sette
O cheiro de tinta do jornal recém impresso ocupou o lugar do cheiro de brownies recém saídos do forno, e se tornou o meu favorito.
A BNU não comercializa jornais impressos para fora, apenas pequenas quantidades para os alunos da universidade, - que raramente compram, apenas se houver uma fofoca quente – e eu sempre faço questão de garantir o meu recém impresso para me agraciar com o cheiro do trabalho árduo que ajudei a realizar.
Desvio o olhar do jornal para a frente da sala, onde o professor de comunicação anuncia um novo trabalho que faz meu estômago se revirar. No começo eu não gostei de nada no curso de jornalismo, mas então começou a surgir as matérias envolvendo cultura e história, a pesquisar mais do que debater e quando vi, acordava empolgada para cada aula. Mas esse semestre focará na arte de entrevistar e debater, coisas que eu odeio, não porque não seja boa, porque precisa ser para ser chefe redatora de jornal, mas porque envolve tomar atitude, muitas vezes liderar, e as vezes, eu deixei subir à cabeça e me tornei a tirana que espero nunca voltar a ser – por isso o cargo de chefe redatora foi dividido com uma outra pessoa que pudesse me equilibrar -.
— Quero que vocês realizem uma entrevista com alguém conhecido, pode ser algum empresário, chefe de restaurante, dono de loja, até alguém dos times, que são bem conhecidos. – O professor explica.
— Por que? – Alguém pergunta.
— Vocês precisam saber lidar com a pressão, e nada traz mais pressão do que lidar com alguém já conhecido na mídia, o melhor seria entrevistarem celebridades ou algo do tipo, mas como dificilmente conseguiriam, iremos para esse sub grupo, certo? – Ele vai em direção a sua mesa, a aula já está quase no fim – E não quero que vão para suas zonas de conforto, entrevistem alguém fora da zona, por exemplo, se preferem esporte, arrisquem para algo como... moda, é só um exemplo – Franzo o nariz, o trabalho ficou ainda pior. – É isso por hoje, tenham um ótimo restante de dia.
Cadeiras se arrastam, materiais são guardados e conversas começam, todos tentando pensar em alguém para entrevistar. Sigo para fora da sala, minha mente tentando pensar em alguma área que eu goste e que seja fora da zona de conforto, mas só tenho resposta para a primeira questão e envolve a coluna investigativa, que não escrevo nada do tipo desde que vim para cá.
Cabelos cacheados surgem pelo canto do meu olho e meu braço é cruzado com o de Emma, já sei o que ela vai me pedir antes mesmo de ouvir:
— Me dá uma carona? – Solto um riso.
— Para sua casa?
— Não, pro mercado – Seu suspiro me faz desviar o olhar de nosso caminho até o estacionamento, para ela – Me passaram um trabalho horroroso. – Dou um tapinha em seu braço.
— Somos duas então – Desviamos de um grupo de garotos que, eu não sei porque, carregam uma mesa. – O que precisa fazer?
— Preciso criar um prato ou recriar um já existente e fazer a ficha técnica dele.
— Ficha o que? – Emma solta um riso.
— Basicamente pesar cada passo que eu fizer, escrever e depois calcular para descobrir a caloria e... – Solta um bufo. – Enfim, vai ser difícil pra caralho.
— Tem ideia do que vai cozinhar?
— Não, estou torcendo para que as prateleiras do mercado me deem uma luz. Enfim, o que você precisa fazer?
— Arranjar uma entrevista em uma área que nunca entrevistei, com alguém meio famoso.
— Tipo um jogador?
— É, talvez – Dou de ombros. – Odeio esportes, mas só conheço os garotos do time de famoso, na verdade, só conheço Luke, Javier e Samuel.
— Bem, não acho que Luke vá querer dar uma entrevista, Javier é muito ocupado, então acho que sua melhor opção é Samuel. – Solto um resmungo.
— Acho que prefiro pedir a Bryan do que para ele. – Bryan é o capitão do time, cujo mal troquei dez palavras, porém é melhor amigo de Jade, mas deve ser tão ocupado quanto Javier, principalmente com o tanto de garotas que pega.
— Ih, o que rolou no encontro? – Chegamos ao meu carro e aperto o alarme, destrancando as portas. – Jade foi lá em casa no domingo e reclamou da péssima escolha de Luke, o que me lembra, onde você se meteu no final de semana? Tínhamos combinado de nos ver.
— Enchi a cara e beijei Samuel, de novo. – Respondo a primeira pergunta, e fugindo da segunda, entro no carro, Emma fecha a porta do passageiro segundos depois.
— Você tem que parar de beijar ele quando bebe, ou parar de beber. – Solto um riso e ligo o carro.
— Ele me desafiou, falou que eu não tinha coragem de virar shots de tequila, tive que beber.
— Sei – Não gosto de como a voz de Emma soou, mas estou ocupada demais dando ré. – E se divertiram?
— Sim, na verdade... – Mordo o lábio inferior, indecisa – Não acho que o beijei por causa da bebida – Emma solta um grito agudo que quase me faz perder a direção do carro. – Emma cacete, não grite assim.
— Foi mal, são os hormônios – Ela se aproxima de mim – Ele beija bem né? Ele tem cara de quem beija bem – Sinto meu rosto esquentar e Emma solta um riso. – Sua safada sortuda.
— Ele é legal, fazia tempo que não me divertia desse jeito.
— Ei, eu e Jade somos bem divertidas também.
— Claro, quando não envolve você cozinhando. – Recebo um tapa no braço.
— Só por isso você vai ficar, me ajudar no trabalho e provar a comida. – Solto um gemido.
— Por favor não, chame Jade.
— Não, ela já pulou fora, vai sair com Lib e Luke.
— Então eu preciso de uma criança ou um namorado pra me livrar dessa seção de tortura? – Quando Emma fica quieta, desvio o olhar para ela e a vejo chateada. – Ei, calma, eu só estou brincando ok? Algumas vezes você faz coisas gostosas.
— Queria que o as vezes fosse sempre. – Me sinto uma merda ao vê-la, a inquebrável Emma, triste.
— Que tal inventarmos uma receita juntas? Te ajudo a cozinhar e pesar tudo. – Ela desvia o olhar para a janela ao seu lado.
— Não quero que faça isso por pena ou algo do tipo.
— Não faço por pena Emma – Respiro fundo e dou seta para a esquerda, indo na direção do mercado – Faço porque você é minha melhor amiga e cozinhar te faz feliz, não ligo de ter uma intoxicação alimentar se te ver feliz fazendo o que realmente gosta. – A ouço engasgar, mas quando a olho, seu rosto ainda está voltado para a janela.
— Cale a boca ou me fará chorar Itália.
— Cobras choram?
Desta vez recebo um soco no braço.
Fecho a porta do quarto com o pé, minhas mãos ocupadas com dois potes das comidas testes que fiz com Emma em sua casa. O quarto está escuro, por já ser quase oito horas da noite, e procuro o interruptor com o cotovelo, quando a luz acende, ilumina o quarto completamente bagunçado.
— Que merda aconteceu aqui? – Resmungo e coloco os potes em cima de uma cueca em cima da mesa de cabeceira entre as camas – Se essa cueca estiver suja eu...
— Boa noite. – Quase grito quando ouço a voz de Dante atrás de mim.
Me viro em sua direção, vendo-o sair do armário – que? – e tento acalmar meu coração já que por poucos segundos meu cérebro esqueceu que estava abrigando - escondendo – Dante aqui. Arregalo os olhos quando me lembro de minha caixa escondida no armário, que eu coloquei em cima deste enquanto Dante dormia, e fico aliviada por vê-la intacta entre outras caixas vazias de sapato.
— Isso é comida? – Antes que eu possa responder, Dante esbarra em mim, me fazendo tropeçar para o lado, e ataca o pote com cookies de mirtilo com nozes, que acabaram virando uma massa estranha escura. Dante enfia um cookie inteiro na boca e mordo o lábio, aguardando sua reação, ele faz uma careta. – O que é isso?
— Eu que te pergunto o que é isso. – Aponto para o quarto, ele engole e tem a coragem de me lançar um olhar que junto com seus cabelos bagunçados caindo pela testa, vira um olhar infantil.
— Isso o que?
— Isso. – Abro os braços.
