Capítulo | 10
Minhas mãos estavam soando mais do que o normal, mas fico feliz que seja apenas o nervoso de ouvir os passos dela se aproximando.
Nessa semana que passou, busquei algum tipo de esperança, passei a madrugada toda pesquisando, mas a única coisa que eu descobrir é que eu vou me foder pra caralho, então que eu morra antes disso para não ser um peso para a minha mãe e a Meg.
— Ela tá vindo. - Caleb murmura ao meu lado, de todo o time, ele foi o único que eu chamei.
Fico tenso quando uma música romântica começa a tocar, mas minha atenção está tão focada na escada, que eu nem sequer consegui saber que música era.
Ela aparece com um sorriso no rosto, enquanto segurava uma única rosa branca, Megan vestia um vestido branco curto, colado no corpo, com uma renda na coxa, com alguns detalhes que não dou a mínima.
Ela estava perfeita com ele, mas vai estar mais quando eu o tirar daqui a pouco.
Meg parou ao meu lado, me lançando um sorriso cúmplice, como se estivesse pensando na mesma coisa que eu.
— Na minha ou na sua? - Sussurro perto do ouvido dela.
— Na sua. - Ela responde, antes do pai dela chamar nossa atenção e começar a parte chata, falando e falando.
Obviamente esse casamento não vai valer nada na lei, mas que se foda.
— Aceitamos pai, vai logo para o pode beijar a noiva e blá blá blá. - Ela o interrompe, fazendo todo mundo rir. — Eu to com fome.
Megan completa, sorrio, ficando frente a frente dela.
— Pode beijar a noiva. - O pai dela resmunga.
— Finalmente. -Ela sorri, antes de atacar minha boca. Demoro alguns segundos para retribuir, já que estava tentando não rir.
— Espero que você tenha pedido hambúrgueres. - Ela diz contra minha boca.
— Com cheddar e três carnes, exatamente como você gosta.
— Não vai jogar o buquê de uma flor só, Megan? - Caleb provoca.
— Ok, todos vão pra lá. - Ela aponta pra frente do sofá. — Menos meu marido, óbvio.
E todos fizeram exatamente o que ela disse, "todos" se resumia na minha mãe, o pai dela e o Caleb.
Ela joga o salto dela em qualquer lugar da casa, antes de correr pra cima do sofá com sua rosa. Observo tudo com um sorriso no rosto. Feliz por ela estar sendo forte, ao contrário das pessoas em minha volta.
As pessoas vivem me ligando e mandando mensagens, sempre falando a mesmas coisas, "Vai ficar tudo bem", "Eu sinto muito" ou só querem falar sobre isso. Minha mãe vive chorando pelos cantos.
Eu a entendo, mas porra, eu quero viver meus dias bem, eu já estou me acostumando com a ideia, decidi que quero morrer feliz.
E a Megan se empenhou nisso, ela não toca no assunto, vive os dias como se o de amanhã não fosse vir e eu gosto disso. Gosto de ver que ela continua invadindo meu quarto de madrugada, ontem ela disse que não nos veríamos até hoje, mas de madrugada estava pulando na minha cama.
Dessa vez ela usou como desculpa, ter sonhando com a degoladora e que a culpa era minha por a ter contado essa história.
Amo que ela ainda rouba minhas blusas, eu quase não a vejo com as dela. Amo como ela sorri facilmente por qualquer gesto bobo.
Eu me sinto tão grato por ter ela comigo, mas tenho medo que isso fique demais pra ela. Eu sei que Megan é mais mole do que aparenta ser.
— UUUM, DOIIIIS E JÁ. - Megan joga sua rosa, que minha mãe pega com precisão. — Você que vai ser a próxima a se casar, sogrinha?
— Pelo visto sim. - Minha mãe sorri, erguendo a rosa na mão.
— Agora podemos comer? - Agora é o Caleb que implora, apontando para a mesa cheia de coisas não saudáveis.
— Claroooo. - Megan pula do sofá para o chão, saltitando até meu lado. — Te amo.
