- 17.
17. a trilha até hogwarts.
— Eu odeio quando você fica com esse sorriso bizarro no rosto. – Mason comentou.
— Eu não estou com um sorriso bizarro no rosto. – Disse Teddy sem tirar os olhos do mapa que estava na mesa.
— Sim, você está, e sempre que você faz esse sorriso acaba me arrastando para alguma loucura. – Mason disse.
— Não posso fazer loucuras sem você, é a outra parte do meu cérebro. – Disse Lupin e o outro assentiu com a cabeça.
— É um bom argumento. – Ele disse. – E eu aposto que você dorme antes de mim.
— Apostado. – Teddy disse. – Agora levanta da cadeira e vem me ajudar aqui.
Mason suspirou e levantou, indo em direção a mesa, havia um enorme mapa ali e Teddy segurava uma caneta rabiscando alguns pontos dele. Alguns livros sobre lobisomens estavam abertos na mesa.
— Não é mais fácil pedirmos ajuda da Victoire ou da Molly? – Perguntou ele.
— Não, nos damos conta. – Deu de ombros. – Por que?
— Por que elas são inteligentes e nós somos burros. – Ele disse como se fosse óbvio.
Os dois amigos estavam na biblioteca, já era madrugada quando Teddy acordou Mason para ir com ele fazer algumas pesquisas, Lupin não conseguia dormir ou parar de pensar nos assassinatos.
— Vamos recapitular. – Disse Teddy. – O primeiro aconteceu na floresta e o segundo a alguns quilômetros de distância do primeiro.
— Nenhum deles tem um espaço tão grande de distância. – Disse Mason pegando a caneta para riscar os locais dos outros assassinatos.
— É estranho por que nem todos foram mortos nesses locais, alguns deles os corpos só foram deixados ali.
— Como o que a Martina encontrou hoje cedo. – Mason concluiu. – Mas por que deixar nesses lugares?
Lupin olhou para o mapa, analisando os espaços de um para o outro e aos poucos o quebra cabeça começou a fazer sentido.
— Ele está fazendo uma trilha de corpos, todos eles levam até um caminho. – Teddy disse.
— E esse caminho leva para onde? – Perguntou Scorgman.
— Eu não sei. – Contraiu os lábios. – Ele fez o caminho da floresta até Kings Cross, a estação tem vários trens, ele pode estar fazendo a trilha de corpos para qualquer um desses caminhos.
— Então só conseguimos descobrir esperando? – Mason disse. – Isso é bem frustante.
Lupin suspirou enquanto o melhor amigo se inclinava sobre o mapa para enxergar para onde cada trem levava.
— Quando eu sai com a Willa, a mãe dela veio falar comigo. – Começou Teddy. – Ela disse que estava "escondida dele", não sei por que mas sinto que esse alguém tem algo haver com os crimes.
— Então só precisamos mandar uma carta para a mãe da Willa perguntando quem é a pessoa. – Disse Mason sorrindo.
— Não acho que ela vá dizer, ela não falou muito sobre isso. – Disse ele. – Acha que essa pessoa pode estar atrás da Willa?
— Cara acho que não temos nenhuma pista que indique isso. – Disse Mason dando de ombros. – Você gosta dela então isso está te deixando preocupado e.. Merda, a caneta estourou, eu tenho muita sorte ein.
Teddy riu do desespero de Mason para não deixar a caneta manchar a mesa, após aquilo nenhum dos dois falou sobre o assunto Willa mas Lupin não conseguia parar de pensar naquilo.
Uma hora depois, Mason cochilou na cadeira sendo acordado por Teddy lançando bolinhas de papel nele.
— Acordei, acordei, já acordei. – Disse Scorgman se levantando e quase caindo da cadeira. – Eu vou dormir, você ganhou a aposta.
— Na verdade eu já tinha ganhado por que você já dormiu.
— Isso vai ter volta. – Ele bocejou. – Quer apostar quem chega primeiro no quarto?
— Você vai dormir, está parecendo um zumbi. – Teddy disse. – E eu vou ficar mais um pouco aqui.
— Bom, se você vai ficar, eu vou ficar. – Mason bocejou alto.
— Eu vou em alguns minutos, vai logo ou vou ter que chamar o Filch para te carregar até o quarto. – Provocou Teddy.
— Eu vou mas só vou por que não quero estar nos braços do Filch. – Disse ele. – Boa noite Teddy.
— Boa noite Mason.
Lupin voltou sua atenção para o mapa e os livros, a biblioteca ficou extremamente silenciosa e dava a impressão de estar mais escura, aquilo teria incomodado o garoto se ele não estivesse tão concentrado.
— Buu!
Teddy deu um pulinho pelo susto após ouvir o barulho atrás de si, Willa começou a rir da reação do garoto.
— Você me assustou. – Ele disse colocando a mão no coração.
— Eu percebi, você deu um pulo. – Ela sorriu. – O que faz na biblioteca de madrugada?
— Pesquisas. – Teddy disse abrindo espaço para que ela visse o mapa. – E você?
— Precisava pensar. – Deu de ombros e se aproximou da mesa, olhando para o mapa. – O que você estava pesquisando?
— Sobre os ataques na lua cheia, eu e Mason listamos os lugares onde aconteceram. – Disse ele. – Parecem estar seguindo caminho para algum lugar.
— Hogwarts.
Teddy olhou para Willa sem entender, ela havia dito com tanta certeza. A garota retirou um pedaço do papel do bolso e entregou para ele.
— Estava na minha cama hoje, não sei quem colocou lá. – Disse ela. – Mas o lugar marcado no mapa que me deram, é esse aqui.
Ela apontou para o ponto, era o ponto exato da metade do caminho até Hogwarts.
— Eu achei que pudesse ser da mesma pessoa que tem feito isso mas agora tenho quase certeza. – Disse ela. – Acho que é nesse ponto onde ele vai deixar o próximo corpo.
— Ele está montando uma trilha até Hogwarts, acha que ele pode entrar aqui dentro? – Perguntou Lupin.
— E se ele já estiver aqui dentro? – Suspirou. – Eu estou apavorada.
— O que vai fazer sobre o papel?
— Pensei em entregar para tia Pamona ou para diretora McGonagall mas ele diz que eu posso impedir o que vai acontecer, então eu tenho ao menos que tentar. – Disse ela. – Você pode ir comigo?
— É claro. – Ele disse. – Vamos resolver isso.
— Obrigada. – A morena contraiu os lábios. – É melhor não contarmos para nenhum dos outros.
— Sim, já vimos hoje no vagão como eles podem ser fofoqueiros. – Teddy disse e Willa corou só de lembrar da situação constrangedora.
— É, eu não imaginava que a nossa relação fosse ser tão interessante para eles.
— Falando em nossa relação. – Disse Teddy. – Acho que deviamos resolver o que somos.
— Eu também acho. – Willa sorriu. – Mas depois que resolvermos esse problema com esses ataques, precisamos estar focados nisso.
— Sabe que isso pode levar muito tempo, né?
— Eu espero que não. – Ela disse. – Mas se eu estiver em algo com você, com certeza vou me distrair.
— Eu posso colocar um saco na cabeça se isso impedir que você se distraia. – Ele disse e Willa riu.
— Ainda seria uma distração. – Ela disse. – Eu meio que na verdade, eu acho que, meio que, na verdade, é, eu me enrolo um pouquinho perto de você.
— Você também me deixa nervoso. – Ele disse. – Mas se vamos focar primeiro no problema mais sério, vamos precisar de um jeito para sair de Hogwarts daqui a duas semanas.
— Eu não tinha pensado nisso.
— Tem alguns passagens secretas que levam para fora do castelo mas a maioria delas foi fechada na época que os Comensais da Morte controlavam Hogwarts durante a Segunda Guerra Bruxa. – Teddy disse. – Por sorte eu e Mason descobrimos uma saída pela cozinha, um grupo de elfos contou para nós uma vez, antes íamos comer lá de noite todos os dias.
— Temos uma saída, ótimo. – Ela sorriu.
— Agora vamos precisar do Mapa Maroto. – Disse Teddy. – É um mapa mágico de Hogwarts, ele vai nos ajudar a ver onde o Filch ou os professores estão e impedir que trombemos com eles quando formos fugir.
— E onde encontramos esse mapa?
— Com James. – Teddy disse e sorriu.
Mason bocejava enquanto voltava para o Salão Comunal da Lufa-Lufa para chegar lá precisava passar pelo Salão Principal para chegar a passagem secreta que ficava próxima a cozinha.
Assim que chegou ao Salão Principal, viu uma garota que dormia com o rosto apoiado em um livro, além daquele livro havia uma papelada organizada de um lado dela e de outro uma pilha de livros.
— Molly, Molly. – Ele disse cutucando o ombro da mesma. – Acho melhor você ir para o seu dormitório.
— Mason. – Ela disse esfregando os olhos. – Você está de pijama.
— É, estou, Teddy me arrastou para biblioteca de pijama mesmo. – Deu de ombros apontando para camiseta de Stars Wars que usava. – Os bruxos conhecem Star Wars? Por que é uma das melhores coisas do mundo trouxa, eu apresentei para o Teddy.
— Eu estou confusa por que acabei de acordar ou você está falando um monte de coisa sem sentido? – Perguntou ela.
— Eu vou te apresentar Star Wars também. – Ele sorriu. – Mas acho melhor você ir para o seu dormitório agora.
— Não, eu tenho que terminar de estudar sobre poções que podem ajudar a Willa e escrevi três pergaminhos incríveis com minhas teorias sobre a Mata-Cão, com certeza excedem as expectativas mas eu queria que fossem quatro e não três. – Disse ela.
— Eu acho que eu é que estou com sono, nada do que você diz vai sentido. – Disse ele. – Vai dormir Molly, não vai conseguir pensar com sono.
— Vai dormir você, olha sua cara de zumbi, está com mais sono que eu. – Reclamou a ruiva.
— Não vou dormir até você não ir dormir. – Scorgman disse enquanto fechava o livro que a ruiva dormira encima.
— Não, eu não gosto das minhas colegas de quarto. – Fez uma careta. – Eu sou genial demais para elas.
— Vocês se dariam melhor se você parasse de se gabar um pouquinho. – Ele disse.
— Se eu fiz algo bem, tenho o total direito de esfregar na cara de quem não fez. – Deu de ombros. – E não iria adiantar, você não sabe o que é ter a reputação de "Percy Junior"
— É mas eu sei como é ser "Scorgman, o trouxa", "Filho de traidores" ou qualquer coisa que insinue que meus pais trairam o mundo bruxo, deveriam ser punidos e que eu não deveria estar aqui. – Disse ele. – Eu sei que não é a mesma coisa mas você não é a única odiada em Hogwarts, as pessoas gostam do Teddy, não de mim.
Molly ficou em silêncio por alguns segundos, Mason se levantou e quando foi pegar a pilha de livros, acabou derrubando no chão, o que causou um barulho alto.
— Por Merlin, tinha me esquecido que você é possivelmente a pessoa mais desastrada de Hogwarts. – Molly disse se abaixando para pegar alguns livros. – Como joga Quadribol desse jeito?
— Eu jogo e sou muito bom, a propósito. – Ele disse e sorriu. – A direção do Puddlemore United entrou em contato comigo no ano passado, disseram que tenho um contrato com eles se continuar jogando bem no ano que vem.
— Eu nunca te vi jogando.
— Viu sim. – Ele disse. – Você foi no jogo que o Teddy fingiu ser a Willa.
— Eu nem prestei atenção naquele jogo, estava esganando o Teddy mentalmente. – Deu de ombros.
— Então deveria assistir o próximo jogo da Lufa-Lufa, é amanhã. – Ele disse. – Por favor.
— Por que?
— Por que somos amigos. – Ele disse como se fosse óbvio. – E eu diria que amigos próximos, se levarmos em conta que você passou dois dias literalmente grudada em mim.
— Foi um pesadelo. – Ela disse e sorriu de canto, voltando a ficar séria assim que notou que sorrira. – Eu acho que posso assistir o jogo, mas não vou saber se você é bom ou não, como eu já te disse, não entendo Quadribol.
— Sente do lado da Victoire, acho que ela te explica.
— Sua amada Victoire? – Perguntou ironicamente. – Quando vão sair de novo?
— Ainda não combinamos isso, somos amigos antes de tudo. – Deu de ombros. – Mas que ela é o ser mais incrível e maravilhoso que eu já vi, ela é sim.
Molly deu de ombros, tinha que concordar sua prima era a melhor pessoa que conhecia, Molly a amava muito e achava que era por ama-la tanto e querer protegê-la que fazia com que a ruiva não gostasse nem um pouco da ideia de Mason com Victoire.
— Você é muito bom nessa coisa de ser amigo, é praticamente a sombra do Teddy.
— Você também é boa nisso. – Ele disse. – Você me disse que não tinha amigos e que eles davam muito trabalho mas olha tudo o que você faz pela Willa, com certeza não é só trabalho, faz por que se importa com ela, apesar de você e Penny discutirem as vezes, vocês também são amigas, tem Victoire e nós dois também somos amigos.
A Weasley terminou de recolher os livros enquanto pensava nisso, sempre tinha os visto como um time profissional mas eles eram seus amigos e ela se importava com eles.
— Acho que vou dormir e você vai também. – Ela disse.
— Eu já vou, boa noite. – Mason disse e sorriu. – Ei Molly, obrigada por responder minhas cartas, os outros responderam algumas mas você respondeu a maioria.
— Obrigada por mandar. – Ela disse e deu de ombros. – Apesar das minhas atividades e feitos incríveis durante as férias, eu ainda fiquei um pouco entediada, as cartas foram um bom passatempo.
— Toda vez que você se gaba, eu não entendo nada. – Mason disse e riu.
— Eu não entendo Quadribol, acho que estamos quites. – Deu de ombros terminando de pegar os livros e saiu.
Mason sorriu e voltou a fazer seu caminho até o Salão Comunal da Lufa-Lufa.
Era manhã e James Sirius ria junto de seus amigos na mesa da Grifinória, até Teddy chegar se sentando de um lado dele e Willa se sentando do outro lado.
— Não namoram, né? – Provocou James.
— Quieto tampinha. – Disse Teddy. – Precisamos da sua ajuda.
— Com o que?
— Você pode por favor emprestar o Mapa Maroto? – Perguntou Willa.
— Eu até emprestaria mas o Filch confiscou ontem. – James disse. – Tenho um plano para pegar de volta.
— O que? Como deixou o Filch confiscar? Que burrice. – Reclamou Teddy.
— Eu disse que tenho um plano. – O garoto sorriu. – Agora preciso saber se vocês vão querer participar.
Teddy e Willa se olharam rapidamente, questionando o que deveriam dizer.
— Nós ajudamos. – Disse Willa. – Precisamos desse mapa.
— Vindo do James não pode ser coisa boa. – Disse Teddy. – Mas nós vamos ajudar.
— É assim que se fala! – Exclamou o Potter.
Agora só precisavam recuperar o Mapa Maroto.
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