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Mundo Em Vermelho

Charlotte estava caindo, não se lembrava de ter pulado ou tropeçado em nenhum lugar, sua cabeça estava doendo horrivelmente, ela não conseguia lembrar se era a algumas horas ou semanas que sentia essa dor.

Ela não gritava enquanto caia, apenas permanecia de olhos fechados esperando o impacto contra o chão. Um impacto que não houve.

Sua última memória era o latim de Gênesis, ou melhor, sua última memória era ter sido afogada por Gênesis

— Você não está velha demais para estar no balanço? — Alguém perguntou, fazendo-a abrir os olhos.

Tudo estava vermelho, as casas, o céu, a grama, todas às vezes que havia feito isso com Gênesis havia sido diferente, mas dessa vez sentia algo estranho no ar.

Charlotte olhou na direção que a voz veio, ao seu lado havia uma menina se balançando, a pequenina não estava vermelha igual ao restante do pessoal no parque.

Agora mais consciente, notou que estava em um balanço, esticou a mão a encarando, ela também não estava vermelha, o que apenas deixou a loura mais confusa.

— Você não me parece bem. — Comentou a garotinha de forma crua.

Charlotte possuía a lembrança de conhencer a menininha loira se balançando. A blusa da menina estava manchada de sangue na parte de cima, também havia uma mancha roxa em seu olho esquerdo, mas ela parecia feliz.

— Quem é você? — Perguntou Charlotte.

— Gênesis me ensinou que eu não devo dizer meu nome para ninguém. — A garotinha respondeu dando impulso para se balançar mais alto — Um nome é uma coisa muito poderosa.

— Quem fez isso no seu olho? — Charlotte estava curiosa para entender qualquer coisa daquela estranha realidade.

— O pai do meu amigo. Ele queria fazer coisas erradas com ele, eu posso não saber bater, mas sei apanhar. — Respondeu a menina — Porque você faz tanta pergunta?

Charlotte sorriu com pena e deu de ombros, estava confusa e curiosa, toda tentativa de tentar entender o que estava acontecendo estava a deixando com mais dor de cabeça. Ela sentia que sua memória a estava traindo, ela havia vivido aquele momento ou apenas escutado sobre?

— O que você está fazendo aqui? — A menina perguntou novamente.

Charlotte se levantou do balanço e a menina imitou o movimento dela.

— Eu não sei. Eu deveria buscar alguma resposta. Gênesis me pediu um favor.

A Hunter fechou os olhos, sua memória não ajudava, ela não conseguia lembrar o que havia ido buscar, nem onde ela estava, muito menos quem era a menina.

— Você está péssima. Se você quiser eu posso te ajudar. — A garota se ofereceu começando a caminhar — Você também conhece o Gênesis, legal, ele está bravo comigo.

— Porque ele está bravo? — Perguntou curiosa.

— Ele acha que eu sei uma coisa mas eu não sei ou não lembro, não tenho certeza.

As engrenagens no cérebro de Charlotte pareceu voltar a funcionar sobrepondo a dor de cabeça que sentia.

— Eu posso te ajudar.

— Não pode. — A menina respondeu chutando uma pedrinha do caminho enquanto andava — Eu estava lá quando a irmã Anna o chamou, eu só não consigo lembrar.

— Qual o seu nome? — Perguntou esperando pela resposta que precisava.

— Gênesis me ensinou que não devo dizer meu nome para estranhos.— A menina falou parando na porta de uma casa e a abrindo.

— Não sou uma estranha, meu nome é Charlotte Hunter.— Se apresentou mesmo sabendo quem era a menina.

— Seu nome não pode ser esse.— a criança riu encarando-a encostada contra a porta semi aberta da casa — Meu nome é Charlotte Marie Hunter.

A Charlotte adulta sentiu a ficha cair, Gênesis queria o encantamento que foi usado para ser invocado, ele queria desfaze-lo, queria se separar de Joseph. Sentia-se burra por não ter percebido desde o início quem era a menina. Havia trancado sua infância tão no fundo de sua alma que não se lembrava de quase nada além do necessário.

— Droga, o feitiço ocorreu uma semana antes desse dia. Por favor não me deixa reviver isso. — Charlotte gritou olhando para o ar, torcendo para que gênesis estivesse a monitorando.

Ela clamou mais ainda em silêncio para sair dali quando a figura de seu pai surgiu por detrás da menina. Tudo aconteceu rápido demais, a Charlotte criança havia sido puxada pra dentro da casa e a porta havia batido. Ela no fundo sabia o que acontecia depois daquele momento.

A versão mais velha de Charlotte pensou em bater na porta numa tentativa de impedir o que aconteceria, mas ao tentar, a mão atravessou a porta. Ela por um minuto se sentiu tola demais por não lembrar que por ser uma memória, ela não poderia impedir.

Fechou os olhos com força enquanto ouvia seus próprios gritos quando criança, se concentrou na data que lembrava como o dia que Gênesis foi celado no corpo de Joseph e se projetou para aquela memória.

Quando voltou a abrir os olhos estava na igreja onde foi criada, caminhou por ela tentando lembrar onde havia lido o feitiço de Gênesis quando criança. No meio do altar, um grande livro preto com uma escrita em grego repousava tranquilamente. Ela lembrava dele, ela havia lido ele quando criança, ali estava o que ela precisava.

Charlotte não se lembrava o que estava escrito lá, então caminhou até o altar e encarou o livro por um bom tempo para que conseguisse memorizar o que estava escrito.

Respirou fundo sentindo algo no ar, não houve tempo para reagir quando sentiu duas mãos apertando seu pescoço, ela não conseguia ver quem era, mas reconheceria o cheiro em qualquer lugar, Gênesis.

A loura fechou os olhos sentindo o ar escapar de seus pulmões, assim que os fechou, o cenário ao seu redor se dissolveu.

Respirou puxando ar com violência, sentia que não respirava a horas, seu corpo se projetou para frente fazendo com que Jacob se assustase.

— Charlotte! Menina você me assustou. — O padre falou recuperando-se do susto inicial.

— O que aconteceu? — Perguntou se levantando com a ajuda do tio, ele estava seco enquanto ela sentia a água escorrer por todo seu corpo.

— Gênesis aconteceu.— Falou levemente irritado — Mesmo depois de anos continua agindo como uma criança irresponsável.

— Talvez seja porque ele é uma criança.— Justificou enfiando discretamente a mão no bolso do tio e pegando o maço de cigarro dele.

— Não o defenda. — Brigou — Quando assumi a consciência, você estava dentro d'água, desmaiada ou morta, eu nunca conseguirei explicar o que eu vi.

— Talvez seja melhor assim — Charlotte fechou os olhos tentando se concentrar no que havia acontecido.

Os pensamentos de Charlotte era a única coisa que a torturava mais que a sensação de que tudo estava perdido.

— Charlotte, você está bem? — Joseph perguntou se aproximando da loura que ainda se encontrava parada de pé encarando o vazio a sua frente.

A loura balançou a cabeça como se acordasse de um sonho, era muitos detalhes para digerir naquele momento.

— Nunca estive melhor. — Comentou caminhando em direção a saída.

Joseph a gritava mas ao se aproximar da porta se calou encarando o homem que impedia a passagem de ambos.

— Eu só quero uma palavrinha com nosso amigo em comum — O homem falou, a posição que ele se encontrava impedia a passagem da dupla.

— Ótimo, outro idiota. — Joseph murmurou ao ver o homem.

— Eu me lembro de você. — Comentou o homem — Um belo par de olhos como o seu não é fácil de esquecer, Sorcière.

— John, certo? — Charlotte perguntou duvidosa o encarando.

— Então fui marcante para lembrar do meu nome? Bom saber. — John comentou se afastando da porta para que a loura conseguisse passar.

— Ótimo, outro idiota. — Charlotte repetiu a frase do tio antes de passar pela pequena porta que havia dividindo o interior do corredor a saída lateral direto para a rua.

— Ainda vamos nos encontrar, Sorcière — John gritou se afastando junto com Joseph.

Charlotte ignorou o homem e caminhou sozinha, sua mente estava envolta em um borrão em branco, menos por um detalhe: Gênesis havia cumprido a parte dele.

No fundo da memória dela, repousava um feitiço que antes não havia. Porém, ela não tinha certeza se tinha comprido sua parte no acordo, talvez só saberia se visitasse o tio novamente um dia, mas de uma coisa ela sabia: o único inimigo de Arnael era ela, e o feitiço que ela precisava fazer cobraria um preço que talvez ela não quisesse pagar.

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