Capítulo 25 - Groza
-Christian. – Falo para mim mesma, decidida dou alguns passos para voltar mais a muralha me assusta por estar mais próximas e então recuo. – Não não não. – Digo assustada, ele tinha que estar vivo, por que não veio junto comigo, por que não correu, e se estivesse machucado? Fecho minha mão com força como que se aquilo o fizesse aparecer.- Aparece aparece. – Repito a palavra várias vezes enquanto tentava ver ao longe por trás de toda aquela chuva que aos poucos ia sessando. – Droga... DROGA! – Grito colocando as mãos na cabeça, a cada centímetro que as muralhas andavam mais meu coração entrava em desespero. Não sabia por que mais meus olhos se enchem de lágrimas quando penso na possibilidade de ele ter morrido, não conseguia me imaginar nesse inferno sem ter ele ao meu lado me ajudando a passar por tudo isso. Pela primeira vez senti total confiança nele, mesmo antes não querendo admitir, eu precisava dele, precisava de Christian.
Com as mãos na cabeça e a visão embaçada dou alguns passos para trás desacreditando da situação. Agora faltava menos ainda para que as muralhas se juntassem e nada de Christian aparecer. Fecho os olhos deixando com que uma pequena lágrima que acaba escapando dos meus olhos se misturar com a umidade da chuva em meu rosto. Quando crio coragem para abrir os olhos mais uma vez, arregalo os olhos ao ver uma figura preta correndo ao longe. Coloco a mão sobre o peito e tento ter certeza do que via.
E então reconheço o cabelo escorrido, para o alívio do meu peito era Christian que corria com algo grande em suas mãos. Dou alguns passos a frente.
-Corre corre! – Grito na esperança de que desse tempo de ele passar antes que as muralhas se fechassem por completo. Elas estavam a talvez três metro de distância uma na outra. –Não vai dar tempo! – Grito mais uma vez agoniada com a possibilidade. A cada seis passos que ele dava a muralha se fechava mais, ele consegue acelerar seus passos e vem cambaleando em minha direção enquanto atrás dele podia se ver o gás amarelo que aos poucos também se aproximava dele.
Consigo ver seu rosto cada vez com mais clareza, abro um pequeno sorriso quando noto que ele iria conseguir. Faltava agora um metro para que as muralhas de fechasse por completo, Christian enfim chega nelas faltando pouco para que também o gás chegasse até ele, o espaço foi tão pequeno para que ele passasse pela muralha que teve que virar o corpo de lado para passar. Enfim passando ele tropeça um pouco ao mesmo tempo que o som das muralhas se juntando toma todo o espaço em que estávamos.
Estava com a respiração tão ofegante quanto a dele, com as mãos sobre o cabeça observava Christian a minha frente que estava com as mãos apoiada no joelho enquanto tentava recuperar o fôlego.
-Você esta bem? – Pergunto dando um passo a frente, ele faz que sim enquanto da uma tossida. Solto o ar aliviada. – O que deu em você?! – Quase grito. – Poderia ter morrido! Por que não veio junto comigo? – O vejo se levantar fazendo uma careta e então mostrando uma arma bem grande que só de olhar já dava um arrepio na espinha. – O que é isso? – Pergunto mesmo sabendo a resposta.
-É uma arma. – Ele diz a examinando. – Mais não é como as outras.
-Por que? – Pergunto o incentivando a continuar.
-Por que é uma Groza, uma da melhores armas já feitas, foi sorte darmos de frente com uma dessas, tive que voltar para pegar...
-Você quase morreu por uma arma?! – Pergunto indignada, foi muita burrice dele, ou talvez eu esteja sendo exagerada.
-Valeu a pena .- Ele diz dando de ombros.
-E por que demorou tanto para voltar?
-Estava procurando munição, as que estão aqui são poucas.
-Pensei que você não fosse conseguir. – Falo depois de alguns segundos cruzando os braços a frente do corpo. Ele me olha por uns instantes antes de responder.
-Mas eu estou bem agora. – Nos olhamos por alguns segundos, era estranho a maneira como isso acontecia com frequência, sempre me via reparando seu rosto, querendo decifrar seus pensamentos, mais tinha algo forte ali que demoraria para que eu pudesse ultrapassar e entender o que se passa na cabeça de Christian.
-Você deveria começar a pensar e a me falar antes de agir. – Falo desviando o olhar e começando a andar continuando a trilha obscura.
-Tem razão Nara. – Ele diz já me seguindo.
***
Essa foi mesmo por pouco...
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