Capítulo 51 - Motoqueira
Não parei para pensar mais em nada depois do que tinha acontecido, estava exausta mentalmente e queria só um tempo de paz a silêncio. Dentro da casa parecia que todos queriam isso, o silencio, tínhamos nos separado entre a casa L. Fiquei no andar de baixo junto com Shani, Steffie, Samuel, Paloma, Laura e Maxim enquanto os outros estavam com Rafael e tentavam segurar Olivia que por sua escolha estava contra a paz no momento. Ela ainda depois de muito tempo demostrou raiva de mim, mas com isso já estava acostumada.
Mudava minha atenção de Maxim para Paloma que perto da escada Parecia modificar algumas armas que tínhamos, ela desmontou duas armas, uma pequena mais que sei fazer um barulho muito forte, e outra que conhecia como M60.
Maxim estava a minha frente, pensativo e uma hora ou outra enrugava a testa, seus cabelos ainda estavam meio húmidos assim como o de todos nós, ele levanta o olhar encontrando a mim. Seu rosto estava com a expressão pensativa e concentrada, enrugo a testa tentando entender o que ele tanto pensava, ele vendo minha confusão minutos depois ele se levanta indo para fora da casa, ele não parecia estar bem. Paloma notando a saída dele lança seu olhar para mim, como se também tentasse entender o que estava acontecendo. Encolho os ombro, abaixando o olhar enquanto decidia de ia ou não atrás dele.
Minutos depois estava passando pela porta sendo recebida pelas gotas de chuva. Encontro Maxim na parte de trás da casa, ele andava lentamente de um lado para o outro com a cabeça baixa, paro próximo a ele que demora alguns segundos para perceber minha aproximação.
—Esta tudo bem? – Pergunto, ele enfim me nota parando de andar. Seus cabelos platinados estavam agora cobrindo sua testa enquanto as gotas passavam pelo seu rosto até o chão. Ele ainda estava confuso consigo mesmo e senti que estar lá o fez ficar mais.
—Sim – Responde sem muito animo ou esforço. Ele aperta o maxilar e o vejo fechar as mãos e depois relaxa-las. – Por que esta aqui? – Ele parecia estar um tanto que irritado, por um segundo tenho medo de ser pela falta de Alvaro.
—Você não parecia estar muito bem. – Ele desvia o olhar e suspira.
—Esta certa. Não estou bem.
—Por que? O que houve?
—Esse é o problema, não posso falar. Não posso demonstrar. Eu não posso... – Ele fecha os olhos negando com a cabeça e da um passo para lado suspirando, ele estava tentando evitar algo, tentando passar isso por despercebido. Mas queria entender o que ele tinha.
—Pode falar para mim Maxim. – Ele ri pelo Nariz em seguida dando uma coçadinha na ponta dele. – O que, não confia em mim? – Ele mais uma vez ri pela Nariz. – Maxim. – Me irrito. Ele passa as mãos pelo rosto molhado. – O que esta acontecendo com você? – Dou um passo a frente.
—Não Nara. – Ele parece implorar para não insistir.
—Esta irritado? – Ele assente lentamente com a cabeça. – Com o que? Não estou te entendo Máxim. - Apertos os olhos quando um clarão ilumina a toda a Arena. Ele aperta as mãos em seguida as colocando na cabeça. Me irrito por vê-lo calado por tanto tempo - Para de prender a si mesmo e esclareça o que está sentindo!
Estava irritada, ele tinha algo mais estava torturando a si mesmo para manter em segredo, e eu com experiências próprias queria poder ajudá-lo. Porém, não teria dito isso e nem pensado se soubesse o que ele praticamente gritaria com os a testa enrugada pelo que parecia tentar segurar o choro.
—Não tem como eu simplesmente explicar e te fazer entender e a mim mesmo que o meu problema é você... O meu problema é não poder demonstrar o que sinto por você, não posso contar o que sinto toda vez que você está por perto. - Ele da uma passo a frente - Quando se juntou a nós, senti que você seria a pessoa com quem eu mas me importaria... Será que tem noção que por isso que sinto, se você deixasse o grupo, eu iria atrás de você Nara. Iria deixar os meus amigos que estiveram comigo a muito tempo pra ir atrás da garota que de repente me trouxe sentimentos confusos e que por sinal não consigo controlar. – Ele enruga a testa, outro clarão ilumina seu rosto, seus olhos parecia vermelhos.
Me sinto presa ao chão, não sabia o que dizer, não sabia ao certo nem o que pensar. Máxim tinha acabado de dizer que se importava muito comigo, mais aquele importar tinha um que a mais. Ela estava apaixonado por mim? Era assim que se chamava?
—Mas você está com ele não está? - Ele suaviza olhar dando outro passo a frente, agora ele estava perto, bem perto, a chuva caia sobre nós fortemente mais naquele momento ela não me importava nem um pouco, estava confusa, perdida em mim mesma, saber que Maxim gostava de mim me forçou a rever corretamente em como eu me sentia em relação a ele. - Christian, você e ele estão juntos, não é? - Ele volta a falar me fazendo erguer o olhar em sua direção.
Aquilo era muito para acontecer em tão pouco tempo, tinha a poucas horas perdido a chance de sair de Arena, quase fui morta por um dos meus parceiros de jogo e agora um deles estava me perguntando coisas que nem eu mesma sabia responder. Ele perguntou de Christian, se estávamos juntos, isso nem eu sabia, não sabia dizer se estava apaixonada por ele, não tinha certeza, eu me importava sim com ele, mas era o suficiente para se dizer uma paixão? Pisco e desvio o olhar.
—Não sei - Respondo em quanto volto a atenção para a conversa sentindo também as gotas da chuva escorrendo por meu rosto.
—Você gosta dele? - Mais que droga, e eu por acaso sabia exatamente o que era isso.
—Eu não sei Máxim, não sei.
—Está confusa não está? Não consegue entender o que sente, mas aposto que entre ele e nós... Você escolheria ele. - Ele aponta.
—Não seria tão difícil escolher já que o grupo, me rejeitou uma vez.
—Tá mas e entre eu e ele?
—Por que está me perguntando isso? Por que agora? Estamos lutando para sobreviver a dias, e você despeja isso em cima de mim de repente...
—Por que só agora percebi, o tamanho do medo que tenho de te perder! - Ele desabafa mais uma vez. - Que droga Nara - Ele enruga a testa.
Passo as mãos pelos cabelos e suspiro.
—Não temos tempo para isso Máxim. - Me forço a dizer - Percebe a vida que temos? - Ele começa a negar com a cabeça não querendo escutar o que queria lhe dizer, mas continuo falando. - Infelizmente não podemos tá, não podemos ter esses tipos de privilégios, não somos pessoas normais.
—Não somos normais? - Ele se surpreende com minha palavras - Quer dizer que só por que somos Distópicos, por eu ser Distópico eu não posso gostar de alguém?... Não é tão fácil assim.
Ele da alguns passos apresados com a intenção de voltar para a casa, o seguro pelo pulso o fazendo voltar, não queria ter sido tão dura com ele.
—Desculpe eu estou errada. - Ele se aproxima mais, tão próximo que podia sentir sua respiração. - Só que esse, não é o momento entende, eu não sei o que mais sinto a não ser o medo de morrer aqui. Também não sei o que pensar sobre o que me disse agora, mas não quero que fique irritado ou se afaste de mim.
Não queria que isso acontecesse, me importava com Máxim assim como Christian, mas ainda estava aprendendo o que significava estar apaixonado.
—Está bem - Ele concorda com a cabeça, concordo com a minha também entendendo que deixaríamos aquela conversa para depois.
Estávamos muito próximos, assim como estivemos naquela festa em que dançamos e nos beijamos, acredito que isso também tenha passado pela cabeça dele, do nosso beijo, ele lentamente de inclina em minha direção que no último segundo desvio um pouco de sua ação, nos beijar agora apenas complicaria as coisas ainda mais. Ele ri pelo nariz insinuando que já esperava que aquilo acontecesse, e eu aperto os lábios me sentindo mal pelo momento. Ele então sem mais nenhum comentário ou olhar passa por mim.
Continuo parada onde estava, olhando para o nada, nunca tinha imaginado que Máxim estava apaixonado por mim, e não tinha em mente em como lidar com isso, não podia, não tinha tempo para uma paixonite de adolescente, eu tinha outros objetivos em primeiro lugar, porém isso não mudava o fato de estar vendo ele com outros olhos agora. Sabia de seus sentimentos por mim, e isso acendeu algo novo em mim, algo que também não entendia.
—Noite Difícil? - Alguém diz no alto da casa, Dallas estava lá , com a cabeça para fora da janela. - Devia dar uma chance para o Garoto.
—Escuta muito as conversar dos outros? - Me irrito pela privacidade que não tive.
—Quem é esse tal de Cristian? Ajudou ele na outra Arena? - Suspiro irritada com seus comentários.
—Deveria se preocupar mais com a sua própria vida, não se esqueça que está nas nossas mãos, não na sua.
Depois de ver que o resultado da ameaça o deixou intrigado, volto para a casa, quando entro Procuro por Maxim, ele estava com Paloma a ajudando com as tantas pesas espalhadas, antes de me sentar perto da janela, tenho a impressão de ver uma luz dançante, ela vai se aproximando, um som de Motor passa pela casa, todos nós nos levantamos, pegando nossas armas, Rafael aparece no topo da escada com sua arma seguido por Moco e Kla. O motor é desligado e a luz apaga em frente a porta da casa em que todos nós estávamos atentos.
Dou um passo a frente vendo uma moto que parecia algo como da cor vermelha, alguém sai dela, estava com uma capacete mais pela forma como o uniforme que todos nós usamos se moldava no corpo do desconhecido percebi ser uma garota, ela usava um capacete vermelho, passa para dentro da casa parando em frente a porta, nos examina ainda com o capacete impedindo de reconhecer quem era, em um movimento tranquilo, com as duas mãos onde em uma tinha a chave da moto, a garota não reconhecida tira o capacete, todos ficaram da expectativa por que no fundo já desconfiavam de quem era.
—Até que enfim achei vocês - Diz Notora quando em fim mostra deus cabelos curtos e platinados sua pele bronzeada, e lábios estampando divertimento enquanto tinha embaixo do braço seu capacete vermelho.
***
Uou, mano, que tenso!
O que acharam do capitulo, da musica..?? Me contem ;)
Gente, sei que ninguém nem vai ligar né kkkk. Mais, amanha dia 07 é meu aniversario!!!!
Irra!! Bora fazer 16 anos porém continuar com cara de 14 iupiii!! Hehehe
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro