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- 12.

12. a sala precisa.

Um mês se passara rapidamente e Teddy se sentia muito bem por fazer parte do time Willa, por estar ajudando a garota. Os dois passavam muito tempo juntos ultimamente, fosse nas tutorias de Transfiguração ou nas "reuniões" do time Willa.

A lua cheia se aproximava novamente e Willa se encontrava em seu habitual estado miserável. A Sprout estava descendo saindo da aula de DCAT quando Teddy a chamou.

- Willa! - Exclamou ele se aproximando dela. - Você ainda está em Hogwarts? Pensei que tinha ido embora ontem.

- Minha mãe não pode vir me buscar. - Disse ela. - O namorado dela vem me buscar hoje depois do almoço, vai ser estranho por que é a primeira vez que vou ver ele.

- Não entendo por que não pode ficar em Hogwarts durante a lua cheia. - Disse ele. - Tem a Casa dos Gritos, o meu pai ficava lá.

- Bloquearam a passagem a alguns anos quando muitos alunos descobriram sobre a existência dela. - Contou a garota. - E minha mãe prefere que eu esteja no campo de visão dela, mas essa noite não vou ficar em casa.

- Não? - Ele arqueou as sobrancelhas.

- Não. - Disse a garota. - Molly tinha razão, uma hora ou outra alguém iria perceber os barulhos no galpão uma vez por mês, algum dos vizinhos ligou e um representante do Ministério veio conversar com a minha mãe.

- Sério? - Teddy arregalou os olhos. - Quando isso aconteceu?

- Ontem, por isso ela não pode vir me buscar. - Sussurrou Willa andando ao lado de Lupin. - O Ministério pareceu não suspeitar de nada mas acho que ainda vão ficar de olho, então hoje vou ficar na garagem da antiga casa da tia Pamona.

- Não está preocupada com o Ministério?

- Estou apavorada. - Confessou ela. - Mas não posso demonstrar isso para minha mãe, tenho que ser forte.

- Acredite, você é forte o tempo todo. - Ele disse e Willa sorriu. - O que acha de estudarmos na area externa hoje?

- Parece uma boa ideia. - Disse ela. - Mas temos que ficar de olho no relógio.

- Não se preocupe, eu sou muito atento. - Ele disse e Willa riu. - Ei! Eu sou mesmo atento.

- Uau, como você é mentiroso Edward Lupin. - Disse ela.

- Você não me leva mesmo a sério Willa Sprout. - Ele disse e Willa riu. - Anda, temos que te preparar para a prova de Transfiguração na semana que vem.

Willa seguiu Teddy até um espaço afastado na área externa de Hogwarts. Quando chegou ao local, não conseguiu disfarçar a surpresa ao ver uma toalha estendida e uma cesta cheia de comida.

- Um piquenique? - Perguntou ela sorrindo. - Só você mesmo, Teddy.

- Achei que merecia um piquenique antes da noite que vai ter hoje. - Ele disse se sentando e ela fez o mesmo.

- Não acredito que teve esse trabalho todo. - Comentou Sprout impressionada.

- Os elfos da cozinha foram muito legais ajudando com a comida, eu tentei cozinhar mas acabei queimando quase tudo. - Ele disse. - E a toalha é literalmente uma toalha que roubei do Mason.

Willa riu e Teddy ficou a observando, gostava muito do som da risada da garota.

- Muito obrigada, você é inacreditável. - Disse ela. - Obrigada mesmo.

- É o mínimo que eu podia fazer na minha primeira noite de lua cheia no time Willa. - Ele disse.

- Então acho que vamos ter que convidar os outros integrantes do time. - Comentou Willa.

- Não, não, não, sem chance. - Disse Teddy. - Não tem comida o suficiente para o time todo.

- Vai aguentar passar esse tempo todo longe do Mason? - Brincou ela.

- Mason está ocupado demais na Sala de Poções, a Molly está realmente testando tudo nele e na Penny. - Contou Teddy. - E ela ainda está cismada com essa coisa de se vingar do Mason, ficando grudada nele.

- Por Merlin, eu amo a Molly. - Willa disse rindo.

- É sério, ela até foi no encontro dele e da Victoire. - Disse Teddy. - É um furacão ruivo.

- E o que a Victoire achou disso? - Perguntou a morena. - Vocês dois são bem amigos, né?

- Ela é minha melhor amiga, é quase como uma irmã para mim. - Disse Lupin. - Crescemos juntos.

- Ela é muito bonita, é meio veela, não é? - Perguntou ela. - Você deve achar ela muito bonita.

- É. - Disse ele. - Por que?

- Nada. - Deu de ombros. - Acho que todo mundo achou que vocês iam acabar ficando juntos.

- Na verdade, uma vidente que era amiga da minha mãe, Diana, preveu meu nascimento antes da minha mãe engravidar. - Ele disse. - Ela também preveu que eu me apaixonaria por uma pessoa, minha vó sabe o que ela disse sobre a pessoa mas nunca me contou o que é ou se sabe quem é.

- Então você já tem um futuro determinado? - Perguntou ela e sorriu. - Espero fazer parte dele, que sejamos amigos por um bom tempo.

- Eu também espero, quero você nele. - Teddy disse.

O tempo passou e passou, porém Willa e Teddy não pareceram notar, estavam distraidos demais em meio a sua conversa e ao piquenique, Willa sentia como se nem estivesse mais tão cansada dos sintomas pré lua cheia e foi ao pensar nisso que ela se assustou e levantou rapidamente.

- O que foi? - Lupin perguntou.

- Eu perdi o horário, socorro, eu não acredito. - Ela disse. - Teddy olha o sol está quase se pondo, que droga.

— O que? – Perguntou ele, finalmente parecendo notar. – Cadê o namorado da sua mãe?

— Eu não sei, não sei mesmo. – Ela disse visivelmente nervosa.– Droga, eu não posso estar em Hogwarts quando acontecer, eu posso machucar alguém.

— Willa – Ele começou mas foi cortado.

— É melhor ficar longe de mim. – Disse ela. – Droga, eu posso machucar você.

— Respira fundo, vamos procurar a sua tia, ela vai saber o que fazer. – Ele disse.

— É, ela vai. – Disse Willa respirando fundo, em uma tentativa falha de se acalmar.

Teddy puxou a garota pela mão e ambos correram para dentro de Hogwarts, o desespero ficava cada vez mais estampado na expressão de Willa, principalmente quando não encontraram Pamona no Salão Comunal da Lufa-Lufa.

— Vamos ver na estufa de Herbologia. – Sugeriu Willa. – Ela deve achar que eu já fui embora.

— Eu não sei se temos tempo. – Comentou Teddy ao notar que já estava escurecendo mas a lua não estava visivel ainda.

Willa entrou novamente em pânico, andando de um lado para o outro e resmungando xingamentos para si mesma.

— Eu preciso ficar sozinha. – Ela disse. – Não posso estar no castelo.

— Ou pode. – Ele disse e a puxou pela mão, quando a garota estava saindo.

— Teddy, não dá, o que você está fazendo? – Perguntou ela mas ele ignorou e continuou correndo, estava concentrado demais.

Willa só queria ir para área externa, para dentro da floresta, se afastar o máximo possível dos alunos, tentar evitar que coisas ruins acontecessem mas Teddy Lupin nunca a tinha decepcionado, então optou por confiar nele.

— Teddy! – Exclamou ela enquanto subiam as escadas do quinto andar.

Ele não respondeu e Willa continuou a subir escadas atrás dele, até que ele a puxou para o corredor esquerdo do sétimo andar.

No meio do caminho Willa deu um grito e quando Teddy olhou para garota viu que os ossos de sua perna direita estavam quebrados, a transformação estava começando.

"Eu preciso de uma sala grande e que ninguém do lado de fora possa ouvir o que acontece do lado de dentro" Teddy pensou, pensou com tudo de si, precisava daquilo, realmente precisava e foi por Teddy precisar muito que a "Sala Precisa" apareceu.

— Vem Willa, entra. – Ele disse puxando a garota pela mão.

A essa altura seu braço direito já estava quebrado também. Ele a colocou na sala e entrou dentro fechando a porta.

— Sai logo daqui! – Willa berrou enquanto ainda se mantia sã. – Teddy, sai!

Ele a ouviu gritar em plenos pulmões, viu como a transformação era dolorosa, cada grito era carregado de agônia. Lupin queria ficar, queria ajudar, mas sabia que não podia contribuir em nada.

