Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

diciotto

O vento gelado de Suvellié balança meus cabelos e gela meu nariz, meus olhos acompanham os comércios passando por nós, as poucas pessoas nas ruas, pelo horário, que saem de algum programa. Respiro fundo, fecho os olhos e encosto a cabeça contra o banco, aproveitando a música baixa que sai do rádio e o cheiro bom do perfume de Dante que quando o senti assim que saiu do banho, prometi que esqueceria nossos problemas enquanto estivéssemos na rua, só por hoje.

Não sei para onde ele está nos levando, não conversamos desde que entramos no jeep, apesar disso, o clima não está desconfortável, na verdade, me sinto tão a vontade que preciso lutar contra meus olhos se fecharem.

— Espero que você não goste muito dessa calça. – Viro meu rosto em sua direção e subo o vidro do carro, Dante olha para mim por breves segundos.

— Não vou ficar pelada. – Falo tentando soar seria, mas um sorriso me escapa e Dante solta um riso.

— Sei que não seria tão fácil assim – Reviro os olhos. – Mas talvez você a rasgue.

Fico confusa, mas ele não me responde e desisto de perguntar ao ver o sorriso sacana em seu rosto. Dante faz uma curva e então vejo a orla surgir ao seu lado, lembro de uma vez que Anabela reclamou sobre a praia de água fria e ter que entrar de roupas se quiser usá-la, dizia que faria mais sentido não ter praia. Felizmente, antes que eu comece a achar que terei que entrar de jeans na água, Dante passa pela entrada da praia e segue até uma parte esportiva montada próxima a área, uma pista de skate enorme iluminada pelas luzes dos potes da orla.

Dante estaciona o carro em uma das vagas livre do pequeno estacionamento em frente a pista, saio do carro assim que ele o desliga. O vento frio de Suvellié empurra meus cabelos para trás e sinto um arrepio de frio por baixo do moletom lilás que visto, me arrependo de não ter vindo com uma touca, cachecol e até luvas, Suvellié a noite parece com menos de 10°C.

Quando volto o olhar para frente, encontro Dante com a mão esticada, seu moletom preto com o nome de sua antiga casa, Corvi, acima de um corvo, ambos verdes escuros, me fazem revirar os olhos e desviar o olhar de sua mão para seu rosto, seu olhar ansioso, me faz suspirar e agarro sua mão, ele me puxa para perto.

— Esqueça todo o resto, só por essa noite. – Ele sussurra, me fazendo erguer o olhar para seu rosto e abro um sorriso.

— Só por essa noite. – Sussurro de volta, e sinto um dos meus joelhos falhar ao vê-lo sorrir, pareço uma adolescente idiota.

— Bora Zoela. – Ele me puxa em direção a pista, onde vejo cinco garotos e duas garotas mais novos que nós fazendo manobras no solo, dois mais velhos que nós sentados do outro lado da pista, seus skates ao lado e um, que parece próximo da nossa idade, no topo da rampa, esperando algum sinal.

Sinto meus ombros relaxarem ao não enxergar nenhum sinal de perigo.

— Já andou de skate?

— Já – Viro o rosto para o olhar quando paramos de andar logo na entrada para não atrapalhar os outros – Subi em cima do skate, ele andou um centímetro e eu comecei a gritar desesperada até me tirarem de cima dele. – Ele ergue as sobrancelhas.

— Você tinha quantos anos? Doze? – Abro um sorriso de canto.

— Foi logo antes de eu vir pra Suvellié.

— Ok, teremos muito trabalho então... – Abro a boca para perguntar, mas ele solta minha mão e atravessa a pista correndo, desviando dos outros, até os dois sentados do outro lado.

Quando o vejo pegar um skate na mão, desejo ir embora, ou não ter vindo com minha calça jeans que deixa meu bumbum minúsculo, maior. Infelizmente, quando o vejo voltar correndo, um sorriso animado em seu rosto, dou adeus a minha calça.

