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[Cʜᴀᴘᴛᴇʀ Tᴡᴇʟᴠᴇ: Cʜᴀɴɢɪɴɢ ᴛʜᴇ sɪᴅᴇ ᴏғ ᴛʜᴇ ᴅɪsᴄ ᴏʀ ɴᴏᴛ.]


    A plenitude só é alcançada depois de um determinado tempo, e nem sempre ela lhe dá a paz que merece. E isso ao invés de plenitude, é uma calmaria. Algo que vem de vez em quando e dura pouco. Ao terminar um relacionamento, as pessoas buscam uma certa paz e momento para se recuperar. Algumas nem precisam de tanto assim, superam as coisas com facilidade. Outras passam uma boa parte da vida revivendo o passado e se esquecendo do valor do presente. E tem o Bambam, que ainda nem tem a palavra "superar" em seu vocabulário...

- Eu estou indo para casa, boa tarde... - Desviou os olhos dela e passou pela garota. As suas mãos foram para os bolsos e ele suspirou fundo, pois o seu peito doía.

- Espera! - Ela exclamou e o fez parar. - Vamos ao menos c-conversar... - Colocou os braços para trás e tinha uma voz mais baixa.

- Não temos o que conversar. - Estava sendo curto e direto, se ele demorasse mais ali iria derramar algumas lágrimas.

- Por favor! - Segurou o antebraço dele e já fraquejou na fala.

- Anne, nós não namoramos mais... Pode ir e fazer o que quiser, enquanto eu vou para casa... - Puxou com força e se soltou.

- Não! Bambam, eu não quero te deixar ir... - Ela estava chorando? Seu coração apertou, pois queria se virar e olhar nos olhos dela. Na verdade, deveria seguir o conselho de Mark e permitir que houvesse ao menos a última conversa.

- Só uma última conversa... - Murmurou para ele mesmo. - Certo, o que quer me falar? - Se virou e deu de cara com o rosto de Anne encharcado de lágrimas.

- Por favor, me escuta... - Voltou a segurar ele, dessa vez a sua mão, e franziu as sobrancelhas.

- O q-que você quer me dizer? - O seu primeiro gaguejo já era preocupante. Engoliu em seco com os lábios ressecados e mãos suando. Poder ter a mão dela colada a sua de novo lhe trazia memórias e memórias provavelmente lhe traziam dor. Por isso que ele havia melhorado esses dias, sem falar com ela e fugindo disso.

- Me desculpa pelo que eu fiz, eu não pensei em você naquele momento. Por favor... - Deu uma pausa para puxar fôlego. - Eu sei que com alguns ajustes nós podemos voltar a ser o que éramos antes! - Estendeu as mãos deles dois juntas. Ele olhou para ela por completo e depois no fundo de seus olhos. Não sabia desde quanto tempo guardava aquelas palavras, mas a hora delas havia realmente chegado.

- Anne, tudo sempre é feito do seu jeito e eu sempre tenho que me sacrificar. As brigas que já tivemos, eu era o único a me desculpar e às vezes nem tinha motivo... - Por que ele era o errado? Não, ele nunca esteve errado. Só queria amar...

- Ursinho, e-eu não entendo... Esse não é o jeito certo de pensar. Apesar de tudo nós sempre nós resolvemos... Eu não quero ficar sem você... - Com a outra mão ela mexeu em seus próprios cabelos.

- Anne, tudo que você dizia estava sempre certo e eu nunca quis questionar. Mas eu percebi como me sentia um idiota por causa disso... Eu não quero ter mais nada... - Foi aos poucos desfazendo a mão dela da sua. - Não quero... - Repetiu.

A face incrédula dela e totalmente surpresa lhe mostrava o quanto ainda insistiria. Talvez até se cansar. O problema é que Bambam não aguente e volte a viver nessa retidão de sentimentos e opiniões.

- O quê? Eu não fui nada? - Uma mistura de raiva e tristeza resultava na voz dela. Sim, por um tempo, você foi... Ele queria dizer.

- O que aconteceu antes, já passou e não vai voltar. Se você foi algo, eu não sei mais se ainda é... - Se soltou por completo.

- Então, tá! Seu, seu... Babaca! - Choramingou mais ainda e deu um tapa em Bambam. Imediatamente se retirou dali, deixando o rapaz sozinho. Ele levou a mão até a bochecha ardente e soluçou. Pobre Bambam...

- Merda... - Sussurrou com lágrimas escorrendo pelo rosto. Os seus lábios já estavam molhados por causa delas e ele podia sentir o salgado sabor que transmitiam.

    E por que ele precisava sentir tanto? Já havia passado por uma situação assim, mas parecia que tinha se tornado mais vulnerável... Ele queira poder não sofrer por isso e apenas fingir que essa dor nunca existiu. Mas o que realmente lhe doía era o fato de ainda não encontrar a sua outra metade. Se ela pudesse aparecer como as estrelas cadente aparecem para princesas solitárias e garotos frágeis... Ou como abraços carinhosos que confortam os que precisam de apoio.

- Por que eu sinto tudo isso? - Havia perdido as forças nas pernas e ido ao chão. Se levantou lentamente para sentar no banco próximo dali.

Apoiou o seu corpo e praticamente a sua alma machucada. Suspirou e tentava puxar o ar, mas ele não vinha. Era como se a tristeza o estivesse sufocando. Mas ele não deveria se sentir livre agora? Livre e sozinho?

- Ai, eu sou um idiota... Por que nunca dá certo comigo? Eu, eu não devo encontrar alguém? - Abaixou a cabeça e recostou a testa em seus joelhos. As respirações aceleradas e interrompidas pelos soluços profundos lhe doíam o esôfago.

- Aí... - Uma voz desconhecida pronunciou e ele sentiu uma mão tocar em seu ombro.

    Levantou os olhos, assustado, e a face encharcada foi tomada por uma expressão de surpresa.

- Q-Quem é você? - Perguntou ao rapaz alto e de cabelos claros.

- A-Ah, eu trabalho na loja ali da esquina e... Eu... - Tentou explicar, mas um nervosismo enorme o consumiu ao perceber que encarava o moreno.

- O que quer comigo? Vo-você me conhece? - Apontou para si mesmo e olhou para os lados.

- Na verdade não... Eu, eh... Eu estava passando e vi você chorando aqui. Daí quis saber o que tinha acontecido... Sei lá, um cara chorando na praça, poderia ser algo sério... - Retirou a mão do ombro do rapaz quando ele olhou para ela. Então virou o rosto para frente e apertou os lábios. Havia se sentado ao lado de Bambam.

- Não foi nada demais... - Limpou algumas das lágrimas. - Só coisas sobre namoro e lá se vai... - Forçou um riso.

- Bem, se quiser conversar sobre... - Sugeriu, como quem não quisesse nada.

- Conversar? - Riu nasalado. - Eu tentei conversar, mas eu estava certo antes. Era melhor que não tivesse acontecido essa conversa... - Apoiou os cotovelos em suas duas pernas e segurou o queixo.

- Ah... Por que você pensa isso? - O rapaz tentava ser o mais natural possível notando que, se continuasse daquela maneira, o próprio moreno iria desabafar.

- Por que? Porque eu não me machucaria assim. Mesmo sendo um diálogo curto e de pouquíssimas palavras, está doendo. Dói já que foi a nossa última conversa, e eu não estava sentindo tanto assim enquanto ignorava as ligações. - Suspirou depois de metralhar aquelas palavras. - No final eu estava certo em fugir...

    O rapaz que estava ao lado dele encarou o seu rosto e depois olhou para  um ponto aleatório. Será que estava pensando no que dizer?

- É, você provavelmente estava certo... - Bufou e rangeu os dentes. - Estava certo... - Balançou a cabeça positivamente.

- Sim, eu sou um covarde? - Indagou e virou o corpo completamente para ele.

- O quê? - Olhou diretamente nos olhos dele. - Claro que não. Já fiz isso muitas vezes... - Bateu em sua própria coxa.

- Oh, sério? - O moreno nem percebeu, mas levantou as sobrancelhas.

- Sim, eu já tive muitos problemas com relacionamentos e sei o que você está passando... - Voltou a colocar a mão no ombro de Bambam.

- Então você sabe como dói, né? - Passou a mão pelos cabelos.

- Com certeza... - Deu um sorriso fechado. - Pode chorar à vontade, eu te entendo... - Deu alguns tampinhas nas costas dele. O moreno riu um pouco e analisou o rapaz dos pés a cabeça.

- Qual o seu nome? - Cruzou os braços.

- Eu? - O outro acenou que sim. - Meu nome é Yugyeom... E o seu? - Apontou para ele, observando uma única lágrima que escorria pelo pescoço do rapaz e era absorvida pelo tecido da blusa dele.

- Ah, o meu é Bambam... - Os dois tinham um sorriso um pouco fino nos lábios. - Então você trabalha na loja da esquina? - Indagou, coçando o meio da sua testa com o dedo indicador.

- O quê? Oh, sim, sim... Mas e... - Ele é interrompido, semicerrando os olhos.

- Vamos falar de outra coisa, prefiro fugir e eu acho que você entende o porque... Se importa de conversar sobre algo que não seja aquilo? - A expressão que escondia toda a tristeza que ainda sentia mostrava uma certa vergonha. Um olhar receoso e sobrancelhas franzidas.

- Claro que não, podemos sim falar de outra coisa. É, eu trabalho ali na esquina... - Respondeu e apontou para a direção do lugar, que ficava não muito distante dali.

- Hm, então você trabalha no concorrente... - Sorriu com o canto da boca e olhou para frente por uns segundo, mas voltou a atenção ao rapaz.

- Concorrente? - Ficou confuso, com metade de um beiço, já que o seu lábio inferior estava mais exposto.

- Sim, eu trabalho na Fast Mix e você na P&J... - Disseram a última palavra ao mesmo tempo.

- É, aquela taverna ainda consegue se manter de pé... - Bambam riu um pouco mais alto e Yugyeom achou engraçada a risada dele.

- Diz isso porque ainda não viu a bodega que é onde eu trabalho... Detesto aquele lugar... - Balançou a cabeça negativamente, batendo os quatro dedos na perna em sequência.

- Sério? Me disseram que a área dos fundo é enorme. Lugar perfeito para trocar... - Encenou um beijo, fechando os olhos e exagerando um pouco nas expressões. - Saliva com alguém... - Os dois riram mais alto ainda e Bambam já não sabia se as lágrimas que secava eram de tanto rir ou chorar.

- Falando assim parece algo nojento... - Revirou os olhos e mordeu o lábio inferior.

- Eu sei, mas é praticamente o que acontece num beijo... - Ainda ria um pouco e passou a mão na bochecha.

- Sim, um beijo.  Ai, ai... - Suspirou profundamente e Yugyeom suspeitou.

- Desculpa se isso que eu disse te lembrou... - Coçou a nuca e abaixou um pouco a cabeça.

- Tu-Tudo bem. O meu mundo não gira ao redor dos meus problemas amorosos. Já passei por algo assim... - Talvez tenha tentado não deixar Yugyeom sem graça e por isso deu um simples, mas sincero, sorriso.

- Ah, mas então, desde quando tem essas mechas no cabelo? - Indicou os fios de cabelo direcionando com a ponta do nariz.

- Fiz esse ano, quando quis mudar um pouco de visual... Brega, não? - Mexeu e bagunçou as madeixas vermelhas e pretas.

- Não, claro que não. Eu também gosto de pintar o meu cabelos as vezes... Minha mãe acha ridículo, só que eu não me importo. Dessa vez eu clareei minimamente... - Também arrumou seus fios claros e falou sem dar muita importância.

- Puxa vida, mas ficou bem legal. Sabe, acho que um dia eu também posso fazer assim... - Riu nasalado e olhou rapidamente para o rapaz. Yugyeom sorriu, passou a mão pelo seu próprio joelho.

- Obrigado... - Murmurou mais baixo. - Eh... Bambam? - Exclamou.

- Sim? - Respondeu.

- Tá afim de sair para beber algo?

(☂︎︎)

    Jaebeom fechava a porta depois de sair do quarto e Mark vir atrás. O mais velho e de cabelos longos suspirou, olhando para Tuan.

- E agora? - O rapaz de cabelos cor de caramelo perguntou e segurou na maçaneta da porta.

- Agora? - Jaebeom respirou fundo e colocou a mão esquerda no bolso da sua calça preta e largada, depois usou a mão direita para bagunçar os cabelos.

- Vai atrás do baterista? Eu quero ir também... - Disse, um tanto mais decidido.

- Eu vou arranjar um novo baterista e me resolver com o Eunwoo. E você, vai cuidar do seu namorado... - Deu duas batidas parede e apontou para o quarto com as sobrancelhas. Se virando ele foi até as escadas.

- Você já vai? - Tuan indagou e Jaebeom apenas acenou um "sim". - Mas... - Olhou para a porta e pôde reviver a cena de Jinyoung chorando ao dizer que o que Eunwoo tinha feito se tratava de assédio.

- Cuide dele enquanto estou fora... - Murmurou por último, na metade da escada e olhando para o andar de cima.

- C-Certo, eu vou sim... - Apertou os lábios e analisou a peça retangular de madeira a sua frente que parecia ser bege.

    Lentamente girou a maçaneta e se deparou com Jinyoung cochilando em sua própria cama. Havia se deitado e com o rosto ainda manchado de lágrimas, realmente parecia uma criança. Uma pobre criança que tinha se perdido de seus pais e passado um bom tempo chorando e pedindo ajuda. O coração de Mark doía ao ver Park daquele jeito. O seu precioso e frágil moreno sempre era alvo das piores situações que o destino lhe reservava.

- Oh, Park... - Se aproximou e se sentou na beira da cama, ao lado direito de Jinyoung e começou a observar melhor a face dele.

    Olhos cansados de chorar e lábios vermelhos como sempre. Suas olheiras pareciam ter se realçado e estavam um pouco inchadas. Jogado naquele colchão e com a cabeça mal colocada no travesseiro, Jinyoung parecia dormir calmamente. Mas na verdade ele havia passado por muita coisa em apenas um só dia...

- Está dormindo tão tranquilamente... Como? - Sua mão foi até a bochecha de Park e acariciou ela delicadamente. Com todo o cuidado levou os dedos da mesma mão para secar as antigas lágrimas dele.

    Jinyoung quase estava suando usando aquela blusa com estampa aleatória e jaqueta. Mark até pensou em tirar a jaqueta dele, mas estava hesitante. Até que viu uma pequena gota de suor escorrer pelo delicado e apreciável pescoço do moreno. Tuan usou o polegar e limpou a mínima gota. Então, subitamente, Jinyoung segurou a mão direita de Mark e esbugalhou os olhos assustado. A respiração acelerou e ele tinha levantado o seu tronco.

- Não... - Exclamou, perdidamente encarando o mais velho.

- Calma, tá tudo bem... - Segurou nos ombros dele e em seu peito, o ajudando a relaxar e se deitar de novo. - Pode deitar... - Mexeu numa mecha de cabelo do moreno que ficava próxima da orelha.

- Mark... - Apenas uma palavra e era o seu próprio nome, mesmo assim ouvir isso de Park trazia algumas memórias boas e ruins. A maneira que ele pronunciava era capaz de convencer Tuan a fazer qualquer coisa por ele, pois sente a necessidade disso. Depois de tudo o que aconteceu entre eles, Mark sente que tem uma dívida com Park.

- Descanse por enquanto... - Tocou na ponta do queixo do mais novo e ficou de pé.

- A-Aonde vai? - Ele consertou a coluna e apoiou o corpo nos braços. Tuan notou o quão assustado ele parecia estar e o seu lado protetor estava o alertando. O coração de Mark o acusaria a cada minuto caso deixasse o moreno ali. Seria maldade demais permitir que ele ficasse ou se sentisse sozinho naquele momento.

- Você quer que eu fique com você? - Foi simples, direto e sincero. O seu coração palpitou quando Jinyoung acenou afirmativamente.

- Por favor... - Sua voz sensível e que mexia com os sentimentos de Mark havia ressoado.

- Está bem... - Chegou mais perto de novo, sentando na cama e recostando a cabeça no travesseiro ao mesmo tempo que o mais novo.

    Jinyoung se virou para ficar de frente para Mark e o mais velho pôde passar os braços ao redor dele. O menor preferiu deitar a cabeça no braço de Tuan e se sentir totalmente envolvido por eles. Ali realmente se tornava o melhor lugar do mundo para o moreno. Não havia outro jeito de estar mais confortável e se sentir mais seguro e acolhido a não ser esse, protegido pelos braços de seu namorado. Mark levou a mão até os fios de cabelo do mais novo e lhe fez um carinho.

- Feche os olhos e durma um pouco... - Afastou-se um pouco para encarar o menor e desceu a mão até perto dos lábios dele. Minuciosamente tocou na pequena ferida que havia na boca de Jinyoung e juntou as sobrancelhas, sentindo um pouco de dó.

- Você vai ficar comigo? - Os olhos brilhantes e puros do jovem prendiam Mark de uma maneira precisa. Era quase impossível não se apaixonar por aquelas duas esferas que mais pareciam jabuticabas.

- Sim, o tempo que você quiser... - Ligeiramente lhe deixou um selar na testa e depois na boca. O sorriso fino e dócil do moreno fez Mark retribuir e sorrir também.

    Jinyoung era um garoto que não merecia nada disso... Ele também levou a sua mão até o rosto de Mark e começou a analisá-lo como se fosse algo que ele admirava. Prestou atenção em cada detalhe e para onde os seus olhos o guiavam, seus dedos delicados passavam, desenhando. Enquanto Mark se encontrava totalmente perdido no ato sincero e carinhoso do menor, pensava: Por que eu ainda não fui capaz de te proteger como prometi?

(☂︎︎)

    "Precisasse de baterista", era o que tinha escrito nas folhas de papel que Jaebeom colou no portão da garagem e num poste de luz que havia próximo de sua casa.

- Qualquer um pode ser substituído... - Murmurou enquanto batia as mãos uma na outra para poder tirar a poeira que havia nelas. Bufou e olhou para os dois lados da rua antes de entrar em casa. Por sorte, a visita de seus pais havia sido temporária e por isso não demoraram muito, foi apenas para saber se estava tudo bem. Agora, Jaebeom voltava a ser o responsável pelo que acontecia com os Park.

- Jae, o que você e o papai estavam discutindo? O Jinyoung fez algo de errado? Eu vi você brigando... - A morena que tinha trocado de roupa e vestido uma blusa longa e preta que alcançava as suas coxas, e que por acaso era do seu irmão. Ele conhecia aquele "LET'S ROCK" que tinha escrito nela.

- Olha, Madie, é mais complicado que isso... - Se apoiou pelas mãos na cabeceira do sofá e suspirava repetidas vezes, pensando no que deveria fazer. Sentia que Madelyn o observava curiosa e mais confusa que o próprio Jaebeom. - Tenho que resolver algumas coisas com o pessoal da banda...

    Ouviram duas batidas na porta e a preocupação de ser os seus pais de novo ou Eunwoo, fez o rapaz de cabelos longos ir determinado até lá. Abriu ela de uma vez e nem procurou saber quem era. A sua expressão fechada e maxilar forçado poderiam assustar qualquer um que estivesse do lado de fora.

- Ah, olá... - Disse a garota que usava um pequeno short jeans, um blusa branca por dentro dele e um casaco xadrez vermelho e preto.

    Jaebeom não sabia exatamente quem era ela, então a olhou dos pés a cabeça e pôde perceber a meia-calça escura e quase transparente que tinha nas pernas delas. O cabelo quase ondulado e totalmente ruivo, junto com os brincos de argola. Ela era uma garota bonita, foi o que conseguiu concluir de início.

- Quem é você? - Indagou, fechando um pouco mais da porta e observando a rua.

(☂︎︎)

    O loiro subia as escadas do prédio um tanto quanto desanimado e pensativo. A situação de tensão e briga de mais cedo havia deixado ele preocupado com os amigos como sempre. Batia a penca de chaves na perna e subia o último degrau. Chegou até a porta de seu apartamento e um felino branco com uma pequena mancha preta bem no focinho apareceu ao seu lado.

- Olá, manchas... Como foram esses dias? - O gato passou pelas pernas dele e o rapaz sorriu levemente. - Sentiu minha falta? - Encaixou a chave na porta e a abriu.

   O riso tão adorável que tinha no seu rosto logo se desfez quando viu a zona que estava dentro da sua casa. Parecia que alguém havia bagunçado tudo aquilo de propósito ou algum furacão decidiu invadir o apartamento. Almofadas jogadas longe, latas de cerveja e caixas de pizza. Tudo parecia estar empoeirado e a pia estava cheia de pratos. Ele podia imaginar como estariam os quartos e o banheiro, mas não quis sofrer por antecedência.

- Porcaria... - Suspirou e fechou a porta depois de entrar. Olhou para a cena toda em questão e tudo que ele queria era que aquilo se arrumasse sozinho num piscar de olhos. Mas isso não seria possível e ele teria que fazer tudo...

   Começou a buscar pelas coisas que estavam no chão e pegou as caixas de pizza para jogar fora. Se contentava de que se não pensasse muito, logo acabaria. Já tinha o costume de fazer isso, pois a sua mãe chegava tarde e sempre estava fora. Quem passava a maior parte do tempo em casa era Jackson.

- Merda, mãe... - Murmurou quando viu algo de plástico que havia embaixo dos lençóis que estavam no sofá. - Que droga... - Franziu a testa e mordeu os lábios tristemente.

- Vamos logo com isso! - Ouviu alguém dizer do lado de fora. Era uma voz desconhecida.

- Logo, logo, bonitão... - O loiro ficou de boquiaberto ao reconhecer a segunda voz. Era de sua mãe. A maçaneta da porta girou e ele deu de cara com ela nos braços de um homem que ele nunca viu e tendo as roupas totalmente bagunçadas. O batom borrado e a mão do homem nas coxas dela faziam Jackson querer sumir dali naquele exato momento. - Fi-Filho? - Indagou, e o rapaz largou as caixas de pizza no chão imediatamente. Se pudesse, ele gostaria de ficar invisível agora mesmo.





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Hi Lorenos e Lorenas!! Tudo bom? Então? O que estão achando? E esse novo "amiguinho" do Bambam que surgiu de repente? Como estão em relação aos MarkJin? E essa ruiva? Quem é? O que Jackson vai fazer agora!? Comentem o que acharam! Beijinhos!!

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