Decidida em ir a procura dos meninos, começo a descer da grande árvore, prendo a arma nas costas e sento no tronco para ter o apoio e começar a descer de lá. De costas tento por o pé no tronco de baixo, quando penso ter conseguido apoio solto as mãos o que me desequilibra, não da tempo de agir e então caio daquela altura, a única coisa que sinto é o chocar do meu corpo contra a terra que havia ali, sentindo uma dor imensa tento me ajoelhar e o que eu recebo em troca é ter uma tontura e um barulho fino e insuportável ecoando na minha cabeça, não me resta nada a não ser me entregar a dor que sentia.

   Fico jogada no chão na mesma posição não sei quanto tempo, mas foi o suficiente para que pelo menos a tontura e o barulho insuportável desaparecesse, abro os olhos com dificuldade, deitada de barriga no chão começo a me levantar, com as mãos me ergo um pouco não conseguindo conter sons dolorosos. Me sento apoiando as costas na árvore, estava dolorida de corpo inteiro, porem sabia que tinha um ponto específico onde mais doía, Com cuidado levanto a blusa deixando visível minha barriga, era ali onde mais estava doendo, com receio passo a mão por cima da parte inchada da minha barriga, perto da costela, ao simplesmente tocar leve do meu dedo causou uma dor horrível dificultando o segurar do grito de dor, foi então que tive certeza ter fraturado a costela.

   Fico com a respiração ofegante, precisava sair de lá, encontrar Christian ou então achar um lugar seguro para ficar, se fosse encontrada por alguém naquele estado não teria chance alguma.

   Enquanto ainda tentava decidir o que fazer, escuto um som familiar mais que ainda assim me fez pegar a arma. Vem se aproximando de mim um daqueles Drones cujo descobrir serem câmeras. Ele se aproxima de mim aos poucos, vai para o lado oposto e então vai para perto do meu rosto. Continuo olhando para o objeto tentando entender, depois disso ele se distancia indo para o alto até seu som desaparecer por completo. Ainda não tinha entendido o motivo daquelas câmeras, talvez estávamos sendo vigiados , o que fazia todo sentido, era assim que ferraram com agente cada vez mais.

   Naquele momento meus pensamento vão para minha família, precisava voltar para eles, tinham que voltar, mas ao mesmo tempo na situação em que eu estava pensava se valeria a pena voltar ou não, meus pais e Ana, eles aceitariam morar com uma filha que matou pessoas, que virou uma assassina, eles me tratariam como antes?

   Penso no que Christian tinha dito, de eu ser a vencedora, será que era mesmo verdade? Nunca me imaginei sobrevivendo nem no primeiro dia que viesse para o desafio. Qual era a diferença de mim para as outras pessoas?

   Quando percebo lágrimas cobriam minhas bochechas, sem tentar evita-las dessa vez choro, choro tudo que tinha que ter chorado desde quando me arrastaram a força para aquele lugar, lembro das primeiras pessoas em que matei, me sinto suja, eu tinha virado uma assassina e só agora que tinha caído a minha ficha, "eu tinha tirado a vida das pessoas, eu".

   Se repetia na minha cabeça, mesmo que quisesse, quando saísse daquele lugar, se realmente saísse, não seria a mesma Nara de quando entrou, quando voltasse para casa, se realmente voltasse, não seria a mesma filha que foi arrancada a força dos braços dos pais. Não seria de forma alguma a mesma Nara, seria uma Nara que matou e se sente culpada por isso, mesmo que estivesse lutando par sobreviver, seria uma Nara com traumas e certamente os pesadelos iriam me perseguir pelo resto da vida.

   Afinal, qual era o propósito naquele desafio, daquele jogo onde se colocava dezenas de pessoas juntas lutando para sobreviver e matando umas as outras? Valeria a pena lutar até o fim?

***

Gentee, Sorry pelo capitulo curtinho :/ 

Mas o próximo vai ser longo blz?!?

Até o próximo. Beijos '3'