𝓒𝓪𝓹 13
Sabe qual é o seu problema Alisson - cheguei bem perto de seu rosto a encurralando contra a parede gélida do banheiro.
-Me diz você Amélia -Me encarou olhando com desdém.
-Você acha que todos vão cair aos seus pés -Passei meu indicador em seu pescoço indo até seu queixo, o erguendo - que vão fazer tudo o que você manda.
Ela engoliu seco que deu para ouvir, sua respiração estava rápida
-Mas saiba que eu não sou uma dessas pessoas -Desci uma mão para a sua cintura a puxando para mais perto -Olhando assim nem pareci a mesma Alisson, está tão quieta, não acha estranho?
-Você não me provoca Amélia, acha que vou ficar parada sem revidar não é mesmo -disse molhando os lábio e logo mordendo eles. - do mesmo jeito que você tem seus métodos, eu tenho os meus. - ela disse
com os lábios perto do meu ouvido, passando a mão em minha nuca, puxando meu cabelo fazendo que meu rosto fique bem perto do seu.
- Quer mesmo saber até onde isso vai dar, Amélia? - Ela sussurrou, sua voz mais baixa e mais intensa, enquanto seus dedos ainda seguravam meu cabelo com força.
Por um segundo, senti meu coração disparar, como se eu estivesse prestes a perder o controle da situação, mas eu não ia deixar isso acontecer, não com Alisson, não com ela, eu sairia por cima dessa vez.
- É isso que vamos ver, Alisson. - Eu respondi, olhando fundo nos seus olhos verdes, sem desviar, minha mão ainda na sua cintura, agora apertando com mais firmeza, querendo provar que não era só ela quem sabia jogar esse jogo.
O silêncio do banheiro parecia aumentar o som da nossas respirações, era como se o mundo lá fora tivesse desaparecido por um momento, por milésimos segundos, Só existíamos nós duas e a tensão entre nossos corpos, cada vez mais perto de explodir.
Ela sorriu, aquele sorriso que sempre me irritava e ao mesmo tempo me fazia sentir algo que eu não queria admitir, ela estava me desafiando e eu não ia perder.
- Duas horas atrás, você não estava tão corajosa, não é? - Alisson provocou, soltando meu cabelo e se afastando um pouco, mas ainda perto o suficiente para me fazer sentir sua presença. - O que aconteceu agora para se encorajar, a bebida Martinez.
2 horas antes...
A festa estava lotada cada vez mais, cheia de pessoas que eu nem conhecia, mas Alisson estava lá, como sempre, cercada por seus fiéis amigos, o lugar tinha uma energia frenética, risadas, conversas altas, gente fumando e bebendo por todo canto que olhava.
Eu não poderia estar aqui, pior lugar pra alguém como eu estar, mas insistiram tanto mais tanto, que acabei vindo.
Eu estava com Naomi e Maya, que chegou algums minutos atrás depois que chegamos, tentando ignorar o fato de que minha cabeça não parava de pensar em Alisson, era como se meu hiper foco fosse nela, Não era só raiva que eu sentia - era algo muito mais confuso, algo que eu não queria sentir.
- Você está muito na sua hoje, Amélia. - Naomi disse, me cutucando levemente. - Não me diga que a presença da Alisson te deixou assim, ignore ela.
- Claro que não! - Eu respondi rápido demais, o que fez Naomi arquear uma sobrancelha, como se soubesse de algo que eu mesma não queria admitir, e acenar com a cabeça negando, eu sabia que ela não tocaria no assunto por agora, mas depois não deixaria passar em branco.
Foi quando vi Alisson, do outro lado da sala, rindo de algo que Alex tinha dito, nossos olhares se cruzaram por um segundo, e eu senti um arrepio subir pelo meus braços fazendo que meus pelos subissem, algo dentro de mim pareceu acender, sabia que a noite não ia acabar sem algum tipo de confronto entre nós duas.
E eu estava certa, Alisson nunca ficaria quieta.
Aquela troca de olhares me deixou mais alerta, como se algo estivesse prestes a acontecer a qualquer momento, a minha mente estava sempre lá, presa no que Alisson faria a seguir, Catarina falava sobre algo com Naomi, mas eu mal conseguia prestar atenção, a verdade era que eu estava esperando... esperando o momento em que ela me provocaria de novo, porque era sempre assim.
Eu me virei para pegar mais uma bebida, precisava de algo que me fizesse relaxar, algo para manter o controle, mas mal tinha dado um gole quando senti uma presença atrás de mim, era ela.
- Vai ficar fugindo a noite toda, Amélia? - A voz de Alisson veio baixa, como se fosse só pra mim, seu tom carregado daquela provocação que sempre fazia meu sangue ferver.
- Fugindo? - Virei para encará-la, dando um passo à frente para não parecer intimidada. - Eu não fujo de ninguém, muito menos de você. - Minhas palavras saíram mais afiadas do que eu esperava, mas eu estava cansada de sempre ser alvo de suas brincadeiras.
Ela riu, um riso curto e sarcástico, deu mais um passo para se aproximar, o cheiro de cigarro e perfume me atingindo de uma vez. - Sempre tão brava... por que será que você fica assim só comigo, hein?
Eu queria responder, jogar algo de volta, dizer que ela estava mentindo, mas me vi sem palavras por um segundo, como se a verdade do que ela insinuava estivesse enterrada em algum lugar que eu não estava pronta para tocar, era uma mistura perigosa de raiva e... desejo, eu odiava admitir isso, mas o que ela dizia era real, e por isso eu odiava Alisson.
- Talvez porque você mereça, Alisson. - Falei, tentando parecer mais firme do que me sentia. - Ou talvez porque você me provoca mais do que qualquer outra pessoa possa aguentar.
- Ah, então é isso. - Ela sussurrou, dando outro passo à frente, tão perto que eu podia sentir o calor do seu corpo. - Porque eu provoco de mais você. - Sua mão subiu até meu rosto, seus dedos tocando levemente minha bochecha antes de descerem devagar. - E você... gosta, não é?
Eu senti meu coração acelerar de novo, aquela confusão familiar crescendo dentro de mim, eu deveria afastá-la, acabar com isso, mas ao invés disso, fiquei ali, deixando que ela me cercasse de novo, com aquela força que só ela tinha sobre mim, meus olhos se fixaram nos dela, e por um segundo, tudo parecia parar.
- Alisson, você... - Comecei a dizer, mas antes que pudesse terminar, ela me puxou de vez para o banheiro me cercando ali, como se estivesse pronta para provar que o jogo dela era mais forte do que eu pensava.
Naquele momento, a tensão atingiu um ponto que eu sabia que não poderia ser ignorado por muito mais tempo. A noite estava só começando... e eu não sabia onde isso ia parar.
2 horas depois
Eu não sabia onde isso ia parar, mas sabia que não ia recuar. Agora, ali naquele banheiro, era como se o ar estivesse mais pesado, mais denso, cada segundo passava devagar, me deixando ainda mais tensa. A forma como Alisson estava tão próxima, o olhar dela, o jeito como sua presença me dominava... eu queria odiar aquilo, mas, de alguma forma, eu não conseguia.
- Eu vou te perguntar de novo, Amélia... - Alisson murmurou, os olhos fixos nos meus, como se estivesse me desafiando a mentir. - Quer mesmo ver onde isso vai dar?
Eu podia sentir sua respiração no meu rosto, e por um segundo, meu corpo hesitou, minha mente estava em guerra, mas meu coração... bem, meu coração já havia escolhido.
- Talvez seja você quem não aguenta descobrir. - Respondi, tentando manter a firmeza, mas sabia que minha voz tremeu um pouco. Sua provocação era um labirinto, e eu estava prestes a me perder nele.
Ela sorriu de novo, um sorriso arrogante, quase vitorioso, e antes que eu pudesse reagir, Alisson deu um passo para trás, me deixando ali, encostada na parede fria, enquanto ela acendia um cigarro, o olhar ainda preso ao meu.
- Você fala demais, Amélia. - Ela soltou a fumaça devagar, os olhos não me largando nem por um segundo. - Mas no fim, só fica na promessa.
Eu quis responder, dizer algo que a fizesse voltar, algo que não me deixasse tão exposta, mas fiquei quieta. Eu odiava como Alisson tinha o poder de me fazer sentir tantas coisas ao mesmo tempo, e agora, ali, com o cheiro de cigarro enchendo o ar, eu só queria entender por que ela sempre conseguia me desarmar assim.
Ela apagou o cigarro no chão, se inclinou para perto e, mais uma vez, deixou seus lábios perto do meu ouvido.
- Da próxima vez que quiser me encurralar, esteja pronta para o que vem depois, boneca. - Sua voz era baixa, quase suave, mas carregada de ameaça e promessa ao mesmo tempo.
E então ela se afastou, me deixando sozinha no banheiro, com meu coração ainda batendo descontrolado e a sensação de que, apesar de tudo, eu não tinha ganhado essa rodada.
★★★
Comente e vote para mais capítulos, beijoos mua
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