Sua cama, que na verdade é de Yelena, está cheia de roupas, que espero estarem limpas e uma caixa de pizza aberta com restos de borda. Além da cueca em cima da mesa, há uma lata de cerveja vazia do lado e outra jogada no chão. Vou para o banheiro, onde encontro sua mochila pendurada onde deveria estar a minha toalha, que está jogada na minha cama.
Sentindo uma raiva tomar conta de mim, arranco a mochila com força e volto para o quarto, encontrando Dante devorando o último cookie, que apesar de não ter ficado ruim, ficou feio e com qualquer gosto, menos de mirtilos com nozes.
— Que merda é essa Dante? – Ele ergue o olhar do cookie e quando vê a mochila em minhas mãos, pesada pra caralho, joga o pote na minha cama – eu consigo ver as migalhas se espalharem daqui – e vem em minha direção com pressa, arranca a mochila de minhas mãos e quase as leva junto. – Ai!
— Não toque nas minhas coisas.
— Não tocar nas suas coisas? – Solto um riso e levo as mãos a cintura – Meio impossível quando as suas coisas estão na porra do quarto todo! – Felizmente, eu consigo não gritar.
Pisando com raiva, volto para o banheiro, pego o cesto de roupas sujas vazio, e quando volto para o quarto, vou jogando tudo o que encontro dentro do cesto, deixando a caixa de pizza e as latas de cerveja por cima, me recuso a tocar na cueca. Dante me acompanha com os olhos, parado no centro do quarto, em silêncio.
— Você não pode e não vai transformar meu quarto em um chiqueiro, não sei como as coisas funcionavam na sua casa, mas aqui não tem empregadas, a não ser que você queira ser uma. – O lanço o meu melhor olhar ameaçador.
— Não ta tão ruim assim. – Me viro de queixo caído para ele.
— Não tá tão ruim assim? Dante, tem a droga de uma cueca em cima da mesa e migalhas de cookie na porra da minha cama. – Meu tom de voz o faz dar um passo para trás.
— E-eu... – Ele gagueja, então, solta uma tosse. – Eu... – Outra tosse. Franzo o cenho.
— Vai fugir da briga com uma crise de tosses? – Reviro os olhos e pego a garrafa de cerveja no chão, ele continua tossindo – Me pergunto como você teve a ideia genial de deixar sua mochila no banheiro e tirar a minha toalha de lá – A tosse não para – E não to a fim de acordar, olhar pro lado e dar de cara com uma cueca roxa ridícula na mesa de cabeceira. Será que dá para parar de tossir? – Me viro para Dante e dou um passo para trás.
Seu corpo está inclinado para frente, suas mãos apoiadas nos joelhos, ele para de tossir, mas um som estranho sai de sua boca e quando ele ergue a cabeça para mim, quase deixo o cesto cair no chão. O rosto de Dante está completamente vermelho, não sei se pela crise de tosse ou pela forma como ele parece forçar o ar a entrar em seus pulmões, sua boca parece meio inchada também.
— Você tá morrendo?
— O-o que – Ele puxa o ar com força, fazendo um som engasgado soar – T-tinha n-nos... – Ele não termina a pergunta, mas eu a entendo. Deixo o cesto no chão e me aproximo dele.
— Massa básica de cookie: manteiga, açúcar, ovos, farinha, junto com mirtilos, baunilha, nozes...
— N-nozes? – Ele exclama desesperado e então senta na minha cama, arregalo os olhos e me aproximo dele, sua boca definitivamente está inchada.
— Por favor não me diga que tem alergia a nozes? – Ele assente levemente com a cabeça enquanto suas mãos ao redor de seu pescoço tentam ajudar a buscar por ar. - Ai meu Deus o que eu faço? Enfio o dedo em sua garganta? Corto e enfio um canudinho como naquele filme as bem armadas? Tudo bem que o corte deu errado e saiu sangue e...
— N-não.
— Ok, então hospital? – Seus olhos se arregalam ainda mais.
— Não, hospital não. – Ele pede desesperado.
— Dante, isso não é hora de querer se esconder e...
— Antialérgico. – A palavra sai totalmente estranha de seus lábios.
— Mas que tipo de antialérgico? Você não pode tomar qualquer um, pode dar reação e... – Uma de suas mãos agarra a minha, com força, e quando o vejo começar a ficar levemente roxo, me desespero. – Antialérgico, tá, já volto.
Não espero sua resposta, apenas saio correndo, me lembrando de fechar a porta, e esbarro em uma das garotas que subia as escadas, enquanto tento alcançar o mais rápido possível e alcançar o estoque de remédios que temos na cozinha.
— Ei, ei, ei, que barulho todo é esse? – Ouço a voz de Scarlett atrás de mim, mas estou muito ocupada pegando a caixa de remédios dentro da dispensa – Tá com piriri? – Reviro os olhos.
— Sim, posso sair cagando a qualquer momento. – A ouço ofegar atrás de mim. Leio rótulos e rótulos dos remédios comprados pela garota hipocondríaca da casa, atrás do maldito antialérgico.
— Credo, você não tem modos Zoela? – Tem mais remédios para cólica aqui do que na farmácia. – Escuta, você-
— Não tem – Me levanto em um pulo, quase esbarrando em Scarlett. A ruiva me olha de olhos arregalados – Onde está o antialérgico? – Ela franze a testa.
— Antialérgico? Você não tá com piriri?
— Scarlett. Antialérgico. Onde? – Falo ameaçadoramente.
— Acabou.
— Cazzo! Porca miseria!
— O que tá rolando? – Desvio o olhar para o pacote de biscoitos que ela carrega nas mãos e uma luz se acende na minha cabeça.
— Nada, eu... uma menina está com alergia, me pediu um antialérgico, mas lembrei que tenho um no quarto, valeu.
Não espero sua resposta, saio correndo escada acima. Quando entro no quarto, encontro Dante em uma situação deplorável.
Ele está jogado na minha cama, sem camisa, o rosto está realmente roxo agora e ele parece prestes a desmaiar.
— Merda, respire por favor, eu esqueci que tenho uma caneta.
Ouço-o murmurar algo, mas estou ocupada revirando minha bolsa atrás da caneta de adrenalina para alergias que tive que comprar. Quando a acho, ergo-a como se fosse um tesouro e me viro em sua direção, Dante desvia o olhar desesperado entre a caneta e meu rosto, por mal conseguir respirar, ele nem grita quando enfio a caneta em sua coxa.
Acompanho aliviada quando quase um minuto depois, o vejo finalmente respirar direito. Pego uma garrafa de água que estava dentro da minha bolsa e estico para ele beber, mas o cara mal consegue abrir os olhos. Respiro fundo e me sento na cama atrás de sua cabeça, ergo seu corpo e apoio contra o meu, então, coloco a garrafa contra sua boca e espero com paciência até ele beber.
— Como você está? – Pergunto quando sinto a respiração vinda de seu corpo contra o meu mais estável.
— Bem. – Solto um suspiro cheio do desespero que senti.
— Tem certeza? Quer mais água?
— Não – Ele respira fundo. – Obrigada.
— Não precisa me agradecer – Mordo o lábio inferior, deixo a garrafa na mesinha ao meu lado – Quando te vi todo roxo, achei que ia morrer. – Dante se afasta de mim e se vira na minha direção, seu rosto está brilhante de suor, alguns fios de cabelo grudam em sua testa e seus olhos ainda refletem o medo que vi antes, sua boca menos inchada me traz um alivio ainda maior.
— Você iria gostar disso? – Abro a boca e por alguns segundos, fico sem saber o que dizer.
Balanço a cabeça, tenho vontade de perguntar que merda ele disse, rir em sua cara e depois bater nele, mas vou pelo lado mais racional:
— É claro que não Dante, que pergunta é essa? – Ele semicerra os olhos.
— Você me odeia, e quase negou me ajudar uns dias atrás. – Respiro fundo.
— Você não é minha pessoa favorita no mundo Dante, está bem longe disso na verdade – Ele ergue as sobrancelhas e apenas dou de ombros, é a verdade – E eu tive receio de te ajudar por motivos meus, mas não tem nada a ver comigo odiar você ou te querer... morto.
— A forma como você sempre me tratou diz o oposto. – Solto uma risada que o deixa confuso.
— Qual é Dante, perto de como Ana tratava Dean, eu era um doce com você. – Sls nega com a cabeça.
— É diferente.
— O que é diferente? – Ajeito minhas costas na cabeceira da cama, verdadeiramente interessada. Dante desvia o olhar.
— Você era... um doce com todo mundo, ok, talvez não com meu irmão, mas ninguém tem paciência para o humor de Dean... – Ele nega com a cabeça – Mas eu? Eu sou um doce, um amor de pessoa, e era a pessoa que você mais tratava mal, não, melhor, a única – Encolho os ombros. – Sabe, dizem que a linha entre o amor e o ódio é...
— Ah pelo amor de Deus – Me levanto da cama, me arrependendo de sentir compaixão por ele – Não me venha insinuar que eu estava apaixonada por você ou qualquer merda desse tipo – Quando me viro para ele, ele já me olha com a testa franzida. – Se quer acusar alguém de que estava apaixonado aqui, acuse a si mesmo. – Ele solta uma risada.
— Acredite, se estive apaixonado por alguém naquela época, não era por você. - Engulo em seco, qualquer piada que tinha na ponta da língua, morreu. Não sei se me sinto insultada ou aliviada.
— Bom saber disso – Respiro fundo e então, chuto o cesto em sua direção. – Falei sério antes Dante, não dá para viver nessa bagunça.
— Eu sei – Fico surpresa pela sua concordância – Estava com tédio, você deveria colocar uma televisão aqui. – Levo a mão a testa, coçando-a, tento lembrar que ele fica o dia todo aqui no quarto trancado, quando não, pelo jeito, evitando ser visto, no armário.
— Por que não assiste no celular?
— Não trouxe celular. – Claro que não. Levo o olhar para o armário, onde sei que está minha bolsa com notebook.
— Posso te deixar meu notebook, quase não uso ele, pode usar minha conta do aplicativo de filmes também. – Ele franze a testa e leva o olhar para a cueca embaixo do pote.
— Obrigado, prometo deixar o quarto mais... organizado.
— Seria bom – Olho para a caixa de pizza. – Como você conseguiu essa pizza?
— Esperei todas saírem e pedi uma no catalogo que estava na geladeira.
— Tome cuidado Dante, qualquer uma pode aparecer a qualquer momento.
— Relaxe, a câmera e o sensor estão funcionando bem, quando alguém se aproxima eu me escondo no armário – Solto um riso, que o faz abrir um pequeno sorriso – Que humor de infantil Zoela – Reviro os olhos e pego a toalha na ponta da cama – Falando nisso, quem diabos cozinhou aquele cookie? – Solto uma risada.
— Eu e minha amiga Emma, ela não é a melhor na cozinha e eu aprendi a fritar um ovo meses atrás então...
— Dá próxima vez poderia me avisar os ingredientes antes. – Reviro os olhos e vou pegar uma muda de roupa no armário.
— Se você não atacar a comida antes, além disso, não se acostume, a maioria das coisas que ela faz acabam indo para o lixo, causam intoxicação alimentar ou... bem, você não foi o único que quase morreu. – Revelo, me lembrando de quando Javier, irmão de Jade, passou pelo mesmo.
— Alguém devia falar para essa Emma parar de cozinhar. – Lanço-o um olhar de advertência.
— Se um dia ver ela e dizer isso, juro que te castro – Ele ergue uma sobrancelha. – Cozinhar a faz feliz, ela só é um pouco azarada.
— Certo, e por que tinha a caneta? – Dou de ombros.
— Minha amiga tem uma sobrinha que é alérgica a nozes também, ela teve um incidente e depois disso sempre precisa estar com uma caneta de adrenalina, eu passo bastante tempo com ela então... comprei uma.
— Uau, você gosta de crianças então?
Me viro para Dante e franzo a testa, ele quer saber mais sobre minha vida, por mera curiosidade ou por algum motivo? Nego com a cabeça e abraço minha muda de roupa contra o peito.
— Limpe as migalhas da minha cama por favor.
Me viro e vou tomar banho.
Cazzo! Porca miseria! - Caralho! Porra!
Atualização dupla meus amores, mas não se acostumem porque foi só dessa vez ;(
Um pouco do passado da Zoe foi revelado e o que vocês acharam? Alguma aposta?
O próximo capítulo é do passado, a tal cena do jornal, quem lembra?
É isso por hoje amores, não esqueçam a estrelinha se puder e até sábado.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro