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Não me olhe assim

JASPER

Olhei para trás ao ouvir meu nome ser chamado, antes que nós deixássemos o castelo para sempre. Lucille parou do meu lado e nós esperamos Alice nos alcançar. Ela estava receosa, é de se entender, considerando que minha cara não é das melhores. Aro está certo, eu deveria ser mais grato.

Mas não vou ser. Não agora.

— Você não ficará chateado conosco para sempre— Alice disse e eu estalei a língua.

— Esse tipo de coisa eu posso deduzir sozinho, muito obrigado.

Senti, então, Lucille se encher de raiva e olhei rapidamente para a cara de poucos amigos dela. A loira não está nada feliz com Alice, e só pode ser por saber que a vidente teve participação no que nos aconteceu. No que aconteceu com Alec. Segurei seu braço em uma advertência.

— Vai esperar lá fora— disse. Lucille me encarou friamente— Por favor.

Lançando um olhar de juízo final na direção de Alice, Luci se afastou, atirando a capa cinza no chão do saguão, a porta gemeu com a força que foi fechada nas suas costas.

— Ela também não me odiará para sempre— minha irmã continuou, em voz baixa.

— Não contaria muito com isso— balanço a cabeça— Ela amava Alec. Querendo ou não, você adiantou tudo. Quem sabe, se fosse de outro jeito...

— Eu fiz o que foi necessário para libertá-los— ela me interrompeu— Ou você realmente preferia ficar por aí, fugindo até o fim do mundo? Isso não é vida, Jasper. Lucille tinha que ser punida pela traição, os Volturi nunca a perdoariam por Jane e, depois de descobrirem a sua importância para ela, o executariam diante dos seus olhos. Acha mesmo que ela não iria ficar muito pior se perdesse você?

Eu não queria morrer.

Tudo aconteceu tão rápido, ainda nem tenho certeza se entendi e aceitei completamente que Lucille é minha companheira até o fim do mundo. Que nós fomos feitos para nos encontrar. Parece loucura ao mesmo tempo que é inegável. Quando ela recebeu a proposta de me deixar sofrer no lugar dela, tive certeza que aceitaria, mas a ideia não me ofendeu. Eu queria que ela vivesse, que fosse livre. O que me surpreendeu foi ela pedir para que eu fosse tirado dessa brincadeira. Ela me escolheu e eu tive certeza só naquele momento de que estou apaixonado por ela.

Nós ficamos um tempo calados, nos olhando. Não consigo deixar de ficar preocupado com Alice e seu longo futuro ao lado dos Volturi.

— Não tinha mesmo outro jeito, Ali?

— Não, Jazz— ela levanta os ombros— Escute, Edward viria para cá de um jeito ou de outro. Não ficou claro o porquê, a visão ainda está vaga, mas nós dois acabaríamos aqui em algum momento. Não se sinta culpado, isso não tem unicamente a ver com você.

Eu não sabia o que pensar sobre isso. O que diabo Edward iria fazer aqui se não fosse por mim?

— Tenho a vaga sensação de que não será de todo ruim, sabe?... Quer dizer, olhando para frente agora, sei que não vamos nos meter em outra confusão tão cedo.

— Vocês não deviam estar aqui. Esse lugar vai esmagá-los.

— Temos um ao outro.— ela tenta me consolar. Não dá muito certo.

Nós viemos para o sobrenatural de modos diferentes. Eu vivi por tempo demais em guerra e destruição, sou uma arma de matar. Alice e Edward... não. Se não fosse por seus dons, eles não seriam capazes de passar pelo que eu passei com Lucille, são inexperientes demais com esse mundo, quase como adolescentes ingênuos.

— Obrigado pela parte que me toca— Edward disse, aproximando-se calmamente.

— Você me entendeu— balanço a cabeça e puxo meu irmão para um meio abraço que ele retribui sem demora. Edward está se sentindo vazio, incompleto. Só tem um jeito de entender essa tristeza. Está de coração partido?

— Eu vou ficar bem— ele resmunga e nós nos afastamos— Desde que você fique bem.

— Não queria trazê-los para o meio disso— admito— Não mereço o que estão fazendo por mim.

— Não comece, você é parte da nossa família, sabemos que faria o mesmo por nós— Alice disse e umedeceu os lábios.

— Isso não alivia nada. Eu até tentaria ficar aqui com vocês, mas...— faço careta e Alice me oferece um sorriso acolhedor, vindo segurar meu rosto com as duas mãos. Ela ficou nas pontas dos pés e eu me abaixei para que a menor conseguisse depositar um beijo em minha testa.

— Nós entendemos. Seria pedir demais depois de tudo o que você e Lucille passaram— ela se afasta e me solta— Minhas visões não mudaram muito com relação ao seu futuro com ela, com exceção de que não está mais correndo perigo de morte... estamos tentando entender este laço que os une, mas até lá... ela cuidará de você muito bem.

