06. na mira do ministério.
— O que está acontecendo com você? – Mason perguntou. – Está óbvio que tem alguma coisa te incomodando.
Mason e Teddy estavam sentados no chão do campo de Quadribol. A alguns minutos tinham apostado quem conseguiria derrubar o outro primeiro da vassoura.
— Não tem nada me incomodando. – Disse Lupin.
— Eu te conheço desde o primeiro ano Teddy, sei quando você não está bem. – Disse Mason. – Sem contar que na aula de DCAT, a professora Brown gritou "Scorgman" umas três vezes e não gritou"Lupin" nenhuma vez, o que significa que você estava quieto, o que não é normal.
Teddy riu, Mason o conhecia muito bem. Os dois se tornaram amigos logo na primeira noite no castelo.
— Eu só estou pensando sobre uma coisa. – Disse Teddy. – Você não acha que tem algo de errado com a Willa?
— Willa? – Mason sorriu maliciosamente. – Então tudo isso é por causa da Willa? E você ainda diz que não está afim.
— Não é isso. – Teddy disse. – Ela agiu de um jeito muito estranho ontem, estava sendo gentil e quando eu perguntei sobre os cortes no rosto, ela surtou.
— Vai ver ela não gosta que perguntem sobre os cortes. – Mason deu de ombros. – Não é lá um assunto muito empolgante.
— Como acha que ela conseguiu aqueles cortes? Ela me disse que foi com o animal de estimação. – Teddy disse.
— Talvez seja isso mesmo. – Mason confirmou. – Por que ela mentiria Teddy?
— Eu não sei. – Ele disse. – Mas tem algo de errado com ela. Ontem ela parecia fraca, cansada e naquele dia que eu perguntei a Oliver sobre ela, ele me deu uma resposta e Penny deu outra.
— Vai ver se confundiram. – Disse Mason.
— Eu sinto que tem algo errado e seja o que for, eu quero ajudar. – Teddy disse. – Mas primeiro preciso descobrir o que é.
— Ela não vai te responder se você perguntar cabeção. – Scorgman disse. – Qual o plano? Seguir a Willa até descobrirmos algo?
— Não, eu vou pensar em alguma coisa, eu posso me aproximar e perguntar de algum jeito. – Sugeriu.
— Que plano horrível! – Exclamou Mason. – E claro que você quer se aproximar dela, tem um crush nela.
— Isso não tem nada haver com ter ou não ter um crush nela. – Teddy disse e Mason suspirou.
— Tá legal, eu vou te ajudar, mas só por que eu sempre reclamo de nada empolgante acontecer. – Mason disse. – Mas acho que não vamos descobrir nada de interessante.
— E se descobrimos algo interessante, já treinou sua reação? – Teddy perguntou brincando e Mason sorriu.
— Finalmente algo interessante, obrigada Hogwarts! Obrigada Lufa-Lufa! – Exclamou ele. – Gostou? Ou achou exagerado demais?
— Foi horrível, espero que não seja nada interessante, para eu não precisar ver essa reação de novo. – Disse Teddy e riu.
Na biblioteca, Willa tentava terminar seu trabalho de Transfiguração. Na opinião da garota aquela era a pior matéria de Hogwarts e Willa era pessima nela.
— Eu vou ir muito mal no exame final de Transfiguração. – Resmungou ela.
— Exame final? – Penny arqueou as sobrancelhas. – Estamos em Setembro e você está pensando nos exames finais?
— Estamos quase em Outubro. – Corrigiu Willa. – E mesmo que os exames finais sejam em Junho, eu duvido que eu consiga aprender até lá.
— Vocês vão mesmo ficar fazendo lição? – Charlie perguntou.
— Sim, é por isso que viemos para biblioteca. – Willa disse.
— Eu não, eu vim para ficar com a Penny. – Ele disse. – Quem sabe assim ela aceite sair comigo.
A Thompson olhou para a amiga, mudando o assunto. Gostava de Charlie, como um amigo.
— Você deveria sair com alguém. – Penny sugeriu.
— Eu deveria arrumar um tutor em Transfiguração, isso sim. – Disse ela.
— O que sua irmã vai dizer quando souber que você quer sair com alguém da Lufa Lufa? – Perguntou Penny.
Charlie havia sido criado pela irmã mais velha, Eadlyn Avery, os pais dos dois haviam morrido durante a Segunda Guerra Bruxa, ambos eram Comensais da Morte.
— Ela não vai se importar tanto, na época dela em Hogwarts, a melhor amiga dela se apaixonou por um membro da Grifinória.
— Na minha opinião essa rivalidade entre as casas é ridícula. – Disse Willa. – E uma casa não define quem você é.
Naquele momento Molly se aproximou da mesa, parecia nervosa e jogou o Profeta Diário encima da mesa.
— Ai meu Merlin, te procurei no castelo todo Willa! – Exclamou a ruiva e então notou Charlie na mesa. – Oi Avery.
