4 . N (ex) t
"Me diga o que faz você ficar"
- 100 ways, Jackson Wang
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Desde a primavera que o último babaca quebrou seu coração e que jurou não ser feita de boba por mais nenhum, eu te vi com tantos garotos diferentes...
Mike Bowen, um babaca que jogava baseball conhecido como MB e por ter um bumbum bonito;
Kim Lee, um coreano que sabia embaralhar cartas, segundo as garotas bem bom com as mãos;
Kell Haper, um nerd de corpo legal que hackeava os computadores da escola em troca de um ou dois beijinhos, talvez ele conseguisse deixar as garotas com A+ se mostrassem a cor da calcinha;
Philip Miller, o zelador delinquente de 19 anos que arrancava suspiros e algumas saias das garotas do ensino médio;
E, aish, não quero listar o resto. Me recuso a acreditar que a Soph, minha bruxinha e a garota que eu mais amei na vida, tinha se entregado assim.
Mas eu sabia o porquê.
A quebraram demais e, agora, ela é quem quebra.
MB acabou chorando no banco de reservas ao ter o pedido de namoro recusado depois deles terem ficado algumas vezes;
Kim Lee ficou com o baralho quieto por duas semanas depois dela ter dito que nunca mais rolaria é que era pra ele parar de encher o saco dela;
Kell Haper, não acostumado com a rejeição, ficou de cama, provavelmente chorando com a recusa dela de ir a um encontro com ele;
Philip Miller... Bem, eu não sei, depois de ficar com ela eu não o vi mais e quando questionei, Soph disse que ele apenas decidiu ir embora e que estava meio lesado e dececionado por ela ter se recusado a lhe dar um beijo de despedida.
A única coisa que eu aprendi com todos eles é que eu não tenho chance.
Não tenho o bumbum bonito do Mike, não tenho habilidade nas mãos do Lee, não tenho o corpo de Kell e não tenho a malandragem de Philip.
Eu sou um magro comum, que tem vergonha do quão magro é, com óculos que parecem vidro blindado de tão grossas as lentes e acho que sou o ser mais sonso que pisou na face desse universo.
Eu não tenho nada pra oferecer, nada.
E minha bruxinha de cabelos cor de fogo merece muito, muito.
Um dia perguntei se algum dia ela ia gostar de alguém de novo, numa de nossas conversas no telhado.
- Não, my bear. - o jeito que ela puxava o r de um jeito preguiçoso me fazia querer beija-lá, mas eu não poderia, ela é bonita demais.
Perfeita demais.
Perfeita demais... pra alguém como eu.
- Talvez se... - ela pareceu pensar e um sorriso brincou em seus lábios se virando para mim - Talvez eu fique se for alguém como um certo ursinho de óculos redondos.
- Muito engraçado, bruxinha, estou me matando de rir.
Me levantei batendo as mãos nas calças e olhando pra baixo torcendo pra minha voz ter saído debochada e para que Sophia não tivesse visto o rubro crescente no meu rosto.
- Mas é sério, bobão! - ela se levantou tirando poeira da saia xadrez - Acho que desde aquele dia você é o único que deixo ficar comigo.
E então ela segurou minhas mãos e me fez olhar pro rosto dela.
Ela diria? Será? Como... Não era possível.
E não foi.
- Meu melhor amigo.
E me abraçou pelo pescoço.
Tudo ocorreu muito rápido, mas parecia que tudo se moveu devagar: meus ouvidos se tamparam, o ar ficou pesado, os olhos desfocaram, minha boca secou e a garganta fechou.
Senti o peito doer e então os braços da minha bruxinha em meu pescoço. Demorou dois segundo para que eu retribuisse o contato.
Então ela se afastou e desceu pela janela entrando dentro de casa me chamando, ela iria fazer waffles.
Eu não me mexi, não ousei fazê-lo.
Senti os olhos arderem e tombei a cabeça para trás num instinto de agora não e sorri para o céu.
Então as palavras saíram num sussurro meio soluço:
- Melhor amigo... É.
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