Meus dois joelhos estão ralados, minha bota branca, tão linda e tão cara, agora está com riscos pretos, meus cabelos parecem um ninho em cima da cabeça e tenho um arranhão no queixo. De fora, poderiam achar que eu acabei de sair na porrada com alguém, mas na realidade, depois de muito tombos, gritos de desespero ao sentir o skate andar e xingos a Dante, aprendi a andar de Skate.

Na verdade, aprendi a subir no skate e andar um metro sem gritar.

Acompanho com o olhar Dante subir na rampa onde estou sentada, embaixo, com as costas encostadas no concreto, e descer e ir para a outra rampa, ele parece se divertir no skate que o cara o deixou ficar, após pagar, e se exibe fazendo manobras.

Dante para de andar, pega o skate e se aproxima de mim, senta ao meu lado, as costas encostadas na rampa atrás de nós e o olhar para a lua brilhante no céu, encaro sua forma minguante luminosa.

— Você não foi tão ruim. – Solto uma risada.

— Minha calça, bota e queixo dizem o oposto. – Ele vira o rosto para minha direção e quando sinto sua mão tocar meu queixo, olho para ele, o toque arde, mas fico imóvel.

— Os skatistas também, toda vez que você gritava, me olhavam achando que estava te maltratando. – Abro um sorriso.

— Você estava me maltratando ao me colocar em cima daquele monstro. – Ele ergue as sobrancelhas.

— Certeza? Porque você parecia estar gostando. – Revirei os olhos.

— Eu não estava gostando do skate. – Sinto vontade de engolir as palavras assim que elas saem, ou talvez não, seu olhar que desce para meus lábios me deixa indecisa.

— Eu costumava matar aula para vir aqui – Sua mão sobe do meu rosto para meu maxilar. – Vinha toda a galera, sempre que dava, até antes do meu pai falecer.

Enquanto o olho, consigo facilmente ver uma versão sua no ensino médio, faltando aula para vir para a pista com os irmãos e primos e ficar até anoitecer, o invejo por isso, apesar de ser de uma família de gangster, como eu, sua infância parece ter sido como de qualquer outra criança comum, só tento que entrar de cabeça e alma nesse mundo quando o pai faleceu, enquanto eu, desde que me lembro por gente, estou nisso.

— Eu gostava de montar quebra cabeças – Confesso. – Não podia sair de casa ou correria o risco de ser morta, minha irmã ficava disputando atenção de nossa mãe comigo, então, meu momento favorito, era quando ficava sozinha no quarto e montava quebra cabeças.

— Agora eu entendo porque você desvendou todo o caso tão rápido – Seu polegar acaricia minha bochecha – Você tem um cérebro enorme dentro desse cabeção. – Abro a boca em choque.

— Cabeção? – Ele começa a gargalhar e bato em seu peito – Minha cabeça é perfeitamente normal. Para de rir. – Bato de novo, agora em seu ombro.

Sua risada vai diminuindo, mas o sorriso continua em seu rosto, e não percebi o sorriso em meu rosto também. Dante sempre me deixou angustiada, no começo por ele ter se tornado parte da minha missão, e depois, pelo seu jeito cativante que começou a me cativar antes de eu ter que fugir, tudo isso mesmo sem saber quase nada sobre Dante, e agora, tendo maior convivência com ele, e, sinceramente, por ele saber mais sobre mim e não ter desistido, me sinto sufocar, e que sentir seus lábios nos meus é minha única saída.

Me aproximo devagar, temendo, ao ver seu sorriso se quebrando, que ele me rejeite que nem fiz com ele das outras vezes, mas quando não o vejo fazer nenhum movimento de fuga, termino com a distancia entre nós e colo meus lábios nos seus.

Sua língua encontra a minha sem pedir permissão antes, e então, nossos lábios se movimentam em sincronia, sua mão, ainda em meu maxilar, desce para meu pescoço e provoca arrepios em todo meu corpo. Ergo-me de joelhos, ignorando a ardência dos machucados neles e me inclino contra ele, o pressionando contra a rampa, minhas mãos em sua nuca e nossos lábios se movimentando com maior rapidez.

Sinto todo o frio sumir, um calor tomando o lugar e aumentando quando sua outra mão me puxa pela cintura e caio sobre si, o contato entre nossas partes intimas me faz afastar nossas bocas para soltar um suspiro. Abro os olhos e afasto o rosto para ver o seu e o encontro com os olhos fechados e um sorriso idiota nos lábios, bato em seu ombro, Dante abre os olhos e começa a rir, bato nele de novo.

— Aí, que isso, você é sadomasoquista? – Ergo a mão de novo, mas meu movimento é impedido quando ele me puxa para si me abraçando. Sinto todo seu corpo contra o meu, e me sinto tão acolhida, que o abraço de volta – Você me deve, pelas minhas contas, pelo menos três beijos pelo que fui rejeitado – Solto um riso pelo nariz e suas mãos acariciam minha cintura. – Você não faz ideia de a quanto tempo estou esperando isso.

— Sabor de sorvete favorito? – Ele começa a pensar enquanto dou uma mordida em meu lanche.

Já é de madrugada, não sei exatamente que horas, mas após pagar todos os beijos que estava devendo e outros, sugeri sairmos de lá quando senti seu colega ganhando vida e meu corpo pedindo para tirar a blusa.

De madrugada, a única coisa que achamos a poucos metros de distância foi um food truck com comida duvidosa, mas era melhor que nada.

— Baunilha. – Faço uma careta e espero engolir antes de responder a sua resposta absurda, Dante acabou seu lanche há minutos enquanto ainda estou na metade.

— Fala sério – Tomo um gole do refrigerante. – Baunilha? Seja mais criativo, baunilha é... baunilha! – Ele cruza os braços e encosta o lado direito do corpo contra o banco que estamos sentados frente a frente.

— Sorvetes bons não são os super diferentes tipo menta, são os básicos. – Ergo as sobrancelhas.

— Meu favorito é pistache. – Ele abre a boca e a fecha em seguida.

— Porém a exceções. – Solto uma gargalhada.

Término de comer meu lanche enquanto Dante vai para a uma farmácia por perto, quando já terminei de comer, ele volta, uma sacola em mãos que me faz fechar a cara.

— Vamos cuidar do dodói.

— Não sou criança – Pego o refrigerante ao mesmo tempo que o vejo pegar um remédio em spray. – E odeio essas merdas, elas ardem como fogo!

— É, mas você pode pegar uma infecção, seu joelho ficar roxo, ir para foda a perna até precisar amputar a perna! – Ele explica enquanto pega uma fase e se senta ao meu lado.

— Você fez medicina por acaso?

— Não, fiz química - Fico surpresa, não lembrava de saber seu curso, mas me lembro do convite para a formatura que recebi. – Por isso sei que isso vai arder.

— O... – Um grito escapa de mim, mais de surpresa do que pela dor. – Filho da puta!

— Não discordo – Ele foça em desinfectar meus machucados em silêncio, quando chega no meu queixo, sinto vontade de chorar, não lembro qual foi a última vez que tive alguém cuidando de mim. – O que você quer do futuro?

— O que? – Levo segundos, concentrada em sua mão segurando cuidadosamente minha cabeça para cima, para entender sua pergunta – Eu não sei – Solto um suspiro, parando, pela primeira vez em bastante tempo, para pensar o que quero. – Eu quero paz, quero poder viver onde eu quiser sem medo de alguém aparecer, quero me formar em jornalismo e fazer justiça, ser a justiceira que todos acham que sou.

— E aqui ou em Suvellié? – Tento olhar em seus olhos, mas sua mão me impede.