— Weasley. – Ele disse e acenou com a cabeça. – Não sabia que eram amigas da Percy Junior.
— Não me chama assim. – Disse ela pausadamente.
Willa pegou o jornal encima da mesa e se assustou ao ver a matéria que tinha destaque na primeira página.
HUMANOS QUE SE TORNAM MONSTROS: LOBISOMEM MATA O SECRETÁRIO DO MINISTÉRIO DA MAGIA NA NOITE DE LUA CHEIA.
Sentiu a cor deixando seu rosto, a última coisa que queria era os alunos de Hogwarts comentando sobre lobisomens.
— Eu acho que deveriam dar um fim nos lobisomens. – Charlie comentou após ver o título da matéria.
— Cala a boca. – Penny disse irritada.
— O que foi? Vai falar que eles não são monstros? – Charlie perguntou.
— Willa eu preciso falar com você, agora. – Molly disse.
— Eu já volto.
Willa levantou e seguiu a Weasley até um canto da biblioteca, se sentindo aliviada por sair da mesa onde Charlie e Penny estavam.
— Por que me deu isso? Você não acha que fui eu que fiz isso, acha? – Perguntou Willa.
— É claro que não. – Disse Molly. – Só queria te informar que os lobisomens estarão na mira do Ministério, o povo vai começar a ficar com medo dos lobisomens depois disso.
— Eu fico trancada em um galpão na minha casa durante a lua cheia. – Willa disse. – E não tenho meu nome anotado na lista do Ministério, não acho que eles vão ficar atrás de mim.
— Willa eles vão começar uma investigação para listar mais lobisomens, está escrito na matéria e eles pedem que os lobisomens se apresentem para serem listados. – Molly explicou. – Acha que nenhum vizinho suspeita de uma vez por mês ouvir uivos vindo do galpão da sua mãe?
E novamente Willa sentiu seu rosto perder a cor, aquilo só podia ser um pesadelo.
— Está sugerindo que algum vizinho sabe sobre mim? – Perguntou Willa. – O que eu faço se isso for verdade?
— Pare de ir para casa durante a lua cheia, fale com a diretora McGonagall ela com certeza vai encontrar um lugar em Hogwarts que você possa ficar. – Disse Molly.
— Não dá, minha mãe nunca iria deixar. – Willa disse. – E ela vai ficar muito preocupada se eu estiver longe, eu não quero deixa-la preocupada.
— Bom, eu te avisei pelo menos. – Molly disse. – Vou continuar trabalhando na poção, se ela funcionar você vai poder ir para casa durante a lua cheia, por que vai estar controlada, mas temos que descobrir o que tem no seu organismo que impede que a poção tenha efeito.
— Molly neurótica. – Disse Teddy se sentando ao lado de Mason na mesa da Lufa-Lufa.
— O que tem a Molly neurótica? – Perguntou ele. – Não me diga que agora ela é sua crush e vamos ter que seguir ela.
— Não. – Teddy disse. – Eu vi a Willa e a Molly indo para a sala de Poções, nem era horário de aula e a Molly parece ter a chave.
— Eu não quero me envolver em nada relacionado a Molly. – Mason disse. – Ela me fuzila com o olhar toda vez que me vê.
Teddy iria responder mas outra coisa chamou sua atenção, havia em um canto do salão um aglomerado de pessoas.
— O que está acontecendo ali? – Perguntou Lupin para os que estavam sentados na mesa da Lufa-Lufa.
— Você viu a matéria que saiu no Profeta Diário? – Emma perguntou. – Estão discutindo sobre lobisomens.
— A maioria dos alunos está sendo contra eles. – Oliver explicou.
Teddy se levantou imediatamente, ignorando Mason que gritava seu nome. Estava irritado, não queria nem saber a história completa, como podiam ser contra lobisomens? Seu pai era um lobisomem e mesmo assim era uma ótima pessoa. Seu pai havia morrido tentando tornar o mundo bruxo um lugar melhor, como podiam ser contra lobisomens?
O garoto entrou no meio do aglomerado de pessoas que discutiam e gritou para chamar atenção.
— Saiam todos daqui! Voltem para suas mesas! – Ele exclamou. – Essa é uma discussão ridicula, lobisomens não são monstros, eles não tem escolha, perdem o controle durante a lua cheia e não me importa o que vocês acham, se eu ver alguém atacando lobisomens, eu não vou pensar duas vezes antes de azarar a pessoa!
E saiu irritado, deixando a maior parte dos alunos chocado ou impressionado com seu surto. Todos murmuravam alguma coisa, seja contra ou a favor de Lupin.
Willa estava sentada em uma das pontas da mesa da Lufa-Lufa e escutou o que o garoto disse e mesmo que ele não soubesse que Sprout era uma lobisomem, ela se sentiu grata por suas palavras.
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