24. clima de festa.
Todos os alunos estavam reunidos no Salão Principal, a diretora McGonagall havia convocado tantos avisos, tinha um grande anúncio para fazer. A maioria dos estudantes conversava entre si e tentava adivinhar do que se tratava a reunião.
Teddy olhava para os lados o tempo todo, esperando Willa chegar, precisava contar para a garota o que tinha acontecido na noite anterior.
— Teddy eu quase nunca te vejo nervoso. – Mason disse. – A coisa tá feia mesmo.
— Eu te explico depois. – Lupin disse. – Mas a coisa está bem feia.
Quando Teddy chegou, Mason já estava dormindo, então ainda não tinha tido tempo de contar o que aconteceu para o melhor amigo.
Teddy suspirou quando olhou para a entrada do Salão Principal e viu Willa entrando apoiada em Penny e Molly. Queria correr até lá e perguntar como ela estava, contar tudo que tinha acontecido, beijá-la mas a diretora McGonagall entrou bem na hora.
Ela se juntou aos outros professores e limpou a garganta antes de começar a falar.
— Bom dia. – Ela disse. – As aulas de vocês atrasaram um pouco hoje pois tenho notícias importantes para dar. No dia de São Patrício teremos visitas.
Todos no Salão se calarem e curiosos escutaram atentamente as palavras de McGonagall, quem seriam os visitantes?
— A diretora de Ilvermorny e alguns alunos estão fazendo visitas a outras escolas de bruxaria ao redor do mundo. – Ela continuou. – Eles ficaram alguns dias e em um deles faremos uma festa para comemorar a estadia deles daqui.
Os cochichos começaram, todos pareceram ficar muito animados com a ideia e já estavam em clima de festa.
Teddy que ainda estava nervoso com o que tinha acontecido na noite anterior, mal prestou atenção no que McGonagall havia dito.
— Por muita insistência de alguns alunos. – Minerva disse e olhou para James, Fred II e Alice que acenavam para a mesma. – Será uma festa fantasia, mais informações serão dadas até o mês que vem, se comportem. Agora podem voltar para as aulas.
Após o anúncio todos saíram conversando animadamente sobre o assunto.
— Então. – Molly disse colocando um livro na mesa e olhou para a prima. – Você já foi convidada para o baile?
— Já sim, mais de uma vez. – Ela deu de ombros enquanto abria o livro. – Você foi?
— Não, nem acho que alguém vai por causa da minha reputação. – Disse se sentando. – Mas eu nem ligo para essa festa idiota mesmo.
— Sabe – Começou Victoire mas Molly falou por cima.
— Podemos não falar sobre esse assunto? – Perguntou e a loira assentiu.
— Claro, esse assunto está morto. – Garantiu ela. – Vamos nos focar na pesquisa.
— Certo. – Disse Molly. – Alguma resposta do Gabe?
— Sim mas não é a melhor de todas, ele nos pediu para parar de nos metermos. – Victoire disse. – Isso é estranho e suspeito.
— E a Kirby?
— Disse que ela pode contar o que quisermos sobre a Anna mas não quer falar sobre os Scorgmans. – Contou a loira. – Nick Sinclair também não quer.
— É mas e se formos até a casa deles e pressionarmos eles até falarem? – Molly perguntou.
— Molly eu não vou pressionar eles, isso é loucura. – Victoire disse.
— Sabe onde o Gabe mora? Podiamos ir falar com ele. – A ruiva perguntou.
— Eu pesquisei e ele vive em um chalé da família dele, é bem afastado, fica nas montanhas. – Contou. – Ele não tem filhos mas se casou no ano passado, trabalha em casa.
— Então ele é estranho.
— Não acho que seja estranho, só solitário. – Disse Victoire. – Todo mundo que eu falei me disse que ele não superou a morte da Anna e toda a Guerra muito bem, ele era uma criança mas teve impacto nele.
— Que tal falarmos com a Celine? – Perguntou a ruiva.
— Que tal falarmos com o Mason?
— Surtou? O que vamos falar para ele? – Perguntou. – Oi Mason, estamos investigando os seus pais, eles mataram ou não a Anna?
— Não fale desse jeito, seja sútil, sei que você consegue. – Victoire disse batendo no ombro da prima.
— Eu? Por que eu tenho que falar com ele?
— Você foi visitar ele no feriado, viu os pais dele, puxa o assunto dai, eu nunca vi os pais dele, seria estranho. – Ela disse. – Enquanto isso eu procuro a Celine e o Lino.
— Eu não entendo, se os Scorgmans mataram mesmo a Anna, por que os Sinclair protegeriam eles? – Molly perguntou.
— Eu não sei. – A loira disse. – Mas nós vamos descobrir.
Assim que a aula de Transfiguração acabou, tudo que Teddy queria fazer era sair correndo, ir atrás de Willa mas quando se levantou para sair da sala, ouviu a voz do professor Garwell o chamando.
— Lupin. – Ele disse. – Venha até a minha mesa, temos que conversar sobre uma coisa.
— Ok. – Teddy disse se aproximando. – Eu estou encrencado?
— Não. – Ele riu. – Pelo contrário, eu quero te parabenizar.
— Me parabenizar? – O olhou surpreso. – Pelo que?
— Pelas suas notas, acho que você é o melhor aluno que eu já tive em anos e foi muito bem como tutor, as notas da Willa subiram. – Ele disse. – Você é bom ensinando, Lupin.
Teddy se sentiu orgulhoso, Transfiguração era sua matéria favorita e Henry Garwell definitivamente era seu professor favorito.
Ouvir que era bom ensinando também mexeu com ele, seu pai havia sido professor e pelo que Harry disse, um professor incrível. Teddy sempre achou que tinha herdado muito mais de Tonks do que de Remus mas aquilo, aquele dom para ensinar, com certeza tinha herdado de Remus, era um pedaço de seu pai que ele ficava orgulhoso de ter.
— É ótimo ouvir isso professor. – Ele disse. – Espero continuar assim.
— Já sabe o que quer fazer quando sair de Hogwarts?
— Eu não sei. – Deu de ombros. – Eu nunca tive certeza sobre isso.
— Já pensou em ser professor? – Perguntou. – Acho que Hogwarts agradeceria.
— Eu com certeza foi pensar sobre isso.
— Ótimo. – Garwell sorriu. – Era só isso mesmo, você já pode ir.
Teddy acenou com a cabeça e saiu da sala, aquela ideia de Garwell ficou em sua cabeça, talvez realmente fosse uma boa ideia.
Quando Teddy saiu da sala, sorriu ao ver que Willa o esperava. Ela já tinha feito um feitiço para curar alguns machucados, ele pode notar algumas cicatrizes novas na garota.
Ele se preparou para falar mas foi interrompido por Willa que o beijou, ele correspondeu o beijo e quando eles se afastaram, ambos estavam sorrindo.
— Como foi ontem? – Ela perguntou. – Tá tudo bem com você, certo?
— Por pouco, um lobisomem tentou me atacar e atacar o fofo. – Ele disse dando ênfase na ironia na palavra "fofo".
— Quem é fofo? – Ela perguntou confusa.
— Por Merlin eu espero que esteja tudo bem com ele, que ele não esteja morto, ai caramba. – Disse ele de repente ficando nervoso novamente.
— Teddy, o que aconteceu? – Perguntou Willa já assustada.
O estômago da garota revirou, alguma coisa tinha dado errado e ela tinha certeza que a culpa era dela. Willa sentia que envolvendo seus amigos em seu drama só estaria fazendo mal para eles, por um momento quis desaparecer.
— É uma longa história, vamos até o Salão Comunal e eu te conto. – Ele disse. – Como você está, Willa?
— Bem. – Ela assentiu com a cabeça.
Sua resposta automatica era sempre "Bem" mesmo quando se sentia péssima e naquele momento ainda se sentia fraca e com algumas dores. Odiava a licantropia mas não tinha como mudar sua situação, então precisava tentar ser positiva em relação a ela, o que adiantaria reclamar?
— E essa festa fantasia. – Ele disse e olhou para a mesma. – Você aceitaria ir comigo?
— Claro. – Ela sorriu. – Vai ser uma noite depois da lua cheia então eu vou estar bem, é claro que eu aceito.
Teddy sorriu e passou um dos braços em volta da nuca da garota e eles continuaram caminhando juntos.
— Precisamos pensar em uma fantasia. – Lupin disse.
Willa notava que Teddy estava mudando de assunto, provavelmente por notar a expressão de desespero no rosto dela quando ele falou sobre a noite anterior. Ela tentava relaxar e continuar falando sobre a festa mas estava com muito medo do que poderia ter acontecido com Teddy ou com Christopher.
— Eu não sei, tem que ser algo bem original. – Ela disse.
— Um metamorfomago e uma lobisomem, acho que somos originais mesmo sem fantasia. – Ele brincou.
— Não tão originais, seu pai era lobisomem e sua mãe era metamorfomaga, somos como eles só que ao contrário e – Ela pausou.
Willa e Teddy se entreolharam, ambos já sabiam o que o outro estava pensando e parecia uma ótima ideia.
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