Eu deixo um sorriso escapar.

— Depois de todas as mortes que ela causou por mim, acho que posso me sentir seguro.

Edward baixa a cabeça.

— Tente visitar nossa família agora que não está sendo perseguido até os confins da terra. Todos sentem sua falta. Emmett está perturbado por ter ficado sozinho com Rosalie, conhece o senso de humor dela— ele contou e eu assenti, animando-me com a ideia de revê-los.

— Ou a falta dele— Alice acrescentou e nós rimos.

— Bem, eu tenho que apresentar minha companheira para o meu pai em algum momento, não é?— dou de ombros, cerrando os olhos. A expectativa me dá vontade de correr; me enche de energia. O clima de despedida aumenta entre nós, mas eu ainda sinto a mágoa de Edward por estar separado de sua namorada humana. Você amará de novo, penso e ele força um sorriso para mim.

— Vá, e aproveite a viagem com o amor de sua vida— ele me diz. É bom ouvir isso.

— E Jasper!— Alice mete a mão no bolso de seu manto e me estende chaves e um mapa dobrado— Vocês não tem mais que se livrar dos seus rastros na água. Tenham uma viagem digna.

Amei minha irmã como nunca antes e os abracei um a um, dirigindo-me à saída. Em direção à Lucille e à liberdade.

Olhei para trás e eles ficaram ali.

— Nos veremos de novo— Alice me disse e eu assenti, saindo para a praça.

O sol ia se pondo lentamente, se perdendo entre os prédios baixos de Volterra. Lucille estava sentada na fonte, a mão dentro da água. Quando ela me olhou, eu senti que tudo estava onde deveria. Respirei fundo, como se precisasse, e percebi que haviam coisas a serem ditas num momento como esse. Essa noite que passamos foi inesquecível, tanto pelas marcas de queimadura que não deixam meu peito, quanto pelo que ouvimos a nosso respeito.

— Eu não sei o que isso significa— comecei depois que cheguei perto dela. Lucille me observava com atenção e um leve receio. Parece até que ela está esperando levar um pé na bunda, mas não é nem de perto uma opção. Não me afastei dela quando todo mundo queria nos matar, não farei agora que podemos ter um momento de paz mais duradouro— Nem sei se acredito que haja tal coisa como... como isso de companheiro de existência, mas... entendo que eu me importo com você e que você se importa comigo.

Passei a mão nos cabelos, penteando-os para trás e repassei tudo o que vivemos desde que nos conhecemos. A forma como ela me encantou desde o começo, como me derrotou, como me agrediu e como me beijou. Foi um turbilhão de emoções em um espaço curto de tempo. Mais do que tempestade em copo d'água, tivemos terremotos e erupções. Foi um inferno, ao mesmo tempo que tão... leve?

— Não somos perfeitos um para o outro, Luci. Essa merda não existe. Nós nos irritamos, somos muito diferentes e muito parecidos, desapontamos um ao outro em mais de um momento até chegar aqui. Somos dois mentirosos, dois fodidos sem lugar na terra e é possível que uma hora acabemos nos matando.

Ela baixou o olhar, ponderando. Dei mais um passo na sua direção.

— Mas tudo bem por mim— falei, atraindo seu olhar de volta.

— Tudo bem por você?— ela levanta a sobrancelha. Eu balanço a cabeça.

— Se for real. Se somos mesmo feitos um para o outro... eu fico feliz que minha pessoa seja você. Me apaixonei, Lucille. Não posso negar mais, não tem nem como— dou de ombros e sorrio, sem jeito— Me apaixonei por você e não posso dizer porque.

A loira floresceu como uma bela rosa, desbotando e se abrindo lentamente. Suas emoções se expandiram ao seu redor e me abraçaram como uma onda de calor. Ela me ama. E, pelo visto, eu a amo também.

Ela é paranoica e sádica. Eu me faço de bom e finjo que posso alcançar algo que ela não busca: a redenção. Estamos longe da perfeição.

— Pode me sentir?— ela me pergunta.

— Sim.

— Então sabe que eu sinto o mesmo— ela luta contra o sorriso e encara a fonte— Nossa caçada acabou, mas podemos encontrar outras aventuras para viver...— sugeriu.

— Você vai conhecer meus pais— eu digo. Seu sorriso escapa e ela me mira com os olhos âmbar cerrados.

— Isso é um convite ou uma intimação?

— Definitivamente uma intimação, não pode recusar, eu sou o amor da sua vida.

Ela revirou os olhos e se levantou, cruzando os braços.

— Não acho que seja assim que funciona— ela teima por pura implicância. Eu decido mudar minha abordagem.

