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IX. Eu Sempre Vou Voltar Pra Você

C/D

Lorenzo encara a própria mão direita, que segurou a lança sem nem ao menos perceber antes de se afastar. O líquido ainda escorre de seus olhos e ele encara novamente a fugitiva lá embaixo. Seus lábios estão descolados e sente todo o corpo em chamas. Respira fundo, pressionando ainda mais a arma que possui, assustado e devastado. Olha Eloísa.

— Por que nenhum outro pode fazer isso? — Passa seu olhar pelos seres ao seu redor, todos abaixam a cabeça. — Por que eu? — Grita.

Eloísa é a única que não devia o olhar. Está séria, firme e não há nada que a abale em seu tom de voz. Responde:

— Porque você é o que mais se importa — sua respiração está tremendo, mas a mulher não deixa isso transparecer. — E porque nós dois fechamos o ciclo e eu não posso usá-la — explica, sem rodeios. — Estamos no mesmo barco, mas você precisa remar agora. — O coração dele parece ter parado junto com sua respiração, mas Eloísa não se preocupa, porque há determinação no olhar dele. — No coração — instrui, um segundo depois que as asas negras dele se arqueiam.

O homem desce em uma velocidade assustadora, como se nunca um dia tivesse deixado de voar. Os outros o observam de longe quando Lorenzo, com as duas mãos na lança, passa perto o suficiente de Teodora para que o gancho se atraque ao seu peito esquerdo e a mulher de cabelos vermelhos seja erguida do chão como um ser indefeso, presa à arma, e sendo levada à sua mônoda sem que tivesse a mísera chance de se sentir livre. Antes que possa pensar demais, ele a solta e sente o impacto de Eloísa ao ser empurrado para seu lado esquerdo com força. Lorenzo fecha os olhos e, quando os abre novamente, estão lado a lado, em frente ao papel branco escrito Sopro do Espírito nas duas línguas que estão tão mortas. Engole seco e a encara.

— Sim, estivemos lá — Eloísa confirma os pensamentos de Lorenzo em um sussurro, evitando o olhar daquele ao seu lado. — Foi só uma delas, Lorenzo. Faltam cento e quarenta e três — agora o olha. Está séria, em sua versão humana, e mais pálida do que ele jamais vira.

— Não posso fazer isso — diz, ansioso, levando a mão ao lado esquerdo do peito coberto por uma camiseta de retalhos cinza e azul, e dando-lhe as costas. Está garantindo que seu coração continua no lugar após apunhar o de Teodora.

Ela o responderia, mas sente uma dor forte e que queima entre suas clavículas, onde a energia costuma estar e leva as mãos ao local antes de gritar de dor. Um grito agudo, alto e que assusta até mesmo os animais mais mortais aos arredores daquela pequena casa de madeira, no meio da destruição, onde estão, deixa seus lábios. Tudo estremece, inclusive Lorenzo, que arrega-la os olhos. Também escuta outros gritos, em diferentes entonações, mas mesma intensidade antes de observar Paulo surgir à sua frente. O homem de pele branca e olhos assustados o encara por alguns segundos antes de falar, te as mãos pressionadas abaixo do peitoral, onde Lorenzo deduz estar a energia dele. O homem está se tremendo e completamente vermelho.

— Precisamos ser mais rápidos — respira fundo antes de continuar. — Sabe que será cada vez mais difícil chegarmos todos perto dela. Ele tentando nos destruir — encara Enzo, que escuta suas palavras com atenção redobrada, mas não entende.

— Quem? — Questiona, mas logo seus pensamentos são dominados por uma série de visões enlouquecedoras do inferno.

Com a mão direita pousada na testa e semblante perturbador, é a sua vez de gritar. Sente sua garganta tremer e secar no processo, mal consegue se manter de pé com a dor que o faz revirar os olhos e se ajoelhar no chão seco de terra.

— Quem? — Grita, cansado de não saber, agora com as duas mãos apoiadas no solo e o olhar erguido em direção a Paulo. Devastado por um sentimento que o consome de dentro para fora. Uma incerteza que o persegue sem piedade.

— Azazel — responde Eloísa, relutante e sem fôlego, como se tivesse corrido uma maratona. — Você lembra dele? — Questiona e Lorenzo assenti. — Lorenzo, existem algumas verdades que virão com o tempo, você precisa entender. Não posso te contar tudo, não sou capaz de fazer isso.

Isso o deixa furioso. Com os sentimentos, a dor e as palavras dela. Seu rosto está vermelho e ele se apoia nos joelhos antes de se erguer completamente. Eloísa caminha até ele, sem pensar, apoia as duas mãos em seu peitoral e o olha nos olhos. As sobrancelhas dele estão tensas, o suor desce de sua testa e ela o abraça. Forte, exigindo que Lorenzo a retribua e o homem, de respiração cortada, demora alguns segundos antes de abraçá-la de volta. Fecha os olhos, sente novamente a paz retornar ao seu corpo humano, respira com mais constância. Engole a saliva estacionada na boca, descola os lábios que nem notava estar pressionando, e afunda seu rosto nos cabelos dela.

— Eu estou com medo — assume em um sussurro pesado, cheio de verdade, e ela o aperta mais, tenta transmitir segurança a ele, mas é incapaz, porque sabe que não estão seguros.

Eloísa afasta-se um pouco, segura seu rosto entre as mãos, Lorenzo não parece mais prestes a estourar. Seus olhos estão completamente brancos e assustados, clamam por uma solução imediata e Eloísa teme mais uma vez a verdade. Quando ela aparecer, não tem certeza de que Lorenzo irá querer olhá-la dessa forma, buscar nela esse conforto.

— Vai se lembrar e provavelmente ficará furioso comigo conforme souber — diz ela, sem desviar seu olhar, e novamente o amarelo de seus olhos aparece. Lorenzo nota que isso ocorre sempre que Eloísa tem medo, mas não sabe o que ela tanto teme nesse instante. — Mas, não se esqueça do real objetivo. Isso está muito acima de mim. São infinitas almas condenadas que não retornam a suas mônodas após a morte. Presas em um mundo terrível. Você pode, por favor, me prometer que não vai se esquecer disso?

Lorenzo está ainda mais confuso do que antes. Não sabe que coisa é essa que ela teme que os afaste, porque para si não há nada que o tire de perto dela. Nunca.

— Azazel é um anjo — intromete-se Paulo no momento dos dois, está olhando para Lorenzo quando o mesmo o encara.

— Ele é uma mônoda incompleta — deduz Lorenzo. — Por que quer manter o ciclo? — O de olhos brancos pergunta. Eloísa escorreu suas mãos até os seus ombros, mas seus corpos continuam colados e ele garante que isso se mantenha assim segurando sua cintura com as duas mãos.

Eloísa encara Paulo, que a olha de volta aflito e respira fundo antes de fechar os olhos, balançar a cabeça negativamente, e dizer:

— Ele não é uma mônoda — abre os olhos, caminha com destreza até Enzo. — Estamos falando de um outro tipo de ser — encosta sua mão direta sobre o ombro descoberto de Lorenzo, ao lado da de Eloísa. Ela retira a sua. — É parte da Trindade. Lorenzo, ele é uma das partes de Teodora. Não é como se tivesse vontade própria. Azazel foi programado para não a fazer voltar atrás em sua decisão de se quebrar.

— Você me disse que não sabíamos quem eram as partes dela — olha Eloísa dessa vez, ela engole em seco.

— Eu nunca disse isso, Lorenzo — e afasta-se dele, mesmo que seja contra a sua vontade. — Falei que eram outro problema e são. Um dos grandes — tenta recuperar o fôlego. Coloca as duas mãos sobre a cintura. — Mas, não conseguimos lidar com ela enquanto suas almas humanas ainda vagam pelas terras. Primeiro lidamos com elas, depois encontramos sua energia e então, por fim, juntamos as partes.

Ele balança a cabeça negativamente, frustrado, sentindo-se traído por receber sempre informações incompletas de algo tão importante.

— Ela nos chama — fala Paulo. — Você vai conseguir sentir com o tempo, quando seus sentimentos se afastarem mais do desejo insano e humano de obter muita sabedoria em pouco tempo. — Lorenzo se sente atacado com suas palavras e da dois passos para trás. — Quanto mais suas unhas crescerem — puxou a mão de Lorenzo, mostrando-o que elas já eram bem maiores do que quando havia visto da última vez, minutos atrás. — E seus chifres começarem a voltar — passa a mãos sobre o cabelo liso e castanho do outro, sobre as protuberâncias que começaram a dar sinais. Lorenzo faz o mesmo e arregala os olhos ao notar. — Vai começar a entender, irmão. Eu prometo.

Eloísa coça a garganta, o encara. Ele a olha então, respira fundo. Sabe do que ela precisa.

— Eu prometo que não vou esquecer o objetivo — e estende a palma da mão esquerda em direção a ela, com unhas que já tem seus quatro centímetros, Eloísa aceita de bom grado, sentindo-se mais aliviada. Sabe que ele odeia descumprir promessas. — Eu sempre vou voltar pra você, El — sussurra, ignorando o outro ser que ocupa o local.

Está olhando diretamente nos olhos dela, e eles novamente revezam entre o castanho e total e único amarelo, isso o assusta. Ela estar com medo do que ele fala não ser real o assusta.

— Não posso te culpar se não voltar — sussurra a mulher e Lorenzo a olha com compaixão, confuso, aperta seus dedos e planeja puxá-la, mas algo rouba sua atenção.

Um chiado alto e agudo invade os ouvidos deles, fazendo Eloísa arregalar os olhos e puxar sua mão. Passa os olhas de Paulo para Lorenzo aflita. Seus chifres crescem como em um sopro e seus olhos se tornam totalmente amarelos em apenas uma piscada. Ela teme, pois sabe que esse é o som que Azazel faz ao ocupar seu espaço em uma das terras. Nenhum ser terrestre era capaz de escutar, mas é como uma sirene aos ouvidos das mônoda presentes, informando que é hora de saírem daquele lugar. Não podem encontrar Azazel, não antes de terem uma lança de diamante. 


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