Sussurra, me roubando um beijo rápido, antes de saltitar até a mesa, indo diretamente ao seu precioso hambúrguer.
Minha bela visão dela comendo, é interrompida quando o pai dela entra na minha frente.
— Quê? Não vou pular a segunda lua de mel, nem adianta implorar. - Brinco. Ele franze o nariz, numa careta engraçada de nojo.
— As vezes eu sinto uma grande vontade de chutar a sua bunda até a rua.
— Uma pena que você perdeu a chance quando podia. - Aperto os ombros dele, o consolando da maneira mais fajuta que consegui.
— Não me faça se arrepender de vir aqui só pra agradecer por fazer tão bem a ela. - ele balança a cabeça negativamente. — Você não ouvirá mais isso de mim.
— Porque não avisou antes? Era pra eu ter gravado. - Bufo.
— Da pra você falar sério por um minuto?
— Não, hoje não. - sorrio, sei que momentos como esse são importantes, mas também sei que ele ta dizendo isso porque não terá mais chances para dizer depois. — Saiba que eu te amo também e obrigada por deixar eu ficar aqui quando minha casa não era um bom lugar. -Dou um beijo na careca dele, o pegando de surpresa. — Eu sempre quis fazer isso, agora eu preciso aproveitar outras coisas, tchau.
O deixo, indo atrás da Megan que estava levando um punhado de batatas até a boca, enquanto ouvia caleb falar sobre como a cachorra dele aprendeu a abrir portas.
— Oi, bonitão. - Ela diz assim que me vê. — Eu tinha esquecido como você é bonito assim.
— Todo mauricinho. -a Caleb completa. — Mesmo com esses chinelos, eu esperava mais de você no seu próprio casamento.
— Você supera. - digo olhando para meus pés. — Eles são lindos.
— Sim, são, mas você pode falar com a sua mãe pra gente ir logo? - Megan me empurra levemente na direção da minha mãe.
— Já que você insiste. - Murmuro, indo até minha mãe, com receio que ela comece a chorar.
Eu só quero que esse dia termine tão bom quanto começou.
—Você não vai comer? - Pergunto ao me aproximar.
— Eu já roubei algumas coisas pra comer antes de vocês chegarem. - Ela sorri, ajeitando meu cabelo. — Eu to feliz por vocês e preciso admitir que estava errada sobre tudo.
Sorrio.
— Tudo bem mãe, você vai ficar bem sem mim aqui por hoje? - Pergunto, recebendo um aceno com a cabeça.
— Sim, eu coloquei rosas no quarto. - Ela pisca pra mim, o que me faz rir.
— Nós não somos tão careta assim, mãe.
— Você que acha, eu tenho certeza que ela vai amar. - Afirma convencida. — Agora vai.
Suspiro, grato por ela estar bem hoje, eu senti falta disso.
— Obrigado. - Digo antes de ir até Megan, que ainda estava concentrada em comer.
— Que tal levarmos algumas coisas para comer enquanto enchermos a cara? - Sugiro ao lado dela, que leva algumas batatas até minha boca, me obrigando a comê-las.
— Você é tão inteligente. - Ela solta um suspiro apaixonado. — Coloca tudo o que puder nos braços.
Pede, fazendo exatamente isso. Eu gargalho da cena e a ajudo.
— Sugiro que não quebrem nada. - Caleb sugere. — Vou ficar e continuar comendo com eles, não vou desperdiçar essa fartura só porque os donos da festa vão embora.
— Fica a vontade, tem vodca em baixo da minha cama, você pode fazer a festa. - Megan sorri pra ele, antes de dizer tchau pra todo mundo.
— Isso é tão legal. - Ela sussurra assim que finalmente saímos.
— Qual parte? - Pergunto, salvando algumas batatas que quase caíram dos braços dela.
— Tudo e sinceramente, é melhor do que eu imaginei a minha vida todinha.
Megan sorri e me olha.
— Obrigada por tudo, Thomas James.
— Só James.
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