- 13.
13. a defesa dos lobisomens.
Victoire desceu rapidamente as escadas, indo até o primeiro andar, mas especificamente até a sala de Transfiguração. Assim que chegou lá, bateu na porta.
- Victoire? - Perguntou o professor Garwell e suspirou, se virando para a sala. - Lupin, a sua namorada quer ver você.
- Mas eu não disse que queria ver o Teddy, eu quero mas como você sabia? - Perguntou a loira. - E ele não é meu namorado.
- Tem razão, acenei para você esses dias quando estava em um encontro com o Scorgman. - Relembrou o professor. - Lupin, a namorada do Scorgman quer falar com você.
- Professor, também não sou namorada do Mason.
- Que bom que não é, seria estranho, levando em conta que ele trouxe a sua prima grudada nele para aula de hoje. - O professor disse. - E eu nem dou aula com para a Grifinória hoje.
Victoire se inclinou para olhar para dentro da sala, Mason e Molly ainda estavam com as mãos grudadas por conta do feitiço de Flitwick. A ruiva estava sentada do lado de Mason, ele puxava para um lado e ela para o outro, Victoire riu da situação.
- Vic! - Teddy exclamou saindo da sala. - Eu volto em um minuto professor.
- Eu mando alguém ir te buscar, igual da última vez, se demorar. - Comentou o professor sorrindo.
- Não vai ser necessário professor. - A loira disse. - Vem, Teddy.
Victoire puxou Teddy pela mão, o levando até o fim do corredor.
- Vim te recrutar. - Anunciou Victoire sorrindo.
- Me recrutar? O que? Para que? - Ele perguntou confuso.
- Você com certeza notou que tem vários movimentos anti-lobisomem na escola. - Disse ela. - Eu quero criar um movimento em prol dos lobisomens, você participaria?
- É claro. - Ele disse imediatamente. - Mas o que pretende fazer nesse movimento?
- Eu ainda não organizei tudo mas eu quero conscientizar os alunos sobre a situação dos lobisomens, como a transformação é dolorosa e como eles não tem controle. - Explicou ela. - Eu não quero que continuem os vendo como monstros.
Teddy sorriu e abraçou Victoire, a tirando do chão por alguns segundos até que a soltou.
— Você é brilhante, brilhante! – Ele exclamou. – Vic é uma ideia incrível.
— Obrigada, eu sabia que podia contar com você. – Ela sorriu. – Vou organizar a primeira reunião hoje depois do primeiro período, por favor esteja lá.
— Eu vou estar.
— E se conseguir chamar mais gente seria ótimo. – Disse a loira. – Penny, Willa e Oliver concordaram em ir, já é um começo.
— A Willa vai estar lá? Legal. – Teddy sorriu.
— Ai meu Merlin, você nem consegue disfarçar que é afim dela. – Disse Victoire. – Chama ela para sair logo de uma vez, Teddy.
— O assunto não é esse Vic, vamos focar no mais importante. – Teddy disse.
— No momento o mais importante para mim é ver você feliz e Willa Sprout parece te fazer bem feliz.
As vezes Lupin ficava impressionado com como Victoire o conhecia tão bem e parecia saber o que ele estava sentindo, antes mesmo que ele sentisse. Não adivinha negar para si mesmo, Teddy sabia que gostava de Willa e gostava muito.
Antes que ele pudesse responder, um sextanista da Lufa-Lufa, Jack, se aproximou dos dois, segurando um papel.
— Não vou nem ler isso. – Disse Teddy. – Deixa eu adivinhar, diz algo como "Lupin pare de namorico com a Victoire e volte para sala"
— É, basicamente isso. – Disse ele.
— Ei, te vejo depois do primeiro período, na biblioteca. – Disse Victoire. – Convença ou o Mason ou a Molly, se convencer um deles, o outro literalmente não tera opção.
— Então é melhor convencer a Molly, ela é a mandona. – Disse Teddy e Victoire riu.
— Lupin é melhor você ir. – Disse Jack.
— Eu já vou. – Disse ele e olhou para a loira. – Nós vemos depois.
— Eu não aguento mais. – Molly disse. – Quando o Flitwick vai desfazer esse feitiço e por que os outros professores não nos ajudam?
— Eles querem dar uma lição em nós dois. – Disse Mason. – Acham que brigamos demais.
— Não brigamos demais!
— Ah não? – Perguntou Mason ironicamente.
— Cala a boca Mason. – Disse Molly.
— Será que dá para os dois pararem? Temos uma reunião para ir. – Disse Teddy enquanto caminhavam até a biblioteca.
— Eu não tomo banho a um dia cara. – Mason disse. – Dormi no Salão Principal ontem por que não posso levar a Molly para o Salão Comunal da Lufa-Lufa.
— Fomos falar com a Minerva e ela deu risada. – Molly disse. – Deu risada! Disse que o Flitwick geralmente sabe o que faz.
— Acho que ele vai soltar vocês logo. – Teddy disse segurando a risada.
— Acho que vamos rir disso um dia. – Comentou Mason.
— Eu não, você vai rir sozinho. – Disse Molly.
— Quando você fica literalmente grudado com uma pessoa é que você descobre quem ela é de verdade. – Mason brincou.
— Teddy ele fala o tempo todo, não cala a boca um minuto. – Reclamou Molly.
Teddy riu, em parte não aguentava mais os dois discutindo mas estava se divertindo com a situação e com os momentos em que eles não brigavam e estavam na paz um com o outro.
Quando os três entraram na biblioteca os outros já estavam lá, Willa e Penny estavam sentadas conversando, Oliver conversava com Emma, Victoire estava de pé e Charlie também estava lá, mas todos sabiam que o motivo dele estar ali era sua tentativa de reconquistar Penny.
— Sejam bem-vindos a primeira reunião do DDL, a Defesa dos Lobisomens. – Começou Victoire. – Obrigada a todos por estarem aqui.
— O que vamos fazer exatamente? Cartazes? – Charlie perguntou.
— Você podia sair daqui, isso sim seria legal. – Disse Teddy.
— Edward! – Exclamou a loira. – Tentem não brigar, estamos aqui pela mesma causa.
— E se eu não sair, vai fazer o que Lupin? – Provocou Charlie.
— Caramba, cala a boca Avery. – Penny disse e ele se calou. – Vamos falar sobre a DDL, pode continuar Victoire.
— A intenção é mostrar as pessoas a situação real de lobisomens, mostrar que são vitimas. – Victoire disse. – Escrevi um artigo para distribuir em Hogwarts mas duvido que muitos alunos vão ler, precisamos de uma estratégia.
— Acho que o que mais impede as pessoas de confiarem em lobisomens são as mortes a cada lua cheia. – Oliver disse e jogou na mesa o Profeta Diário que segurava.
— Eu leio! – Exclamou Molly se inclinando para pegar. – Você segura esse lado Mason, e eu leio.
— Tá legal. – Ele disse enquanto ambos se enrolavam para conseguir o jornal em uma boa posição.
— Mataram uma mulher dessa vez. – Molly disse e suspirou. – 30 anos, ia começar como professora em Hogwarts no ano que vem.
Todos ficaram em silêncio por alguns segundos.
— Então temos que descobrir quem está matando, dar um jeito de parar os assassinatos e assim as pessoas tem mais chance de confiar em lobisomens. – Brincou Emma.
— É isso! – Exclamou Victoire. – Vamos fazer isso mesmo, vai ajudar muito.
— Toire para alguém tão inteligente essa foi uma ideia bem burra. – Molly disse. – Como vamos investigar? E nem podemos sair de Hogwarts.
— Sobre as saídas, eu posso dar um jeito nisso. – Disse Teddy.
— Espera não estão cogitando de verdade fazer isso, né? – Emma perguntou. – Era uma brincadeira.
— É a solução. – Disse a loira.
— Victoire somos adolescentes, não damos conta. – Oliver disse.
— Harry Potter enfrentou coisas piores desde os 11 anos, a gente consegue. – Disse ela.
— Deve ser por que ele é o Harry Potter. – Disse Oliver.
— Tio Ron e tia Mione enfrentaram também. – Disse Victoire. – Não tem nada que seja totalmente impossível, temos que pelo menos tentar.
— Ela é incrível. – Mason disse e suspirou, levando em seguida uma cotovelada de Molly. – Ai.
— Opa, foi reflexo. – Disse ela e deu de ombros.
— Eu concordo com a Victoire. – Willa se pronunciou. – Precisamos pelo menos tentar.
— Isso aí. – Disse Penny.
— É. – Concordou Charlie após ouvir a ex namorada falando.
— Vai dar certo. – Disse Victoire sorridente e se virou para a prima e para Mason. – Ah, eu tenho uma coisa que pode ajudar vocês.
— O que?
— Separatum – Disse a garota apontando a varinha para as mãos dos mesmos, que se separaram imediatamente.
— LIBERDADE! – Exclamou Mason enquanto Molly levantava as mãos para cima em comemoração.
— Não sendo ingrata nem nada mas se você sabia fazer isso. – Disse Molly. – Por que não fez logo?
— Estava engraçado. – A loira disse e Teddy riu.
— Willa! – Lupin exclamou assim que a garota saiu da biblioteca.
Ela parou de andar quando o viu, se virou e esperou que ele a alcançasse.
— Oi Teddy. – Disse ela. – O que achou da reunião?
— Podemos falar sobre isso depois, agora eu quero falar uma coisa e se eu demorar, vou perder a coragem. – Ele disse. – Vou passar o Natal com a minha avó e o Ano Novo com o Mason e você deve ter planos para essas datas mas e a Véspera de Natal?
— Eu acho que não tenho nada planejado para a tarde da Véspera de Natal. – Ela disse.
— Ótimo. – Ele sorriu. – Quer sair comigo?
Willa ficou sem reação por alguns segundos mas logo esboçou um sorriso.
— Como um encontro?
— Como um encontro. – Ele confirmou. – Olha, se você não quiser está tudo bem, podemos fingir que eu nunca te chamei.
— Não! – Ela exclamou. – Sim, na verdade não, não para o fingir que nunca me chamou e sim para sair com você, você entendeu? Isso faz sentido?
Willa estava muito vermelha e se perdia com as palavras, Teddy também estava nervoso mas sorriu ao ouvir que ela tinha aceitado.
— Sério? Ótimo, muito muito bom.
— Muito bom. – Ela repetiu.
— É.
— É.
— Eu vou para o Salão Comunal. – Disse Willa. – Você vem?
— Claro. – Teddy disse.
E então os dois saíram andando, por dentro se sentindo radiantes pela ideia de sairem juntos.
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