— Eu não sei – Dou de ombros, sinto ele colocar um leukostrip. – Gosto do que estou construindo lá, sinto falta das meninas, mas sinto falta da galera daqui também, e sinto que não finalizei minha história aqui – Ele solta minha cabeça e a abaixo, olhando em seus olhos - Não sei se vão me perdoar, mas preciso tentar. – Ele abre um sorriso e se levanta.

— Bem, eu te perdoei, sei que eles também irão. – Queria acreditar nisso, mas sei que Dante não vai dizer a mesma coisa quando eu contar sobre sua mãe.

— E o que você quer pro futuro? – Pergunto, tentando afastar a sensação ruim que me invadiu. Ele sorri ainda mais e me oferece a mão. – O que?

— Vem, vou te mostrar o que estou fazendo para o meu futuro. – Fico confusa, mas seguro sua mão e não a solto até entrarmos no carro.

Dante praticamente da a volta na cidade, a demora me faz ter vontade de dormir, mas tento me manter alerta, tentando decifrar para onde estamos indo, já que das duas vezes que eu perguntei, ele se negou a responder, e quando reconheço o bairro onde fica o Roccia Ribelle, a antiga lanchonete que sua gangue que costumava frequentar sempre, fico confusa, não precisávamos dar a volta toda na cidade.

Olho confusa para Dante, mas ele me ignora e continua dirigindo, sinto indignação começar a tomar conta de mim, mas respiro fundo, não quero estragar a noite, e se ele quisesse, sei lá, me matar, já teria tentado muito tempo atrás. É estranho perceber que confio em Dante, a simples confirmação disso me faz ficar mais alerta possível.

— Você parece pronta para pular do carro em movimento.

— Eu deveria. – Murmuro, talvez batendo a cabeça eu acorde.

— Se eu quisesse te matar, teria tido muitas oportunidades antes. – Solto uma risada e relaxo um pouco.

— Você poderia tentar, mas não seria fácil.

— Sério? Imagino várias formas de como eu poderia tentar. – Olho para ele com as sobrancelhas erguidas.

— Psicopata? – Ele me olha com as sobrancelhas erguidas.

— Realista? – Reviro os olhos.

— Eu poderia ter te deixado morrer naquela crise alérgica.

— Mas não deixou.

— Pois é. – Olho para a janela, vendo o carro passar por lojas fechadas.

Ficamos em silencio pelo resto do caminho, não um silencio tenso, mas cheio de perguntas, mas tento não as responder a mim mesma. O carro diminui a velocidade e quando olho para o lado, vejo um tipo de pet shop com as portas de vidro fechadas.

Dante puxa o freio de mão do carro, tiro o cinto e abro a porta, o vento volta a me atingir, mas fecho a porta atrás de mim e analiso a fachada. As paredes são de um tom verde água com desenhos de diversos animais, desde patos até gatos, por toda a parede que cobre quase um quarteirão inteiro, ergo a cabeça para o letreiro iluminado e vejo o nome.

— ONG dos Ghostins? – Pergunto para Dante que para ao meu lado e olha para o lugar com um sorriso.

— É isso para que nossa família vem se dedicando desde então, quer conhecer?

Voltei meus amores, e voltei com tudo! Dante e Zoela finalmente deram um passo, amém?

Depois de tanto tempo de espera, finalmente temos um capítulo novo de Fuggitivi, quero pedir desculpas pela demora, mas a volta para o presencial na faculdade me pegou, e sinceramente? Nem sei como consegui finalizar esse capítulo em plena semana de provas kkkk, mas deu certo, e espero que eu não suma mais.

Estão bem? Espero que sim, saibam que senti falta de todes vocês e es verei em breve, provavelmente com novidades quentissimas.

Mil beijos e até a próxima, que tentarei não demorar tanto, mas não prometo que seja já na próxima semana ok? Beijoooos

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro