Capítulo 23 - Airdrop
Continuamos reto naquela estrada empoeirada enquanto aos poucos o céu ia ficando mais claro, Christian andava a minha frente checando de vez enquanto o relógio, eu ainda estava confusa sobre o que tinha acontecido a algumas horas atrás, será que ele ia mesmo fingir que nada tinha acontecido?
-Christian. – O chamo estando alguns passos atrás dele. Não obtenho resposta. – Christian – O chamo um pouco mais alto. Recebo um " Huun" Como resposta, respiro fundo tentando manter a calma. – Precisamos conversar. – Falo dando alguns passos rápido para me aproximar.
-Sobre? – Ele diz olhando para o outro lado. Sério mesmo?
-Sobre o que aconteceu mais cedo. – Falo andando e olhando em seu rosto que ele evitava contato. – Christian! – O chamo mais uma vez.
-Ha, não precisa agradecer. – Ele diz olhando para o outro lado mais uma vez.
-Como? – Digo levantando o olhar e parando em sua frente com os braços cruzados impedindo sua passagem. Ele me olha por uns instantes e depois desviar o olhar.
-Sobre o curativo... Não precisa agradecer. – Ele diz dando uma coçadinha na cabeça e depois se desviando de mim me deixando indignada.
-Olha, - Digo me virando e o seguindo mais uma vez. – Não era sobre isso, era sobre o que aconteceu depois... – Sou interrompida de novo.
-Acho que é aqui. – Ele diz parando e olhando para o relógio e depois pois em volta.
-Fala sério. – Falo para mim mesma num cochicho. Dou alguns passos e paro ao seu lado olhando em volta também.
O lugar era espaçoso tinha duas casas avermelhadas compridas e uma azul clara com um andar e uma parte aberta em cima.
-Não tem nada de mais. – Falo dando de ombros. Ele olha mas uma vez para o relógio e faz uma expressão confusa. – O que foi? – Pergunto olhando para o relógio também.
-O ponto sumiu. – Ele diz olhando em volta mais uma vez. Continuo olhando para o relógio esperando que outro pontinho aparecesse mas nada acontece, desvio o olhar quando um som de avião passa por cima de nossas cabeças, levanto o olhar e vejo o avião bem no alto sobrevoando lentamente. Até que então para a nossa surpresa alguma coisa é jogada dele, enquanto o avião sumia das nossas vistas aquele objeto que foi arremessado chegava cada vez mais perto do chão.
Franzi a testa tentando vê-lo melhor, Christian faz o mesmo, em questão de segundo percebo o quão perto aquele objeto cairia da gente, por impulso quase sem dar tempo puxo Christian para trás junto comigo ao mesmo segundo em que aquele objeto cai a poucos metros dos nossos pés fazendo levantar poeira ao se chocar contra o chão. Examinamos então o objeto, uma caixa preta com os arredores em azul escuro, era grande dava a impressão que dava para alguém se encaixar dentro. Ainda parados observando vemos quando uma luz azul escura tipo um lazer se ergue no topo da caixa se estendendo muito mais alto, e então um palavra que até então estava escura se ilumina " Airdrop"
-Nossa. – Exclamei. Dou alguns passos a frente para poder olhar mais de perto a caixa qual o nome deveria ser "Airdrop", em passos lentos dou uma volta nela parando em frente a uma parte diferente dos outros lados. Desse lado tinha um retângulo, como se fosse uma porta, do lado um botão vermelho que piscava.
-O que é isso? – Christian pergunta parando ao meu lado, como resposta aperto o botão vermelho que faz ao mesmo tempo aquela portinha destravar. Trocamos um olhar desconfiado. Volto a olhar para a portinha e receosa a empurro.
O movimento então não foi completo, quando um tiro vindo para a nossa direção nos espantando fazendo nos abaixar e ir para o outro lado da grande caixa.
-De onde veio! – Me espanto, pego a minha segunda arma e a destravo, Christian faz o mesmo com a sua.
Mais tiros são disparados mas a grande caixa acaba servindo como escudo. Lentamente vejo Christian olhar para a direção das nossas ameaças.
-Estão na casa. – Ele diz para mim enquanto checava sua arma. – Tenho uma ideia.
-Eu vou para dentro da casa e os derrubo de lá. – Logo digo o interrompendo.
-Não, nem pensar eu vou.
-Eu posso ir. – Dou uma olhada na distancia da casa e de onde estávamos, não era muito. – Vou chegar mais rápido que você.
-Não. – Ele diz autoritário, quando estava prestes a protestar ele me interrompe. – Me da cobertura. –Ele diz saindo do esconderijo não deixando nem tempo para me preparar.
Logo se escuta sons de troca de tiros, me levanto e miro na figura que no segundo andar de casa atirava na direção de Christian que também tentava o acertar, ele consegue entrar na casa e ao mesmo tempo consigo derrubar a figura que estava na janela, prestes a comemorar me dou conta que ainda não tinha acabado, vejo duas figuras no andar de baixo, uma delas corre e some do meu ponto de vista a outra vejo trocar tiros com Christian, miro um tiro certeiro no alvo, e quando percebo minha munição tinha se esgotado. Pensando rápido em uma solução entro dentro na caixa na esperança de achar algo útil, um espaço pequeno, com a claridade no lado de fora consigo ver um objeto no chão quando o pego é impossível segurar o xingamento ao ver que era uma panela.
Os tiros ainda aconteciam quando saio de dentro da caixa com a panela inútil na mão, pensando se deveria ou não entrar e ajuda-lo lá dentro ou dar algum reforço do lado de fora, consigo ver ainda assim quando a ameaça é derrubada, me sinto aliviada mais então uma pontinha de desespero me invade quando percebo que Christian não tinha visto o outro alvo.
Enquanto corria para dentro da casa consigo ver alguém descer as escadas com uma arma grande em suas mãos em direção ao andar de Christian, com os pés sobre o piso de madeira andava tentando não fazer muito barulho, subo as escadas de madeira para ir ao andar em que Christian estava, inevitavelmente alguns degraus rangem, já no finalzinho da escada consigo dar uma olhada e ver que o caminho estava limpo, subo e olho para os lados consigo ver uma sombra passar lentamente do meu lado esquerdo, dou um passo atrás para não ser vista, espero alguns segundo e olho mais uma vez na direção, arregealo os olhos ao ver a ameaça indo em passos mansos em direção a Christian que estava abaixado pegando algo de seu alvo abatido.
Com muito cuidado prendendo até a respiração sigo a sombra que estava alguns passos a frente, com a panela na mão decidida que seria a melhor opção no momento já que tentar pegar a arma seria um erro para ser notada, seguro a panela com força em uma das mãos, a sombra então lentamente mira com sua arma, antes que ele pudesse fazer algo a mais dou dois passos a frente de sua direção que faz com que eu seja percebida, mas antes que ele pudesse virar acerto com força a panela na cabeça dele fazendo um barulho alto e o derrubando no chão, olho para ele aos meus pés e solto a respiração, vejo então Christian se levantar assustado.
-Caramba! O que aconteceu? – Ele pergunta espantado vindo até mim que olhava para a panela a admirando pela utilidade.
-Você deveria ser mais atento. – Falo olhando para ele. – Se não fosse por mim. – Giro a panela com um dedo. – Você já era. – Falo e dou uma risada. Ele revira os olhos e se abaixa para pegar a arma, e entrega para mim. – Valeu - digo pegando a arma e pondo sobre o ombro. Ele passa por mim e vai em direção as escadas.- Aonde você vai? – Digo o seguindo.
-Até a caixa. – Ele diz descendo as escadas correndo, o sigo e o observo enquanto entra dentro da caixa a procura de algo que não tinha. – Ué, não tem nada dentro? – Ele diz de dentro da caixa.
-Na verdade tinha. – Digo dando um passo a frente encostando da caixa.
-Como assim? – Ele diz e sai da caixa parando em minha frente. – O que tinha dentro?
-Isso. – Digo erguendo a panela para ele que levanta as sobrancelhas.
-Uma panela? – Concordo com a cabeça. – Fala sério. – Ele diz e passa as mãos pelo cabelo. – Passamos por tudo isso por uma panela?! – Ele diz se irritando.
-Ela não foi tão inútil assim. – Digo a colocando presa no lado na mochila. – Se eu não estivesse com ela não teria conseguido te salvar. - Ele me olha por uns estantes.
-Tanto faz. – Ele diz dando de ombros.
-De nada. – Falo de um jeito sarcástico. Ficamos pensativos por um momento sem saber ao certo para onde seguir, ele olha em seu relógio mais uma vez e então começa a andar. – Para onde vamos agora? – Pergunto já o seguindo.
-Pra bem longe daqui.
- Para outra cilada você quer dizer - Provoco o fazendo ficar bravo consigo mesmo.
***
E esse foi mais um capitulo!!!
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