Ele saiu e fechou rapidamente a porta, se sentando no chão e encostando suas costas na porta. Teddy estava estático e não conseguia ouvir mais nada que acontecia na sala, já tinha ouvido falar que a transformação era dolorosa, mas ver como aquilo acontecia de maneira lenta e dolorosa causou um impacto enorme no garota.

Teddy se sentia atordoado de pensar que seu pai passara por aquilo tantas vezes e se sentia mais atordoado ainda ao pensar que Willa estava passando por aquilo. Ver Willa sofrendo estava acabando com ele, ninguém merecia aquilo e ele tinha certeza que jamais esqueceria os gritos de Willa e como ele não podia fazer nada para protegê-la.

Quando Teddy abriu os olhos sentiu seu corpo doer por ter dormido sentado. O dia já tinha amanhecido e ele pensou em abrir a porta e ver como Willa estava mas antes pediu para um garoto que passava avisar a Penny Thompson que era para trazer roupas e era uma emergência, o garoto estranhou mas concordou em ajudar.

Após isso, Teddy abriu a porta e encontrou Willa acordada, muito fraca e mais miserável do que jamais tinha visto, estava encostada em uma das paredes e cobria o corpo com os restos e pedaços de sua roupa que se rasgara com a transformação.

— Teddy não. – Ela disse. – Não acredito que vai me ver assim, não quero que me veja no resultado da minha pior versão.

Ele se aproximou e se sentou ao lado dela no chão, retirando sua varinha do bolso.

— É uma pena, por que eu não vou embora. – Ele disse. – Eu disse que ajudaria você e vou ajudar. A Mata-Cão não fez efeito esse mês?

— Não. – Disse ela. – Mas fez mês passado, é tão estranho.

— Não se preocupe com a poção, Molly vai dar um jeito nisso. – Ele disse gentilmente. – E eu vou dar um jeito nesses ferimentos.

Ele levantou um dos braços de Willa e soltou de imediato quando a garota gemeu de dor.

— Acaba comigo, toda vez. – Ela disse. – E quando sinto que estou me recuperando, já é outro mês e acontece de novo.

— Você é muito forte, muito mesmo. – Ele disse. – Agora fique quieta, preciso cuidar de você. Episkey!

Teddy passou sua varinha pelos machucados, curando todos os que pode, Willa resmungava com dor e ele realmente nunca a vira tão mal.

Estava extremamente fraca, pálida, coberta com sangue, mordidas pelo seu braço, cortes em todo o rosto e pernas, rosto inchado.

— Está feio, não é? – Perguntou ela quando notou Teddy a encarando. – Acho que ninguém quer que o garoto que você gosta te veja assim.

Ele travou por alguns segundos e pensou em muitas respostas mas ao ouvir alguém chamando seu nome no corredor, ele se levantou e saiu da sala, dando de cara com Penny.

— Teddy, o que aconteceu? O namorado da mãe da Willa não veio, ficamos desesperados e do nada ela some. – Penny disse tudo muito rápido.

— Ela está dentro da sala, é melhor você ir falar com ela. – Teddy disse. – Leva as roupas e depois é melhor levá-la para o Salão Comunal, eu te ajudo a carregar ela e depois te explico tudo o que aconteceu.

— Ah, uma outra coisa aconteceu
– Penny contou. – Lembra que a Molly estava grudada no Mason como vingança? Agora ela está literalmente grudada.

— O que? Como assim?

— Flitwick viu os dois juntos e quando eu contei que estavam brigando por ficar grudados, Molly estava de mãos dados com ele e o professor lançou um feitiço e agora as mãos estão literalmente grudadas. – Penny contou e Teddy gargalhou.

— Eu preciso ver isso. – Disse e voltou a rir.

— Eu vou falar com a Willa. – Disse Penny e abriu a porta da sala, mas antes de entrar se virou para Teddy. – Teddy, mais uma coisinha.

— O que?

— Obrigada por cuidar da Willa.

Então pessoal, eu não sei como funciona em HP, mas aqui na fic eu decidi que o Teddy consegue se transformar em outras pessoas como metamorfomago mas não em animais, para isso ele precisaria estudar e se tornar um animago. Só explicando porque eu vejo uns comentários em dúvida sobre isso

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