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nove

Eu odeio futebol. Odeio esportes, jogadores, torcedores e toda a comoção que surge em semana de jogo, e o meu motivo é bem plausível: os primeiros e últimos jogadores que conheci, de futebol, acabaram por serem um bando de assassinos.

Quando cheguei a Bringhte, e vi aquelas pessoas ainda mais fanáticas por futebol do que em minha antiga universidade, quase enlouqueci, mas tive que engolir em seco e sorrir para todos por causa do jornal e da popularidade maluca que tinha, isso se eu quisesse ter uma vida normal, e eu queria.

Demorei para confiar naquelas jaquetas do time, e confesso que só me convenci de que a maioria ali é limpo - pelo menos em relação a assassinatos, porque a maioria tem uma passagem na polícia por agressão ou atentado ao pudor – por causa do irmão de Jade, que é um dos principais jogadores do time de futebol da BNU.

— Você deveria ir no jogo de amanhã. – Desvio o olhar do grupo de jogadores que bloqueia a entrada do refeitório, amontoados em um círculo, eles jogam para cima seu capitão Bryan, enquanto cantam o hino do time, para Emma a minha frente.

— Eu odeio os jogos, você sabe, só vou neles para fazer companhia para Jade e ela não vai dessa vez porque precisa cuidar da sobrinha. – Encolho os ombros e dou uma garfada no macarrão a minha frente. – Odeio todos os gritos.

— Você falou como uma velha. – Ela franze o nariz.

— Velhas são legais

— Qual é, é nosso passatempo ir aos jogos e reclamar dos torcedores e jogadores. – O amontoado de gente se separou e liberou a porta, me permitindo vez Jade conversando com seu irmão. – Além disso, você pode fazer aquela sua tal reportagem pro jornal. – Volto o olhar para Emma.

— Eu preciso de uma entrevista, Jade disse que falou com os caras e só Samuel topou, mas não vejo ele a quase uma semana.

Na verdade, faz cinco dias, sei disso porque vim tentando arranjar entrevistas desde o dia em que foi passado o trabalho e não consegui, e agora, a três dias do prazo final, estou quase surtando e caçando Samuel por todos os cantos, mas o cara que costumava sempre me seguir, agora parece estar me evitando.

— Bem, ele não pode fugir de você no jogo certo? Ele é um dos titulares. – Aceno com a cabeça. – Vá ao jogo, assista e no final, você o confronta.

— Ok, certo, posso fazer isso. – Inclino a cabeça, analisando desde seus olhos castanhos até seus cabelos cacheados, quando seu olhar se desvia para a mesa dos jogadores atrás de si, noto algo de diferente. – O que foi? – Emma volta seu olhar com rapidez para mim, seus cabelos chegando a ricochetear contra seu rosto.

— O que foi o que?

— Por que você quer ir no jogo? – Ela franze a testa.

— Porque a gente sempre vai aos jogos? – Deixo os talheres de lado e apoio o cotovelo na mesa, me aproximando dela.

— Sim, mas você parece com muito mais vontade de ir desta vez. – Ela revira os olhos.

— Você está viajando Itália, só quero te ajudar que nem você me ajudou no trabalho.

— Emma...

— O que? - Solto um suspiro, desistindo.

— Ok, se você diz.

Algo atinge minha testa assim que abro a porta do quarto na tarde de sábado, após voltar do jornal.

Solto a maçaneta e levo a mão a região atingida, agora provavelmente vermelha, e depois para o culpado: uma bola de tênis que ricocheteou e voltou para a mão de Dante que me olha segurando a vontade de rir. Reviro os olhos, entro no quarto e fecho a porta enquanto massageio a minha testa.

— Onde você arranjou uma bola de tênis? – Pergunto enquanto jogo minha mochila na cama.

— No quarto da garota que joga tênis. – Me viro para ele surpresa, ele está sentado com as pernas para fora da cama, vestido em um conjunto de moletom preto.