— Vamos, Luci, venha conhecer minha família— a alcanço, seguro suas mãos e ela morde o lábio. Ela está desanimada, eu entendo, seu quase irmão morreu há pouquíssimo tempo na sua frente, mas tenho certeza de que ela vai se sentir um pouco melhor quando conhecer Emmett. Meus dons são muito úteis para lidar com luto, mas Emmett é uma máquina de alegria— Por favor?— acrescento e ela luta contra o sorriso.

— Sabe que eu adoro quando implora.

— Sim, eu sei.

— Está bem— ela bufa, finge-se de impaciente— Vamos conhecer os matadores de coelhinhos.

— Você também é uma matadora de coelhinhos agora— acuso, Lucille sopra uma risada e solta minhas mãos.

— Acha mesmo que eu vou viver estragando meu corpo lindo com sangue de animais? Por você, ainda por cima?— ela me dá um peteleco na testa e eu sopro uma risada.

Apertei as chaves do carro e uma Ferrari deu sinal de vida a poucos metros de nós, preta fosca e com os vidros escuros. Já falei que amo Alice? Joguei o braço por cima do ombro de Lucille e a puxei em direção ao carro.

— Acho, e além de tudo, nós temos uma visão para mudar, minha querida. Quero provar para minha irmã que sou eu que vou arruinar você e não o contrário.

Lucille pegou as chaves da minha mão em um movimento ágil, entrando na minha frente para ser a motorista. Parei e a encarei com uma censura.

— Pensa mesmo que tem tanto poder assim sobre mim?— ela me encara com a sobrancelha levantada e se senta no banco da Ferrari. É uma visão fabulosa, ainda que nas suas roupas ainda tenham manchas de sangue e terra. Se ela ficar nua dentro da Ferrari, vai ser ainda melhor. Adoro vê-la abaixada na minha frente.

Tento não visualizar nada, porque com certeza Edward ainda pode ver o que passa pela minha cabeça.

— Eu tenho certeza— apoio as mãos no teto do carro e me inclino na sua direção. Minha, eu penso, você é minha.

— Não me olhe assim.

— Assim como?— eu sei exatamente o que estou fazendo. Lucille não manteve o contato visual e fechou a porta da Ferrari na minha cara, me obrigando a recuar com um riso escapando dos lábios.

— Entra na porra do carro, soldado.

É melhor que ela comece a me chamar de "amor" daqui para frente. Afinal, é o que nós somos, não? Fomos feitos para isso.

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NOTAS FINAIS DA HISTÓRIA:

Eu não tenho o costume de trabalhar com esse plot de "companheiros". É uma coisa que eu considero bem besta, pra ser sincera — não julgo quem escreve em cima dele, é óbvio, inclusive muitas fanfics assim são boas e eu já li várias — e esse é um dos motivos para eu demorar tanto para escrever uma fanfic sobre os lobos. Detesto amor à primeira vista e imprinting. Tenho preguiça de escrever porque não aceito que o amor pode ser entregue tão fácil e rápido assim, só que estou no processo de melhora, tenham paciência.

Assim, cá estamos nós, terminando uma fanfic minha onde existe o tipo de "imprinting dos vampiros". Foi um teste, e espero ter sido tão sutil e precisa quanto me programei. Deixei várias pistas ao longo da fanfic, ou vai dizer que teve alguém que se surpreendeu quando Luci e Jasper foram descritos como companheiros?

Enfim, o que vocês acharam da fanfic? Esperavam outro final? Gostaram da minha Lucille tanto quanto o Jasper?

A intenção era essa mesma, deixá-la curta, mas elaborada e eu estou satisfeita com o resultado, uma vez que, como eu, vocês imaginam o casal indo dirigindo em direção ao horizonte com uma promessa de um final feliz — isso é, ela não o arruinar e transformá-lo outra vez no assassino de primeira que ele é. Confesso que não fiquei com tanto pique assim quando comecei a fic, mas do meio ao fim, as coisas fluíram bem rápido e fico feliz com a forma que ela cresceu. Vocês a devoraram e devo dizer MUITO OBRIGADA pelos comentários, principalmente a Biellyblack e a maveezzz que carregaram todo mundo nas costas, vocês são demais! — sinto muito ter estabelecido um limite mínimo de interação para atualizações, mas é necessário para que a fic não caia no esquecimento.

AVISO IMPORTANTE: A partir dessa fanfic, todas as próximas histórias que postarei (seja Crepúsculo/ Harry Potter ou trabalhos originais meus) só serão atualizadas com números específicos de visualizações e comentários, estabelecidos de acordo com a repercussão do primeiro capítulo. Então se preparem para comentar bastante na minha próxima fic.

E fim, vadias, fiquem bem, eu amo vocês e suas mamães. UM BEIJO NA TETA! Te vejo de novo?

OBRA CONCLUÍDA: 29/06/2023

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