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ventiuno

— Não acredito que eles não revistaram dentro do seu sapato. – Comento enquanto vejo Dante trabalhar para abrir o cadeado da minha cela.

— Quem revistaria dentro de um sapato? – O cadeado abre e ele empurra a porta, me libertando. – E agora?

Respiro fundo e tento raciocinar, não achei que realmente iriamos sair, já tinha aceitado minha morte por isso não tenho nenhum plano de fuga.

— Temos a saída principal, que seria impossível de passar sem sermos pegos – Dante solta um suspiro, desesperançoso, é quando me lembro de Georgiana, e de como quando éramos crianças, escapávamos da mansão. – E temos outra saída.

— Onde?

— É pela ala de serviços, no andar superior ao nosso, mas para chegarmos lá, teremos que passar pela cozinha e sala de descanso e treinamento dos guardas.

— Sem chance de estarem vazias – Ele respira fundo e me encara. – Espero que seja boa no combate corpo a corpo.

Engulo em seco, mas Dante não me espera responder antes de seguir em direção a escada. Olho ao redor, procurando algo no subsolo que abriga seis celas e uma mesa para o guarda que não veio atrás de nós até agora, é lá que encontro um cassetete e o pego, terá que servir.

Dante me espera no sexto degrau quando me aproximo segurando o objeto, ele olha dele para o pequeno canivete em mãos, mas respira fundo e volta a subir. Consigo ver um segurança no alto da escada a poucos degraus de nós, Dante toma a frente, se aproximando dele e pela primeira vez me pergunto se teremos que matar cada um que surgir em nossa frente para sairmos daqui, porque se tiver, não conseguirei, ainda mais por conhecer a maioria daqui.

Fico paralisada no degrau quando Dante agarra o pescoço do homem e desvio o olhar, se ele cortar sua garganta, não quero ver. Me lembro de quando falei para ele que só estaríamos nessa juntos se nenhum de nós matasse ninguém, e quando Dante leva o corpo ao chão para não fazer barulho, olho para ver se cumpriu sua palavra. Fico aliviada quando não vejo sangue, só o cara inconsciente.

— Não sou igual ao seu ex que parece curtir matar a sangue frio.

Reviro os olhos e termino de subir as escadas, passando pelo corpo estendido no chão, provavelmente por conta de um mata leão.

— Dá para parar de falar desse canalha? Se não percebeu, ele quer me matar – Sussurro e tomo a frente, o hall do elevador felizmente está vazio e respiro fundo. – Tem um ponto cego, me segue.

Corro o mais rápido que consigo até a parede do outro lado da sala, sei que eles nos verão passando pelas câmeras, então precisamos ser rápidos. Encosto meu corpo contra a parede, torcendo pro ponto cego ainda ser o mesmo, Dante encosta ao meu lado.

— Se isso te incomoda, vou continuar falando.

— Você é um porre.

Inclino a cabeça e olho pelo corredor que leva a área de serviços, tem um grupo de guardas reunidos no corredor, conversando e rindo, e dificultando nossa passagem.

— Não vai dar para passar por aí. – Dante sussurra sobre a minha cabeça, volto a me apoiar na parede e o encaro.

— Precisamos de uma distração. – Olho ao redor, procurando algo no pequeno hall vazio, sem plantas ou quadros, nada além das duas portas de metal, uma escada de acesso ao andar superior e uma alavanca vermelha ao lado dela.

— Tem saída de emergência?

— Esse é uma casa antiga, a única saída é a principal, no primeiro andar.

— Então eles terão que passar por aqui.

— Vai para o subsolo, assim que eu puxar a alavanca, correrei para lá, eles não vão se preocupar em nos salvar.

— E se... – Olho para Dante, que franze a testa, mas desvia o olhar. – Ok.

Fico decepcionada por ele não falar mais nada, apenas seguir minhas ordens, esperava pelo menos um boa sorte. Ouço meu coração batendo em meus ouvidos enquanto encaro a alavanca, infelizmente, não tenho mais muito tempo quando ouço alguém falar fuggitivi no rádio, foda-se. Corro até a alavanca e a puxo, o som alto começa a reverberar pelo local junto com jatos de água caindo pelo teto.

Ouço passos se aproximando, e quando me viro, vejo um bando de gente se aproximando do hall, me apresso a correr em direção oposta a eles, esbarrando em corpos que estão mais preocupados em salvar suas vidas, infelizmente, minha saída é demorada e quando dou um passo para longe da multidão, sinto dois braços em volta do meu pescoço.

O cassetete cai de minhas mãos e as levo até os braços que apertam meu pescoço, me sufocando.

— Achou que ia fugir tão fácil traidora? – A minha frente, outro cara de terno surge, uma arma apontada em minha direção, o vejo embaçado por conta da água que faz meu cabelo grudar no rosto.

— Aonde pensou que iria? – O cara da arma ri e a destrava, sinto meu ar acabando. Desejo estar com meus saltos para enfia-los no sapato do cara que me segura, mas não estou, e me sinto tonta.

Vejo o cara da arma pega o rádio e uma ideia surge, tem tudo para dar errado, mas quando ele começa a se comunicar, solto os braços do cara e com a pouca força que me resta, empurro meu cotovelo e cabeça contra seu corpo.

Um barulho de tiro soa enquanto caio no chão, puxo o ar com força e olho ao redor, o cara que me segurava pressiona um ferimento no peito, onde a bala que era para mim, deve ter o atingido e o outro desvia o olhar preocupado dele, para mim, seu rosto se fecha.

— Ele te quer viva, mas estou pouco me fodendo para isso. – Não tenho tempo de me mover antes dele apontar a arma em minha direção, então apenas fecho os olhos e ouço o tiro ser disparado.

Uma dor aguda me atinge, meu braço parece em chamas e quando abro os olhos, meus olhos focam no corpo do cara sendo jogado no chão por Dante, vejo o canivete enfiado em seu braço, o responsável por desviar a bala de meu peito. Encaro Dante socando o cara até ele ficar inconsciente, enquanto percebo que ele salvou a minha vida, Dante e o canivete salvaram a minha vida, pelo menos se meu braço não infeccionar ou eu morrer de tanto sangrar.

Apoio o outro braço na parede e me forço a levantar, o movimento me faz gemer de dor e chama a atenção de Dante que desiste de socar o rosto praticamente desconfigurado e vem me ajudar.

— A gente precisa ir. – Seguro meu braço com a outra mão e ignoro a dor, me apressando até o corredor onde no final dele, tem uma saída.

— Ir? – Dante entra a minha frente, seu rosto está assustado e com respingos de sangue. – Você acabou de levar um tiro, porra eu...

— Dante, a gente, precisa ir, agora – Ouvimos passos atrás de nós, descendo as escadas e só agora percebi que parou de cair água. – Agora.

Ele assente e começamos a correr, a cada passo, sinto vontade de gritar de dor e lágrimas enchem meus olhos.

— Ali no fundo, abre a porta! – Grito enquanto ouço gritos no corredor e barulhos de tiro, me encolho, eles parecem longe demais para nos atingir, parecem.

Dante abre a porta e damos de cara com uma grande caçamba de lixo, cheia de sacos, a nossa frente, ele olha com nojo, mas quando outro tiro soa e atingi ao lado de sua cabeça, ele se joga.

Dante se vira para mim e ergue os braços, sento no chão, outra bala atinge a porta dessa vez, e quando sinto suas mãos em minhas coxas, tomo impulso em sua direção. Sou praticamente carregada no colo para fora da caçamba de lixo, por Dante, e quando chegamos ao chão, alguém grita e vemos seguranças que estavam do outro lado da rua junto com o resto de funcionários que fugiram do suposto incêndio, virem em nossa direção.

— Por ali. – Grito e começo a correr.

Lembro do caminho que eu e minha irmã desgraçada fazíamos, cortando pelas vielas e becos para fugir dos seguranças até chegar a uma avenida movimentada, atravessamos a avenida, quase sendo atingidos por um caminhão que passava e quando chegamos do outro lado da rua, Dante se apressa a quebrar o vidro de um carro com o cotovelo e abrir a porta para mim.

Entro no carro velho e desconhecido que não para de soar o alarme e chamar a atenção para nós, mas parecem muito assustados para se aproximar da garota que jorra sangue pelo braço. Dante entra do outro lado, com o canivete manchado de sangue abre o compartimento embaixo do volante e começa a fazer ligação direta.

O farol da avenida fecha e os vejo atravessando a rua, olho para Dante, desejando que ele se apresse e é quando finalmente ouço o motor do carro soar. Sua mão abaixa o freio de mão e ele enfia o pé no acelerador no mesmo momento que um cara se aproximava, acabando por passar por cima dele, o carro balança e meu braço ferido bate contra a porta.

— Merda desculpa, desculpa, desculpa.

— Só dirige. – Me agarro ao banco quando ele faz uma curva em alta velocidade.

Olho para meu braço e vejo o moletom lilás metade manchado de vermelho, abro o porta luva e tento procurar algo para estancar o sangue, mas só encontro camisinhas, deve ser o carro de um velho tarado.

— Acho que não estamos sendo seguidos – Ele olha pelo retrovisor. – Vou parar em uma farmácia.

Assinto e encosto contra o banco quando ele passa a dirigir novamente, o oriento a andar pelas ruas menos movimentadas pois a Regno não ter acesso as câmeras, permito que meu corpo relaxe o tanto quanto consegue e é quando sinto o sono me atingir.

— Não se atreva a dormir – Com um braço só, o vejo tirar o moletom e depois a camisa, e esticar ela para mim. – Pressione isso e não se atreva a dormir porra!

Mordo com força a manga do meu moletom quando sinto meu braço queimar quando Dante joga mais álcool no meu ferimento.

— Me desculpa.

Não consigo dizer nada, deveria ter aceitado a garrafa de bebida que ele comprou pra eu encher a cara antes disso, mas já havia perdido muito sangue e mais poucos segundos poderiam ser fatais, pelo menos a bala atravessou meu braço, oba.

— Eu vou costurar agora ok? Eu não sou muito bom com isso, mas eu vou... – Solto a manga do casaco.

— Só costura logo essa merda Bianchi. – Alcanço a garrafa e com os dentes, tiro a tampa e dou um longo gole. Sinto uma picada no braço, mas o álcool parece ter anestesiado um pouco o local, ou eu estou perdendo os sentidos.

— Me desculpa.

— Até quando você vai ficar pedindo desculpas?

— Até quando a culpa por quase ter te feito morrer passar, ou seja, nunca. – Paro o caminho da garrafa até a boca e o encaro. Dante tem a visão concentrada na agulha e linha e não me olha, vejo sua mão tremer um pouco e ele respira fundo.

— Não me olhe assim ou eu vou fazer merda aqui.

Fico em silencio, o esperando terminar de me costurar, Deus, nunca pensei que falaria isso.

— Ok, acho que acabei. – Respiro fundo antes de encarar o ferimento, o local não está roxo e não estava jorrando sangue como achei, então provavelmente não atingiu nenhuma artéria ou veia, a costura é do tamanho do meu dedo mindinho e está desalinhada, mas para quem nunca fez isso antes, Dante fez um bom trabalho.

— Acho que não irei morrer. – Murmuro, ele suspira e se joga de costas no chão.

— Precisará ir em um hospital assim que der.

— Meio impossível, a Regno manda em tudo por aqui, a essa hora devem estar nos anunciando como procurados – Olho ao redor do beco escuro atrás de uma peixaria, longe da farmácia onde Dante teve que roubar o que precisaria para cuidar do meu ferimento.

Estamos sem dinheiro, com um carro roubado e um alvo em nossas costas, sinceramente, não sei como sairemos dessa.

— Não devia ter te deixado sozinha, melhor eu devia ter puxado aquela maldita alavanca.

— Dante.

— Mas estava com raiva por ter mentido para mim, muita raiva, mas nunca desejaria sua morte, porra, se você tivesse morrido eu... eu...

— Dante! – O chamo mais alto dessa vez, e ele senta no chão para me encarar. – Você salvou a minha vida.

— Logo depois de ter quase acabado com ela.

— Não foi culpa sua – Ele desvia o olhar para o meu braço e quando vejo seus olhos encherem de lágrimas, chamo sua atenção – Sabe quantas pessoas já se importaram o suficiente comigo a ponto de salvar minha vida? Nenhuma, nem a quem eu chamava de família, que como você pode ver, é tudo uma bosta - Solto um riso choroso pelas lagrimas que enchem meus olhos – Eu agi errado com você, peço desculpas por isso, mas eu juro por tudo que só escondi isso de você, porque queria te proteger, sei que você tinha escolha, mas... E mesmo assim você salvou a minha vida – Nego com a cabeça, lagrimas escorrendo pelo meu rosto – Quem me odeia salvou a minha vida enquanto quem dizia me amar decretou minha morte. – Seco o rosto com a mão do braço não ferido.

— Eu não te odeio Zoe – Olho em seus olhos, tão cheio de sentimentos quanto os meus – Eu nunca te odiei e acho que nem seria capaz disso. Mesmo quando você precisava matar meu irmão, preferiu botar sua vida em risco do que fazer algo tão cruel, então eu sei que se você escondeu que ela é minha mãe, foi por um bom motivo, eu só fiquei... surpreso – Abro um sorriso. – Acho que te devo um obrigada e um desculpa em nome de minha família por ter nos escolhido.

— Eu escolheria vocês mil vezes se preciso, nunca me senti tão amada em toda minha vida, do que quando me aceitaram para a família.

Dante sorri e estica a mão, encontrando a minha e a apertando. Respiro fundo e forço as lágrimas a voltarem para onde vieram.

— Eu não sei como sairemos dessa, nem sei se sairemos.

— Ok precisamos pensar – Ele desvia o olhar para o céu de fim de tarde. – Se quisermos vazar desse país, precisamos acabar com aquele idiota e toda a gangue.

— O que será impossível. – Ele bufa.

— Então... precisamos que alguém faça isso por nós – Franzo o cenho. – Deve haver algum inimigo que aceite nos ajudar e acabar com eles.

— Até tem, mas aí ficaríamos devendo para eles, e no momento não acho que seriamos uma boa oferta para eles.

— Ótimo, então estamos fodidos. – Ele solta minha mão e passa as mãos no rosto, deveria o avisar que há sangue em seu rosto? Seus olhos me olham esperançosos e eles me dão uma ideia.

— Há alguém... – Ele assente, me incentivando a continuar. – Mas acho que nenhum de nós gostaríamos de vê-la.

— Ela? – Assinto, vejo suas engrenagens girarem até compreender e arregalar os olhos. – Merda, tá falando sério.

— A ideia me dá náuseas, acredite, mas se tem alguém capaz de acabar com a Regno, é a verdadeira líder da Regno.

— Julia, minha mãe. – Ele resmunga.

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