— Você invadiu o quarto de Mercedes? – Ele solta um riso e joga a bola para cima e a pega.

— Nome bonito, qual o nome do namorado dela? Ferrari? – Reviro os olhos e decido o ignorar, indo abrir o armário. – Ferrari é italiana, né? – Respiro fundo enquanto passo o olhar pelas roupas.

— É. – Já me arrependo de ter respondido.

— E você tem um jeep? Que decepção Zoela. – Pego um macaquinho vermelho de manga ¾ e uma meia calça e me viro para ele.

— Pra sua informação, o meu é um jeep renegade, o primeiro jeep produzido na Itália. – Ele franze a testa. – E eu não ligo se ele é italiano ou não, eu ligo se ele funciona.

— Você vai sair? – Seu olhar desce para as roupas em minha mão. Reviro os olhos com sua súbita mudança de assunto e tiro os saltos com os pés.

— Vou, e acho bom você não sair daqui. – Semicerro os olhos em sua direção. – Desse quarto. – Completo. Dante revira os olhos.

— Eu não sou uma criança Zoela.

— Não está parecendo. – Pego minha toalha.

— O que você esperava? Estou trancado aqui nesse quarto sem fazer nada há dias, você faria o mesmo. – Me viro para ir ao banheiro e acabo encontrando Dante em pé, parado a minha frente, preciso erguer a cabeça para olhá-lo nos olhos. – Vai há algum lugar divertido? Posso ir junto? – Franze o nariz. – Ao menos que seja um encontro.

— Não, não e não. – Respondo as três perguntas enquanto desvio de seu corpo. – Fique aqui e seja um bom garoto. – O ouço bufar e me viro para ele.

— Agora me tratou feito um cachorro. – Solto um riso, que o faz semicerrar os olhos em minha direção. – Acha isso engraçado Zoela? Ótimo, se você não me levar junto, eu irei sair. – Dou de ombros.

— Você que é o fugitivo aqui. – Ele abre um sorriso de canto maldoso.

— Claro, vamos fingir que sou só eu. – Arqueio as sobrancelhas. – Mas se quer ir por esse lado... irei falar para aquela ruiva gostosona que venho ficado no seu quarto há dias e que você inclusive me pediu para invadir os outros quartos atrás de-

— Ok, ok já entendi. – O interrompo, respiro fundo e cruzo os braços. – Eu vou a um jogo de futebol. – Seu rosto se transforma em uma careta de nojo.

— Sério? Você gosta disso? Depois de tudo? – Reviro os olhos.

— É claro que não, odeio jogadores, futebol e esportes em geral. – Ele abre um sorriso. – Apesar de ter alguns caras do time bem legais. – O sorriso se transforma em careta. – Mas enfim, vou ir por causa de um trabalho. Sua sorte é que vamos estar no meio da multidão e seja lá do que esteja fugindo, ou de quem, provavelmente não irá te encontrar, vá se arrumar.

Acho realmente engraçado o fato de que, quando saímos para comprar a câmera e o sensor para o quarto, Dante só faltou usar um saco na cabeça, mas para ir ao jogo, um local lotado de pessoas, está vestido como uma pessoa normal e anda praticamente desfilando.

Solto um resmungo enquanto tranco o carro e preciso correr para o alcançar antes que suma na multidão. Consigo o alcançar poucos metros antes da entrada do estádio de futebol e agarro seu braço.

— Qual a porra do seu problema? – Preciso aproximar do seu ouvido para que ele ouça por cima da multidão de torcedores animados. Um cheiro de pinheiro e menta invade minhas narinas e desvio o olhar para seu cabelo penteado para trás.

— Qual o seu? Está com medo de cair em cima desses saltos? – Ele desvia o olhar para minha mão que ainda agarra seu braço. – Quem vem de salto alto para um jogo? E de vestido?

