Capítulo 40 - Limites
Olá leitores! Tenho uma novidade para vocês...
Estamos nos últimos capítulos do livro!!!
Então... Como eu sou uma pessoa muito ansiosa, resolvi postar os últimos capítulos seguidos nos próximos dias, então como faltam apenas três capítulos, o livro será encerrado no sábado beleza?!?
É isso, boa leitura e beijinhos '3'
***
Com o vento sacudindo nossas roupas, atentos olhávamos ao redor tentando enxergar algo suspeito em meio a escuridão. Tudo estava um completo silêncio, tirando o som do motor e o do vento.
Sinto um cutucão de Christian ao meu lado.
-O que foi? – Pergunto.
-Ali. – Ele aponta para um pouco mais afrente do nosso caminho. Olho com atenção estreitando os olhos para ver se ajudava alguma coisa.
Arregalo os olhos quando noto o movimento de uma silhueta.
-Spencer para. – Logo falo. Ele confuso mais sem hesitar faz o que mando e encosta o automóvel no canto do lado esquerdo, onde tinha uma parede alta um pouco reclinada que impedia que quando o rio enchesse saísse de seu espaço.
-O que ouve? – Lidja pergunta olhando em volta.
Não da tempo de responder pois o som de um assobio me faz parar o ato. Escuto passos vindo da parte de cima de onde estávamos.
-Desçam rápido. – Christian cochicha quando também escuta.
-O que? – Maia pergunta.
-Para baixo. Vão nos ver! – Dizendo isso todos descemos o mais rápido para a água gélida que nos causa tremores. Todos desceram e foram para baixo do automóvel, eu e Christian fomos os últimos, respiro fundo e tampo o nariz indo para baixo junto com os outros.
Me arrisco a ficar na ponta para poder ainda ver do lado de fora. Foi difícil ficar na posição em que estávamos tentando prender a respiração o máximo possível enquanto dividímos o esconderijo.
Inclino a cabeça um pouco para o lado tentando ver por de trás da lente desfocada que a água fazia, do lado de fora consegui ver três silhuetas em pé acima de nossas cabeças. Sinto alguém se mover ao meu lado.
Vejo Maia tentando abrir espaço por nós para sair e respirar, noto o desespero em seu rosto. Seguro seu pulso antes que ela termine o ato. Faço que não com a cabeça. Ela tenta se soltar de minha mão mostrando ainda seu desespero. Faço um sinal de calma o que nada adiantou. Abro a palma da mão mostrando os dedos e a faço fixar o olhar lá. Abaixo um indicando uma contagem regressiva. Abaixo outro vendo que tinha servido para acalma-la mais ainda estava ansiosa, abaixo outro e enquanto colocava a cabeça mais uma vez para o lado noto quando as silhuetas somem.
Tendo confiança o suficiente para estarmos seguros saio da frente de Maia e lhe dou impulso para sair da água. Ponho a cabeça para fora em seguida respirando fundo, logo depois estávamos todos nós com a cabeça para fora da água recuperando o folego, menos um, Christian. Olho em volta com mais atenção mais ainda assim não estava o achando.
-Christian?! – Chamo uma vez na esperança de escutar sua voz. – Christian!? – Chamo mais uma vez fazendo os outros ficarem em alerta.
Já com um tanto de desespero querer me tomar todo o corpo respiro fundo e vou para baixo da água mais uma vez com um mergulho. Fico no mesmo lugar que antes olhando todo o arredor. Avisto então uma silhueta se afundando aos poucos. Arregalo os olhos, subo rápido para pegar mais ar. Escuto alguém me chamar porem não da tempo de uma resposta. Mergulho mais uma vez, com impulso com os pés e braços ia o mais rápido que podia para o fundo tentando alcançar Christian. Finalmente chego até ele, com as mãos em seus rosto vejo os olhos fechados o que serve para que me de mais desespero. Agarro em seu pulso e tento puxa-lo comigo para cima mais era impossível nadar enquanto tentava puxa-lo.
Estava tentando outra maneira de puxa-lo quando sinto a presença de mais alguém, Spencer aparece ao meu lado. Juntos nos posicionamos e subimos com o corpo pesado de Christian para a superfície. Recupero o folego e passo por eles indo até a borda inclinada onde ajuda a puxar Christian para fora, vamos para o alto e o deitamos sobre a grama.
-Christian! – Dizia enquanto sacudia seus ombros. Sinto meus olhos embaçarem e em seguida alguém toma o meu lugar.
Maia fazia respiração boca a boca, tendo ela aprendizado disso uma pontada de esperança aparece.
-Por favor Christian, acorda. – Dizia baixinho.
Lidja, Melly e Spencer estavam com sua armas em volta de nós enquanto Maia fazia todos os procedimentos que sabia para fazer Christian voltar. Alguns longos segundos se passam e então Christian começa a tossir ao mesmo tempo que saia de sua boca uma quantidade surpreendente de água. Maia se inclina para trás aliviada, tomo o seu lugar e seguro o rosto de Christian na mão.
-Christian? – O chamo passando uma das mãos por sua testa para tirar os fios de cabelo que estava lá. – Olha para mim. Você esta bem? – Ele abre os olhos com um pouco de dificuldade e respira fundo aliviado. – Ei. – O chamo.
-Era você? – Ele começa a dizer com a voz fraca. – La em baixo?
-Sim, com a ajuda de Spencer. – Falo concordando com a cabeça.
-Obrigado. – Diz ele antes de começar a se levantar.
-Estão todos bem? – Maia pergunta atrás de mim. Concordamos em coro. – Certo. - Ela diz e respira fundo.
-Tem gente por aqui ainda. – Spencer fala um pouco inseguro. – Os pegamos de surpresa? – Ele pergunta nos deixando pensativos.
-Preciso descansar. Serio. – Lidja declara. Suspiro enquanto passo as mãos pelos cabelos molhados.
-Certo. – Falo olhando em volta. – Ali. – Aponto para uma casinha pequena e quadrada.
-Não é arriscado de mais? – Melly pergunta.
-Acredito que a essa altura do desafio nenhum lugar é bom o suficiente para nos esconder. – Falo dando alguns passos curto checando a arredor da casinha.
Fomos sorrateiros até a casinha quadrada, todos entraram enquanto fiquei de guarda do lado de fora, lá na frente tinha um grupo de pessoas o que nos deixou em alerta para não chamar atenção de qualquer maneira. Entro no lugar e fecho a portinha de madeira, era pequeno de mais e não tinha janela, em pouco tempo tivemos que abrir um pouco a portinha de madeira para que entrasse ar. Passaram horas seguidas e continuamos lá esperando que a noite passasse logo, alguns aproveitaram e dormiram, eu por mais que tentasse não conseguia pegar no sono com pensamentos me atormentando a todo estante.
Quando Lidja, Melly e Spencer ainda dormiam aviso para Christian e Maia que precisava de ar e saio do espaço sufocante logo em seguida me espreguiçando um pouco, já era cedo e o céu estava ficando cada vez mais claro, olho em volta e estava tudo tranquilo e o grupo que estava a frente pareciam ter ido para outro lugar, dou a volta na casinha me dirigindo a passos rápidos até o Rio. Perto do automóvel que tínhamos usado na noite passado me abaixo, lavo as mãos um pouco sujas e depois bebo um pouco de água. O rio agora estava calmo possibilitando ver o meu reflexo.
Realmente estava diferente, minhas bochechas não estavam mais rosadas como antes, abaixo dos olhos estava com olheiras evidentes de exaustão, tinha um corte no lado esquerdo do maxilar, mais sabia que não era só nisso que estava diferente.
A noite inteira estava pensando nas consequências que teria nessas ultimas horas aqui dentro, me questionava se teria mesmo coragem de desafiar a Garena em seus próprio habitat e ainda quebrar as regras feitas por eles, teria consequências graves, sabia disso. Passou pela minha cabeça até em acabar com todos eles antes que chegássemos ao fim e quererem agir primeiro matando a maior concorrente entre eles, me matando tudo se tornaria mais fácil, era óbvio que estavam me usando, algumas vezes consegui sentir confiança mais na maior parte sentia a necessidade de acabar de vez com tudo aquilo. De que adiantaria estar protegendo todos eles se eu duvidava ter coragem de quebrar as regras para mantê-los vivos comigo, aquela estratégia de prometer que os levaria para a final não parecia ter sido tão boa assim no momento, ter criado o nosso grupo não daria certo para sempre, era só questão de tempo até que uns começassem a matar os outros, mais ninguém queria que essa hora chegasse.
Jogo um pouco de água no rosto tentando afastar aqueles pensamentos perturbadores que pareciam impossíveis de ir em bora, estava ferida por dentro totalmente, e toda vez que pensava sobre a final me machucava mais, mas tinha uma parte dentro de mim que não estava disposta a perder, mais outra parte de mim gritava "Para agora, essa não é você". Tinha deixado de ser eu a muito tempo.
Tudo isso estava acabando com minha sanidade, estava me deixando pior a cada dia, não muito do lado de fora, pior era dentro, por que tudo estava na minha mente, me torturando, lutava contra isso, tentava, precisava domar os monstros que se criaram em minha cabeça.
Passo a mão na água para desmanchar meu reflexo nela, a verdade era que o meu próprio reflexo estava tentando me derrubar.
Me levanto decidida, se quisesse ganhar e sair daqui viva, precisaria deixar o meu passado, e superar todos os meus limites.
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