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𝓒𝓪𝓹 06

A festa acontecia e eu já não estava aguentando mais o barulho, as batidas da música já estavam batucando em minha cabeça chegava a chiar.

Eu não iria estragar a saída logo agora, então apenas pego o meu tampão no bolso e os ponho, meu cabelo cobre a minha orelha, eu tive muito tempo para descobrir que as pessoas se transforma quando descobrem sobre seus problemas, tive que me conter e colocar uma máscara, só as pessoas do meu grupo de convivo sabem sobre meu grau de autismo e o TDAH.

Comecei a caminhar pela festa procurando por Naomi, mas só vejo Alicia que chegou com a Alex a duas horas a trás, dançando, então caminho até ela e pergunto sobre a Nao.

-Ela disse que ia procurar a Maya, talvez esteja perto da escada -Diz Alex fumando o pod que tinha cheiro de uva.

Eu assenti, mas cada passo parecia mais difícil, algumas pessoas trombaram em mim, cada toque fazia meu peito apertar, de repente, um homem esbarra em mim com certa força e eu quase caio, batendo em um casal que estava atrás de mim. Meus tampões voarão dos meus ouvidos.

-Desculpa... -senti meu peito apertar, como se um caroço estive em minha garganta, meus olhos ardiam sabe quando você sente aquela angústia, Minha voz saiu fraca, trêmula. Senti o rosto queimar, as palavras engasgando na garganta. Todo mundo estava olhando? Cada olhar pesava sobre mim, pareciam cochichar, o que eu fiz? A mulher que trombei falava comigo, parecia gritar, dor, Meu coração disparou, as mãos suavam. O namorado pós a mão em seu ombro, O ar parecia rarefeito. Por que eu não conseguia respirar direito? Eu encostei na escada.

O barulho ao meu redor ficou abafado, as luzes piscavam, distante. Era como se as paredes estivessem se fechando. Eu precisava sair dali. Correr, Precisava de ar. Focar.

Alisson apareceu na minha frente, ela dizia algo. Lágrimas,
Antes que pudesse pensar, minhas pernas já estavam me levando para longe. Me enfiei no banheiro mais próximo, entrei em uma cabine e tranquei a porta, tentando desesperadamente controlar minha respiração, passos.
o pânico me envolvia como uma sombra inexplicável. -Respira, respira... -Eu repetia baixinho, mas nada parecia ajudar.

Batidas na porta, Não não não
Eu não conseguia puxar o ar, quando tentava parecia parar em minha garganta.

Escutei

-ABRE A PORTA AMÉLIA, POR FAVOR -Era Naomi.

Não consigo, tentei dizer, mas parecia tudo escuro, deslizei as costas na porta, desabei.

A ansiedade chegou como um aperto silencioso no peito, coração disparava, descompassado, o ar parecia seco, respirar era um esforço impossível. As mãos tremiam, frias, enquanto cada olhar ao redor pesava mais do que devia, o corpo queria fugir, mas estava preso ao chão afundando, as pernas não obedeciam. A garganta apertava, sufocando as palavras que tentavam sair, deixando apenas o vazio e pânico ecoarem dentro.

O mundo lá fora sempre foi assustador pra mim, o que me fez distrair foi as implicâncias, os gritos pararam, Alisson Parecia falar algo.

Escutei um barulho, um estrondo na verdade.

Vi Amélia, eu vi quando ela começou a se perder ali no meio. Amélia caminhava como se cada pessoa fosse um obstáculo impossível de desviar, desajeitada, perdida. Quando aquele cara trombou nela, vi seu corpo se encolher, as desculpas saindo da boca como se ela mal conseguisse falar.

Ridícula... ou melhor, deveria ser, mas não foi. Tinha algo naquela fragilidade que me fez parar de respirar por um segundo. O jeito como ela parecia tão fora de lugar, distante, tão desconectada de tudo ao redor, tão... vulnerável.

Ela tropeçou mais uma vez nos próprios pés antes de fugir. Fugiu como se tivesse medo de todos ali, nem me deu tempo de fazer algum comentário quando tentei dizer algo ela correu para o banheiro.

Eu deveria ter deixado pra lá. Era o que eu sempre fazia, fingia não me importar com suas fraquezas, mas sabia das suas dores, Mas algo naquela expressão dela me atingiu de um jeito estranho, antes que percebesse, eu estava lá, encarando a porta trancada como se isso fosse resolver algo.

Escutei Naomi gritar ao meu lado. Ela também tinha notado. Óbvio, Naomi sempre nota, e tenta resolver, Mas Amélia... ela não respondia, o silêncio lá dentro me incomodava mais do que eu queria admitir, a cada segundo de silêncio, eu me sentia mais impaciente, mais tensa. - ABRE ESSA DROGA DE PORTA! - Minha voz saiu alta, mais nervosa do que eu queria. Não era raiva... pelo menos, não só isso. Bati na porta com força, e dessa vez não era só pra provocar. Droga, por que ela estava me fazendo sentir isso? Desespero, Por que parecia que tudo estava errada demais? Isso não era só uma fuga comum. Tinha algo quebrado ali dentro, algo que não era só Amélia sendo a garota distraída que sempre tropeça na própria insegurança, era a Amélia quebrada, era sua mente a sabotando.

Algo se mexeu lá. - Amélia? - Falei mais baixo dessa vez, quase sem perceber. Eu odeio sentir preocupação, mas ali estava ela, crescendo no fundo da minha mente, me arrastando pra uma situação que eu não queria enfrentar.

Eu não sabia o que estava acontecendo com ela, mas sabia que eu não posso sair daqui sem respostas.

Olhei para Naomi e falei. -Saia daqui e fique na frente da porta não deixe ninguém entrar. -Ela me olhou incrédula pronta para dizer algo -Eu sei o que estou fazendo tá bom.

Ela suspira e diz "espero mesmo, se não te esfolo garota." Ela sai pela porta.

Suspirei sentei no chão frio e me encostei na porta. - Sabe, eu costumava ignorar sua existência. Era pra você ser só mais uma garota irritante, uma entre tantas. Mas... quase oito anos, Amélia. Oito anos te provocando, esperando a bomba explodir, e nada. Você só me enfrenta e depois foge. - Minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, cheia de uma frustração que eu não sabia que estava lá.

Ouvi ela puxar o ar, um suspiro pesado e dolorido que ecoou pelo banheiro. Um soluço escapou em seguida, e algo dentro de mim apertou. - Você devia parar de fugir, de se esconder. Eu odeio admitir, mas você é forte... mais do que parece. - Meu tom mudou, quase implorando. - Sai daí, Amélia. Se você sair, eu vou te abraçar como antes. E depois, eu juro que vou fingir que nada disso aconteceu. Que eu nunca estive aqui, e nem vi você hoje.

A porta se abriu com uma rapidez inesperada, e eu quase caí para trás, já pronta para soltar algum comentário afiado. Mas as palavras morreram quando vi seus olhos. Azul. Muito azul, como ela costumava dizer. E ali, havia uma tempestade ali, era triste. - Não diz nada... por favor - ela sussurrou, sentando ao meu lado, a cabeça baixa, os ombros caídos de cansaço.

Sem pensar, eu a puxei para meus braços, senti o tecido da minha camiseta começar a se molhar. Não havia mais orgulho, nem provocações. Só ela, frágil e despedaçada, afundada contra mim.

E por um momento, o mundo lá fora desapareceu. Não éramos mais duas pessoas em lados opostos de uma guerra silenciosa. Era só eu e Amélia como antigamente, num abraço que carregava todas as palavras que nunca dissemos. Ela era uma tempestade, e eu estava ali, segurando cada gota de sua chuva, sabendo que, por mais que tudo fosse confuso, naquele instante, eu nunca a deixaria afundar sozinha.

Eu costumava dizer que ela era um sol bem grande que fazia a todos rirem, mas agora talvez ela estivesse só tentando fazer o que queria ser, feliz, rir de verdade, sorrir sem forçar uma máscara.
Era a Amélia criança em meus braços não a adulta.

★★★

Espero que tenham gostado desse episódio perdão por qualquer erro ortográfico, amo vocês, se cuidem, beijos.

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