— Primeiro, saltos são minha marca registrada, ok? – Ele revira os olhos. Entramos na fila onde os organizadores verificam os ingressos ou, no caso dos estudantes da BNU, sua carteirinha. – E eu vou... a um lugar depois do jogo. – Seus olhos castanhos olham para mim. Vai ter uma festa depois do jogo, Jade e Emma confirmaram presença e praticamente me ameaçaram caso eu não vá.

— A um encontro? – Reviro os olhos.

— Estou achando que você quer que eu vá a um encontro. – Abro um sorriso.

— Está me chamando para sair Zoela? – Solto uma lufada de ar.

— Não nessa vida.

Nossa vez chega e eu mostro minha carteirinha do jornal, permitindo que Dante entre sem ingresso. Assim que entramos na arena, sinto meus ouvidos doerem com os gritos, hoje é um jogo importante, algum tipo de classificatórias – quem toma conta da coluna de esportes é o outro chefe redator, então eu realmente não presto atenção neste mundo -, então há o dobro de pessoas e o dobro de animação. Meu celular vibra em meu bolso e assim que vejo o nome de Emma, solto um praguejo.

— Merda – Resmungo e atendo o celular. – Oi eu...

Ei, foi mal. – Ela grita por cima da multidão. – Um panaca ocupou o lugar que guardei para você e quando fui tenta-lo fazer sai, acabou tendo uma pequena briga, derramaram cerveja na minha cabeça e eu estou indo pro apartamento tomar um banho e me trocar.

— Espere, você está indo embora? Eu só vim por sua causa.

E por causa da sua entrevista. – Ela reitera, o som ao fundo começa a diminuir, então provavelmente ela está saindo do estádio. – Então nem pense em ir embora sem falar com Samuel e... aí porra seu panaca, olha por onde anda! – Ela grita em meu ouvido, não tenho tempo de afastar o aparelho. – Te vejo na festa.

Solto um riso quando ela desliga, ok, pelo menos não terei que explicar sobre Dante, fico feliz por nunca precisar o apresentar para ninguém. Ergo o olhar, só agora percebendo que Dante nos guiou para dois lugares perto do corredor que leva aos vestiários, sento em meu lugar, grata internamente.

— Seu namorado?

— Pelo amor de Deus. – Me viro para Dante, sentado a minha direita. – Eu não tenho namorados ok? Sem encontros, ficantes ou qualquer merda desse tipo. – Ele pisca, surpreso. – Agora será que pode parar de perguntar sobre isso?

— Ok... – Solto um suspiro e me viro para frente.

Poucos minutos se passam antes do locutor anunciar a entrada dos times em campo. Franzo o nariz com a animação que surge quando os dois times entram em campo, suas lideres de torcida na frente, liderando o caminho enquanto fazem piruetas malucas, Amélie, a capitã, sempre na frente.

— Caralho, ingleses levam essa coisa de esporte a sério. – Dante resmunga ao meu lado, parecendo tão incomodados quanto eu.

— É o principal esporte do país deles, e a BNU é conhecida por revelar grandes jogadores. – O hino do país começa a tocar e Dante bufa ao meu lado, desvio o olhar para ele, encontrando-o praticamente deitado no assento.

— Nunca pensei que diria isso, mas prefiro os jogos dos Alphas. – Ele franze o nariz. – Pelo menos eles eram tão ruins que quase não tinham torcedores e os que tinham, não eram tão...

— Irritantes? – Abro um sorriso, Dante olha para mim e abre um sorriso de canto, assentindo com a cabeça. – Se prepare, os gols soam como o inferno.

O jogo foi barulhento e irritante como o inferno, mas teve uma parte divertida, que normalmente não teve nos outros jogos: ver Dante irritado pra caralho. A cada grito, ele se encolhia dentro da jaqueta jeans – jeans, nunca pensei que o veria em uma jaqueta jeans -, toda vez que o cara musculoso ao seu lado vaiava nosso time, ele fechava as mãos em punhos e fingia que estava apertado e ia ao banheiro, bem, pelo menos ele não ameaçava sair socando todo mundo como seu irmão.

— Onde você vai? – O ouço perguntar e quando olho por sobre o ombro, Dante está de pé, pronto para me seguir. A multidão ao nosso redor se dividi nos que estão comemorando a vitória do time da BNU, e os que saem em direção a saída.

— Fazer meu trabalho.

— Que é...? – Reviro os olhos.

— Só me espere aqui ou no ao lado do carro enquanto vou conversar com alguém, ok? – Sem esperar sua resposta, me viro e desço as escadas em direção ao corredor que leva aos vestiários.

O time saiu do campo há poucos minutos e retornará em breve para a festa que começará em breve, ao anoitecer, por isso me encosto contra uma das paredes da entrada do corredor e espero.

— Zoela Hilton. – Ergo o olhar do celular para a dona da voz, e fico verdadeiramente surpresa ao encontrar Amélie, sorrindo, para mim.

— Hm... oi? – A loira se aproxima devagar de mim, me desencosto da parede, esperando a provável briga que surgirá já que eu publiquei uma pequena matéria que fez todos do campus odiá-la, mas ela apenas para a minha frente, e continua sorrindo.

— Só queria dizer obrigada.

— Obrigada? – Repito. – Pelo que, exatamente?

— Zoe? – Outra voz me chama, e dessa vez não preciso me virar para saber que é Samuel.

— Só obrigada. – Ela solta uma piscadela antes de se virar e ir embora. Pisco várias vezes, encarando o local por onde o ponto vermelho, a cor de seu uniforme, some no meio da multidão.

— Zoe? – Respiro fundo e me viro para Samuel, ele veste um uniforme limpo e seu rosto ainda molhado pelo recém banho exibe seu sorriso brilhante para mim. – Gostou do jogo?

— Ah sim, o jogo foi... ótimo, mesmo. – Seu sorriso se torna mais brilhante, dou um passo para trás, um incomodo me surge, seu sorriso parece... falso, e não é a primeira vez, apenas a primeira que assumi isso.

— Eu fiz um gol incrível né?

— É, o público foi a loucura. – E quase estouraram meus tímpanos. Respiro fundo e sorrio. – Preciso te pedir um favor. – Ele franze a testa.

— Manda.

— Eu preciso que me de uma entrevista, sabe, sobre como é ser um jogador de um dos times mais conhecidos do país e possível futuro jogador profissional em um grande time. – Ele ergue as sobrancelhas.

— Acha que sou tão bom assim?

— Bom, espero que sim, e que seja um pouco famoso também, ou meu trabalho ganhará um belo zero. – Ele apoia um dos braços na parede ao lado da minha cabeça.

— Não sou um Bryan ou um Javier da vida, mas dou pro gasto. – Solto um riso a sua menção do capitão do time e do irmão de Jade. – Então, quando irá me entrevistar?

— Então é esse o seu compromisso? – Dou um pulo para o lado, me afastando de Samuel e encontrando Dante parado atras dele.

— Eu não te mandei esperar? – Dante franze a testa.

— Por que está falando em inglês comigo? – Abro a boca, só agora notando que quando estamos sozinhos, sempre acabo falando em italiano, mas com os outros, como agora, em inglês, e nem havia percebido isso antes.

— Que língua ele tá falando? Alemão? – Olho para Samuel, indignada.

— Não, italiano. – Respondo-o, mas ele não parece prestar atenção, já que está muito ocupando trocando olhares cortantes com Dante. – Eu mandei você esperar no banco ou no estacionamento. – Repito, agora em italiano, para Dante. Samuel me olha sobre o ombro.

— Não sabia que você falava italiano. – Um riso sai da boca de Dante, fazendo-nos desviar o olhar para ele.

— Está dando em cima dela e nem sabia que ela nasceu na Itália? – Sinto um arrepio pelo corpo ao ouvir seu sotaque ao falar em inglês, perfeitamente. – Ou você não está tão afim assim dela ou...

— Ok, chega. – Me aproximo de Dante e seguro seu braço, o puxando na direção oposta de Samuel, cujo pergunto sobre o ombro. – Te vejo amanhã na sua fraternidade?

— Não vai a festa hoje à noite?

— Não. – Seguro o braço de Dante com mais força e o puxo. – Precisarei ser babá de um cachorro.

— Ei! – Dante grita ao meu lado, mas finalmente se permite ser levado em direção a saída do estádio. – Você me chamou de cachorro? De novo? – Voltamos para o italiano.

— Sim, mas dessa vez não foi indiretamente. Desde quando você sabe falar inglês?

— Desde que é ensinado desde o fundamental em Piena? – Ele para de andar perto do carro, reviro os olhos e me viro para ele. Dante tem os braços cruzados na altura do peito e me olha sério. – Quem é aquele cara?

— Quem vai me garantir uma boa nota e a não reprovação. – Ergo as sobrancelhas.

— Nome e sobrenome? – Imito sua posição.

— Quer a identidade também?

— Seria ótimo. – Reviro os olhos, descruzo os braços, pego as chaves penduradas no meu cinto ao redor da cintura e me viro para abrir o carro.

— Você é ridículo Dante.

— Estou falando sério. – Sua mão segura meu braço antes que eu possa destranca-lo. Desvio o olhar de sua mão até seus olhos. – Quem é aquele cara?

— Samuel, não sei o sobrenome, jogador do time, agora me solte. – Sua testa se franze.

— Ele é daqui? Dessa cidade de nome estranho? Desse país?

— Dá pra parar de agir feito um louco? – Tenho que me segurar para não gritar. Dante nega com a cabeça e se aproxima um passo.

— Louco? O único cara louco aqui é ele!

— Ah sim? – Solto um riso. – E por que?

— Bem para começar, ele te chamou de blondie. – Pronuncia loira em inglês. – Só eu posso te chamar de bionda. – Agarro sua jaqueta jeans e o puxo em minha direção, com raiva, sua mão finalmente deixa meu braço. Encaro seu rosto a centímetros de distância, minha respiração pesada pela raiva que sinto ao ouvir o apelido pronunciado em italiano.

— Nunca mais me chame assim, ouviu? – Dante ergue as sobrancelhas.

— Eu não posso, mas Samuel pode?

— Tem diferenças.

— O que? Ele é seu amigo e eu não? – Reviro os olhos e solto sua jaqueta. Me viro para o carro e finalmente o destranco.

— Também, mas estou falando do apelido idiota em italiano.

— Bem, se fosse idiota, você não teria ficado desse jeito. – Ergo o olhar para ele que rodeia o carro em direção ao banco do passageiros – E se seu lance é usar saltos, o meu é dar apelidos. – Ele entra no carro.

— Seus apelidos são idiotas, não os use comigo. – Entro no carro. Dante leva o tempo que coloco o cinto e ligo o carro, para voltar a falar.

— Falando sério Zoela, aquele cara não é confiável. – Fico em silêncio, concentrada em sair do estacionamento. – Acho que o conheço de algum lugar. – Respiro fundo, mas ainda não o respondo. – E se eu o conheço, ele com certeza não é um mocinho.

— Bem, adivinhe? Nenhum de nós dois somos também. – Dante solta um suspiro.

— Por que não gosta que a chame de... bionda? – Aperto o volante com força.

— Porque me lembra uma pessoa, que desejo mais do que tudo, esquecer.

Permanecemos em silêncio pelo resto do caminho.

Hey amores desculpe a demora.
Quem será o inocente da situação? Dante? Samuel? Zoe? Ninguém? Todos? No próximo capítulo do presente saberão mais.

É isso por hoje amores, até o próximo, se possível, deixem a estrelinha ;)

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