê?
- Você disse que era uma garota que antes você achava assustadora. - Ele contou. - No mesmo dia você disse que a Penny conseguia ser assustadora quando queria.
- E a Molly não é assustadora? - Mason perguntou.
- Você gosta da Molly. - Disse Willa entendendo o que estava acontecendo. A garota deu um tapa no ombro de Teddy. - Você confundiu tudo.
- Você gosta da Molly? - Perguntou Lupin, sem acreditar.
- Quem está chocado? - A Thompson perguntou. - Isso fica estampado na cara dele, quando ela está por perto.
- Mason. - Teddy começou, olhando para o melhor amigo. - Eu não sabia, foi mal.
- Tudo bem, você ser lerdo não me choca. - Mason disse dando um tapa fraco no ombro do mesmo. - Sou seu melhor amigo, meu trabalho é lidar com você não entendendo nada e eu tendo que te explicar as coisas.
- Então ela tem par? - Lupin disse olhando as flores na mesa e suspirou. - Quem é? Eu posso me passar pela pessoa, cometer um crime e ele vai preso em Azkaban.
- Me disseram que é alguém da Grifinoria. - Mason suspirou.
- Molly nunca disse nada dele. - Willa disse. - Isso é estranho.
- Eu sinto muito, Mason. - Teddy lamentou. - Eu devia ter entendido quem era e te ajudado.
- Está tudo bem. - O Scorgman disse. Disse a si mesmo que se lamentar por ele era a última coisa que Teddy precisava, principalmente com aquele lobisomem atrás de Willa. - Descobriram mais alguma coisa sobre o lobisomem?
Os três se uniram para explicar para Mason o que tinha acontecido. O Time Willa estava determinado a resolver o problema com o lobisomem.
- Quem você está espionando? - Charlie perguntou.
- Por que acha que eu estou espionando alguém? - Penny perguntou e cruzou os braços.
- Porque eu tenho dois olhos. - Ele disse. - E com esses dois olhos eu e qualquer outra pessoa que preste atenção, vê que você está espionando alguém.
Penny ignorou, achou que isso o faria ir embora mas não adiantou de nada. O Avery se apoiou na parede que ela estava, seguindo o seu olhar.
- Seguindo o seu olhar, acho que você deve estar espionando ou o Filch, quem sabe aquela garota da Corvinal ou. - Ele disse notando que a porta da sala de Defesa Contra Artes das Trevas estava aberta. - Está espionando a professora Brown.
Penny tentou tornar sua expressão transparente mas não foi muito bem em sua tarefa. Charlie exibiu um sorriso, ao captar a mensagem.
- Então é ela. - Ele disse. - Qual o problema com Jane Brown?
Jane Brown era a professora de DCAT e responsável pela Sonserina. Era muito reservada, Penny sabia muito pouco por ela, só que ela já havia dado aula em outras escolas de bruxos ao redor do mundo.
- Não tenho nenhum problema com ela. - Penny disse mas assim que viu a professora sair da sala, se preparou para segui-lá. Charlie caminhou atrás dela. - Vai me seguir?
- Vou. - Ele disse. - Pelo menos até você me contar por que diabos está seguindo a professora, eu posso te ajudar nisso.
- Você pode me ajudar nisso. - Ela disse devagar. Uma ideia brotando em sua mente. - Eu ouvi falar que o dormitório dela fica próximo as masmarros.
- É, ela quis ficar perto dos alunos da Sonserina. - Charlie disse e arqueou as sobrancelhas. - Por quê? Vai invadir o quarto dela?
Penny não respondeu e continuou andando, Charlie riu atrás dela.
- Você vai mesmo tentar fazer isso? É burrice, Penny. - O Avery disse. - E por que quer entrar no quarto dela.
- Para de falar.
- Só quando você começar a me responder.
- Se eu te contar, promete que vai ajudar e parar de fazer perguntas? - Ela perguntou e ele assentiu com a cabeça. - Tem algo estranho com ela, esses dias eu a vi saindo do meu quarto e ela disse "Eu fiz isso pela Willa".
- Ok. - Ele disse esperando que ela continuasse.
- É a mesma frase que estava na frente daquele corpo que o lobisomem matou e mutilou. - Ela disse. - A frase escrita com sangue que fez o Ministério caçar as Willa's.
Antes Charlie parecia estar se divertindo com a situação mas agora parecia um pouco abalado com o comentário, entendendo a gravidade da situação.
- Pode ser só uma coincidência. - Ele disse. - Você acha que a Brown pode ser a lobisomem? Ela está sempre aqui nas noites de lua cheia, não tem cicatrizes e nem parece destruida antes da lua cheia igual a Willa.
- Obrigada por chamar minha melhor amiga de destruída. - Penny disse ironicamente. A ironia pareceu não afetar Charlie, que apenas sorriu.
- Disponha. - Charlie disse. – Eu posso te ajudar a entrar no quarto dela mas o que você pretende fazer, gênia? Entrar lá enquanto ela estiver no banheiro? Vamos precisar de tempo e que todos estejam distraídos.
- Qual é o seu plano, gênio?
- Entramos lá durante a festa fantasia. - O Avery começou. - Todos estarão distraídos, teremos tempo de revistar tudo mas eu garanto que não é ela.
- Como pode ter tanta certeza? - Ela cruzou os braços.
- Porque não é, eu conheço a Brown, ela é legal. - Charlie disse.
- Argumento genial. - Ela disse. - Ela disse aquela frase suspeita, é muito reservada, ninguém sabe nada dela e é a responsável pela Sonserina.
Charlie riu, riu alto, mas não sua risada habitual. Era uma risada carregada de sarcasmo.
- Ah claro, porque ser da Sonserina é uma ótima justificativa. - Ele ironizou. - Só tem vilões na Sonserina, né? Todo o mal do mundo bruxo vem de lá, é claro, você está certa, Penny.
- Não foi isso que eu quis dizer. - Ela resmungou.
- Mas foi isso que disse. - Charlie retrucou. - Vamos entrar nesse quarto e eu vou te provar que não tem nada errado com a Brown, você vai até poder ficar chocada quando ver que o vilão não veio da Sonserina.
- Ótimo, então vamos fazer isso no baile e você vai ver que tem coisa errada sim com a Brown.
- Até o baile. - Ela disse já se afastando.
- Até o baile! - Ele exclamou e acenou para mesma.
Apesar de tudo, Penny sabia que se tivesse algo errado com Brown, ela e Charlie iriam descobrir. Pelo menos foi isso que ela disse para si mesma.
Mason caminhava pelos corredores de Hogwarts, se perguntando o que poderia fazer com aquelas flores.
- Oi Mason. - A voz de Molly trouxe Mason de volta ao mundo real. Ele deu um pulo ao ver a garota e tentou esconder as flores. - Isso são flores?
- Não! - Ele exclamou rapidamente e ela arqueou as sobrancelhas. Mason suspirou, vencido. - São.
Molly assentiu a cabeça, parecendo não saber o que dizer.
- São para Victoire? - A ruiva perguntou. - Eu acho que ela já tem alguém para o baile.
Novamente Molly se viu incomodada com Mason e Victoire, por quê? Ela devia querer uma pessoa boa para sua prima e Mason era uma pessoa boa.
Sendo sincera, Molly achava que Mason era uma das melhores pessoas que ela conhecia. Ele era leal, muito leal, abandonou treinos de Quadribol para ajudá-la. Ele era divertido, ela se lembrava das várias vezes que o Scorgman a fez rir. Ele sempre mostrava se importar com ela e ela gostava de conversar com ele, mesmo que Mason tagarelasse muito, se confundisse e fosse atrapalhado. Gostava dele e de todo o seu fascinio pela cultura trouxa, gostava de como ele não tinha medo dela e não se afastava mesmo quando ela o empurrava para longe. Mason Scorgman fazia seu coração acelerar.
- Não. - Ele disse. - Era para outra garota.
- Oh. - Molly disse, novamente sem saber o que dizer. - Quem?
- Ninguém, na verdade essa garota já tem par, então. - Ele disse e estendeu as flores para uma aluna do primeiro ano que passou. - Pode ficar para você.
- Obrigada. - A garotinha agradeceu e saiu rindo, corada.
- É, parece que todo mundo em Hogwarts já tem um par. - Ela deu de ombros. - Acho que somos os únicos sem.
- Espera, o que? - Ele arregalou os olhos. - Você não tem par? Como assim?
- Não.
- Disseram que você tinha par!
- Não, não fui convidada por ninguém. - A ruiva disse.
Mason sorriu e levantou as mãos para cima em comemoração, antes de sair correndo. Molly o olhou sem entender.
- Mason onde você vai? - Ela perguntou elevando o tom de voz.
- Pegar as flores de volta. - Ele disse parando de correr.
- O que?
Molly o olhou confusa e correu até onde o garoto estava. Ele parecia tão confuso quanto ela mas sorria.
- As flores eram para você. - Ele disse. - Você é a garota que eu queria chamar para o baile?
O coração de Molly acelerou, as palavras pareciam não sair de sua boca. Por que estava tão nervosa?
- Serio? - Ela perguntou e se odiou ao notar que tinha soado patética.
- Sério. - Mason disse. - Eu posso te chamar para ir comigo? Mesmo sem as flores?
- Eu aceito, você não precisa chamar. - Ela disse. "Está parecendo desesperada" pensou. - Podemos ir para essa festa juntos.
- Legal. - Ele disse.
- Legal. - Ela disse.
Os dois passaram alguns segundos se olhando. Ambos sorrindo, em meio aos sentimentos confusos e coisas não ditas.
- Eu tenho que ir. - Molly disse. - Procurar a Victoire, tchau.
- Tchau. - Ele sorriu. - E eu tenho que procurar o Teddy.
Eles se afastaram. Molly tentando esconder o sorriso e Mason fazendo sua dança da vitória. Molly Weasley II e Mason Scorgman iriam a aquela festa juntos.
O que Mason não esperava é que o passado de seus pais fosse complicar tudo.
OII! gostaram?
próximo capítulo tem festa fantasia e briga rs.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro