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𝓒𝓪𝓹 08

Capítulo 7: Sob o Peso do Silêncio

Minha tia sempre disse que a vida não vem com manual, e eu aprendi isso da pior forma. Ela sempre soube que eu era diferente, mesmo antes de eu saber. Minha mãe, por outro lado... Bom, para ela, eu era uma peça quebrada. E o meu pai? Ele parou de olhar para mim no dia em que contei que gostava de garotas.

Eu lembro daquele jantar como se fosse ontem. Minha mãe cortava a carne como se aquilo fosse a única coisa que importava, e meu pai... Ele só suspirou, longo, pesado, e saiu da mesa. Eu queria que eles gritassem comigo, me dissessem algo, qualquer coisa, mas foi o silêncio que matou. Um silêncio que foi crescendo até virar uma parede entre nós. Eu odiava o tratamento do silêncio, porque era assim que eles "resolviam" as coisas.

Só que minha tia, ela me olhou de um jeito diferente quando soube. Aquele olhar que te puxa de volta para o chão quando parece que o mundo quer te engolir. "Você tem uma escolha, Alisson. Ou você deixa eles decidirem quem você é, ou você mostra quem você vai ser." Ela me disse isso um dia, e essas palavras me seguram até hoje. Mas era complicado. Mesmo com o apoio dela, a dor de não ser aceita pelos meus próprios pais era uma porra de cicatriz que eu escondia de todo mundo. Assim como a cicatriz que tenho no lábio de quando caí do skate.

O engraçado é que as pessoas olham para mim, uma morena alta, magra, de cabelo curto, sardas e piercing na sobrancelha e na boca, e acham que eu não sinto nada, que tenho coração de gelo, uma "bad girl" como sempre me chamam, Talvez eu tenha aprendido bem a esconder, porque tem dias que eu também gostaria de acreditar nisso.

E mesmo tendo 20 anos parece que poucas coisas mudaram principalmente na minha forma de agir quando tudo está desmoronando.

Foi então, quando vi a Amélia... uma garota tão confusa e cheia de seus próprios fantasmas, me toca de uma forma que eu não gosto de admitir. Ela tem essa força que não enxerga. Me faz lembrar de mim. Mas ela também tem sorte. Os pais dela aceitam que ela é bi. Não foi um grande drama, não para eles. Só que tem o Matteo, o irmão dela, meu melhor amigo. Ele não vê a Amélia como ela é. Ele a quer encaixada num molde. Já ouvi os comentários dele, falando que ela "ainda vai mudar". Puta merda, como eu odeio essa frase. É a mesma coisa que falar "você nem é assim, é só alguém que tá te influenciando a ser assim". Ninguém entende que, se pudéssemos, não iríamos querer ser uma decepção para a família.

Eu percebi quando Amélia começou a se afastar da conversa. Ela ficou quieta, parecia desligada da festa, talvez pela toxicidade da Alicia. Aquela garota não sabe o que é cuidar de alguém. Enquanto estávamos no banheiro, ela apareceu, fez o maior escândalo e começou a falar sobre o que já tinha acontecido com ela, como se a amiga ali não estivesse aos prantos.

Alicia fica jogando seus problemas no colo da Amélia como se fosse responsabilidade dela carregar os conflitos de seu relacionamento com a Alex, minha melhor amiga.

A Amélia não precisa disso, já tem seus próprios demônios para lutar, e isso já tá bem claro. Mesmo quando a implico, eu a observo. Foi num desses momentos que percebi... ela precisava de uma saída.

Não pensei muito. Fui até ela. Tinha algo errado, e eu sabia. Eu a tirei dali, deixei um espaço para ela respirar. Ela não disse nada. Eu também não.


Eu nunca me senti tão... estranha.

O jeito que Alisson me puxou para longe de toda aquela confusão me pegou desprevenida. Eu sabia que algo estava errado comigo naquela noite, mas não queria pensar, Alicia estava insuportável, jogando mais uma de suas crises em mim, enquanto reclamava da Alex e tentava me controlar, era sufocante, a presença de Alisson, por outro lado, era intensa, mas de uma maneira completamente diferente.

Ela me tirou de um espaço que eu nem sabia que precisava sair.

Eu não entendia direito. Talvez fosse o jeito dela, a forma como ela me observava, sempre esperando, sempre pronta para me provocar, no entanto, ali, naquele momento... ela não fez nada disso, ela só me tirou da confusão, eu não sabia o que sentir.
Gratidão? Raiva? Talvez os dois.

Depois que a festa começou a se acalmar, eu a vi de novo.

Fiquei inquieta, sem saber como agir, o silêncio entre nós parecia pesado, mas de algum jeito, confortável. Não estava acostumada com isso, não com Alisson.
E quando fui até ela, com uma mistura de vergonha e alívio, as palavras escaparam antes que eu pudesse pensar.

"Obrigada." Só isso. Mas foi o suficiente para quebrar a barreira que estava crescendo entre nós.

Eu não sabia se estava pronta para entender o que tudo aquilo significava.

Voltei a sentar na cadeira e quando vi já estavam em casa com uma grande enxaqueca e ressaca.
E na outra semana ignorando tudo o que já tinha acontecido.

- Você está estranha hoje, o que rolou? - Naomi me perguntou enquanto caminhávamos para a sala de aula. Eu me virei, tentando disfarçar a inquietação dentro de mim, mas sabia que Naomi me conhecia bem o suficiente para perceber.

- Não é nada - respondi, dando de ombros. Mas a verdade era que eu estava pensando demais, ojeito que Alisson me olhou hoje, o peso daquele olhar... ainda me fazia sentir algo estranho, como se houvesse algo não resolvido, algo que eu não queria lidar. Como se ela estivesse esperando algo de mim e eu nem sabia o que isso significava.

- Você está pensando nela ou o que aconteceu na festa?- Naomi perguntou com um sorriso meio travesso, como se já soubesse a resposta.

Eu quase soltei uma risada nervosa, tentando mudar de assunto.

- Claro que não. Quem diria que eu ficaria pensando na Alisson? Ela e eu não temos nada a ver.

Mas a verdade é que, naquele momento, não queria falar sobre nenhum desses assuntos.

No mesmo instante, Alicia apareceu do outro lado do corredor, se aproximando com aquele ar de quem tem algo a dizer, ela jogou o cabelo para o lado e me olhou com uma expressão de leve irritação.

- Amélia, você nem respondeu a minha mensagem sobre o rolou com a Alex ontem à noite.

Eu tentei não mostrar a frustração que estava sentindo, mas já estava cansada dessa conversa.

- Sinto muito, Alicia, mas eu não tenho tempo para resolver seus problemas. Eu estou tentando passar nesse semestre sem me afundar mais, e eu nem recebi sua mensagem.

Alicia bufou e olhou para Naomi, que apenas deu de ombros.

- Tá, então, não me ajuda, mas também não me evita, ok?

- Eu não to te evitando - disse, tentando manter a calma. - Eu só não tenho muito tempo, você sabe disso.

Mas, enquanto falava com Alicia, meu olhar novamente se encontrou com Alisson no final do corredor, ela estava lá, com os fones de ouvido no pescoço, observando tudo com aquela expressão que não conseguia entender, escorada na parede. Não me aproximei, mas a forma como ela me olhou me fez questionar tudo de novo. O que ela estava esperando de mim?

Eu suspirei, me afastando das duas, já sem saber o que pensar ou o que fazer com tudo o que estava acontecendo.

- Você está estranha hoje, o que foi? - Naomi me perguntou enquanto caminhávamos para a sala de aula. Eu me virei, tentando disfarçar a inquietação dentro de mim, mas sabia que Naomi me conhecia bem o suficiente para perceber.

- Não é nada - respondi, dando de ombros. Mas a verdade era que eu estava pensando demais. O jeito que Alisson me olhou hoje, o peso daquele olhar... ainda me fazia sentir algo estranho, como se houvesse algo não resolvido, algo que eu não queria lidar. Como se ela estivesse esperando algo de mim, e eu nem sabia o que isso significava.

- Você está pensando nela, né? - Naomi perguntou com um sorriso meio travesso, como se já soubesse a resposta.

Eu quase soltei uma risada nervosa, tentando mudar de assunto.

- Claro que não. Quem diria que eu ficaria pensando na Alisson? Ela e eu não temos nada a ver.

Mas a verdade é que, naquele momento, parecia que tudo o que eu conseguia pensar era nela.

No mesmo instante, Alicia apareceu do outro lado do corredor, se aproximando com aquele ar de quem tem algo a dizer. Ela jogou o cabelo para o lado e me olhou com uma expressão de leve irritação.

- Amélia, você nem foi ver o que rolou com a Alex ontem à noite, e você sabe que isso afeta a gente.

Eu tentei não mostrar a frustração que estava sentindo, mas já estava cansada dessa conversa.

- Sinto muito, Alicia, mas eu não tenho tempo para resolver seus problemas. Eu estou tentando passar nesse semestre sem me afundar mais.

Alicia bufou e olhou para Naomi, que apenas deu de ombros.

- Tá, então, não me ajuda, mas também não venha me evitar, ok?

- Eu não estou te evitando - disse, tentando manter a calma. - Eu só não tenho paciência para esse drama agora.

Mas, enquanto falava com Alicia, meu olhar novamente se encontrou com Alisson no final do corredor. Ela estava lá, com os fones de ouvido no pescoço, observando tudo com aquela expressão que não conseguia entender. Não me aproximei, mas a forma como ela me olhou me fez questionar tudo de novo. O que ela estava esperando de mim?

Eu suspirei, me afastando das duas, já sem saber o que pensar ou o que fazer com tudo o que estava acontecendo.


Eu estava ali, observando o movimento do corredor, com toda a sua agitação, sempre me fazia querer estar em outro lugar, mas ali estava eu, como sempre, para só olhando para os zombies viciados em seus celulares que alguns chamam de alunos, quando meus olhos encontraram Amélia do outro lado, algo dentro de mim se apertou.
Ela estava distraída, mas seu jeito de se concentrar nas coisas fazia com que tudo ao seu redor desaparecesse, eu podia vê-la tão claramente, até no meio da confusão, como se houvesse um espaço entre nós e o mundo.

A tensão entre nós nunca sumia, era algo estranho de mais, nos últimos tempos, parecia pior, desde a festa, algo mudou nela, não sabia o que exatamente, mas ela estava diferente.
Mais distante, mais... fechada, eu poderia ser a última pessoa que ela queria ver, então, quando nossos olhos se cruzaram, decidi não dizer nada, não queria forçar uma conversa, nem quebrar aquele silêncio que pairava entre nós.

Mas, ao olhar para ela, vi que ela não me ignorava completamente, seu corpo, que sempre parecia tão firme e seguro, estava um pouco encolhido, como se estivesse tentando se esconder de algo que ela não entendia.
Isso me fez pensar que ela ainda estava processando o que aconteceu no dia da festa.

Eu queria dizer algo, mas as palavras não saíam, algo me segurava, e eu não sabia se era o orgulho ou a confusão de ver alguém como ela reagindo assim, não sei por que, mas, mesmo sem falar nada, eu estava esperando algo, algo que eu não sabia se deveria esperar, mas era impossível não querer.

Então, quando ela olhou rapidamente para o outro lado, eu senti uma pontada. Ela estava se afastando de novo, como sempre fazia, mas algo dentro de mim desejava que ela não fosse embora. Que, de alguma forma, ela entendesse o que estava acontecendo.

E quando ela seguiu seu caminho, eu não sabia se me sentia irritada, frustrada ou... se estava começando a entender que talvez tudo isso fosse mais complicado do que eu imaginava.

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