- 07.
07. molly
Em um dos dormitórios masculinos da Lufa-Lufa estavam Teddy e Mason, ambos fazendo o que os dois mais faziam: Apostas.
A atual aposta era bem simples, o vencedor seria quem ficasse mais tempo de cabeça para baixo. Lupin e Scorgman já estavam a alguns minutos com as mãos no chão. As mãos apoiavam o peso do resto do corpo, mantendo a cabeça para baixo e os pés para cima.
- Meu sangue está todo indo para cabeça! - Exclamou Mason enquanto Teddy, que também estava atordoado, ria.
- Eu acho que vou desmaiar se continuar muito tempo assim. - Disse Teddy.
Quando a porta se abriu, os dois garotos esperavam ver um de seus colegas de quarto, mas foram pegos de surpresa ao ver uma garota na porta, Willa Sprout. O susto foi tanto que Teddy acabou desequilibrando e caindo no chão.
- Eu ganhei! - Exclamou Mason que acabou caindo atordoado segundos depois.
- Vocês estão bem? - Perguntou Willa. - O que estavam fazendo?
- Observando o mundo de um outro ângulo. - Disse Lupin.
- Willa acho que você confundiu o quarto, o dormitório feminino fica do outro lado. - Disse Mason e Willa sorriu sem graça.
- Na verdade eu queria falar com o Teddy. - Ela disse. - O professor Garwell acha que eu preciso de um tutor em Transfiguração e me pediu para procurar você.
- Oh. - Disse Teddy surpreso. - Tudo bem, eu posso sim ser seu tutor.
- Obrigada. - Ela disse. - Começamos as aulas quando?
- Podemos começar amanhã, se estiver tudo bem para você. - Ele sugeriu.
- Está tudo bem sim. - Sorriu. - Só não posso nos dias dos treinos de Quadribol.
- Ótimo. - Teddy disse. - Mas eu posso não ser um tutor muito bom.
- Eu duvido muito. - Willa riu. - O professor Garwell elogia muito você, sempre diz que Edward Lupin tem um talento nato para Transfiguração e é o melhor aluno dele.
- Eu sou um metamorfo, acho que isso me ajuda. - Disse ele enquanto transformava sua boca em um bico de pato, Willa riu.
- Eu acho que você tem talento e fica procurando justificativas. - Ela disse. - Acho que você é bom e pronto.
- Espero que consiga te ajudar. - Ele disse.
- Eu também. - Sorriu. - Olha, Teddy eu queria me desculpar pelo que eu disse naquele dia, agi como uma idiota e descontei minha raiva em você, eu sinto muito.
- Não sinta, eu fui intrometido. - Deu de ombros. - Vamos esquecer isso.
- Eu realmente gostaria de esquecer isso. - Disse Willa. - Eu tenho que ir, tchau Teddy, tchau Mason.
- Lembrou que eu existo? - Mason perguntou dramaticamente.
- Ignora ele. - Teddy disse. - Tchau Willa.
Willa olhou para Lupin mas alguns segundos e então saiu. Assim que a garota deixou o quarto, ele precisou se segurar para não comemorar, teria a oportunidade de se aproximar de Willa Sprout, era exatamente o que estava esperando.
- Cara, foi a primeira vez que eu fiquei sobrando. - Disse Mason. - E eu sinto que não vai ser a última.
- O que exatamente estamos fazendo? - Perguntou Mason.
Ele e Teddy estavam nas masmorras, escondidos atrás de uma parede observando a sala de Poções.
- Molly está ali na sala de Poções. - Explicou Lupin. - Ela é bem amiga da Willa, então quem sabe possa ajudar na investigação, você pode falar com ela.
- Ah é verdade, esse plano ruim. - Disse Mason se lembrando.
- Eu vou ver se consigo alguma informação com a Willa durante as tutorias e você pergunta para Molly.
- O que? - Arregalou os olhos. - Como assim eu pergunto para Molly? Ela deve me odiar, sem contar que não chamamos ela de neurótica atoa.
- Mason você consegue. - Encorajou Teddy.
- Por que você não fala com ela? - Arqueou as sobrancelhas. - Você cresceu com a Victoire e ela é prima da Molly, vocês devem ser bons conhecidos.
— Molly nunca fui uma criança muito sociavel. – Contou Teddy. – Eu nunca tive assunto com ela, sou tão desconhecido quanto você.
— Eu não teria aceitado te ajudar se soubesse disso. – Disse Mason.
— Scorgman não era você que queria que alguma coisa interessante acontecesse?
— Tá legal. – Suspirou. – O que eu falo para ela?
— Eu sei lá, pede ajuda em Poções. – Sugeriu Teddy.
— Mas eu sou bom em Poções. – Mason disse. – Não sou o melhor aluno mas não vou mal.
— Mas ela não sabe disso. – Ele sorriu.
— Ei metamorfo por que você não se transforma em mim e vai até lá? – Mason perguntou.
Scorgman nem esperou pela resposta e saiu em direção até a sala de Poções. Bateu na porta algumas vezes e não foi atendido.
— Perc – Pausou. – Quer dizer, Molly, eu sei que você está ai, vi você entrando.
Alguns segundos se passaram e ele bateu na porta novamente, não obtendo resposta. Quando Mason já estava quase saindo, a porta se abriu e a ruiva o puxou para dentro, fechando a porta logo depois.
— O que você quer Scorgman? – Ela perguntou cruzando os braços.
— Eu.. É.. Hm – Pausou por alguns segundos, pensando em uma resposta. – Preciso de ajuda em Poções.
— Peça a um tutor então. – Ela disse como se fosse óbvio.
— Eu não me dou muito bem com o tutor de Poções. – Ele mentiu.
— Pensei que todo mundo se desse bem com o Angus, ele não é da Lufa Lufa também? – Perguntou ela e Mason assentiu.
— É, mas não estamos em um bom momento. – Disse. – E eu soube que você é a melhor aluna de Hogwarts em Poções.
— Eu não tenho tempo para isso, desculpe. – Ela disse.
— O tempo que você fica nessa sala quando não está tendo aula de Poções, por que não usamos esse tempo? Eu posso ficar e observar o que você faz, observar ajuda a aprender. – Ele sugeriu. – Você nem precisa falar nada.
— Primeiro que você nem deveria saber que eu estou aqui. – Ela disse. – E eu tenho coisas importantes para fazer aqui, não posso ajudar, sinto muito.
— Qual é Molly, por favor. – Ele pediu.
— Pare de me olhar com esse olhar de cachorrinho que caiu da mudança. – Ela disse. – Não posso mesmo Mason.
— O que está fazendo aqui de tão importante?
Mason olhou para o caldeirão e então foi se aproximar mas Molly correu e entrou na frente, ficando entre ele e o caldeirão.
— Não importa, é um assunto meu muito importante. – Disse da maneira pomposa que só ela conseguia. – Tchau Mason.
— Mas eu ainda não estou de saída. – Ele disse.
— Tchau Mason. – Repetiu enquanto empurrava o garoto até a porta.
Molly caminhava de um lado para o outro no corredor, estava nervosa, estressada, não importa o quanto se esforçava, a poção não produzia o efeito desejado e ela não conseguia parar de pensar nisso.
— Por Merlin, Molly você está muito tensa. – Disse Victoire. – Vem, vamos pegar alguma coisa para você beber.
A ruiva era grata a prima, que fazia de tudo para ajudá-la e passar tempo com ela sempre que podia.
Molly Weasley II não tinha muitos alunos, de vez em quando conversava com suas colegas de quarto ou alguns alunos da Grifinória mas nunca se deixava aproximar muito de ninguém, seu maior foco era ser uma boa aluna, a melhor que pudesse.
Em parte fazia isso por que amava ter notas altas, a sensação de ser a melhor, algo que herdara de seu pai e em parte fazia isso por que não sabia como lidar com pessoas, pessoas eram complicadas demais, exigiam esforço demais, então preferia ficar na companhia de si mesma, sem contar que as pessoas não se aproximavam com facilidade de Molly, pela sua reputação.
— Não tem que ficar com seus amigos da Corvinal? – Perguntou a ruiva.
— Afaste todo mundo Molly, mas não vai conseguir fazer isso comigo. – Disse Victoire convicta. – Você podia se sentar conosco hoje.
— Não, obrigada, eu passo. – Deu de ombros. – Acho que vou ficar na biblioteca, tenho que estudar sobre uma poção.
— Não, não, não. – A loira disse. – Você vai comigo, vai ser divertido.
— Tá, eu vou, se isso vai te deixar feliz. – Ela disse e a prima sorriu.
Victoire enganchou seu braço no de Molly e as duas saíram caminhando pelos corredores, rindo de uma história contada pela loira.
— Percy Junior! – Exclamou Pirraça que passava gritando. – Olha só, é Percy Junior! Percy Junior! Percy Junior!
— Fique quieto Pirraça. – Disse Victoire.
— A bela Victoire está pedindo silêncio? Nada de silêncio para Percy Junior!
— Cala a boca Pirraça. – Disse Mason que passava pelo corredor acompanhado de Angus e Lupin. – Deixa a Molly em paz, pelo menos um pouco.
— Scorgman trouxa quer defender Percy Junior, owwwwwn! – Exclamou Pirraça ironicamente. – Scorgman filho de traidores, Scorgman que vive como trouxa.
Então Pirraça começou a correr e gritar provocações para Mason.
— Não está nem um pouco irritado? – Perguntou a ruiva.
— Por que estaria? – Questionou ele. – Quanto menos ligar para o Pirraça, mais fácil fica. Nos primeiros anos ele não saia do meu pé.
— Obrigada Mason. – Agradeceu Victoire. – Foi legal da sua parte.
— Não tem de que. – Ele sorriu para a loira. – Toire eu posso falar com você depois?
— Claro. – A loira disse.
— Esse é o meu garoto! – Exclamou Teddy e Victoire mostrou a língua para o melhor amigo.
— Pensei que não estivesse em um bom momento com o Angus. – Comentou Molly em um tom baixo para Mason que estava do seu lado.
— Ainda não estamos. – Mentiu. – Odeio ele.
— Você mente muito mal Mason, por Merlin, melhore isso. – Deu de ombros. – Eu vou para biblioteca.
— Não vai não! – Exclamou Victoire puxando a prima.
— Eu estou exausto, só quero dormir. – Teddy disse enquanto caminhavam até o dormitório.
— Quer dormir para poder ver a Willa logo amanhã? – Provocou Mason.
Antes que Teddy pudesse responder a provocação, Molly Weasley correu em direção aos dois.
— Scorgman, Lupin. – Ela disse e se virou para Mason. – Eu vou te ajudar uma vez por semana e só.
— Sério? – Perguntou Mason. – Obrigada.
— E não vou responder muitas perguntas. – Disse. – E obrigada.
— Pelo que?
— Você sabe pelo que. – Ela disse e deu de ombros. – Tchau Edward, tchau Mason.
E a ruiva saiu, se perguntando se tinha feito a escolha certa.
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